domingo, 24 de janeiro de 2016

Autobiografia na Música - Pedra - Capítulo 164 - Por Luiz Domingues

 
Sobre a apresentação em si, creio ter sido digna, apesar da sonoridade ultra leve, com um violão, baixo e o Ivan a tocar percussão com um limitado "cajon". 
 
A parte boa foi a confraternização total com os amigos do Língua de Trapo, alguns dos quais eu não via há muito tempo. Conversei longamente com o Laert, oportunidade que não tive há anos e ele não sabia que o Pedra havia anunciado o final de suas atividades. Ele ficou bastante chateado, pois reafirmou o seu apreço pelo nosso trabalho. 
Na primeira foto:  Laert Sarrumor & Serginho Gama na apresentação dos "Três do Língua", na segunda, "Os Três do Pedra", digamos assim e na terceira, Laert a participar da nossa singela apresentação. Melograno Bar, 25 de abril de 2011. Fotos de Sandra Lozano 

Por coincidência, a noitada seria tripla e a terceira atração, além dos "Três do Língua” e os "Três do Pedra", foi o "Cracker Blues", uma banda amiga do Pedra e cujo baixista, Paulo Krüeger, era também velho conhecido do Laert e meu, portanto, tudo ali caracterizou-se como uma ação entre amigos. 
 
O show do Língua de Trapo, versão "pocket", foi ótimo, com várias músicas tradicionais do repertório dessa banda, além de uma espetacular apresentação de Serginho e Cacá como duo, a interpretarem vários clássicos do Rock setentista, em arranjos muito bem elaborados para violões. 
 
Foi surpreendente e muito agradável ouvir “Focus”, “Yes” e “Deep Purple”, entre outros nomes, com arranjos ousados e muito bem tocados, os quais apreciei muito, certamente. 
 
O “Cracker Blues” também fez a sua apresentação no formato pocket e no espaço do Melograno, teria sido realmente inviável se pensar em uma apresentação elétrica tradicional. Mas foi bem agradável também nesse formato, ao soar mais "Blues Roots" do que o show tradicional deles, com eletricidade e sabor de Southern Rock.
"Os Três do Pedra" e na última foto, com Laert Sarrumor e o percussionista do Língua de Trapo, Marcos Martins, como reforços na performance do combalido Pedra. Melograno Bar, 25 de abril de 2011. Foto : Sandra Lozada
Sobre a nossa apresentação, eu já disse, foi digna, a arrancar aplausos. Com o Rodrigo a conduzir o violão e cantar, mesmo sozinho, nunca existe a possibilidade de uma apresentação ser ruim, mesmo quando ele o faz sozinho, na base do violão & voz pelos bares da noite. 
E mesmo limitado por um instrumento arcaico, o Ivan também tem muita criatividade para dar um sabor a mais com um um "cajon". 
Acho que o correto teria sido o nosso grupo ter estado ali completo a participar, mas não foi possível forçar, visto que um membro ausente mostrou-se desmotivado a atuar. Eu respeitei isso, mas lamentei, obviamente, pois acredito que não custava ter fechado a história da banda com o quarteto em ação.
"Só", apresentada ao vivo no último show do Pedra, em 2011, no Bar Melograno.
Eis o link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=aC34IbKU_pE
Fotos da confraternização final no Melograno Bar em 25 de abril de 2011, com tantos amigos presentes e no meu caso, com muitas conexões de trabalhos que fiz na minha carreira. Na primeira foto, da esquerda para a direita, os quatro primeiros a relembrarem a formação do Língua de Trapo entre 1983/1984: Paulo Elias Zaidan, Eu (Luiz Domingues), Serginho Gama e Laert Sarrumor. Na segunda foto, componentes do Pedra + Língua de Trapo +Cracker Blues; na terceira foto, Paulinho Elias Zaidan e eu (Luiz Domingues), companheiros do Língua de Trapo entre 1983 e 1984. Na última, Luiz Domingues em destaque, em um momento de descontração nessa noitada. Fotos: Sandra Lozada
E assim foi a última apresentação do Pedra, na noite de 25 de abril de 2010, com cerca de cinquenta pessoas presentes no Melograno Bar. 
Nessa altura, eu já estava a receber propostas de trabalho e iniciado uma nova etapa paralela da minha vida, ao ter aceitado o convite de um blog para escrever matérias para ele, e assim a me tornar o seu colunista fixo.
    Foto promocional do Pedra em 2006. Click de Grace Lagôa
Portanto, neste ponto, eu preciso fazer uma explicação ao leitor da minha autobiografia:
Encerrada a minha história com o Pedra neste capítulo (a falar sobre a última atividade oficial da banda) e para seguir o padrão que eu estabeleci nos capítulos a falar de outras bandas pelas quais eu atuei, eu deveria escrever agora uma análise final sobre o trabalho, seguida de uma longa ficha de agradecimentos aos companheiros dessa jornada em específico e das pessoas que gravitaram em sua órbita.
Contudo, o Pedra teve uma sobrevida e para fugir ao padrão de outras bandas das quais eu fui componente, a banda voltou às atividades em 2012, a gerar mais uma etapa a ser descrita. 
Assim que o Pedra encerrou sua primeira fase em 2011, a minha vida seguiu com outras possibilidades, ainda nesse mesmo ano. Poucos meses depois, eu estaria em duas outras bandas (e a partir de 2014, ao ter mais uma, para totalizar três), e assim a gerar novas histórias e capítulos específicos. 
Portanto, para o leitor não ficar confuso e perder-se, eu lhe ofereço duas alternativas para seguir a leitura, visto que logo após o fim do Pedra eu iniciei novas etapas na minha carreira e quando o Pedra voltou às atividades, desta feita eu mantive os trabalhos novos, portanto, a volta do Pedra transcorreu em paralelo com a história de Kim Kehl & Os Kurandeiros, Ciro Pessoa & Nu Descendo a Escada e Magnólia Blues Band, além das minhas atividades literárias. 
Sendo assim, daqui em diante, o leitor pode optar em continuar a ler deste ponto em específico, direto para a história da minha entrada n'Os Kurandeiros em agosto de 2011, mas a se considerar que existe nesse capítulo um longo preâmbulo, a descrever o período de hiato entre o fim do Pedra e a entrada nessa outra banda, na qual eu descrevo os convites que recebi para outros trabalhos e o início de minha atividade como escritor,; blogueiro e colaborador/colunista de Blogs e revistas impressas. 
E a outra opção é continuar a ler normalmente os capítulos que descrevem a "volta" do Pedra em 2012, e seguir esta história em específico. 
Seja qual for a sua escolha, amigo leitor, estou honrado com a sua atenção e participação. Para efeito didático e cronológico, aqui encerra-se a história da minha participação na primeira fase da carreira do Pedra.
Continua...

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