terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Lóbulo - Por Julio Revoredo

A esmo e a espreita, subreptício

Eu sou a metade de um todo, resíduo

Agora, penso. Coexisto. Globos oculares são oceanos
Ruídos de Taos, Érebo, ubíquo, nem aquele sou eu. O que gerou as águas do rio, tocadas pelos pés de Heráclito ?

Fracionado ao vento, o limão ao cortado, vence o semisfério pela manhã
Salve, os Deuses disléxicos!

Estou ancilógico sob um paralelo, em lassidão
Penso sobre as ipseidades, os agrogramas, o esgrimista, o manuscrito Voynich, o Conde de Saint Germain, o sudário de Turim, o escapulário, Ticiano.

A contrachama oblitera-se em ocre

Supersólidos, aguilhoada. Ignóbil ser natural, retábulo, mostarda
As eclusas, lince e guepardos, arbustos, cascas, o retornável. 

Antenas em fogo

Antenas em fogo

Antenas de fogo

Solon, o homem anterior
Tiresias e o cômodo

Antenas em fogo

Antenas em fogo

Antenas em fogo

Alzheimer quântico

Julio Revoredo é colunista fixo do Blog Luiz Domingues 2. Poeta e letrista de diversas letras para músicas que compusemos em parceria, em três bandas pelas quais eu atuei: A Chave do Sol, Sidharta, e Patrulha do Espaço. Neste poema, "Lóbulo", mais uma vez ele recorre à mitologia, ao misticismo e outros signos fortes para nos trazer uma obra rica em imagens contundentes. 

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