quarta-feira, 8 de julho de 2015

Autobiografia na Música - Pitbulls on Crack - Capítulo 116 - Por Luiz Domingues

Hora de falar das pessoas que auxiliaram-nos nesses anos todos, a começar pelas que contribuíram externamente.

Em 1992...   

Tatola, Fábio Massari, Luiz, Edgard, Carolina, Ana e todo o staff da 89 FM de São Paulo.

Gastão Moreira, César Cardoso e demais amigos da MTV.

Os “freaks brothers do telhado” no primeiro estúdio onde ensaiávamos...
Benjamim, pelas filmagens psicodélicas realizadas em vários shows da fase inicial da banda, e que infelizmente foram perdidas...
Maura Cardoso pelas fotos.
As amigas Lúcia (que tornou-se esposa do Chris posteriormente, e é mãe do Brian Skepis), Yara, Sheyla, e tantas outras amigas que muito prestigiaram a banda em muitos shows nesse ano e nos posteriores.
José Reis e Luiz Gustavo, que foram nossos primeiros roadies e logo mais falarei sobre ambos mais detalhadamente.
Em 1993:
Vagner Garcia pela gravadora Eldorado.
Tatola, Ricardo, Denise e Fábio Massari pela produção executiva do álbum coletânea, “A Vez do Brasil”, em parceria com a gravadora Eldorado.
Carlos Eduardo Miranda pela produção em estúdio, Beto Machado e Érico Rondon pela operação de mesa na captura e mixagem e toda a equipe do estúdio Be Bop. Érico Rondon e Carlos Freitas pela masterização no estúdio Cia de Áudio. Rui Mendes e Michel Spitale pelas fotos e lay-out de capa/encarte e Fabio Cobiaco pela ilustração da capa.
Osmar Santos Junior e equipe da Brasil 2000 FM.
No ano de 1994...
Jefferson, empresário: grato pela tentativa...
Kuk Sanchez e demais componentes do “The Pills”.
David Brasil e toda a equipe de filmagem do clip da música:  “Under the Light of The Moon”.
Gastão Moreira e toda a equipe de produção da MTV pela produção do especial: “Peso Local”.
Aos filhos do governador de São Paulo, Luiz Antônio Fleury Filho, que criaram o festival no Ginásio do Ibirapuera.
Jason Machado, por criar o fã-clube do Pitbulls on Crack e doravante mantê-lo com um grau de entusiasmo impressionante.
Os meus alunos e à turma de Jason Machado pela fantástica ajuda em massacrar a 89 FM com pedidos telefônicos para tocar a nossa música: “Under the Light of the Moon”
Elizabeth "Tibet" Queiroz, André “Pomba Cagni” e Eric De Haas pelas oportunidades de shows.
O amigo, Ítalo Robson Marchezini, do estúdio Spectrum, onde ensaiamos com muita mordomia, de 1994, até o meu fim com a banda. Ao fazer um trocadilho que ele deverá entender bem: o Ítalo é um homem do Brasil...
Jerome Vonk e Alê, pelo quase acerto com a gravadora, Roadrunner.
Revista Rock Brigade por incluir-nos na festa de aniversário de sua centésima edição.
No ano de 1995:
Roy Cicala pela oferta tentadora, pena que não reunimos condições para concretizá-la, mas por algumas semanas sonhamos em alcançar, através de suas mãos hábeis no manuseio dos botões de uma mesa de mixagem/gravação buscarmos enfim a nossa Fame, fame, fame, fame, fame...
Aos meus alunos e Jason Machado, que mergulharam de cabeça no projeto do festival “Dominguestock!”
Sérgio Hinds, Rodrigo e Victor Martins e toda a equpe da gravadora Velas/Selo Primal, pelo apoio inicial e que estender-se-ia decisivamente pelo ano de 1996, também.
Geraldo D’Arbilly e o dono do estúdio em Santo André-SP pela imensa boa vontade em tentar trabalhar e pela compreensão no desfecho que essa história teve. Que pena que não deu certo, Geraldo, adoraria ter trabalhado contigo e a propósito, a sua opinião sobre o trabalho da turma formada por Winwood; Capaldi & Wood marcou-me para sempre: “O Traffic é uma caixa de bombons finos”, sobre isso eu concordo inteiramente!
Em 1996:
Ítalo Robson Marchezini, Alcir Gonçalves Lasneau, Luiz De Caro e Marquinhos Almada, pelo estúdio, camaradagem e apoio geral na produção do CD “Lift Off”.
Johnny Boy, Marcus Rampazzo, Will Carrara, Ricardo Confessori e Ivan Busic, músicos fantásticos que abrilhantaram o nosso disco com as suas participações especiais!
Toda a equipe da gravadora Velas/Selo Primal, a citar novamente Rodrigo e Victor Martins, Sérgio Hinds e para acrescentar agora: Ivan Lins, Alexandre Madeira, W. Perna e os demais funcionários do escritório, incluso, Toni Peres Rodrigues, que já era meu amigo antes.
Marina Yoshie pelo trabalho extraordinário como webdesigner, desenhista, arte-finalista e responsável por toda a concepção do visual do CD e do aparato incrível de promoção que acompanhou-o. Como se não bastasse, Marina foi, entre 1994 e 1997, uma entusiasta da banda, ao vê-la ao vivo inúmeras vezes e a sua frase emblemática sempre foi: “o som de vocês é contagiante”...
Meu muito obrigado aos “Monges”, uma incrível confraria que muito auxiliou-nos em ações de divulgação. Grato: Emmanuel Baretto, Helder Pomaro, Nathanael, WagnerBaiacu”, Betina, “Cabelo e outros cujos nomes e apelidos não recordo-me ao certo, mas sintam-se agradecidos igualmente.
Aos meus alunos, o meu famoso exército de “Neo-Hippies”, que nesse ano de 1996 em específico, trabalhou muito em ações de divulgação e na produção das latas que conteve o aparato de divulgação do nosso CD, mas que na verdade desde que anunciei que eu ingressara em uma nova banda chamada, Pitbulls on Crack, em janeiro de 1992, até o dia em que saí, apoiaram-nos com entusiasmo sem igual.
O meu velho amigo, Carlos Muniz Ventura que tanto apoiou trabalhos anteriores que fiz (A Chave do Sol e A Chave/The Key), por mais uma vez trazer o seu click para ilustrar a capa e encarte de um outro disco meu, no caso o CD “Lift Off”.
Ao professor, Wilton Azevedo, por assinar um micro texto a dissertar sobre a Pop Art no libreto que acompanhou o Kit de lançamento do CD.
Marcelo Rossi pelas fotos ao vivo.
Ao bom amigo Alex (in Memorian), ex-baixista do “Proteus”, e que muito ajudou-nos na hora decisiva da divulgação do CD.
Em 1997...
Evon Patrocínio, pela sempre boa vontade em incluir-nos no festival: “Sintonia do Rock” do Centro Cultural São Paulo.
Rodrigo Hid, pela rica participação a tocar piano e Mini-Moog em um show realizado no Centro Cultural São Paulo, nesse ano, mas também ao não esquecer a sua presença no show de lançamento do disco ao final de 1996.
Durante o tempo todo entre 1992 e 1997:
O jornalista, Antonio Carlos Monteiro, popular, Tony Monteiro, sempre apoiou-nos de forma integral. Ele é fã confesso desse trabalho e isso muito alegra-me, pois além dele ser um crítico superb, foi um dos poucos a enxergar méritos artísticos nessa banda. Sou-lhe grato por isso!
Aos familiares dos componentes do Pitbulls on Crack:  

Maura Cardoso, esposa do Deca naquela ocasião: obrigado pelas fotos, em vários momentos, além do apoio em geral.
Aos pais do Juan Pastor: jamais esquecer-me-ei do pai do Juan Pastor, a falar com aquele sotaque espanhol carregado: -"Fenomenales! Usteds son um verdadero espetáculo! Son mejores que los Beatles!"
Eliane Aronson, esposa do Chris Skepis nessa época, e Denis Skepis (irmão do Chris).
Ana Cristina; minha irmã, e minha mãe, naturalmente...
Hora para falar sobre os que participaram diretamente da banda em sua equipe técnica:
Luiz Gustavo
Luiz Gustavo é o rapaz sentado no degrau mais baixo, isoladamente. Foto de 1994, acervo e cortesia de Jason Machado
Luis Gustavo, foi um outro aluno meu que transitou na órbita do Pitbulls on Crack, mas diretamente, a atuar como roadie, desde os primórdios em 1992, até 1994. Menino humilde e bastante prestativo, detinha uma pequena experiência ao atuar como roadie ao dar suporte para a bandas obscuras do circuito indie. Também foi solícito e muito útil em todos os shows que esteve conosco, portanto agradeço-lhe.
Marcos Martines
Na foto acima, Marcos Martines estava a viajar na poltrona da "janelinha", ao lado de Juan Pastor, em foto de 1994
Um dos meus melhores alunos em 1992, Marcos Martines trabalhou diversas vezes como roadie da nossa banda e teve participação como músico, ao substituir-me em 1997, assim que eu deixei o Pitbulls on Crack. Nos anos 2000, tornou-se produtor de rádio, também, tendo sido assistente do Tatola na emissora Brasil 2000 FM. Toca regularmente até os dias atuais, sendo um grande músico.
Ricardo Schevano
Mesmo caso de Marcos Martines, Ricardo foi meu aluno e ajudou muito em ações de divulgação. Foi roadie em 1996 e 1997 e tornou-se baixista da banda no pós-anos 2000, em uma continuidade que eu não acompanhei mais. Músico excelente, hoje é proprietário do estúdio “Orra Meu” e toca nas bandas “Baranga” e “Carro Bomba”.
Antonio Peres Rodrigues, o “Toni”
Em foto de 1997, nas dependências da emissora Brasil 2000 FM de São Paulo, da esquerda para a direita: Luiz Domingues, Deca e Toni Perez Rodrigues
Guitarrista & vocalista do “Essex” e irmão de meu aluno, Alexandre Peres Rodrigues, “Leco”, Toni gravitava nas minhas aulas desde 1992, mas só envolveu-se com o Pitbulls on Crack para valer no final de 1996, quando tornou-se roadie e também funcionário da gravadora Velas/Selo Primal. Tinha um comportamento de headbanger radical, mas eu sabia que no fundo, era um tremendo de um amigo com boas intenções. Muito grato por trabalhar como roadie, e também na produção da famosa "lata"...
Jason Machado
Como agradecer uma figura como Jason Machado? Ele entrou na nossa vida em 1994, ao comandar o fã-clube da banda, tornou-se roadie, e nosso incentivador-mor. Aceite, portanto, o meu muito obrigado por todo o empenho, de 1994 até quando eu saí do grupo, em 1997. Os seus esforços foram incansáveis para divulgar e empurrar a banda para frente, ao escalar até familiares seus (a sua própria avó, incrível!), para empreender tarefas em prol da banda, caso dos históricos telefonemas disparados para a 89 FM, no ano de 1994. 

Como se não bastasse tudo isso, ao lado do Chris Skepis, ajudou-me muito com lembranças que escapavam-me e que acrescentei neste texto autobiográfico, além de fotos valiosas e raras que estão publicadas nos meus Blogs dois e três.
José Reis Gonçalves de Oliveira
José Reis à direita e Deca à esquerda, a apontá-lo, em foto de 1996
Agradeço ao José Reis Gonçalves de Oliveira, o popular, "Zé Reis", meu ex-aluno e amigo eterno, por ter acompanhado desde o primeiro ensaio, todos os passos do Pitbulls on Crack. Ele foi roadie, amigo de todas as horas, ajudou-nos inúmeras vezes em vários aspectos, e deu muitas risadas conosco em camarins, coxias de teatros e outras tantas ocasiões. O murro que ele deu na boca de um inconveniente idiota que tentava vandalizar o nosso show em 1992, na casa de shows “Broadway”, ainda deve doer no maxilar daquele garoto incauto... 

Amigo de todos os componentes, e não só meu, tornou-se um companheiro de conversas sobre Fórmula Um com o Chris, paixão mútua de ambos. Sou-lhe grato eternamente pelo apoio incondicional em diversos aspectos até extra-musicais, incluso socorro mecânico em momentos de sufoco com os meus combalidos bólidos nessa época.
E agora, falo dos companheiros dessa jornada de minha carreira:
Juan Pastor
O Juan Pastor também sempre foi um humorista nato. As suas brincadeiras sempre deixavam qualquer ambiente fantasticamente leve. Fanático torcedor do São Paulo FC, adorava provocar-me e naquela fase, Palmeiras e São Paulo estavam ambos com times muito fortes, e disputavam pau a pau os títulos. 

Graças aos seus contatos, o Pitbulls on Crack teve muitas chances, e arrisco dizer que sem ele, teria sido tudo muito diferente e mais difícil. Sou-lhe grato pelo enorme companheirismo, dedicação, pelas inúmeras portas que abriu graças aos seus contatos e generosidade em ofertá-los. Torço para que continue sendo muito feliz ao lado da esposa, filhos e na carreira como produtor de TV e rádio na qual avançou e tornou-se muito bem sucedido.
Deca
O Deca, que tem o apelido de “Luciano” (brincadeirinha!), é outro amigo de espírito leve, e que tem uma capacidade de improvisar piadas, incrível. Quando juntava-se ao Chris e ao Pastor, pareciam "Gremlins" que transformavam-se em humoristas. Como guitarrista, o seu estilo primordial é o Rock'n' Roll visceral, e ao vivo, a sua performance é selvagem, sem limite para extravasar em sua mise-en-scène alucinante. 

Muito humano, sempre foi solícito em ajudar qualquer pessoa com a máxima boa vontade em qualquer circunstância. Tem uma bondade enorme, sempre foi muito solícito e solidário. Continua com tudo no seu “Baranga”, e a fazer da sua guitarra Fender Stratocaster, “gato e sapato”. Nem Ritchie Blackmore azucrina tanto com uma Strato como o Deca o faz. Espero que essa performance ensandecida perdure por muitos e muitos anos.
Chris Skepis
O Chris Skepis é um tremendo Rocker. Gostamos de tudo do Rock das décadas de 1950, 1960 & 1970, e só discordamos no quesito da "revolução" punk, a qual ele considera sincera e eu, uma farsa mercadológica que produziu estragos irreparáveis. 

Mas fora essa divergência, divertimo-nos muito falando de incontáveis artistas que gostamos; Irwin Allen, e tantas outras coisas em comum. Em quase seis anos, só indispus-me com ele uma vez, quando irritei-me com uma questão ocorrida em 1995, mas que hoje eu sei que fora falha de comunicação, pois ele não fora o culpado pelo mal estar em si. De resto, foram seis anos de risadas ininterruptas. É o amigo mais bem humorado e espirituoso que conheci na vida (o Nilton César "Cachorrão", também é assim). 

Somos amigos, e uma hora eu vou visitá-lo. É uma vergonha (eu sei), mas só fui conhecer o seu filho nascido em 1999, na exposição do David Bowie, em 2014, e que chama-se Brian Jones (adivinhe por que dessa escolha!). 

Falamo-nos regularmente e estou no aguardo de mais material inédito que ele está a procurar em seus baús e que assim que disponibilizados, vão para os meus Blogs e YouTube, certamente. 

“Salvatore, Penitenziagite, stupido, stupido!” Eis aí uma brincadeira contida no livro: “O Nome da Rosa”, de Umberto Eco, que acompanha-nos por anos e da qual não vou explicar o significado ao leitor... trata-se de um código secreto nosso, que nem Dan Brown saberia explicar...
Agradeço aos três amigos: Chris; Deca, e Pastor, a oportunidade que deram-me, quando convidaram-me em janeiro de 1992, sendo que já haviam realizado um ou dois ensaios com um outro baixista. Ao escolherem-me, deram-me a oportunidade de passar por muitas alegrias nesses anos todos. É isso aí!
Tenho uma lembrança muito forte desse período de minha vida em que trabalhei com o Pitbulls on Crack, e espero ter passado tudo ao leitor com fidedignidade. 

O Pitbulls on Crack foi em minha trajetória, em linhas gerais:
 

1) A banda onde mais dei risada na vida.
 

2) A minha aposta na contramão do que eu realmente gostava, mas que julguei ser a oportunidade de lutar na trincheira "adversária" e quem sabe achar uma brecha enfim em um patamar do mainstream.
 

3) A banda em que atuei, onde mais tive oportunidades no mundo mainstream, por incrível que pareça.

4) A banda que deu-me o "click" para voltar a buscar o fio de meada perdido de meus objetivos sessenta-setentistas, rompidos, indevidamente, apesar de ser uma plataforma inadequada para tal tipo de resgate. 
Espero ter dado aos fãs do Pitbulls on Crack, um painel claro do que foi a carreira da banda enquanto eu estive em sua formação, ainda que sob minha particular visão, e que fique claro, trata-se de minha autobiografia e não a história oficial da banda. 

Muito do material de vídeo e fotos da banda, foi perdido, lamentavelmente. Mesmo assim, tenho esforçado-me para arregimentar o máximo possível e disponibilizar na Internet. Está encerrado esse relato de uma etapa de minha carreira, que escrevi com muito carinho. 

Daqui em diante, a minha história na música segue com a criação do projeto: “Sidharta”. Muito obrigado ao Pitbulls on Crack!


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