sábado, 17 de outubro de 2015

Autobiografia na Música - Pedra - Capítulo 54 - Por Luiz Domingues

Investimos forte na divulgação, dentro de nossas possibilidades, é claro. Seria de fato o nosso mais importante show nesse início de atividades, e o momento foi muito propício com a perspectiva de um novo clip, mais resenhas promissoras para serem publicadas e a boa repercussão dos primeiros shows. 
Animados, fomos para o Centro Cultural com essa determinação de fazermos um bom show. 
Então, no dia 8 de julho de 2006, subimos ao palco do Centro Cultural São Paulo. Já na passagem do som, fizemos filmagens que posteriormente foram usadas em um "promo" caseiro que foi lançado no final de 2006, a conter a música: "Estrada". 
No telão, além de imagens aleatórias, o show foi retransmitido como em estádios de futebol e uma câmera fixa filmou todo o show com qualidade muito boa. 
Algumas músicas desse show foram disponibilizadas separadamente no YouTube, ainda em 2006, como: "Madalena do Rock'n' Roll", "Vai Escutando", "Reflexo Inverso" etc. Existe a ideia de se lançar o show completo no YouTube, em algum momento. 
O diretor, Eduardo Xocante, chegou ainda no período do soundcheck, acompanhado de vários assistentes. Sob o seu comando, todos fizeram várias tomadas com câmeras da marca "Bolex", uma câmera portátil e muito funcional que segundo o próprio, Eduardo Xocante, era muito usada por repórteres de guerra. 
E uma câmera fixa também capturou imagens que foram levadas à edição final. Ao seu comando, o casal de atores (Daniel Alvim e Claudia Cavalheiro) fez uma tomada a entrar no teatro com a banda já em ação, e posteriormente algumas tomadas do casal sentado na plateia, a assistir o show. O engraçado, é que a verdadeira namorada de Daniel Alvim na ocasião, a atriz Mel Lisboa, estava junto e sentou-se do outro lado dele, mas sem prejuízo algum à dramaturgia do clip, é óbvio.
No soundcheck, o diretor Eduardo Xocante, eu, Luiz Domingues sentado no canto dos teclados, e Emmanuel Barretto (ao fundo, a ler uma anotação), que trabalhou nesse show como nosso roadie, e também como cinegrafista da equipe de Xocante, simultaneamente. 

Na parte musical, o Xocante gravou duas ou três tomadas da banda a executar a canção: "Sou Mais Feliz", pois além da execução normal durante o show, ele pediu-nos que a tocássemos novamente em um eventual bis, e assim o fizemos, para lhe garantir mais imagens. 
Na parte musical, o show foi muito bom. Estávamos muito bem ensaiados e motivados. A performance ocorreu de uma forma bastante inspirada, com direito até a pequenos improvisos. Na música: "Me Chama na Hora", conforme já disse anteriormente, contamos com as presenças de três percussionistas (Caio Ignácio, Thiago San e Roby Pontes). 
Na parte da batucada, fizemos um adendo organizado no ensaio e bem funkeado e com aquela batucada, que lembrou o som da "Banda Black Rio". Isso foi muito valorizado pelo público, a descartar qualquer possibilidade de fãs Rockers radicais rejeitarem tal manifestação musical híbrida. 
Comemoramos isso, não só pelo fato em si, mas também por sentirmos que o Pedra começava a angariar um público diferente do que estávamos mais habituados em trabalhos anteriores de cada um dos componentes, principalmente sobre a Patrulha do Espaço, banda onde eu e Rodrigo tivemos longa passagem, e o Xando, uma mais curta.
Duzentas pessoas passaram pela bilheteria do Centro Cultural São Paulo naquela noite de 8 de julho de 2006, a nos deixar contentes, pois foi um número expressivo para uma banda iniciante, apesar de formada por músicos com carreiras pregressas com a existência de currículo expressivo. 
Da esquerda para a direita: Claudia Cavalheiro, Xando Zupo, Daniel Alvim, Mel Lisboa e Ivan Scartezini  
Rodrigo Hid e o baixista & guitarrista superb, Marcião Gonçalves
Não consigo lembrar-me apenas do nome da primeira mulher, da esquerda para a direita. A seguir nessa ordem, a segunda mulher, de blusa cinza é Silvia Helena (vocalista do grupo Apokalypsis), Zé Brasil (vocalista, violonista, baterista e compositor do Apokalypsis), Diógenes Burani (baterista, Ex-Moto Perpétuo, Ex-Gal Costa), Carlinhos Machado (baterista e atualmente, 2016, toca comigo em: Kim Kehl & Os Kurandeiros), na sua frente, Amarilis Gibeli (radialista e agitadora cultural), e Jaques Sobretudo Gersgorin (Radialista e escritor, ex- programa Kaleidoscópio de 1975)  

              O excelente percussionista, Caio Inacio e Rodrigo Hid

No camarim do pós-show, o clima foi marcado pela alegria, quando além de familiares, parentes e amigos queridos, recebemos presenças ilustres como o vocalista do Língua de Trapo, Laert Sarrumor, o radialista mítico Jaques Sobretudo Gersgorin, do Kaleidoscópio (programa de rádio histórico no jornalismo cultural dos anos setenta), Zé Brasil & Silvia Helena, dupla de vocalistas do Apokalypsis, os atores Daniel Alvim, Claudia Cavalheiro e Mel Lisboa, e o grande Cezar de Mercês, ex-baixista d'O Terço, que dispensa apresentações. 

Foi o nosso melhor momento ao vivo, nesse início de carreira, mas o embalo positivo continuaria por mais um tempo, conforme eu contarei a seguir.

Continua...

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