terça-feira, 15 de setembro de 2015

Autobiografia na Música - Pedra - Capítulo 29 - Por Luiz Domingues


Então, fomos agendados para filmar a nossa participação nesse programa. Isso ocorreu em outubro de 2005. Fomos informados de que tratava-se de um programa misto, com característica de tal show e também feminino vespertino. Era apresentado por uma cantora chamada, Giovana, que era aspirante a estrela no "mondo popularesco" das emissoras de TV aberta e rádios congêneres.

Particularmente, achei ótimo, pois independente da visibilidade que trazer-nos-ia, eu sempre gostei de apresentar-me nesses programas de TV aberta, por achar muito divertido observar os seus bastidores. 

As minhas lembranças, principalmente dos meus tempos com A Chave do Sol e o Língua de Trapo, foram sempre sobre visualizar de bastidores "Fellinianos", tamanha a profusão de bizarrices. E seria também a oportunidade para participar da anacrônica dublagem, com direito ao baterista a usar ridiculamente uma caixa e um prato, uma das práticas mais bisonhas a que todos os artistas submetiam-se nos anos oitenta, principalmente.

Chegamos aos estúdios da Rede NGT, e apreciamos as instalações.
Localizado no bairro do Butantã, zona oeste de São Paulo, a Rede NGT ocupava (ocupa) uma bela construção, assinada pela saudosa arquiteta italiana, Lina Bo Bardi. Enquanto esperávamos pelo início das gravações do programa, visitamos ali mesmo uma mini exposição onde contava-se toda a concepção daquela edificação etc. Apreciei muito, certamente. 

Fomos muito bem recebidos pelos produtores do programa e pela apresentadora, Giovana, que era bem simpática. E lá nos bastidores do estúdio descobrimos que dividiríamos o programa com um ex-integrante de uma banda Pop midiática, que agora batalhava por sua carreira solo.   

       Eis acima, o referido guitarrista do "Twister", Leo Richter

Tratou-se do guitarrista, Leo Richter, que fora integrante de uma banda chamada: "Twister", que tivera um sucesso até significativo no início dos anos 2000, mas sob características bem Pop do mundo popularesco. Contudo, o rapaz era gentil, e queria batalhar agora por sua carreira solo, com um trabalho mais elaborado, ao tentar desvencilhar-se desses paradigmas que o perseguiam etc. No primeiro bloco, ele concedeu entrevista sozinho, e dublou a sua música, inclusive ao usar a guitarra do Rodrigo, emprestada.

Continua...

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