sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Autobiografia na Música - Ciro Pessoa & Nu Descendo a Escada - Capítulo 8 - Por Luiz Domingues


Apesar de uma certa demora para a marcação de ensaios, eu estive bastante motivado para fazer parte desse trabalho, e pelo que já pude descrever anteriormente, acho que os meus argumentos já foram suficientes para o leitor identificar as minhas razões.

Houve uma certa expectativa de minha parte, no entanto, em relação aos demais integrantes da banda. Eu soube que o Ciro renovara a banda completamente e com isso, esteve a afastar a hipótese de trabalhar com músicos oriundos da cena do Pós-Punk oitentista, fator primordial para a sua proposta estética/sonora ser melhor lapidada. O Kim também teve essa expectativa, mas nós só fomos conhecer os demais componentes, posteriormente, no dia do primeiro ensaio oficial.

A única pessoa que permaneceria na banda, seria a vocalista, Luciana Andrade, que revelou-se para mim, uma grata surpresa, quando começamos a interagir de fato, nos ensaios elétricos. Falo disso depois.

Em casa, a ouvir as canções, cheguei à conclusão de que elas soariam muito bem se eu usasse um baixo Rickenbacker, para buscar aqueles agudos que só o RK proporciona.

Eu poderia ter optado pelo Fender Precision, também e seria ótimo. Mas decidi apostar na sonoridade do Roger Waters em torno dos primeiros tempos do Pink Floyd, ao seu som clássico com o uso do Fender Precision, que adotou depois que o Syd Barrett saiu da banda. E quando os ensaios começaram de fato, todos elogiaram a minha escolha, incluso o Ciro.
Continua...

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