Neste meu segundo Blog, convido amigos para escrever; publico material alternativo de minha autoria, e não publicado em meu Blog 1, além de estar a publicar sob um formato em micro capítulos, o texto de minha autobiografia na música, inclusive com atualizações que não constam no livro oficial. E também anuncio as minhas atividades musicais mais recentes.
terça-feira, 18 de agosto de 2015
Autobiografia na Música - A Chave/The Key - Capítulo 30 - Por Luiz Domingues
O contato com o produtor que sinalizara ter interessado-se em produzir um LP dessa banda, houvera esfriado desde o final de 1988. Na verdade, o seu interesse prosseguia em tese, mas dificuldades financeiras alheias à sua vontade estiveram a protelar o fechamento do acordo, e consequente início dessa produção, concretamente a se falar. Mais ou menos em março de 1989, ele voltou a nos dar perspectiva de que estava a sanar as suas dificuldades financeiras e que em breve, ele liberaria verba para darmos início à essa produção.
Bem, agora é a hora para eu revelar quem ele foi: o dono de uma loja na Galeria do Rock, chamada: "Devils Discos", que apesar desse nome, não era necessariamente uma loja focada no mundo do Heavy-Metal. Esse rapaz conhecido como: Chicão (Francisco Domingos Souza), na verdade detinha uma postura anacrônica aos anos oitenta, pois mais parecia um hippie sessenta-setentista, fã que era de música Folk latino-americana e acústica, nos moldes de bandas como o "Tarancón", especializada por tais tradições Folk de diversos países sul-americanos, principalmente.
Portanto, chegou a ser exótico um rapaz com esse gosto musical a se interessar pelo Hard-Rock cheio de virtuosismos que a nossa banda praticava nessa época.
Muito gentil, calmo e educado, Chicão tinha uma postura Hippie, muito mais próxima das minhas raízes contraculturais, mas em relação àquela banda e aos seus outros membros, mostrava-se quase antagônica.
Enfim, o seu interesse nem fora pela música em si, mas por ter vislumbrado uma oportunidade de investimento, já que a apreciar ou não aquela estética, como homem de negócios, ele soube que aquela escola estilística oitentista se tratava de uma tendência que muita gente seguia e que portanto, poderia dar impulso aos seus planos de fazer o seu selo crescer.
Claro que foi muito bom ter alguém interessado em investir e de fato, mesmo a demorar mais alguns meses para isso ser formalizado e se materializado de fato, um fator precisa ser salientado: a sua postura como produtor foi, perfeita, do começo ao fim do processo.
De minha parte, eu só lastimo que ele tenha me conhecido em um mau momento pessoal meu, pois deve ter ficado com a impressão de que eu fosse um músico/artista sem grande entusiasmo por aquele trabalho. Isso, infelizmente estava acima das minhas forças naquele instante. Todavia, eu soube bem na época e ainda mais hoje em dia, que o seu esforço para "fazer acontecer" aquele LP, foi notável.
Continua...
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