quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Autobiografia na Música - Pedra - Capítulo 106 - Por Luiz Domingues

Nesses termos, após a realização desse show, o agente Marco Carvalhanas ao desejar mostrar serviço, aventou-nos uma perspectiva de show para curto prazo, a animar-nos, todavia, mais que isso, estava a demonstrar estar motivado e foi tudo o que precisávamos, pois a falta de alguém que cuidasse do nosso gerencial foi o nosso "calcanhar de Aquiles". 

A casa em questão se tratava de um estabelecimento com tradição, mas que havia tido o seu auge como casa noturna, muitos anos atrás. 

Quando ostentava um outro nome ("Blue Note Jazz Bar"), teve o seu auge como casa especializada no universo do Blues e do Jazz, ao ter sido até protagonista de shows internacionais. 

Entretanto, o tempo passou e a casa caiu em decadência, mudou de nome e dono e agora estava em condições bem menos glamorosas e não fechada apenas no nicho de Blues, mas a abrir as suas portas para gêneros musicais díspares, sem estabelecer uma identidade definida.

Apesar dessa constatação, a estrutura ainda era digna e ao ponderar, resolvemos arriscar, pois estávamos em uma fase de poucas apresentações e sendo assim, não teríamos nada a perder. 

Agora, a casa chamava-se: "Mr. Blues" e dessa forma, preparamo-nos para tal apresentação, animados com os esforços que o Carvalhanas estava a cumprir para agendar outras casas noturnas da cidade, ao dar-nos a impressão de que faríamos uma sequência boa nesse circuito de casas paulistanas.

Continua...

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