segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Autobiografia na Música - Patrulha do Espaço - Capítulo 256 - Por Luiz Domingues

Tivemos uma viagem tranquila e é preciso salientar que não termos tido problemas com o ônibus foi algo raro. Chegamos em Joinville-SC para mais uma apresentação na casa noturna: "Cais 90", onde já havíamos nos apresentado também, em ocasiões passadas. Sabíamos que a acolhida seria ótima, com um bom público que fatalmente compareceria e haveria um contingente Rocker de primeira qualidade, baseado na experiência adquirida ali mesmo em ocasiões anteriores que ali estivemos. 

De fato, tudo isso aconteceu mesmo, e com um dado a mais: desta feita, com um público bem maior do que o de ocasiões anteriores.
Foi muito bom rever o já amigo, Parffit Balsanelli, baixista da banda "Os Depira", e nessa altura dos acontecimentos, as nossas conversas sobre o Prog-Rock setentista foram sempre animadas.

A abertura do show ficou a cargo de uma banda chamada: "Blues Band" e que de fato, honrou o seu nome ao executar uma boa sessão de blues. 

O som do PA continuava a funcionar sob o padrão "mono", mas o dono da casa também fora novamente tão hospitaleiro e simpático para conosco, que nem reclamamos dessa falha técnica que ali era algo crônico. 

Somente um dado desagradável ocorreu, mas foram ossos do ofício. Na primeira vez em que fomos tocar nesse estabelecimento, fomos hospedados em um baita hotel de luxo. Na segunda oportunidade, em um outro, muito bom, mas seguramente duas "estrelas" abaixo. Pois nesta terceira vez, porém, o rapaz nos pediu mil desculpas, mas ao alegar dificuldades financeiras, nos pediu a gentileza de que nos alojássemos em um hotel vem mais simples. Ora, tudo bem, ninguém nessa banda era estrela e teria um chilique por causa disso. 

Só que não contávamos com uma queda tão brusca de qualidade nas acomodações, pois esse hotel foi dureza de se lidar, mediante uma verdadeira horda de pulgas e pernilongos a nos assolar! 

Voltamos do show na metade da madrugada e a meta em princípio, foi dormirmos para viajarmos após o almoço, mas isso não foi possível quando nos demos conta de que dormir não seria possível com tantos amiguinhos vampiros interessados em alimentar-se com o nosso sangue. Bem, não foi culpa do nosso simpático anfitrião, mas da conjuntura econômica e assim, e mesmo a entender perfeitamente a dificuldade inerente, preferimos enfrentarmos os seiscentos e cinquenta Km que nos separavam de São Paulo e sobretudo, das nossas respectivas residências. 

Dessa forma, o "Seu" Walter deu a partida no ônibus, e embora todos estivéssemos bem cansados, ele não se furtou de seus berros espalhafatosos habituais ao proferir: -"Sai da frente do azulão, seus FDP"...

Continua...

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