sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Autobiografia na Música - Patrulha do Espaço - Capítulo 295 - Por Luiz Domingues

A ideia que o Junior teve para esse show foi de uma grande perspicácia. Um antigo sonho da banda e de seus fãs, um álbum ao vivo sempre foi objeto de discussões internas na banda, desde muito antes da nossa formação, aliás. 

Naquela altura dos acontecimentos, com uma carreira prolífica a ostentar quase vinte e sete anos de atividades com onze discos oficiais e várias formações formidáveis, o que não faltava para a banda seria um repertório longo, repleto de sucessos acumulados ao longo das suas várias fases e produção contínua.

Ao contatar o pessoal do estúdio Área 13, ele fez o convite para que eles viessem à São Paulo com a máquina de gravação e demais componentes básicos para se gravar em regime de "unidade móvel" e eles aceitaram o desafio. 

Foi uma oportunidade de ouro para se gravar ao vivo, justamente por se tratar de uma micro temporada, portanto, houve chances para termos no mínimo três tomadas de cada música, fora as eventuais repetições e captura durante os respectivos soundchecks, ao longo dos dias. 

Não seria a primeira vez que eu gravaria um disco ao vivo, mas no entanto, desta vez a circunstância foi diferente, pois a minha experiência anterior houvera sido com um compacto simples, portanto, com uma responsabilidade muito menor.  

Nota no site da Revista Zero, já a prenunciar os planos de um novo disco a ser gravado ao vivo de nossa parte

Desta feita, a ideia foi um CD inteiro, e que sob uma conta grosseira, quase significaria o equivalente a um disco duplo de vinil, daqueles clássicos que quase toda banda setentista lançava no meio da carreira, quando já tinha uma quantidade bem razoável de sucessos acumulados. 

Ao ir além, foi um alento para a banda em um momento de baixo ânimo generalizado e claro, que a discussão sobre a escolha do repertório deu-nos uma sobrevida e devo dizer que foi prazeroso pensar nesse set list.

A ideia seria montar um set list básico a ser tocado nos três dias e pinçar algumas músicas diferentes para se usar um pedaço do show em regime de rodízio, a mudar assim a cada dia. Dessa forma, tocaríamos músicas surpreendentes para o público e o estimularíamos assim a comparecer nos três dias, ao lhe oferecer opções diferenciadas.

Portanto, a ideia foi ótima e assim nos preparamos nos ensaios, com cerca de trinta músicas para apresentar nos três dias da temporada no CCSP.

Continua...

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