sábado, 19 de dezembro de 2015

Autobiografia na Música - Patrulha do Espaço - Capítulo 300 - Por Luiz Domingues

Os primeiros momentos pós-Patrulha do Espaço, foram tensos para a minha pessoa, respingaram no Rodrigo Hid, a seguir, e cabe uma explicação. 

Não da parte do Rolando Castello Junior, mas pessoas que gravitavam na órbita da Patrulha do Espaço, mas de forma superficial e a maioria dessas que nem mantinham contato direto com a banda, por morarem em outras cidades e até estados diferentes da federação, souberam da dissolução da nossa formação e a seguir surgiram notícias sobre a minha entrada em uma banda nova que estava a ser articulada pelo guitarrista, Xando Zupo, e assim, menos de dois meses depois, com a entrada na mesma banda de Rodrigo Hid, tais boatos se intensificaram. 

O grande problema é que houve um tremendo erro de avaliação da parte de algumas pessoas ao ligarem os fatos apressadamente e daí imaginarem que eu, e logo a seguir o Rodrigo, havíamos saído da Patrulha do Espaço, para entrarmos em uma nova banda de forma deliberada, mas não foi isso o que ocorreu. 

Fãs inveterados da Patrulha do Espaço, tais pessoas se sentiram "ofendidas" com o que interpretaram como a uma "traição" e foram para a internet que já estava bem popular na época, inclusive com o início da grande febre do "Orkut", como o primeiro grande fenômeno de Rede Social no Brasil, e neste caso, nos agrediram com palavras fortes, ao acusar-nos sem nenhuma base verídica, apenas movidas pela maledicência. 

 Eu pensei em revelar tal episódio no capítulo sobre o Pedra, a banda em questão e objeto de continuação na narrativa da minha autobiografia, após fechar a minha história com a Patrulha do Espaço, mas ponderei e achei melhor narrar o episódio aqui na história da Patrulha do Espaço, para deixar claro ao leitor, a verdadeira história.

Quando eu resolvi deixar a Patrulha do Espaço, conforme já narrei, estava exaurido em minhas forças e a pensar seriamente em afastar-me definitivamente da música, enquanto carreira artística e dedicar-me de novo à pedagogia musical, para somente ministrar aulas para sobreviver, mas sem fazer parte mais de nenhuma banda autoral formalmente. 

Comuniquei então a minha saída oficialmente ao Rolando Castello Junior, no dia 6 de setembro de 2004. Só fui receber o telefonema do guitarrista, Xando Zupo, a convidar-me para conhecer o projeto de banda autoral nova que ele estava a formar, quase no final de setembro, e ainda neste mesmo telefonema, cheguei a lhe dizer que estava cansado e a pensar na aposentadoria da carreira artística. 

Só decidi ir à sua residência para ouvir a proposta e analisar o material que ele já tinha em mãos, a ensaiar com um time montado e só a lhe faltar um baixista, nessa época, portanto, que fique claro, eu não deixei a Patrulha do Espaço para entrar em outra banda. Mas o destino me fez interessar-me pela proposta artística que o Xando estava a articular juntamente com os músicos: Marcelo "Mancha", Tadeu Dias e Alex Soares, cerca de vinte e poucos dias depois. 

Nesse ínterim, o Junior comunicou que haveria um último show da Patrulha do Espaço com a nossa formação em São Carlos-SP, em outubro, e eu já havia aceitado a proposta do Xando Zupo e devo ter feito dois ensaios iniciais com essa banda que tornar-se-ia o "Pedra".

Portanto, para os desavisados de plantão, ficou a impressão de que eu "traíra" a Patrulha do Espaço e a deixara para integrar uma outra banda já com tudo planejado, mas não foi o que ocorreu, de forma alguma. 

O convite para entrar no "Pedra" ocorreu muitos dias depois de eu ter me desligado oficialmente da Patrulha do Espaço, com lisura e ética. A súbita oportunidade surgida em forma de um convite inesperado veio depois. E o fato do Rodrigo ter entrado no Pedra, também, reforçou a rede de boatos da parte dos maldosos desocupados, mas também sem cabimento algum, e no caso dele, o convite para entrar na banda veio ao final de dezembro de 2004, mais tarde portanto. 

Tal onda de ataques gratuitos e alguns até de baixo nível que vimos na Internet, durou até o primeiro trimestre de 2005 e foi a perder força, ainda bem. Assemelhara-se ao comportamento de membros de torcidas uniformizadas de clubes de futebol, tamanha a ignorância e truculência e além de serem completamente fora de propósito conforme eu aqui deixei bem explicado, vou além e digo que a Patrulha do Espaço não precisa de fãs que tem esse tipo de atitude imbecil. Ou seja, eEsses sujeitos ouviram o álbum Chronophagia, mas não entenderam nada, certamente.

Continua...

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