segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Autobiografia na Música - Patrulha do Espaço - Capítulo 266 - Por Luiz Domingues

Já conhecíamos a casa onde tocaríamos, conforme eu já disse anteriormente. Tratava-se do Drakkar, uma simpática casa encravada no boulevard comercial do bairro da Lagôa da Conceição, ponto turístico forte na cidade, recheado de restaurantes e lojas para atrair turistas, principalmente os argentinos, que ali são em número tão grande que é possível ouvir o "castellaño italianado" deles em grande profusão pelas ruas, portanto, fica-se com a sensação de estarmos na província de Buenos Aires.
O show foi sensacional, e já esperávamos por isso, baseado na experiência ali vivida meses antes. A estrutura não foi das melhores, mas o público respondeu com entusiasmo e compensou tudo.  
A viajar pelo sul a bordo do intrépido "azulão". Da esquerda para a direita: eu, Luiz Domingues, Rolando Castello Junior, Samuel Wagner e nosso grande amigo, Junior Muelas que viajou conosco nessa turnê. Atrás, semi encoberto, Rodrigo Hid. Acervo de Junior Muelas 

Aconteceu no dia 13 de novembro de 2003, com cerca de setenta pessoas na casa e mais uma vez, tivemos a participação especial de Luiz Carlini e Helena T., a abrilhantarem a noite, como convidados da nossa banda.
O planejamento inicial foi para dormirmos na cidade, mas ao pensarmos no guarda rodoviário mal-humorado que fora ameaçador na viagem de ida, nós mudamos a nossa estratégia, ao visarmos não dar margem ao azar, por isso, resolvemos dar baixa no hotel onde nos hospedáramos e viajarmos ainda com a escuridão da madrugada proeminente, no afã de o evitarmos.

Um último episódio a ser relatado em Florianópolis para essa noite, se deu quando fomos dar baixa no hotel e o funcionário de plantão nos abriu a porta, mas depois sumiu, misteriosamente.

Tiramos as nossas bagagens dos quartos, levamos tudo para o ônibus e quando voltamos para fazer o check out e entregar as chaves dos quartos, ele ainda não estava no balcão.

Paciência, deixamos as chaves dos quartos ali e um bilhete a avisá-lo sobre a nossa partida. Acho que nunca havia visto algo parecido e claro, com a conta a ser paga pelo contratante e na ausência de frigobar nos quartos, não havia nenhuma pendência financeira a ser saldada, portanto, nada nos desabonara para simplesmente partirmos e convenhamos, não foi nossa culpa que o rapaz abandonara a recepção do estabelecimento.

Chegamos à estrada ainda sob a escuridão, e a corrida que efetivamos foi a favor da escuridão nos proteger dos olhos de lince do nosso algoz germânico... se sobrepujássemos esse perigo, chegaríamos tranquilamente ao nosso próximo destino, que seria o município de Balneário Camboriú.

Continua...

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