terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Autobiografia na Música - Patrulha do Espaço - Capítulo 276 - Por Luiz Domingues

Quinta-feira e a movimentação no estúdio, logo após o café da manhã foi no sentido de posicionar os amplificadores e guitarras, inicialmente. O plano foi gravar todas as bases de guitarra, e a seguir as bases de teclados. Tudo armado enfim, e os trabalhos começaram.
Claro, guitarra é sempre mais complicado gravar, mesmo que o músico tenha os seus arranjos bem definidos em mente. São muitos detalhes de equalização, uso de pedais e sobreposições feitas em overdubs, fora a performance em si que já demanda atenção.

Entretanto, os dois tinham uma capacidade musical absurda, e mesmo sendo mais moroso tal processo, normalmente, eles foram a vencer etapa a pós etapa, todos os trabalhos a serem cumpridos.  
Uma particularidade desse disco, devido à forma abrupta na qual formarmos o repertório, algumas canções tiveram as suas respectivas letras concluídas durante nossa estada nessa chácara. Portanto,foi até lúdico de certa forma, que o processo de criação andasse em paralelo com a finalização da produção.

Tornou-se parte da rotina ver componentes da banda em momentos livres a conversarem sobre as letras, a trocarem sugestões e anotarem frases formuladas dessas conversas em cadernos pelos cantos do estúdio e da chácara.
Ao gravarem com calma, as bases foram concluídas sob um ritmo mais gradual, mas apreciávamos cada finalização e com baixo e bateria gravados, as músicas com bases foram a ganhar corpo e a se defininem com ótimo resultado.

Os timbres estavam sensacionais até então. Disparadamente foi o melhor trabalho de estúdio que a Patrulha do Espaço tinha tido até então em nossa formação, e ouso dizer, da carreira toda da banda.
Não apenas pela qualidade do estúdio e a competência dos técnicos envolvidos, mas também pelo astral dessa gravação e o bucolismo todo da chácara, portanto, nessa conjunção de fatores, era claro que se refletiria no resultado sonoro do disco.

Dia produtivo, mas que não deu para concluir tudo. A sexta abriria com a conclusão da gravação das bases de guitarra e prosseguiria com a mesma intenção, só que em relação aos teclados.
Continua... 

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