sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Autobiografia na Música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 34 - Por Luiz Domingues

O trio "núcleo duro" d'Os Kurandeiros havia se transformado na base do "Nu Descendo a Escada" do Ciro Pessoa, assim que Carlinhos Machado assumira as baquetas do "Nudes". E pouco tempo depois da sua estreia na banda, no Sesc Piracicaba (obviamente comentada no capítulo dessa banda), recebemos convites para prestigiar o casamento de Ciro Pessoa e Isabela Johansen, a ser realizado em junho.
Claro que aceitamos de pronto a honraria de prestigiar a cerimônia e festa, mas logo surgiu uma ideia ainda melhor, quando aventou-se a ideia de tocarmos na festa, a animá-la. Seria uma apresentação d'Os Kurandeiros, nos moldes das apresentações normais em casas noturnas, sendo mais "soft" em sua elaboração de set list, e com outra providencia importante, uma amenização sonora ao se optar pelo não uso de guitarra e bateria.
A ideia seria o Kim conduzir a execução ao violão, Carlinhos a comandar o "Cajon", um instrumento extremamente simples de percussão, que simula a batida básica de bumbo e caixa de bateria, ainda que rudimentar e sem pressão sonora igual à de uma bateria tradicional, e somente eu a trabalhar amplificado, a tocar baixo normalmente, mas com a ressalva de que sob um volume muito aquém do normal, para mixar-me e adequar-me aos demais.
Em relação ao set list, como eu já salientei, o Kim elaborou uma lista de baladas para predominar, além de blues rústicos, de raiz.
E lá fomos nós para um surpreendente espaço, localizado no bairro de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, onde participamos com prazer da festa, restrita aos familiares e poucos amigos muito próximos do casal.  
  "Nudes"/ "Os Kurandeiros" a tocar e prestigiar o casamento de Ciro & Isabela

Eu poderia detalhar mais esse evento no capítulo específico sobre Ciro & Nudes, obviamente, mas com o caráter que ganhou, foi natural que o compute como uma apresentação d'Os Kurandeiros, e daí a estar a mencioná-lo aqui.
Ocorreu no dia 26 de junho de 2014, em uma casa de eventos muito grande e com decoração muito surpreendente, ao se parecer um ambiente exótico de um país asiático, chamada: "Chácara Santa Cecília". 
Mas apesar do nome e das instalações que eram enormes e realmente remetiam à uma chácara, de tão silvestre que era decorada, estava encravada em um ambiente urbano, em pleno bairro de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.
A atriz Grace Gianoukas (entre Isabela e Ciro), esteve a prestigiar o evento, amiga do Ciro e do Kim, ainda mais de longa data. Lara Pap, esposa do Kim, também na foto

Cerca de trinta pessoas foram embaladas pelo som que fizemos e só houve um registro desagradável. 

Em um determinado momento da festa, um senhor completamente mal-educado e despreparado para a gerência de uma casa desse porte, abordou-nos com extrema rudeza, a alegar que o volume com o qual tocávamos estava "altíssimo" e que exigia que parássemos imediatamente.

Tirante as palavras rudes, a abordagem inicial fora extremamente deselegante, com o energúmeno "a cutucar" as costas do Carlinhos Machado, na utilização de um objeto pontiagudo. Isso por si só foi de uma deselegância atroz, nos causar espécie, justamente por tal comportamento agressivo vir da parte de um suposto gerente. Um sujeito desqualificado como esse, não serve nem para uma tarefa subalterna, quanto mais exercer comando em algum estabelecimento que lida diretamente com o público. 

Em contraponto, um dos garçons, portanto "inferior" na hierarquia da casa, e à esta besta mencionada acima, foi extremamente simpático e solícito para conosco, desde o período da tarde, quando chegamos para arrumar o som onde tocaríamos. Excepcionalmente educado, ajudou-nos o tempo todo e cativou-nos por sua simpatia e companheirismo solidário.

Antonia, filha de Ciro & Isabela, e que não só prestigiou o casamento de seus pais, como apreciou a nossa trilha sonora ao vivo!

E convenhamos, se estivéssemos a tocar com a nossa formação de Power-Trio normal no formato Rock, ainda vá lá que reclamassem do excesso sonoro, mas com um violão amplificado levemente, sem uso de drive, Cajon no lugar de uma bateria tradicional e um baixo plugado em um amplificador com apenas 35 Watts de potência, e a ser usado no volume "3", que barulho "ensurdecedor" poderíamos estar a fazer? 

Bem, o importante foi que a festa se provou muito bonita, e esse aborrecimento ocorreu no fim mesmo do evento, e assim, no cômputo geral, foi muito positivo tocar na cerimônia do casal amigo, e colega do Nudes, a nossa banda em paralelo.

Continua...

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