segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Autobiografia na Música - Patrulha do Espaço - Capítulo 264 - Por Luiz Domingues

Mais matérias e entrevistas chegaram às bancas de revistas, nesses dias. Eis mais alguns exemplos:
Na revista Modern Drummer, nº 9, de setembro de 2003, o jornalista Felipe Cirelli entrevistou o Rolando Castello Junior e a conversa girou mais em torno dos timbres e concepção de gravação da bateria no novo álbum, e alguns aspectos gerais sobre a sonoridade e estética adotada pela banda.
 

Foi muito boa a reportagem sem assinatura do autor, mas pelo teor e estilo, parece ser obra de Marcos Cruz, colaborador do Portal Wiplash e editor das revistas Rock Made in Brazil e dessa "Metal Massacre". Ele observou tudo, da capa inusitada ao conteúdo do álbum, sobre a dubiedade do título, estética & ideais e até a observar qualidade do áudio, que realmente deixara a desejar. 

Enfim, franco e honesto para tecer críticas construtivas, mas ao mesmo tempo a apontar elogios retumbantes à parte artística, ao envolver as composições, arranjos e performances, Marcos elaborou uma ótima reportagem.

Na revista Guitar Player de nº 88, de setembro de 2003, o jornalista Luciano Marsiglia fez uma entrevista muito boa com os nossos guitarristas, Rodrigo e Marcello e foi fundo nos aspectos focados nas guitarras, com bastante informação sobre as guitarras usadas na gravação do disco, assim como a obtenção dos timbres, uso dos pedais, amplificadores etc.

E os nossos guitarristas também falaram sobre influências, ao citarem guitarristas etc. Em suma, foi uma entrevista muito bem conduzida e a edição da conversa, bem editada.
Em setembro, tivemos uma notícia muito ruim. Marcello ligou-me em uma terça feira com a voz embargada e me deu a notícia de que o ex-guitarrista da Patrulha do Espaço, Dudu Chermont, houvera falecido. Muito doente, não foi novidade para nós que ele não estava nada bem, há tempos. Em março e julho, ele fizera por duas vezes, participação como convidado especial em dois shows nossos, conforme eu já relatei anteriormente. Portanto, em julho de 2003, foi o último show que ele fez na sua vida, lamentavelmente.
Eu forneci carona para a banda inteira no meu carro até ao velório e cerimônia de sepultamento de Dudu Chermont, no cemitério da Consolação, no bairro do mesmo nome, na zona central de São Paulo.

Ali, a quantidade de pessoas ligadas ao Rock foi enorme, desde veteranos dos anos 1960 & 1970, até Rockers mais mais novos das gerações mais recentes. Achei justa a movimentação e comoção gerada, mas foi muito triste ver um artista de tantos méritos e história construída, a partir tão prematuramente para o "lado de lá".

Um funcionário do cemitério ao perceber aquela quantidade de cabeludos ali presente, abordou-me, e perguntou-me se o falecido foi um artista famoso. Esse rapaz apresentou-se como guia turístico do cemitério da Consolação e sim, tal função existia ali, pois além das múltiplas esculturas e mausoléus que despertam a atenção de artistas plásticos, estudantes de artes & arquitetura, havia um fluxo de turistas a procurar por tumbas de pessoas famosas.
De fato, o cemitério da Consolação é pródigo nesse aspecto, e recebe turmas organizadas para visitar tais sepulturas de artistas, políticos e personalidades brasileiras em geral, que ali estão enterradas. Então, eu contei-lhe sobre a persona de Dudu Chermont e espero que ele tenha buscado pesquisar mais e incluído assim a tumba onde ele foi sepultado, nessas visitas.
Rolando Castello Junior levou consigo uma cópia de vinil do primeiro álbum da Patrulha do Espaço e colocou entre as mãos de Dudu, que assim foi enterrado, com essa justa homenagem.

Sem perspectivas de shows para outubro e nesse caso, só em novembro voltaríamos à estrada, o Junior agendou uma apresentação fora da agenda da Patrulha do Espaço para o Centro Cultural São Paulo. Foi mais um show tributo ao Keith Moon, o mítico baterista do The Who e desta feita, o Junior que costumava promover tal tributo de forma sazonal, com a parceria do baterista Paulo Zinner, ampliou-o, ao convidar também os bateristas superb, Marinho Thomaz (Casa das Máquinas), e Franklin Paollilo (Rita Lee & Tutti-Frutti).
Portanto, foi um show de arrepiar, com quatro bateristas a tocar, sempre em duplas, e a contar com um eventual número coletivo, com os quatro a atuarem simultaneamente. 
 
Sobre o evento, ao se considerar que fora uma atividade extra-Patrulha do Espaço, e pelo fato de eu ter participado também, eis que eu preferi relatá-lo em separado, arrolado devidamente como um "Trabalho Avulso" de minha carreira, portanto, está descrito com detalhes naquele capítulo em específico.
Leia tal história aqui mesmo no meu Blog 2, ao procurar por: Trabalhos Avulsos - Capítulo 78  -  Tributo à Keith Moon, publicado em agosto de 2003 :

http://blogdoluizdomingues2.blogspot.com.br/search?q=Trabalhos+Avulsos+Tributo+%C3%A0+Keith+Moon

E também publicado no meu Blog 3, ao bastar procurar por "Trabalhos Avulsos - Capítulo 30 - Tributo à Keith Moon, quatro bateristas alucinados

http://luizdomingues3.blogspot.com.br/2015/03/trabalhos-avulsos-capitulo-30-tributo.html

De volta ao relato sobre a Patrulha do Espaço, uma nova viagem para Santa Catarina nos esperava em novembro.
Resenha do show Tributo ao Keith Moon, publicado na revista Rock Brigade, nº 208, de novembro de 2003

Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário