quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Autobiografia na Música - Pedra - Capítulo 107 - Por Luiz Domingues

Pelo fato do ano de 2007 estar difícil para a banda em termos de oportunidades de shows, quando anunciamos essa nova data, uma boa expectativa foi criada. 

Claro que não foi nossa culpa, mas vivíamos uma época difícil, com espaços escassos para a música autoral e sob uma situação muito diferente de tempos de outrora. Nas décadas de setenta e oitenta, por exemplo, quem militava na música não poderia imaginar que chegaria uma época em que os espaços seriam exíguos para artistas autorais. Mas essa época chegou e foi com o Pedra que eu tive essa experiência angustiante, acentuada. 

O Carvalhanas estava a mil por hora a levar o nosso material para diversas casas noturnas da cidade, mas foi uma luta para convencer os seus mandatários de que valia a pena abrirem as suas portas para uma banda autoral e não ligada à cena "indie".

Essa tarefa não foi nada fácil, pois em sua maioria, tais casas só investiam no mundo viciado das bandas cover e as poucas que dignaram-se a abrirem as suas portas para bandas autorais, estavam fechadas com o nicho do "Indie Rock", onde o Pedra era um verdadeiro alienígena. 

Dessa forma, claro que vibramos com a oportunidade de tocarmos no "Mr. Blues", ainda que não fosse uma casa das mais adequadas e pior ainda, a viver dias de decadência, muito diferente dos seus melhores momentos sob outra direção e nome, quando chamava-se: "Blue Note" e fora um dos maiores pontos para o Blues & Jazz da cidade de São Paulo.

Continua...

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