quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Autobiografia na Música - Boca do Céu - Capítulo 74 - Por Luiz Domingues

Estávamos felizes por chegarmos ao final de 2021, com pandemia e tudo, mediante o resultado de seis músicas da safra de 1976-1977, resgatadas com corpo e mapa a delinear a existência de começo, meio e fim para cada uma delas. Planejávamos preparar mais uma canção, no caso, "Revirada", mas dadas as circunstâncias da logística, resolvemos fechar o ano com seis músicas recuperadas, a registrar: "Serena", "Centro de loucos", "O Mundo de Hoje", "Mina de Escola", "E o que Resta é a Canção" e "Serena".

Osvaldo Vicino na primeira foto e Wilton Rentero na segunda em um momento de aguardo pelo início do ensaio. Boca do Céu no estúdio Lumen, localizado na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo, em 5 de outubro de 2021. Clicks e acervo: Luiz Domingues  

O próximo ensaio que promovemos foi no estúdio Lumen da Vila Mariana, no dia 5 de dezembro de 2021, quando filmamos para uso interno a versão das três músicas citadas acima, para que somadas às filmagens das três anteriores, pudéssemos enviá-las ao baterista Nelson Laranjeira, para que ele as escutasse e consequentemente se preparasse para participar de um ensaio no formato de quarteto.

Particularmente eu fiquei bastante contente por verificar que mesmo com a pandemia e mediante espaçados ensaios, nós tenhamos construído esse alicerce primordial e neste momento tivéssemos enfim essa constatação clara sobre o desenvolvimento do grande resgate proposto em 2020.

No momento do pós-ensaio, da esquerda para a direita: Eu (Luiz Domingues), a comandar a selfie, Osvaldo Vicino e Wilton Rentero.  Ensaio do Boca do Céu no estúdio Lumen de São Paulo em 5 de dezembro de 2021. Click (selfie) e acervo: Luiz Domingues

Outra boa novidade foi no campo da preservação do material, quando através de um material salvo pelo Wilton Rentero, nós conseguimos resgatar alguns vídeos feitos durante o primeiro e festivo reencontro de 2020, com a formação original da banda, completa, presente no estúdio Espaço Som do bairro de Pinheiros em São Paulo, no dia 15 de fevereiro de 2020. 

Tal preservação do material coincidiu com uma fase em que eu começara a organizar o meu canal de YouTube, portanto, veio muito a calhar para que fizessem companhia ao histórico vídeo da rara aparição do Boca do Céu, filmada em junho de 1977, para compor o início de uma playlist dedicada exclusivamente à banda em meu canal.

Boca do Céu - Reencontro de ex-componentes - 15 de fevereiro de 2020 - Estúdio Espaço Som/SP - Música: Trecho de "Boeing 723897" (Allan Terpins/Dudi Guper/Tico Terpins). Filmagem e cortesia: Fran Sérpico. Apoio e cortesia na produção: Wilton Rentero. Fotos do reencontro: Marcos Kishi. Boca do Céu: Osvaldo Vicino: Guitarra e Voz, Laert Sarrumor: Voz, Wilton Rentero: Guitarra, Luiz Domingues: Baixo. Músico convidado: Nelson Laranjeira: Bateria

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=XA6G4EPGpww

Boca do Céu - Reencontro de ex-componentes - 15 de fevereiro de 2020 - Estúdio Espaço Som/SP - Música: trecho de "Mexico Lindo" (Tico Terpins). Filmagem e cortesia: Fran Sérpico. Apoio e cortesia na produção: Wilton Rentero. Fotos do reencontro: Marcos Kishi. Boca do Céu: Osvaldo Vicino: Guitarra e Voz, Laert Sarrumor: Voz, Wilton Rentero: Guitarra, Luiz Domingues: Baixo. Músico convidado: Nelson Laranjeira: Bateria

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=u2MXLe7nMYI

Boca do Céu - Reencontro de ex-componentes - 15 de fevereiro de 2020 - Estúdio Espaço Som/SP - Música: outro trecho de "Mexico Lindo" (Tico Terpins). Filmagem e cortesia: Fran Sérpico. Apoio e cortesia na produção: Wilton Rentero. Fotos do reencontro: Marcos Kishi. Boca do Céu: Osvaldo Vicino: Guitarra e Voz, Laert Sarrumor: Voz, Wilton Rentero: Guitarra, Luiz Domingues: Baixo. Músico convidado: Nelson Laranjeira: Bateria

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=fVkA5q2sNLg

Boca do Céu - Reencontro de ex-componentes - 15 de fevereiro de 2020 - Estúdio Espaço Som/SP - Música: Trecho de "São Paulo By Day" (Tico Terpins). Filmagem e cortesia: Fran Sérpico. Apoio e cortesia na produção: Wilton Rentero. Fotos do reencontro: Marcos Kishi. Boca do Céu: Osvaldo Vicino: Guitarra e Voz, Laert Sarrumor: Voz, Wilton Rentero: Guitarra, Luiz Domingues: Baixo. Músico convidado: Nelson Laranjeira: Bateria

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=ixKQb6h8SJ4

Da esquerda para a direita: Wilton Rentero, Nelson Laranjeira, Osvaldo Vicino e eu (Luiz Domingues). Ensaio do Boca do Céu no estúdio Lumen de São Paulo em 12 de dezembro de 2021. Acervo e cortesia: Wilton Rentero. Click: Mara

O próximo ensaio que realizamos foi importante para demarcar uma nova fase dentro do resgate que planejamos. Isso porque nós marcarmos mais um apontamento para o estúdio Lumen da Vila Mariana, mas desta feita a contar com a presença do baterista Nelson Laranjeira para atuar conosco. 

Como eu já expliquei anteriormente dentro deste relato autobiográfico, quando surgiu a ideia de resgatarmos as músicas do nosso repertório de 1976-1977, sabíamos que o nosso baterista original, Fran Sérpico não atuaria conosco, mas ele mesmo indicara o seu cunhado que foi durante décadas, baterista atuante em bandas cover a se apresentarem pelo circuito da noite paulistana. Portanto, seria um elo familiar que ele, Fran Sérpico, manteria para a formação ficar ao máximo perto da original, dos anos setenta.

Da esquerda para a direita: Osvaldo Vicino, Nelson Laranjeira, Wilton Rentero e eu (Luiz Domingues). Ensaio do Boca do Céu no estúdio Lumen de São Paulo em 12 de dezembro de 2021. Acervo e cortesia: Wilton Rentero. Click: Mara

Dessa forma, eis que no dia 12 de dezembro de 2021, recebemos a gentil persona de Nelson Laranjeira que se prontificou a ensaiar, aprender a tocar as músicas que já havíamos fechado um corpo inicial e participar de mais um ensaio para que nos colocássemos preparados para gravar um ensaio com uma melhor qualidade sonora a fim de mostrarmos o material ao Laert Sarrumor, para que ele iniciasse a sua interação conosco.

Ensaiamos e conseguimos passar quatro músicas e filmá-las
com a atuação do baterista Nelson Laranjeira, ainda que tais filmagens ficassem expostas apenas no âmbito interno para a nossa consulta, sob uma primeira etapa e quem sabe, no futuro servissem para serem usadas em um possível documentário sobre o resgate do trabalho da nossa banda dentro desse longo hiato entre os anos setenta e o ano de 2020 quando resolvemos de fato empreender tal esforço.

Da esquerda para a direita: Wilton Rentero, Osvaldo Vicino, Nelson Laranjeira, e eu (Luiz Domingues). Ensaio do Boca do Céu no estúdio Lumen de São Paulo em 12 de dezembro de 2021. Acervo e cortesia: Wilton Rentero. Click: Mara 

Dessa forma, conseguimos filmar "Serena", "Centro de Loucos", "O Mundo de Hoje" e "E o que Resta é a Canção" e com a bateria atuante, o sentido do pulso nos deu muito maior segurança e por conseguinte, oportunidade para que o trio das cordas atuasse com maior desenvoltura. E mais que isso, nos deu uma visão boa de que os nossos esforços ao longo dos seis meses em que trabalhamos no ano de 2021 e alguns esforços pontuais feitos em 2020, com pandemia e tudo, houvessem valido a pena. Estávamos no bom caminho, essa foi a conclusão nesse ponto do final de 2021.   

E por motivos pessoais em torno de um impedimento, eu mesmo tive que desmarcar o ensaio que faríamos no dia 19 de dezembro de 2021, e assim, a ideia de gravarmos as seis músicas iniciais do projeto de resgate que gravaríamos com o formato de ensaio no estúdio Mecanix, ficou postergada para a primeira data possível de 2022. 

Diante dessa realidade, foi um prejuízo pequeno em face ao que havíamos construído durante o ano de 2021 e claro, a se levar em conta todas as dificuldades decorrentes da pandemia de 2020-2021 e também pelos impedimentos pessoais de cada um para manter uma logística bem estruturada, a manter a periodicidade dos ensaios.

Portanto, assim fechamos o ano de 2021, com um avanço significativo do projeto de resgate do nosso material de 1976-1977 e a elevar a esperança de que em 2022, haveríamos de chegar ao ponto de ser possível cogitar uma gravação efetivamente e assim, finalmente concretizarmos o sonho que não alcançáramos nos anos setenta, para registrar o material autoral do Boca do Céu com um disco da nossa banda, até que enfim.

Sob a lente da fotógrafa Ana Fuccia, aí estou eu (Luiz Domingues), a usar a camiseta do Boca do Céu e a segurar em mãos a almofada com a foto da nossa banda em um momento de 1977. Almofada confeccionada por Amanda Fuccia

Continua...

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Autobiografia na Música - A Chave do Sol - Capítulo 423 - Por Luiz Domingues

Bem, de julho a outubro de 2021, a nossa banda não teve mais novidades, a não ser quando houve a execução de uma música nossa ("Sun City"), na edição 246 do programa "Só Brasuca" da Webradio Crazy Rock, com sete execuções marcadas entre os dias 2 e 8 de outubro de 2021.

E também quando o fã e amigo, Beto Ribas, me abordou na rede social Facebook para pedir a minha contribuição no sentido de que eu citasse uma frase extraída de qualquer letra de música nossa que eu considerasse emblemática a representar a banda. A intenção dele foi usar tal frase extraída de um verso de qualquer letra de nossa autoria, para fazer parte de um painel que tencionara criar para homenagear A Chave do Sol.

Ora, fiquei feliz pela sua percepção e sobretudo por conta da intenção de nos presentear com tais peças publicitárias.

Dessa maneira eu recebi a incumbência de tal escolha e na prática, eu poderia ter sugerido diversas outras frases extraídas de letras das nossas músicas. Letras que eu mesmo (Luiz Domingues) escrevi, com teor espiritualizado como "Luz" ou mesmo coadunada com preocupação ecológica, como "Intenções" e que neste caso, mantém no seu bojo uma visão muito particular minha, sob o teor hippie/humanista a respeito do papel da humanidade na preservação do meio ambiente. 

Letras mais diretas escritas pelo Beto Cruz também contém certas frases que poderiam representar aforismos fortes sobre o cotidiano e no caso de: "A Chave é o Show", por exemplo, há todo aquele sentido de auto-enaltecimento da nossa própria banda, que embora eu reconheça ter sido uma postura um tanto quanto altiva da nossa parte, ao ter colocado essa peça de forma pública e oficial em um disco na ocasião em 1987, esta canção possua mesmo assim, o lado poético do nosso pensamento sobre o papel da banda naquele contexto dos anos 1980 em relação aos admiradores do trabalho. Portanto, uma frase extraída dessa letra poderia suprir bem a necessidade de Beto Ribas de usá-la para formatar os cartazes.

E faltou falar sobre uma terceira hipótese, que tem muito a ver com a construção da carreira da nossa banda, no sentido da utilização de poemas oferecidos por colaboradores, e no caso, Edgard Puccinelli Filho e Julio Revoredo foram artistas das letras proeminentes em tal apoio.

No caso do Edgard, a sua contribuição foi única nesse sentido, com a criação da letra da música: "Anjo Rebelde" que está registrada em nosso EP de 1985 e para quem leu a minha autobiografia e em específico sobre a minha história com A Chave do Sol, sabe bem que ele já tinha esse poema escrito e o declamava em diversas ocasiões em público, muito tempo antes de nos cedê-lo para que o musicássemos. De fato, há frases ali que poderiam ser usadas para estes cartazes anunciados por Beto Ribas em 2021.

Contudo, eu acredito que se eu buscasse uma frase em meio às letras que o Julio Revoredo escreveu para musicar algumas peças do nosso repertório, eu faria uma escolha bem sofisticada e profunda para representar a nossa banda em tal empreitada proposta por Beto Ribas.

Então eu nem precisei ponderar muito, pois sempre gostei muito de um verso da canção "Ufos", que eu considero um aforismo, tamanha a sua força por si só e que revela, por conseguinte, uma consideração de cunho filosófico e com o peso da metáfora a aludir ao aspecto metafísico e ouso dizer, com teor transcendental.

Nesses termos, eu escolhi o verso: "A Humildade é o Caminho para a Felicidade Superior", ou seja, uma frase impactante que eu considero muito expressiva e que vai de encontro à minha visão de vida, sempre amparada pelos ideais da contracultura hippie sessentista, sob o viés da igualdade e fraternidade entre os homens. 

E assim, eu comuniquei de pronto a minha escolha para o Beto Ribas que no mesmo dia já me enviou o cartaz montado com a frase criada por Julio Revoredo, em destaque e sob diferentes versões em termos de cores, para ser usado sem restrições para ações de divulgação ao meu livre critério. Muito bem, agradeci ao Beto Ribas e fica registrada aqui nesta parte da minha autobiografia, que fique ad eternum tal gratidão da minha parte e que certamente me emocionou.

Em dezembro, o amigo e apoiador da nossa banda, Beto Ribas, preparou mais três painéis para homenagear A Chave do Sol, a fazer uso da foto que usamos para ilustrar o bootleg "Teatro Piratininga/SP 1983", oriunda do álbum de fotos desse show que fizéramos em abril de 1983. Obviamente que fiquei feliz com tal presente de final de um ano tão dramático para a nossa banda, em função do desaparecimento do nosso cofundador e mentor do nome da banda, Rubens Gióia.

Bem, além dessas ações publicitárias, nada mais relevante ocorreu para a nossa banda até o término de 2021, a não ser uma última ação midiática, quando a convite da webradio Orra Meu, eu representei A Chave do Sol mediante um curto depoimento em um especial de fim de ano que essa emissora apresentou, com a inclusão da nossa clássica peça, "18 Horas" a nos ilustrar sonoramente a falar.

Encerrado o relato sobre o final de 2021, cabe aqui uma pequena reflexão para sintetizar o que a nossa velha banda tão atuante nos anos 1980, protagonizou nesse tempo mais adiante, com o século XXI em curso.

Em 2020, surgiu a oportunidade de um show reunião com a formação original do nosso Power-Trio básico. Estava tudo certo e faríamos enfim o espetáculo tão esperado por nossos fãs, desde 1987.

Entretanto, a pandemia mundial decorrente da ação do Coronavírus se agravou sobremaneira e adiou o nosso plano. Por outro lado, eu mesmo em pessoa me esforcei para incrementar o lançamento dos seis discos bootlegs alimentados por áudios raros que eu mantive guardados por anos a fio através de jurássicas fitas K7. Portanto, mesmo com o adiamento do show anteriormente marcado parta julho de 2020, eu tomei a providência de produzir e lançar os seis discos que seriam na verdade revelados no dia do show a seguir a minha planificação inicial. 

Tive o apoio decisivo do meu amigo e companheiro d'Os Kurandeiros, Kim Kehl nessa produção, que colocou a mão na massa para trabalhar o áudio que alimenta tais discos e criar a arte das capas dos seis álbuns piratas e históricos para reforçar a discografia da nossa querida banda. 

Outra ação importante foi ter criado a linha de almofadas a conter todas as estampas com capas de discos d"A Chave do Sol, graças ao esforço e arte de Amanda Fuccia e posteriormente registrado em fotos pela lente da sua mãe, Ana Fuccia.  

Tanto o lançamento dos discos, quanto das almofadas, seriam itens para ilustrar materialmente o show de 2020, mas com o advento da pandemia mundial, tal evento ficou postergado sine die. Entretanto, com a notícia terrível que tivemos em 15 de janeiro de 2021, a dar conta do falecimento de Rubens Gióia, eis que a questão da pandemia passar ou não o quanto antes, não impactou mais a resolução de se promover o show reunião da nossa banda em sua formação original, pois ao perdermos Rubens Gióia, tal ideia foi enterrada junto com ele, de forma triste.

Essa banda também foi/é minha (Luiz Domingues) e do José Luiz Dinola, igualmente e podemos acrescentar os cinco vocalistas que fizeram parte da formação ao longo da nossa carreira, notadamente Verônica Luhr, Fran Alves e Beto Cruz com um pouco mais de proeminência por questões óbvias e amplamente relatadas ao longo da minha autobiografia, embora Percy Weiss e Chico Dias também façam parte dessa história. 

Todavia, é bem sabido que o nome dessa banda foi uma concepção do nosso guitarrista, Rubens Gióia e muito mais que isso, representara a sua percepção lúdica e onírica de um sonho que acalentara desde criança, e neste caso, para ser específico, falo sobre algo que ele fomentara entre 1969 e 1970, ali com seis a sete anos de idade apenas, no sentido de sonhar com a formação de uma banda de Rock. 

Portanto, essa banda foi a priori a concretização do seu sonho infantil e aí sim, somada ao esforço de valorosos companheiros, eu incluso, se formatou efetivamente no ano de 1982, cresceu, lutou, sofreu, teve ótimas conquistas ao longo dessa década e deixou o seu legado muito bonito, ao ponto de manter fãs apaixonados da sua obra e história nos anos e décadas posteriores. Pois se escrevo este trecho ao final de 2021, não é notável que a nossa banda que encerrara atividades no longínquo ano de 1987, ainda despertasse tanta comoção, trinta e quatro anos depois e a se levar em conta que vivíamos em um mundo efêmero, no qual tudo era esquecido e considerado obsoleto, instantaneamente? 

É portanto, motivo de orgulho de minha (nossa) parte, sim e qualquer manifestação de carinho que surja nesse sentido, me emociona certamente e ainda mais a se considerar que escrevo este trecho em 2021, ou seja, uma prova cabal de que a nossa banda marcou a vida de muitas pessoas, positivamente e mais do que isso, com uma longevidade afetiva impressionante.

Por outro lado, a morte de Rubens Gióia, sepultou definitivamente a ideia de um show reunião, por conseguinte, a possibilidade de uma continuidade com material novo, quiçá uma nova fase a ser escrita com material inédito e um novo álbum ao sabor do século XXI. 

Ficou em aberto a chance desse show anteriormente marcado para julho de 2020 ser efetuado, mas com a conotação de uma homenagem ao Rubens. Eu (Luiz) e Dinola conversamos sobre isso e o produtor do show, Gegê Guimarães também me abordou para falar a respeito. No entanto, eu ponderei que sim, aceitaria de bom grado realizar o espetáculo, mas talvez sem usar o nome "A Chave do Sol", exatamente por saber que esse nome calava fundo ao Rubens, por representar o seu sonho e talvez fosse inadequado usar o nome e sem a sua presença física no palco, mesmo que a intenção fosse exatamente lhe prestar um tributo póstumo.  

Bem, independente dessa especulação que surgiu após o seu falecimento, o fato extra foi que a pandemia piorou e assim chegamos ao final de 2021 ainda sem uma perspectiva concreta de que tal show tributo pudesse acontecer. Dessa forma, fecho este capítulo sem poder anunciar oficialmente esta continuidade de história autobiográfica de minha parte com essa banda e mesmo por que, há a possibilidade de que lancemos mais uma safra de discos bootlegs no futuro, pois eu tenho material para tal empreitada, a conter mais shows ao vivo do período de 1986 e 1987, principalmente.

Enfim, lastimo mais uma vez a perda do cofundador da nossa banda em 2021 e que efetivamente fez do seu sonho infantil nos anos sessenta, o mote para a criação do nome do grupo e que a posteriori, marcou a vida de muitos fãs, admiradores e colaboradores nossos, até os dias atuais de 2021, quando encerrei este texto.

Fica em aberto uma continuidade, outrossim, haja vista a possibilidade de um show tributo ao Rubens em algum momento pós-2022 e também sobre o lançamento de mais discos piratas com material raro da nossa produção nos anos 1980.

Portanto (possivelmente), continua...

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Autobiografia na Música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 158 - Por Luiz Domingues

Rapidamente nos acertamos no palco com o apoio dos roadies terceirizados do evento e entre eles a figura do Ricardo Lima, um profissional muito competente e também por Samuel Wagner, meu velho amigo, roadie atuante no meu tempo com a Patrulha do Espaço e também com o Pedra.

Renata "Tata" Martinelli a brilhar intensamente no comando da voz d'Os Kurandeiros, durante o Dellaz Fest da Webradio Stay Rock Brazil em 23 de outubro de 2021. Click, acervo e cortesia: Cesar Gavin

Sem impedimentos, logo veio a autorização da produção para a filmagem ser iniciada e assim, o grande radialista e nosso amigo, Rogério Utrila fez a apresentação oficial para a TV de YouTube da Webradio Stay Rock Brazil e nós iniciamos a performance com a entrada ao estilo "Overture" que vínhamos a usar desde o lançamento do CD "Sonhos & Rosquinhas Suíte" e a seguir, executamos "A Noite Inteira", já a contar com a voz espetacular de Renata "Tata" Martinelli, e além do mais a contar com a sua presença de palco e beleza feminina para tornar tudo mais empolgante e belo para nós.

Carlinhos Machado em ação! Os Kurandeiros no Dellaz Fest da Webradio Stay Rock Brazil em 23 de outubro de 2021. Click, acervo e cortesia: Cesar Gavin

Depois, Kim Kehl interpretou a nossa versão para "Mickey Mouse, a Gata e Eu", a homenagearmos o Made in Brazil e veio muito a calhar, pois um dos motes desse festival foi celebrar os cinquenta e quatro anos de existência dessa histórica banda. E "Pro Raul" tratou por estender o bloco de homenagens certamente, ao prestar o devido tributo ao Raul Seixas.  

Na primeira foto, Phill Rendeiro, com a minha presença (Luiz Domingues) ao seu lado, por detalhes. Na segunda, Kim Kehl e Nelson Ferraresso em ação. Na terceira, eu (Luiz Domingues), em destaque. Os Kurandeiros no Dellaz Fest da Webradio Stay Rock Brazil. 23 de outubro de 2021. Clicks, acervo e cortesia: Cesar Gavin

Eis que chegou a hora de tocarmos uma canção do então novo CD lançado, a homônima ao título do disco, "Cidade Fantasma" e na interpretação da Tata, eu posso afirmar que ficou um primor.

"Viagem Muito Louca" com Os Kurandeiros no Dellaz Fest da Webradio Stay Rock Brazil em 23 de outubro de 2021.

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=20b7O92mMfo

Chegou o momento de tocarmos mais uma canção do novo disco, quando homenageamos o saudoso Ciro Pessoa. Foi um momento psicodélico, certamente, pelo teor da letra a evocar a memória do Ciro que tanto amou a psicodelia sessentista e o surrealismo em doses maciças, enquanto esteve entre nós.

"Noite de Sábado" com Os Kurandeiros no Dellaz Fest da Webradio Stay Rock Brazil em 23 de outro de 2021.

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=tMMp1ea_so4

"Noite de Sábado", com a sua proposta clara em torno do Blues-Rock com muito embalo ao melhor sabor do Texas Blues, abriu caminho para mais uma canção do novo álbum e deu brecha para um clássico da banda, em torno de "Cocada Preta", que teve uma das versões balançadas da nossa formação, eu posso assegurar. 

Uma panorâmica da banda no palco do pocket Teatro do estúdio Espaço Som de São Paulo, durante a realização do Dellaz Fest da Webradio Orra Meu. 23 de outubro de 2021. Click, acervo e cortesia: Juliana Rendeiro

Outro clássico do repertório da banda sobreveio, com "A Galera quer Rock" e o embalo que produzimos foi fidedigno a uma afirmação oriunda de um verso cantado na música, no qual se diz que de Nova York ao bairro paulistano da Barra Funda, a galera quer mesmo é o Rock.

"São Paulo" (Vai Sobreviver) com Os Kurandeiros no Dellaz Fest da Webradio Stay Rock Brazil em 23 de outubro de 2021. 

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=zpCZEbDldXM

A seguir, tocamos: "São Paulo" (Vai Sobreviver), também oriunda do CD Cidade Fantasma e que faz alusão metafórica ao "lockdown" que vivemos por conta da pandemia mundial de 2020/2021 e a demarcar a mensagem otimista de que apesar de tudo, a cidade de São Paulo, o berço da nossa banda, haveria de sobreviver.

E para encerrar a nossa apresentação, executamos o trecho final da canção: "Sonhos & Rosquinhas Suíte" com a emenda natural a apresentar o tema de encerramento do show, que também faz parte da sequência no mesmo disco.

A banda perfilada no corredor de acesso ao palco, minutos antes da apresentação se iniciar. Da esquerda para a direita: Phill Rendeiro, Renata "Tata" Martinelli, eu (Luiz Domingues), Kim Kehl, Carlinhos Machado e Nelson Ferraresso. Os Kurandeiros no Dellaz Fest da Webradio Orra Meu em 23 de outubro de 2021. Click, acervo e cortesia: Juliana Rendeiro

Saímos de cena muito felizes pela boa performance cumprida, certamente e também pela oportunidade de termos participado de um festival tão bem produzido e sobretudo, com nobres intenções e recheado de artistas do mais fino trato.


Acima, assista um vídeo com a apresentação completa d'Os Kurandeiros no Dellaz Fest da Webradio Stay Rock Brazil em 23 de outubro de 2021.

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=SNJFBzE8QKY

Continua...

domingo, 12 de dezembro de 2021

Autobiografia na Música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 157 - Por Luiz Domingues

E lá fomos nós então, participar do Festival "Dellaz Fest", a homenagear grandes cantoras da cena brasileira da então atualidade de 2021, também para comemorar os treze anos de existência e com bons serviços prestados pela Webradio Stay e além do mais, a prestar o nosso reconhecimento e respeito pelos cinquenta e quatro anos de carreira do Made in Brazil, uma banda mais que longeva, mas icônica na história do Rock brasileiro.

Eu fui o primeiro componente da nossa banda a chegar no pequeno, mas bem aconchegante teatro pertencente ao estúdio "Espaço Som", localizado no bairro de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. A nossa banda já havia participado de uma transmissão "live" feita ali nesse mesmo espaço, em janeiro do mesmo ano, desta feita a atuarmos como um Power-Trio, o chamado núcleo duro d'Os Kurandeiros.

Mas desta feita, estaríamos com a versão do sexteto, com a presença de Phill Rendeiro e Nelson Ferraresso a reforçar e abrilhantar muito o som, ou seja, a encorpar e trazer muitas nuances sonoras ricas e para melhorar ainda mais a nossa performance, a contarmos com a maravilhosa, Renata "Tata" Martinelli, uma cantora sensacional em essência.

Nos bastidores do pocket teatro de estúdio Espaço Som de São Paulo. Da esquerda para a direita: o ativista cultural e amigo da banda, Cesar Gavin, Carlinhos Machado e Nelson Ferraresso. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Festival Dellaz Fest de São Paulo. 23 de outubro de 2021. Click (selfie), acervo e cortesia: Cesar Gavin

O ambiente estava o melhor possível nos bastidores, todos os participantes e respectivas cantoras em destaque eram nossos amigos, portanto, foi festivo, alegre e prazeroso rever tantos amigos ali.

A banda "Valvulados" com a ótima Taty Pacheco a comandar o microfone, encerrou a sua apresentação e logo entrou o combo, "Mesa do Rock" em cena, com a não menos brilhante cantora, Amanda Semerjion. Logo a seguir, chegou a nossa vez, então.

Continua...

sábado, 4 de dezembro de 2021

E Vamos Falar de Flores... - Por Telma Jábali Barretto

Entramos naquele período do ano que, mesmo com mudança de hábitos, costumamos desejar, criar boas expectativas e talvez um dos poucos fechos aguardados certa com alegre excitação. Tempo que amolecemos o coração, nossa generosidade fica estimulada e o melhor de nós é trazido à superfície com alguma incomum e bem-vinda facilidade. 

É Natal... e essa solícita e compassiva forma de interagirmos, também e naturalmente, vai povoando nossas relações e, por conseguinte, convívio que, por consequência, mensagens, falas e bons votos são abundantemente oferecidos. Claro que bem além de um contexto já familiar para todos, esperamos e parece bastante desejável que Aquele que move toda essa solícita atitude, o nobre aniversariante, deva ser o gerador, promotor dessa considerável melhora na qualidade das trocas, usuais entre nós e que vêm da lembrança de Suas mensagens agora oxigenadas, revigoradas em cada ser humano. 

Bom e ótimo ver a boa vontade reinando entre nós, irmãos de DNA Divino, com essa rememoração renovada, ressignificada e, em especial e com mais ênfase, quando constatamos desafios transpostos e mais ainda temos a agradecer e por que não...?!...festejar! 

Nosso sincero desejo nessa reflexão compartilhada vai no intuito de que saibamos transportar tais bons fluidos com expectativas e gostosas esperas sejam abraçadas de maneira corajosa e mais aguerrida disposição para bem mais além desse pequeno intervalo e tempo, mas, ao longo de nosso com viver, conviver, sendo exercício mesmo de musculatura, investimento sério e, quem sabe, até, mais amadurecimento no preservar desse sadio empenho, cultivando em nós a necessidade mais seletiva dessa amorosa fome, sede que abastece de melhores alimentos e panaceias dessas saudáveis energias gentis, cuidadosas que são suprimento, combustível de nossa alma, nutrindo o melhor de nós e do outro e... do mundo... 

Vamos estar atentos naquilo que, com certa frequência, nutrimos nossa vidinha em meio a notícias, hábitos, ideias e conceitos observando a qualidade e se vão ao encontro dessas propostas harmonizadoras que acalmam emoções ou... simplesmente alertas e ameaças muitas vezes roubando a paz e a serenidade buscadas, tão propaladas como sendo desejadas e... que... nem sempre, conscientemente, focamos nossa intenção... mais que isso, se de fato e continuamente dessa maneira abastecemos... consumimos... disciplinamos ...?! ... 

Lidar com realidades difíceis sim! De preferência agindo em consonância com as premissas salutares! Assim, sejamos aqueles que, em meio a contendas e confusões, desalentos e amedrontares, acalmemos e serenemos ânimos (os nossos, já que os dos demais cabem a cada um...), propondo, reverberando um solene ‘-vamos falar de flores- ‘... e que saibamos cultivá-las em nosso interior, coração! (...’-vamos falar de flores-’ in memorian a uma convivência querida, inspiradora...).

 

Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga, consultora para a harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Autobiografia na Música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 156 - Por Luiz Domingues

Animados com o lançamento de um novo álbum, eis que recebemos o convite para participarmos mais uma vez de uma comemoração de aniversário da emissora Webradio Stay Rock Brazil, portanto, ficamos bastante honrados com tal convite para a festa de 2021, a demarcar os treze anos de existência dessa estação de rádio e como uma repetição da nossa participação, pois já havíamos participado da mesma comemoração, mas relativa ao ano de 2016, ou seja, quando se comemorou o seu oitavo aniversário naquela ocasião passada.

Para tanto, desta feita houve um mote a mais, aliás, dois. Pois além de se comemorar o aniversário da rádio, a festa foi organizada como um festival a valorizar a participação feminina no Rock e assim, foram escaladas bandas que possuíssem vocalistas mulheres e também uma banda formada inteiramente por mulheres, igualmente.

Essa ideia evolui para algo mais, no entanto, na medida em que as bandas escaladas foram escolhidas por possuírem vocalistas que já haviam tido passagem pelo Made in Brazil, para que no fim, todas as meninas cantoras atuassem como convidadas por tal banda decana. Portanto, que ótima ideia para tornar o festival ainda mais atrativo!

Na prática, contudo, nem todas as cantoras escaladas tiveram passagem pelo Made in Brazil em suas respectivas carreiras, mas mesmo assim, acredito que a meta foi cumprida e dessa forma o festival batizado como: "Dellaz Fest" a sugerir a presença "delas", as cantoras, como o mote principal e o fato do Made in Brazil fechar o evento a comemorar os seus 54 anos de carreira, também foram atrativos memoráveis a abrilhantar o aniversário da Webradio Stay Rock Brazil.

No caso da nossa banda em específico, a melhor representante feminina não poderia ter sido outra cantora, a não ser Renata "Tata" Martinelli, extraordinária por si só como uma grande vocalista, e com a marca d'Os Kurandeiros em seu DNA por ter sido componente fixa por algum tempo, inclusive, bem na época em que eu ingressei na banda, no então já longínquo ano de 2011.

A banda a posar no momento pós-ensaio do dia 15 de outubro de 2021. Da esquerda para a direita: Nelson Ferraresso, Phill Rendeiro, Renata "Tata" Martinelli, Kim Kehl, eu (Luiz Domingues) e Carlinhos Machado. Estúdio Mad do bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Realizamos apenas dois ensaios, no estúdio "Mad", do bairro da Lapa, nos dias 15 e 22 de outubro de 2021 e com a Tata Martinelli a assumir a voz solo inclusive de algumas músicas novas, do recém-lançado CD "Cidade Fantasma" de uma forma magnífica e nos colocamos bem preparados para cumprir a nossa participação do "Dellaz Fest" da Webradio Stay Rock Brazil, no dia 23 de outubro de 2021.

Continua...

domingo, 28 de novembro de 2021

Autobiografia na Música - Boca do Céu - Capítulo 73 - Por Luiz Domingues

Sobre a canção, "O Que Resta é a Canção", a roupagem que ela estava a adquirir no padrão de 2021, evidentemente que se tornou muitíssimo mais requintada do que jamais poderíamos concebê-la em 1976, sem, no entanto, recorrer à modernizações estéticas que lhe extraíssem o seu sabor sessenta-setentista original de sua estética e intenção. 

Simplesmente amadurecidos, tocamos como sonhávamos naquela época, porém de uma forma mais do que natural e assim, a canção ficou rica em ornamentos e também na sua melodia, pois pelo pouco que eu me recordo da sua versão primordial, ela não tinha uma linha nesse sentido tão bem delineada na ocasião em que fora concebida.

Wilton Rentero a tocar na primeira foto e ele mesmo, novamente, acompanhado de Osvaldo Vicino, desta feita. Ensaio do Boca do Céu no estúdio "Lumen", localizado no bairro da Vila Mariana, na zona leste de São Paulo, em 31 de outubro de 2021. Clicks e acervo: Luiz Domingues

E foi assim então, não apenas em relação à balada, "E o Que Resta é a Canção", mas também com as outras seis músicas com as quais estávamos a trabalhar, evidentemente que o mesmo resultado estava a ser notado por todos nós. 

E nesta altura, mesmo ainda a trabalharmos de uma forma bastante preliminar na preparação de mapas, estes a serem considerados provisórios das músicas em questão, eu particularmente já estava convencido de que o material de 1976-1977, se mostrava muito promissor, mesmo com as letras bem ingênuas em sua maioria, exatamente para preservamos ao máximo a essência do trabalho que fizemos ou tentamos fazer nos anos setenta mediante os nossos parcos recursos daquela ocasião.

Osvaldo Vicino e Wilton Rentero ao fundo, com a minha presença (Luiz Domingues) a comandar o click. Ensaio do Boca do Céu no estúdio "Armazém", localizado no bairro do Tatuapé, na zona leste de São Paulo em 21 de novembro de 2021. Click (selfie) e acervo: Luiz Domingues

Nesta altura, estávamos resolutos em realizar mais um ensaio com o trio das cordas e a seguir, marcarmos um ensaio com o baterista, Nelson Laranjeira, cunhado do nosso baterista original, Fran Sérpico e que gentilmente participara da nossa reunião nostálgica de 2020, pouco tempo antes de estourar a notícia da pandemia decorrente do Coronavírus no Brasil. 

Osvaldo Vicino e Wilton Rentero, a confabularem durante o ensaio. Boca do Céu no estúdio "Armazém", localizado na zona leste de São Paulo, em 21 de novembro de 2021. Click e acervo: Luiz Domingues

Portanto, pelo laço de parentesco com o Fran, ele haveria de representar bem o nosso baterista dos anos setenta e assim, a seguir, gravaríamos um segundo ensaio com ele na bateria para termos um material com um áudio razoável para finalmente enviarmos ao Laert, para que ele pudesse começar a interagir conosco. 

E sob uma segunda fase, iniciaríamos um novo esforço para resgatarmos mais quatro ou cinco músicas dos anos setenta e abrir caminho para composições novas, uma safra de 2021, inteiramente inédita. 

Eu (Luiz Domingues) a comandar o click da máquina, com Osvaldo Vicino e Wilton Rentero ao fundo, ambos entretidos com alguma imagem do celular do Wilton. Ensaio do Boca do Céu no estúdio "Armazém" de São Paulo em 21 de novembro de 2021. Click (selfie) e acervo: Luiz Domingues

Todavia, nós sentimos a necessidade de marcarmos mais um ensaio, antes de convidarmos o baterista Nelson Laranjeira para nos auxiliar em tal tarefa de registrar as canções.

Continua...