quarta-feira, 27 de abril de 2016

Entrevista: Pedras Pilotáveis - Por Luiz Domingues

Bato na tecla, diuturnamente, que o Rock brasileiro não está morto como muitos falam por aí. O que tem ocorrido nos últimos anos, é que os espaços midiáticos nos foram cerceados de forma violenta, portanto, não é por falta de artistas e sobretudo, não se trata de uma crise institucional de falta de qualidade, para que os Rockers não tenham o espaço e a visibilidade devida.

Pelo contrário, artista de qualidade é o que não falta, espalhados pelos quatro cantos deste Brasil...

Ao dar murro em ponta de faca, eu coloco os meus humildes Blogs à disposição de tais artistas que militam no underground, a lutarem com todas as dificuldades inerentes e com muita dignidade, a persistirem, com tenacidade. Aliás, isso é mérito acumulado, ao meu ver. Resistência, tenacidade e fé na arte livre, na música autoral espontânea e no Rock enquanto instituição, só dignificam ainda mais tais artistas.
"Ela" - Pedras Pilotáveis 

https://www.youtube.com/watch?v=XzZJR9fTfzk

Nesses termos, tenho a honra e o prazer de lhes apresentar a entrevista que realizei com os componentes da banda carioca, "Pedras Pilotáveis", que realiza um trabalho de qualidade, com grandes influências e inspirações das mais edificantes, artisticamente a falar.

Leiam com atenção o que me responderam, Felipe Ramos (guitarra e voz); Rafael Rocha (bateria) & Jon Pires (baixo), e apreciem o seu recado musical.

Com vocês, Pedras Pilotáveis:
1) Blog do Luiz Domingues 2: Quando e como a banda foi formada? 

Pedras Pilotáveis/Felipe Ramos: A banda nasceu em 2005 quando (Eu) Felipe Ramos e o Rafael Rocha (bateria) terminamos nossas bandas e resolvemos nos reunir para tocar o que gostávamos, as músicas autorais surgiram naturalmente, depois de algumas formações o Jon Pires (baixo) entrou pra banda e nos firmamos como power trio. 

2) Blog do Luiz Domingues 2: Sobre o primeiro EP, eu gostaria de saber: exatamente quando ele foi lançado? 

Pedras Pilotáveis/Felipe Ramos: Ele foi lançado em Outubro de 2015. 

3) Blog do Luiz Domingues 2: A banda apresenta um caldeirão de boas influências, principalmente setentistas e mesmo quando trilha caminhos por entre diferentes vertentes do Rock, eu notei uma linha mestra em torno do Funky-Rock setentista, é isso mesmo, ou existem outras referências no seu trabalho? 

Pedras Pilotáveis/Felipe Ramos: É, na verdade eu acho que o som do Pedras é uma fusão das influências dos 3. Eu (Felipe Ramos) Gosto muito de blues e bandas de rock psicodélicas dos anos 60 e 70. 

Pedras Pilotáveis/Rafael Rocha (bateria): Eu além de curtir também muitas bandas anos 60 e 70 também gosto muito da cena grunje de Seattle bandas como (Soudgarden, Stone Templo Pilots e Alice in Chains) 

Pedras Pilotáveis/Jon Pires (baixo): Eu gosto de bandas de Funky dos anos 70 e coisas mais experimentais como Medeski e The Meters, além do rock psicodélico.
4) Blog do Luiz Domingues 2: Para falar um pouco sobre cada componente, eu gostaria de saber sobre os trabalhos anteriores de cada um, e de suas respectivas influências. 

Pedras Pilotáveis/Felipe Ramos (Guitarra e Voz): Eu comecei tocando Heavy-Metal e tinha uma banda cover de Iron Maiden e Metallica rsrsrs, depois toquei com uma galera mais pesada que tocava punk rock (Essa foi minha escola underground) autoral mais sempre curti muito blues e bandas de rock psicodélicas e tinha muita vontade de fazer um projeto voltado para esse estilo. Depois de um tempo montei um projeto com o Rafa (batera) de musica autoral com as minhas verdadeiras influências, nós nem sabíamos mais ai era o início de tudo. Minhas maiores influências são: Elmore James, Robert Johnson, Jimi Hendrix, Stevie Ray Vaughan, James Brown e Beatles. 

Pedras Pilotáveis/Rafael Rocha (Bateria): Toquei em várias bandas covers e depois montamos o Rocklândia que foi nossa primeira banda de trabalho autoral como o Felipe disse o início de tudo rs. Minhas principais influências são: Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Soudgarden, Stone Temple Pilots e Tim Maia. 

Pedras Pilotáveis/Jon Pires: Toquei no projeto autoral "Paviu" que era meio experimental e mistura alguns estilos, depois me juntei com essa galera louca do Pedras e deu nisso ai rsrsrs, minhas influências são: The Meters, Medeski, Jimi Hendrix e James Brown.
5) Blog do Luiz Domingues 2: Sobre a capa do EP, eu gostei da ilustração que remeteu-me ao mote da pré-história. Podem falar sobre a motivação que os levou até essa ideia, e quem foi o responsável pelo lay-out? 

Pedras Pilotáveis/Rafael Rocha: A capa foi feita pelo Felipe Ramos (Guitarra e voz), a ideia do nosso som vir da idade da pedra é porque nossas músicas são voltadas para um estilo mais antigo como bandas passadas que já não existem mais, digamos que temos um som mais vintage com um pouco da nossa identidade e esse som consideramos o da idade da Pedra. 

6) Blog do Luiz Domingues 2: Qual a explicação para o nome da banda? 

Pedras Pilotáveis/Felipe Ramos : Se o Rock and Roll são Pedras rolando nós somos as Pedras Pilotáveis, pois fazemos o nosso som, sem estigmas e sem rótulo, buscamos a nossa identidade sem olhar pro que vende, por isso veio a ideia desse nome. 
7) Blog do Luiz Domingues 2: Como é o processo de composição do Pedra Pilotáveis? 

Pedras Pilotáveis/Jon Pires: Geralmente as músicas nascem de Jams nos ensaios ou de algum riff ou ideia que o Felipe ou o Jon traz, depois escrevemos as letras. 

8) Blog do Luiz Domingues 2: Sobre a temática das letras, quais as intenções da banda em termos poéticos e na escolha dos temas a serem abordados? 

Pedras Pilotáveis/Felipe Ramos: As letras nascem naturalmente acho que de situações que passamos, amores vividos, cotidiano, a vida em si é muito louca então gostamos de escrever muito sobre isso.
9) Blog do Luiz Domingues 2: Como foi o processo de gravação desse primeiro EP? 

Pedras Pilotáveis/Jon Pires: Nós queríamos pegar um clima bem power trio, ficamos preocupados em mostrar o nosso som verdadeiro o rock de pedra cru que a galera escuta e vê nos shows, então gravamos os takes de batera todos ao vivo e não tem dobras de guitarra em nenhuma música. Lançamos esse material porque até então só tínhamos 2 singles lançados. 
10) Blog do Luiz Domingues 2: Houve um produtor, ou a banda se autoproduziu ? 

Pedras Pilotáveis/Felipe Ramos: Sim, contatos com nosso amigo Luís Felipe Salles na produção, gravação, mixagem e masterização junto com o Pedras Pilotáveis e isso fez total diferença para chegarmos no resultado que queríamos e a sonoridade do jeito que ficou. 

Pedras Pilotáveis/Rafael Rocha: Ele acompanha a banda desde dos primórdios e já tinha algumas ideias quando chegamos pra gravar isso ajudou muito no processo de gravação e mixagem. 
11) Blog do Luiz Domingues 2: Como enxergam o mercado brasileiro de Rock atual? 

Pedras Pilotáveis/Jon Pires: Muitas bandas com trabalhos maravilhosos mais falta espaço nas rádios, na grande mídia. 

Pedras Pilotáveis/Felipe Ramos: Eu concordo com o Jon tem muita gente boa fazendo música, mas falta espaço. 

Pedras Pilotáveis/Rafael Rocha: Acho que além de espaço nas mídias, os produtores de eventos e festivais deveriam dar mais valor a bandas independentes com trabalho autoral, tanto em infraestrutura, transporte, etc. Enfim a maioria não se atenta muito a isso. Fora isso podemos destacar as mídias sociais e o momento que vivemos agora pois temos mais ferramentas para divulgar nosso som, antes você nunca ia imaginar que sua música poderia tocar até em outro país em uma rádio web e isso acontece hoje por causa dessas redes sociais e a possibilidade de você divulgar seu trabalho para os 4 cantos do mundo.
12) Blog do Luiz Domingues 2: Já pensam em lançar um álbum, ou optarão por mais um EP, ou mesmo singles? 

Pedras Pilotáveis/Felipe Ramos : Já estamos compondo nosso primeiro álbum full, as músicas ainda estão bem no início mais já da pra adiantar que vem muita coisa boa por ai. 

Pedras Pilotáveis/Rafael Rocha: Provavelmente lançaremos um single dessa safra e a ideia é gravar um vídeo clipe também tudo para o segundo semestre desse ano.
13) Blog do Luiz Domingues 2: Vocês descartam a prensagem de CD's físicos neste instante, ou tem planos para lançar nessa, ou outra plataforma física tradicional? 

Pedras Pilotáveis/Rafael Rocha: Esse EP fizemos uma tiragem de 1000 cópias físicas e disponibilizamos em todas as mídias digitais o álbum full a ideia é fazer a mesma coisa e estamos também estudando uma prensagem em vinil.
14) Blog do Luiz Domingues 2: Espaço aberto para falarem de seus próximos shows, contatos etc. 

Pedras Pilotáveis/Felipe Ramos: Fiquem ligados que em breve vamos anunciar nossa agenda de shows, uma notícia bem quente é que em breve sairá uma coletânea de uma Rádio com 30 bandas do Rio de janeiro e o Pedras tá lá no meio, por isso fiquem ligados nas notícias ! Gostaria de agradecer ao grande Luiz pelo espaço e pela força pois sem caras como ele o rock já teria sido exterminado, valeu geral que nos segue e curte nosso som também! Abraço a todos e breve novidades diretamente da idade da pedra!
"O Milagre do Funky" - Pedras Pilotáveis

https://www.youtube.com/watch?v=UePOzG1GTP4

Para conhecer melhor o trabalho do Pedras Pilotáveis:

Site : www.tnb.art.br/rede/pedraspilotaveis

O primeiro vídeo clip oficial no YouTube:  

"Retardatário" - Pedras Pilotáveis  -  Direção de Leandro Arci
https://www.youtube.com/watch?v=47LBhCzUGHM

O primeiro EP, para ouvir na íntegra, via Soundcloud:

https://soundcloud.com/pedraspilotaveis/sets/pedras-pilotaveis-ep-2015

Contato direto com a banda: 


pedraspilotaveis@gmail.com

ramos.felipe22@gmail.com 


Canal Oficial no YouTube: 

https://www.youtube.com/channel/UChtO5LyxDvJwzl_m1sQCK4Q

Página da banda no Facebook:

https://www.facebook.com/PedrasPilotaveis/


Agradeço aos componentes do Pedras Pilotáveis pela entrevista, e também pelas palavras de apoio ao meu Blog e pessoa, ao final de suas considerações.

Eis aí mais uma banda de qualidade, antenada em vibe 1960 & 1970, e prova cabal de que o Rock está aí, mais vivo do que nunca.

Tem portanto, meu apoio e admiração! 

sábado, 23 de abril de 2016

O Pioneiro Americano (dedicado à Prentice Mulford) - Por Marcelino Rodriguez

Ele foi o primeiro
A desbravar as terras do espírito, 
Abrindo os céus azuis
Povoados de dragões dourados,
Ensinando a magia da mente. 
Um homem completo
Feito de poesia e coragem. 

Quando a noite lhe chegou,
Ele estava em seu barco,
Na baia de Long Island. 
Poucos homens foram tão celestiais
Quanto esse mestre da Rosacruz, 
Prentice Mulford. 

Janeiro, 2016.
Prentice Mulford, mestre pioneiro da espiritualidade

Ao variar um pouco minha colaboração aqui no Blog do Luiz, decidi fazer homenagem a um dos maiores homens que já vieram nesse mundo, sendo um dos mestres da Fraternidade Rosacruz do Brasil do Rito Templário. Escrevi um poema em sua homenagem, que tanto me ensinou através de sua obra. Sua morte também não foi menos poética, partiu sozinho em um barco de sua propriedade. 

Marcelino Rodriguez

Abaixo, uma mini biografia de Prentice Mulford, escrita pelo próprio colunista Marcelino Rodriguez :
Prentice Mulford nasceu em Sag Harbor, Long-Island, distrito de Nova York, a 5 de abril de 1834 e faleceu a 27 de maio de 1891, numa barca de sua propriedade.

Foi o pai de todo o movimento ocultista da América do Norte, sendo sua obra Nossas Forças Mentais, a bíblia da psicologia moderna, na qual foram beber suas primeiras ideias os propagandistas da Ciência Cristã, Novo Pensamento, Cristianismo Esotérico, Nova Psicologia e muitos outros ramos do Mentalismo.

Este mestre foi o primeiro a mostrar o lado prático e utilitário dos conhecimentos ocultos e das forças mentais, ensinando-nos a empregá-las na vida, para realizar nossas aspirações e obter a maior soma de felicidade.


Sem esta aplicação e adaptação à nossa vida prática, as sublimes concepções filosóficas da Índia e os admiráveis conhecimentos do antigo ocultismo ocidental teriam pouco valor para o homem, porquanto seriam inúteis para a melhora de sua sorte e para seu progresso neste planeta.

De fato, como bem demonstrou o mestre, o paraíso do homem deve começar neste mundo e se ele não conseguir aqui a sua felicidade não alcançará também no outro plano, porque a felicidade verdadeira só pode vir pelo progresso espiritual, que depende do conhecimento de leis mentais e de sua aplicação

Prentice Mulford começou a escrever com a idade de 29 anos tendo, antes disso, trabalhado muitos anos nas minas da Califórnia. Em 1866, entrou para a carreira jornalística, escrevendo para The Golden Era e The Dramatic Chronide, que depois se transformou em San Francisco Chronide.
Em 1872, Mulford obteve a incumbência de ir à Inglaterra fazer propaganda da Califórnia e o fez por meio de conferências, artigos, etc. Em 1873, voltou novamente à América, colaborando, então, no New York Graphic, onde introduziu a seção da “Crônica Diária”. Em 1883, cansado de escrever sobre escândalos, assassinatos, roubos, acidentes e outros acontecimentos deste gênero, que o povo acha indispensável conhecer, Mulford retirou-se para uma pequena casa que construíra campo, a sete milhas de Nova York e aí começou a escrever sua monumental obra Nossas Forças Mentais cuja publicação foi encetada em Boston, no ano de 1884, obtendo êxito cada vez mais crescente. O falecimento de Prentice Mulford se deu em circunstâncias notáveis, pois, na ocasião, não havia ninguém com ele, porém, todos os sinais indicavam que abandonou o corpo durante o sono e sem sofrimento algum.

Achava-se deitado num leito improvisado e tudo o que o rodeava estava perfeitamente em ordem. No seu rosto não havia indicação de sofrimento de qualquer espécie, nem de mínima agitação interior.

“A medida que a humanidade desenvolve sua natureza espiritual – pensa Mulford – cada vez menos terá em si as partes materiais que estão sujeitas à decadência. Por conseguinte, iluminados pelo Divino Espírito, livres das doenças e preocupações que aprenderemos, como tempo, a eliminar de nossa vida, diz ele, poderemos permanecer nesta existência tanto tempo quanto quisermos e a transição a outro plano não será mais o violento e terrível desprendimento que agora chamamos de morte, mas apenas uma mudança delicada e misteriosa, se realmente tiver de haver mudança para os corpos altamente espiritualizados que o pensamento futuro construirá para nós”.

Escreveu Elisa Achard Conner: “Se Prentice Mulford pudesse ter escolhido seu gênero de morte, julgo que teria escolhido a maneira pela qual se foi desta vida. Morreu quando estava só, em sua barca, na baia de Long Island, conduzido ao Infinito no seio do brando verde tranquilo oceano”. 

Marcelino Rodriguez é colunista ocasional do Blog Luiz Domingues 2. 

Escritor de vasta e consagrada obra, é também um estudioso de ocultismo, e daí ter-nos elaborado um poema em homenagem ao pensador Prentice Mulford, além de trazer como adendo, uma rica explanação, via minibiografia, sobre quem foi, e o que legou à humanidade.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Ser Acróbata e Deixar de Sê-lo - Por Luiz Domingues

A elasticidade é total em uma fase da vida em que os conceitos que definem os aspectos acrobáticos, esportivos e nos princípios do contorcionismo não fazem nenhum sentido para o pequeno Ser sem consciência de tais fatos.
 
Mas quem se preocupa com a semiótica antes de completar um ano de idade?
 
Ali, a viver os dias iniciais da existência, o que se levava em conta, além de satisfazer as necessidades básicas de um corpo humano (apoio que algum adulto culmina em nos proporcionar, via de regra), na verdade é confuso e que só virá a ser um objeto de exploração, muito tempo depois, pela obviedade impingida pelo curso da vida.
Primeiro ponto, os meus pés tocam na minha cabeça sem nenhum esforço e sem que haja a necessidade de existir algum ter preparo físico diferenciado. Eu não fui nenhum atleta de alto padrão, tampouco artista circense para exercer tal proeza atlética.

Diante da absoluta normalidade para dobrar o corpo dessa forma e a observar a reação dos adultos, em absoluta passividade diante de tal proeza, intuía inocentemente que isso sempre seria assim.
Todavia, claro que isso não se processou e bastou alguns poucos meses para tal capacidade arrefecer-se, e posso dizer, tal dificuldade além de ter sido uma das primeiras frustrações da vida, foi também um sinal de que o corpo continha limites, aliás, muitos.

Uma lição de vida ali nos primórdios da existência, e claro, sem a menor consciência disso, a absorver aleatoriamente tal ensinamento.
O corpo a apresentar limites foi apenas um dos enigmas. Na verdade, se tratou de uma questão menor diante da extrema perplexidade que permeava tais momentos, em que a falta de um raciocínio mínimo fez com que tudo parecesse algo abstrato ao extremo.
 
A grande questão e que demoraria para ser minimamente compreendida, fora outra e de cunho muito mais grandioso.
Pareceu incrível, mas para um pequeno bebê, sem nenhuma possibilidade de raciocinar ainda, aquela sensação de não entender a própria individualidade foi algo bastante angustiante. Eu não digo que sabia, mas certamente sentia esse impasse, então incompreensível.

Diante de tal confusão mental inevitável absorvida nessa fase da vida, ser um contorcionista e perder tal capacidade repentinamente, foi na verdade, o menor dos desafios... 

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Stranger in the City/John Miles - Por Eduardo Sandoval


John Miles é um cantor, guitarrista, tecladista e compositor inglês, que montou a sua banda base com Bob Marshall no baixo e Barry Black na bateria, essa formação gravaria vários discos. Seu primeiro disco de estúdio é Rebel, de 1976, que contém o seu maior sucesso de toda a carreira e uma das musicas mais famosas a ser cantadas nos karaokês pelo mundo afora, "Music". 
No ano seguinte lançaria o disco a ser comentado aqui, "Stranger in the City", com a banda base dele mais Gary Moberley nos teclados, que tocou com varias bandas da época inclusive o Sweet. 
        A canção que dá nome ao álbum: "Stranger in the City"

"Stranger in the City", a faixa título abre o disco, uma bela musica pop com uma percussão no ritmo muito maneiro. 
                                            Slow Down

"Slow Down" é o maior sucesso do disco, fazendo sucesso nos EUA de forma moderada nas charts, é um funkão que conquistou a comunidade black Americana muito suingado.
"Stand up (And Give Me a Reason)" é um belo pop rock muito inspirado de Miles. "Time" é uma balada sensacional, com um feeling belíssimo. 

"Manhattan Skyline" é mais um pop rock delicioso dele, homenageando a Big Apple.

"Glamour Boy" é uma canção com forte influência glitter e também das musicas da Broadway.
"Do it Anyway" é uma canção country rock, muito competente. 

"Remember Yesterday" é a balada mais estupenda do álbum, pra se emocionar e derramar lágrimas. 

"Music Man" é mais uma musica calcada na sonoridade da Broadway. Alias, essa sonoridade está praticamente permeando o disco inteiro. 

Eis as excelentes faixas bônus : 

"House On The Hill" é o momento mais hardão-metal do disco, com um riff de guitarra e uma batida de bateria espetacular. 

"Man Behind The Guitar" é mais uma bela canção cantada no country rock. 

"Putting My New Song Together" é mais um momento pop onde o talento de Miles brilha. 

"Sweet Lorraine" é a musica mais pesada do disco junto com "House on the Hill", com guitarras espetaculares e belas e fortes vocalizações de Miles. 
         A versão "Full Album" de estúdio, para o leitor degustar

Em resumo é um disco bem variado, capaz de agradar pessoas com vários gostos musicais. 

Recomendo toda a discografia dele, principalmente o disco posterior Zaragon de 1978, que traz uma mistura de pop rock com progressivo da melhor qualidade, mas isso é assunto para outra análise... 
Eduardo Sandoval é o editor do Blog Planet Polêmica, ao qual eu sou colaborador desde 2011. É também dono de diversas comunidades no Facebook, além do Site "Rock Imortal".

Nesta colaboração ocasional, ele escreveu a resenha do álbum "Stranger in the City", de John Miles, lançado no ano de 1977.