domingo, 16 de fevereiro de 2025

Autobiografia na música - Boca do Céu - Capítulo 156 - Por Luiz Domingues

Laert Sarrumor, com Carlinhos Machado ao fundo e eu (Luiz Domingues). Boca do Céu no Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")/Produtora Bicho Raro

Exatamente como houvera acontecido no show que cumpríramos no ICBR de São Paulo em fevereiro do mesmo ano de 2024, nós deixamos para o final da exibição a releitura do clássico do Joelho de Porco, "Boeing 723897", como uma homenagem a tal banda de Rock brasileira e tipicamente setentista que adorávamos e nos influenciou. E claro que além da homenagem à turma de Tico Terpins & Cia, o prazer de tocar tal tema ao vivo com aquela energia Rocker setentista que lhe é inerente, nos deu muito prazer.

Mais uma panorâmica da banda em ação. Boca do Céu no Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")/Produtora Bicho Raro

Para a maioria das pessoas que ali foram nos prestigiar, é claro que tal releitura também lhes calou fundo. O som de Joelho de Porco representou para todos eles, igualmente, uma reminiscência das mais agradáveis.

Para encerrar a nossa apresentação, chamamos os nossos convidados especiais para que estes participassem do último número. Ninguém menos que Kim Kehl e Renata "Tata" Martinelli, meus queridos (e do Carlinhos Machado, também), colegas d'Os Kurandeiros e sendo a Renata, convidada do Boca do Céu em estúdio para gravar backing vocals. Aliás, poucos dias antes desse show, ela esteve conosco no estúdio exatamente a gravar a sua participação. 

Na foto número um, Wilton Rentero e a nossa convidada especial, Renata "Tata" Martinelli. Na foto dois, o nosso convidado especial, Kim Kehl. Na foto três, Kim Kehl, Renata "Tata" Martinelli e Laert Sarrumor, com Carlinhos Machado ao fundo, na bateria. Boca do Céu no Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Clicks, acervo e cortesia: Michel Camporeze Teér

Com nossos amigos convidados no palco, tocamos a música "Concheta" do Língua de Trapo com uma boa performance e mediante um pequeno improviso da parte do Laert, que sempre modificava sob puro improviso a parte declamada da canção conforme a ocasião e com isso arrancar risadas a mais do que essa música geralmente já provoca.

Super encorpada com a presença de nossos amigos, a parte instrumental ficou muito boa e assim nos proporcionou podermos encerrar o espetáculo com bastante euforia do público e muita satisfação entre nós.

Eu, Luiz Domingues, a saudar o público pelo apoio incrível que eu tive nesse dia que foi muito especial. Boca do Céu no Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")/Produtora Bicho Raro

Missão cumprida, foi incrível promover o lançamento do meu livro autobiográfico em seu volume I, justamente a tratar da história do Boca do Céu nos anos setenta, e protagonizar um show do próprio Boca do Céu renascido desde 2020. É óbvio que nem em sonho eu poderia imaginar em 1976, que no futuro bem distante de 2024, isso ocorreria e claro que agradeço a oportunidade que a vida me proporcionou nesse sentido, além da romântica intervenção dos "Deuses do Rock", certamente. 

Saímos do palco e novamente eu tive poucos minutos para trocar de figurino no camarim, pois tive que voltar à cena para participar do show d'Os Kurandeiros, que sucedeu o Boca do Céu no mesmo evento. Tive uma jornada tripla nesse dia, com tarde/noite de autógrafos nessa mesma ocasião e show completo com duas bandas, ou seja, foi muito cansativo, contudo, foi um momento muito prazeroso para este velho Rocker que vos escreve, posso garantir ao leitor.

Sinal bom dos tempos para o Boca do Céu, uma semana depois a banda teria mais um show para cumprir e também a dar vazão a mais uma tarde de autógrafos do meu novo livro recém lançado. E mais do que mais uma data na agenda, seria em outra cidade fora de São Paulo, ou seja, outro recorde que bateríamos ao levarmos pela primeira vez na sua história, o Boca do Céu para um show intermunicipal, um marco para a nossa outrora banda formada por adolescentes imberbes e não importou que estivéssemos nesse instante de 2024, a vivermos a terceira idade com barbas brancas, pois haveria de ser um marco e tanto, ainda que tardio.


1) Boca do Céu - Show na íntegra - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e edição: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")/Produtora Bicho Raro

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/Ru6NU94bfpw

2) Boeing 723897 (joelho de Porco) - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e edição: Ju Rendeiro

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/u9WcT7OYZcc

3) Concheta (Língua de Trapo) - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e edição: Ju Rendeiro

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/zvqLTxdgAG8

4) Concheta (Língua de Trapo) Vídeo 2 - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e edição: Ana Cristina Domingues

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/Ft-e-mBeOwc

5) Concheta (Língua de Trapo) Vídeo 3 - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e edição: Ana Cristina Domingues

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/oXH3HNnr2Hg

6) "Boeing "723897" (Joelho de Porco)  - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e cortesia: Marcia Oliveira

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/22K7XNiobyk

7) "Concheta" (Língua de Trapo)  - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e cortesia: Marcia Oliveira

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/NTrMHxTR_Lk

Continua...   

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Autobiografia na música - Boca do Céu - Capítulo 155 - Por Luiz Domingues

Uma panorâmica da banda em ação. Boca do Céu no Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")/Produtora Bicho Raro

A quarta música do show foi "Serena", a se tratar da balada simples de 1976, que ganhou sofisticação na sua versão oficial de estúdio em 2024. Nós a tocamos com muita correção e inclusive os backing vocals que também ficaram elaborados no estúdio, embora não tenhamos reproduzido com o mesmo requinte, entretanto, com bastante assertividade a torná-los muito dignos. 

Ficamos felizes por tal performance muito boa que alcançamos ao nos dar a impressão de que a banda estava a adquirir aquela cancha mais proeminente. Um sinal bom para nos animar e ao mesmo tempo nos fazer lembrar que nos anos setenta jamais chegamos nem perto de tal estágio.

Laert Sarrumor na primeira foto. Eu (Luiz Domingues), e Osvaldo Vicino na segunda foto e Wilton Rentero, na terceira. Boca do Céu no Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")/Produtora Bicho Raro

Quem diria, tantos anos depois e o Boca do Céu estaria em um palco de teatro a tocar sob som e luz de qualidade a entreter uma plateia. As imagens de apoio no telão ao fundo a ilustrar o espetáculo também contribuíram para tornar tal momento especial para nós. Na hora do espetáculo, é claro que eu não me ative, concentrado que estava em performar, no entanto, pelos vídeos e fotos, percebi que principalmente a presença do logotipo da banda bem proeminente tratou por passar a ideia boa da banda ter alcançado o seu objetivo traçado nos anos setenta, portanto, foi mais um elemento a nos fornecer uma sensação de plena satisfação nesse aspecto. 

A banda em ação com a imagem de Laert Sarrumor sob intensa psicodelia no telão. Boca do Céu no Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")/Produtora Bicho Raro

Encerrada a performance da canção "Serena", fomos tocar a balada bluesy "1969", com direito à exibição do videoclip da mesma. Por incrível que pareça, essa se tornara a música mais conhecida da banda pelas circunstâncias das nossas ações pós-2020, portanto, gerou-se até uma pequena comoção na plateia.

Há de se destacar que muitas pessoas que estavam no auditório, foram testemunhas de nossos esforços juvenis nos idos dos anos 1970, portanto, foi uma emoção de via dupla para todos. A irmã de Osvaldo, Beth Vicino e seu marido Nelson Gravalos, por exemplo, estavam presentes no teatro e no caso do Nelson, como já foi dito ao longo desta autobiografia, ele foi o responsável pela filmagem em película Super-8 do único registro com imagens da nossa banda nos anos setenta, 1977 para ser preciso. Portanto, foi ótimo ter esse prazer de reencontrá-lo enquanto as imagens do seu Super-8 histórico foram exibidos no telão.

Uma panorâmica da banda em ação. Boca do Céu no Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")/Produtora Bicho Raro

Amaury Martins e Edu Viscome, foram testemunhas de inúmeros ensaios do Boca do Céu entre 1976 e 1977, principalmente. Além de que foram companheiros nossos de uma infinidade de shows de Rock que frequentamos na época. E assim, como foi bom vê-los ali a nos prestigiar mais uma vez.

E também eu preciso realçar a persona de Regina de Fátima Nunes Galassi, que mesmo antes de tocarmos a música "1969", relatou dali mesmo da plateia em voz alta que a sua neta adora a música e a canta no carro por ela conduzido, por repetidas vezes. Ora, Regina foi minha namorada em 1977 e nos assistiu a tocarmos no festival Femoc do colégio onde estudamos, além de haver presenciado muitos ensaios da nossa banda. Em suma, que emocionante foi esse momento do show com tanta gente querida que vivenciou o Boca do Céu nos anos setenta e ali esteve presente em 2024 a assistir os velhinhos Rockers a tocar!

Passado esse momento emocionante do espetáculo e soma-se a tudo isso que eu relatei acima que minutos antes eu recebera e autografara os livros da minha autobiografia para essas pessoas queridas, eis que chegamos ao final do nosso show e foi exatamente a hora de executarmos duas releituras.

1) Serena - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e edição: Isidoro Hofacker Junior

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/QjGgoAR4-K4

2) Serena (vídeo 2) - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e edição: Isidoro Hofacker Junior

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/MA9pKBaBruo

3) Serena (vídeo 3) - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e edição: Ju Rendeiro

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/7UZ5hm66chQ

4) Serena (vídeo 4) - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e edição: Ju Rendeiro

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/L2Slp71f19Y

5) 1969 - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e edição: Ju Rendeiro

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/BSXc-CyYQQw

6) 1969 - Vídeo 2 - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e edição: Ju Rendeiro

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/_mCGL05vuTA

7) Serena - Vídeo 5 - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e edição: concunhado do Wilton Rentero

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/Lvx47wesZWY

8) Serena - Vídeo 6 - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e edição: Ju Rendeiro

Eis o link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/shorts/L2Slp71f19Y

9) "Serena"  - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e cortesia: Marcia Oliveira

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/TnLy9HzcjOY

10) "1969"  - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e cortesia: Marcia Oliveira

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/ZxcXWAa1rXE

Continua...

sábado, 8 de fevereiro de 2025

Autobiografia na música - Boca do Céu - Capítulo 154 - Por Luiz Domingues

Na linha de frente, da esquerda para a direita: Wilton Rentero, Laert Sarrumor e eu (Luiz Domingues). Boca do Céu no Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Michel Camporeze Teér

A novidade proposta para a execução da terceira música do show, foi o advento de uma instrumentação semi-acústica, exatamente para realçar o caráter típico de um Folk-Rock com forte características sessentistas com a qual tal canção se insinuava por natureza. Falo a respeito da música: "Desprogramação".

Sobre a execução ser feita com a inserção de cordas acústicas no show, a ideia foi lançada pelo Laert Sarrumor em ensaio prévio e evidentemente que foi uma boa ideia para trazer tal bom elemento ao espetáculo e assim garantir um momento de respiro em meio a eletricidade Rocker das demais músicas e também pela canção em si, evidentemente, ao se pensar na fidedignidade da sua origem como uma canção de forte apelo Folk-Rock.

Uma panorâmica da banda em ação. Boca do Céu no Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Michel Camporeze Teér

No entanto, eu fiz a observação de que havia alguns pontos negativos dentro dessa prerrogativa a se observar, como por exemplo, o fato de que não tocaríamos com a operação de um técnico de PA de nossa equipe e portanto, conhecedor do nosso repertório e treinado para empreender dinâmicas na sua operação de mixagem ao vivo, condizentes com as nossas necessidades prementes. 

Outro aspecto a ser considerado, foi que não teríamos tampouco um roadie nosso nas mesmas condições de treinamento adequado para nos atender e nesse caso em específico, para que o Wilton Rentero pudesse tocar o Ukulele, tal roadie teria que entrar em cena no momento estratégico para apanhar o instrumento das mãos do Wilton, que teria poucos segundos para empunhar a guitarra e executar o seu solo regular.

Sobre o Osvaldo Vicino, por sua vez, a sua dificuldade técnica nesse quesito seria no sentido de que o seu violão de 12 cordas não continha os pinos para se usar a correia, ou seja, ele teria que tocá-lo sentado nesse instante. Dos males o menor, mas também não seria prudente se pensar em um banquinho para ele tocar, sem a presença de um roadie ou no mínimo um contra-regra bem treinado para auxiliá-lo nesse instante, antes e depois da execução dessa canção. 

E por fim, o fato de que eu, Carlinhos e Laert termos mais experiência com shows do que os companheiros, Wilton e Osvaldo, deixavam a banda sob alerta, ou seja, para uma troca de instrumentos rápida, talvez não fosse o momento ainda para usar tal artifício e assim, eu esperaria a banda adquirir mais cancha de palco para usar tal dinâmica.

Eu (Luiz Domingues) e Laert Sarrumor. Boca do Céu no Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Michel Camporeze Teér

Então, a despeito de minhas ponderações, predominou a ideia de usarmos tal predisposição, mesmo sem apoio técnico ou treinamento dinâmico mais adequado para tal. O que combinamos no ensaio como solução prosaica, foi que no caso do Osvaldo, deixaríamos um banquinho colocado na coxia do teatro, mas a incumbência de guardar a guitarra e buscar o banco e se preparar com o violão ficaria sob a sua própria responsabilidade e claro, o Laert preencheria o espaço de tempo necessário para tal ajuste a conversar com o público. Já no caso do Wilton, a solução igualmente caseira foi que o Laert apanharia o Ukulele  estrategicamente no momento preciso, a possibilitar que o Wilton empunhasse a guitarra para cumprir o solo. 

Enfim, não estou a me arvorar de nada, mas na hora decisiva durante o show, nesse preciso instante, o Laert infelizmente se distraiu e quando o Wilton lhe estendeu o instrumento que deveria apanhar, ele simplesmente estava de lado e nem viu a ação. Como resultado, esses segundos preciosos foram perdidos e quando o Wilton se colocou pronto para voltar para a guitarra, o tempo dentro da música já havia passado e assim, o solo foi feito com atraso e a comprometer levemente a performance. Não foi culpa do Laert, eu sei, distrações ocorrem, no entanto, eu avisei que seria temerário usar tal recurso sem treinamento e equipe de apoio preparada para nos dar apoio.

Osvaldo Vicino e Wilton Rentero, respectivamente em cada foto. Boca do Céu no Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Michel Camporeze Teér

Falha nesse detalhe da performance a parte, a execução da música foi muito boa. E agradou inteiramente a plateia. Para amenizar a nossa falta de uma melhor estrutura de apoio, afirmo que a canção soou muito bem nesse formato e dessa forma, prevaleceu a boa ideia de se usar o ukulele e o violão de 12 cordas para tal música ao vivo.

1) Desprogramação - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e edição: Isidoro Hofacker Junior

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/rSx8UhHXDzo 

2) "Desprogramação"  - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e cortesia: Marcia Oliveira

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/mh_ul2LzT-M

Continua...

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Autobiografia na música - Boca do Céu - Capítulo 153 - Por Luiz Domingues

Eu (Luiz Domingues) e Osvaldo Vicino em ação! Boca do Céu ao vivo no teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Still de vídeo: Osvaldo Vicino

Que momento bonito foi ver a banda perfilada no palco, sob as cortinas fechadas do teatro, à espera do sinal para dar início ao espetáculo. É óbvio que um pensamento inerente surgiu de imediato na minha mente e depois do evento, eu soube que os companheiros pensaram o mesmo, ou seja, foi um grande momento de resgate, que ali conseguimos concretizar, desde que essa ideia surgida em 2020, se tornou uma determinação de nossa parte. 

Sob a luz da ribalta, eis que iniciamos com "Rock do Cometa", com bastante energia. O Boca do Céu a fazer o Rock'n' Roll ecoar dentro de um bonito teatro sob a ação de um PA profissional, foi de fato, um instante de regozijo particular que ali cultivei. 

Mais flagrantes do Show. Laert Sarrumor, Wilton Rentero e Osvaldo Vicino nas três fotos respectivamente. Boca do Céu no Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Clicks, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")/Produtora Bicho Raro

"Astrais Altíssimos" veio a seguir para trazer a sua verve mais satírica em torno da sua espirituosa letra a brincar com os símbolos da tabela periódica da química e por conta do jogo de palavras, tornar hilário o seu desfecho no refrão final. Entre "Rock do Cometa" e "Astrais Altíssimos" houve uma boa saudação e explicação da parte do Laert em torno da ocasião em voga em relação ao Boca do Céu dos anos setenta e também sobre as duas músicas em si.

Na primeira foto, Laert Sarrumor no destaque, com Wilton Rentero mais ao fundo. Na segunda foto: Osvaldo Vicino em ação. Boca do Céu no Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Clicks, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")/Produtora Bicho Raro

Tocamos ambas mediante boa performance e animação. Já a terceira música do show foi permeada por uma surpresa.

1) Astrais Altíssimos - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e edição: Ju Rendeiro

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtube.com/shorts/pXehVachb6M?feature=share 

2) "Rock do Cometa" - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e cortesia: Marcia Oliveira

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/277X6OjOGV8

3) "Astrais Altíssimos" - Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo - 20 de setembro de 2024  - Filmagem e cortesia: Marcia Oliveira

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/LeVvGZHi3VY

Continua...

sábado, 1 de fevereiro de 2025

Autobiografia na música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 212 - Por Luiz Domingues

Na porta do teatro, dentro do shopping, o totem eletrônico sinalizou a apresentação das duas bandas: Boca do Céu na abertura e Os Kurandeiros como atração principal. Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")/Produtora Bicho Raro

O relato sobre a preparação do palco e camarim foi cansativo, não apenas para Os Kurandeiros, mas também para o Boca do Céu. Nos capítulos referentes ao Boca do Céu, eu já relatei esse pormenor, mas vale a pena destacar novamente dois aspectos pelo viés d'Os Kurandeiros. 

Primeiro que todo shopping que se aventura a manter um teatro em suas dependências e no caso desse em específico, havia a presença de duas salas dessas características, além das muitas destinadas ao cinema, deveria se preocupar para montar uma estrutura especialmente destinada a facilitar a entrada e saída de equipamentos, além de destinar um espaço para a comitiva dos artistas e pessoal das equipes técnicas poder estacionar seus carros, vans ou ônibus, com facilidade e sem ônus, afinal estão ali a trabalhar e não usufruir do Shopping.

Eu posso entender que o shopping em si não previu a possibilidade de conter teatros na sua estrutura de serviços oferecidos e por conseguinte, na planta original preparada pelos arquitetos, não tenha constado tal equipamento e suas necessidades especiais e no caso, espaciais, no sentido amplo do termo. Portanto, quando imaginou-se as salas de cinema tão somente, a estrutura de estacionamento foi concebida para atender exclusivamente a clientela habitual do estabelecimento, e sobre as mercadorias todas advindas da manutenção dessas salas e abastecimento da sua respectiva "bombonière" e serviço de limpeza, estas ficaram atendidas pela doca de entrega de mercadorias, sem maior transtorno. 

Mas para abrigar apresentações musicais ou teatrais, no mínimo, deveria ser permitido estacionar os carros particulares dos partícipes de forma gratuita e permitir o uso de carrinho de apoio para se transportar todo o equipamento. Mas não foi o que ocorreu, pois o  protocolo que nos entregaram em formato de manual, advertiu-nos que nenhum veículo ficaria isento de cobrança de taxa de estacionamento, a nos tratar como clientes comuns do shopping e pior ainda, que estava vedado o uso de carrinhos de apoio e assim, todos os instrumentos, amplificadores e objetos de cena e/ou camarim, deveriam ser transportados na mão, e mesmo caixas que contivesses rodinhas de apoio, não poderiam ser usadas, sob a alegação de não incomodar os usuários do estabelecimento.

Em suma, deveríamos seguir as normas impostas para todos os lojistas, ou seja, para se usar carrinhos de transporte dentro da casa, isso somente seria permitido antes da abertura para o público, ou seja, das 8 às 10 horas da manhã. Caso contrário, poderíamos entrar pela "doca" e carregarmos toda a nossa pesada bagagem na mão, literalmente e a enfrentarmos um longo percurso, pois o shopping era enorme e o caminho até o teatro, penoso nesse aspecto. 

Para agravar, estávamos sem apoio de roadies nesse dia (as duas bandas, inclusive), portanto, sob tais condições insalubres, os membros das duas bandas ficaram bem chateados, a reclamar da falta de sensibilidade da parte dos dirigentes do estabelecimento.

E o outro aspecto que eu devo mencionar, é que a nossa sorte ante tal revés logístico, deu-se no sentido de que as duas bandas estavam irmanadas e assim, na base do mutirão solidário, apesar da agrura generalizada, conseguimos minimizar o desconforto e como uma espécie de consolo, ficamos a saber que após o término do espetáculo, o shopping permitiria o uso dos carrinhos de apoio, pelo fato de estar fechado ao público, e assim a melhorar a operação de retirada do equipamento.

Para amenizar ainda mais toda essa canseira, foi muito boa a recepção da equipe técnica de PA e iluminação do teatro, além da sua equipe de curadoria, e que não tinha relação com a direção do shopping. Esses rapazes não tinham obrigação de nos ajudar, mas de pronto se uniram a nós no mutirão e isso facilitou essa extenuante ação.

Aliás, enquanto caminhávamos lado a lado pelos compridos corredores e com os braços a carregar pesados equipamentos, esses profissionais tecerem duras críticas à direção do shopping, pois sofriam igualmente por não haver flexibilização dessas regras e ao contrário de nós que estávamos a usar o teatro pela primeira vez, eles lidavam com tal empecilho toda semana, de quarta a domingo. 

Os Kurandeiros a preparar seu soundcheck, com o fotógrafo e film-maker, Moacir Barbosa de Lima ("Moah"), da produtora Bicho Raro a caminhar embaixo do palco. Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Wilton Rentero

Bem, finalmente com todos ali presentes e todo o material pronto para ser montado no palco, tal preparação foi muito eficaz pelo apoio da equipe técnica. O soundcheck ocorreu de uma forma super eficaz e quando estávamos a passar a música "Sou Duro", justamente a última e para que o nosso convidado especial, Laert Sarrumor pudesse se aprontar conosco, eis que caiu a energia elétrica do shopping. 

Chovia torrencialmente naquele instante e sabíamos que esse risco existia. O gerador entrou em ação imediatamente, mas apenas para garantir a luz de serviço e elevadores, portanto, ficamos apreensivos sobre a possibilidade do soundcheck para o Boca do Céu não ser feito e pior ainda, o iminente cancelamento dos dois espetáculos e também da minha tarde/noite de autógrafos do meu novo livro.

Na mesma configuração da foto anterior. Os Kurandeiros no Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Wilton Rentero

A energia voltou, enfim, deu para concluir o nosso soundcheck, o Boca do Céu fez o seu exercício igualmente e o prejuízo maior ficou para eu mesmo, no sentido de que ficou apertado o horário para cumprir as minhas obrigações musicais com as duas bandas e realizar a minha tarde/noite de autógrafos. Nesse aspecto, tive tempo apenas de ir rapidamente ao camarim, vestir um blazer e devidamente caracterizado como um escritor, correr para o mezanino do teatro, onde tal ação ocorreu. 

Na primeira foto, o totem a demarcar a minha tarde/noite de autógrafos de meu livro autobiográfico em seu volume I. Nas fotos posteriores, aspectos da mesa da lojinha d'Os Kurandeiros que ficou muito sortida nessa noite. Os Kurandeiros no Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Clicks, acervo e cortesia: Ana Cristina Domingues

Por sorte, tive mais uma vez o apoio da produtora d'Os Kurandeiros, Lara Pap, que disponibilizou a loja ambulante d'Os Kurandeiros para a vendagem do meu livro novo recém lançado. Mais do que isso, meus livros anteriores ficaram à disposição também para ser adquiridos pelo público, além de discos d'A Chave do Sol, do Língua de Trapo e camisetas do Boca do Céu, ou seja, unidos aos discos e toda gama de produtos de souvenirs d'Os Kurandeiros, logicamente, a loja ficou bem robusta. E ao lado, a mesa do autor ficou colocada  para eu atender os fãs, amigos e familiares que ali comparecerem para prestigiar o evento como um todo.

Eu, Luiz Domingues, a receber os amigos, colaboradores, fãs e familiares durante a minha tarde/noite de autógrafos. Os Kurandeiros no Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Michel Camporeze Teér

Sobre a tarde/noite de autógrafos, eu preparei um relato em separado a detalhar como foi, portanto, convido o leitor a acompanhar neste blog e texto esse também alojado no meu blog 3.

A empresária do Boca do Céu, Marcia Oliveira e a minha irmã, Ana Cristina Domingues, também ajudaram muito e assim, o fato de eu ter chegado com um certo atraso à ação, não comprometeu em nada essa muito prazerosa atividade paralela que ali cumpri.

Kim Kehl e Renata "Tata" Martinelli como convidados do Boca do Céu ao final de seu espetáculo. Os Kurandeiros no Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Wilton Rentero

Fui da mesa de escritor direto para o camarim e me preparei rapidamente para subir ao palco com o Boca do Céu. Na última música, Kim Kehl e Renata "Tata" Martineli foram convidados a subir ao palco e juntos, tocamos a música "Concheta" do Língua de Trapo. 

Rápido intervalo, com o tempo para que eu e Carlinhos Machado, componentes em comum das duas bandas apenas trocássemos de figurino no camarim e assim, Os Kurandeiros subiram ao palco. Com as cortinas fechadas, nos preparamos muito rapidamente e dado o sinal, Laert Sarrumor nos apresentou e ainda com as cortinas fechadas, quando os primeiros acordes do tradicional tema instrumental de abertura dos nossos shows já estavam a ecoar.

Continua...

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Autobiografia na música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 211 - Por Luiz Domingues

Que oportunidade excelente nós tivemos quando uma conjunção muito feliz de fatos correlatos conspirou em favor dessa resolução maravilhosa para todos. Tal frase de efeito carece de uma explicação, eu sei, e certamente que vou esmiuçar melhor.

O fato de eu ter lançado em julho o primeiro volume da minha autobiografia na música, abriu campo para mais uma vez tentar alavancar uma tarde ou noite de autógrafos mediante um show no mesmo evento. A coincidência desse primeiro volume ter tido como foco a primeira história dentro da música que eu tive e por acaso ter sido o relato sobre o "Boca do Céu", a minha primeira banda e esta própria banda estar desde 2020 reagrupada para empreender a produção de um disco, já foi um bom indício.

Mais que isso, outro elemento importante foi que Os Kurandeiros já haviam convidado esse Boca do Céu revivido para abrir o seu show no ICBR de São Paulo em fevereiro de 2024 e em maio, outro show esteve marcado e só não se realizou por motivos técnicos alheios à nossa vontade. 

E mais um dado, este exclusivo da parte d'Os Kurandeiros, a se tratar de uma ótima nova e sobre a qual eu já comentei amplamente, lançáramos em julho de 2024 o CD "Pronto pra Festa" e ainda não havíamos marcado um show oficial de lançamento para demarcar tal novidade fonográfica.

Portanto, esses foram vários elementos promissores e coincidentes, mas o verdadeiro passe de mágica que proporcionou unir todas essas questões para apontar para uma solução, veio por um outro fator, não inusitado, eu diria, mas a se tratar de uma peça agregada dentro desse mesmo tabuleiro.

Ocorreu que o Língua de Trapo se apresentou meses antes no teatro Jardim Sul Experience, um belo espaço pertencente ao Shopping Jardim Sul, este localizado na Vila Andrade, bairro da zona sul de São Paulo. E ante o sucesso da apresentação, a sua curadoria abriu as portas do espaço para o Laert Sarrumor e sua esposa e empresária do Língua de Trapo, Marcia Oliveira, para marcar mais uma show dessa banda ou a atender qualquer indicação feita pelo casal.

Dessa forma, foi mais do que natural que o Laert sendo também componente do Boca do Céu e a Marcia Oliveira a sua empresária, igualmente, que tal ideia florescesse de uma forma muito natural.

Portanto, em meados de agosto, uma proposta foi colocada na mesa  do curador do teatro, a alavancar três motes para se justificar dois shows: do Boca do Céu como abertura e d'Os Kurandeiros na sequência: 

1) tarde/noite de autógrafos do livro: "Boca do Céu" (a autobiografia de Luiz Domingues na música - Volume I).

2) Lançamento do álbum "Pronto pra Festa" d'Os Kurandeiros.

3) Lançamento de quatro músicas novas do Boca do Céu nas plataformas "streaming".

A resposta veio de uma forma instantânea e assim, a se raciocinar pelo ponto de vista d'Os Kurandeiros exclusivamente: habemus show de lançamento!

Dessa forma, partimos para a divulgação e animados com a perspectiva de lançarmos o novo disco em um bonito teatro e com tantos atrativos, tal espetáculo haveria de ser memorável.

1) Vídeo a promover o show d'Os Kurandeiros + Boca do Céu no Teatro Jardim Sul Experience em 20 de setembro de 2024. Arte de Kim Kehl

Eis o link para ver no YouTube:
https://youtube.com/shorts/oIlZv1tQHYI?feature=share

2) Vídeo a promover o show d'Os Kurandeiros + Boca do Céu no Teatro Jardim Sul Experience em 20 de setembro de 2024. Arte de Kim Kehl

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/owQz-xVQD3Y

3) Vídeo a promover o show d'Os Kurandeiros + Cracker Blues na Casa de Cultura da Vila Guilherme em São Paulo. 7 de setembro de 2024. Arte de Kim Kehl

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtube.com/shorts/DvHvRNc1T4k?feature=share 

4) Um segundo vídeo a promover o show d'Os Kurandeiros + Cracker Blues na Casa de Cultura da Vila Guilherme em São Paulo. 7 de setembro de 2024. Arte de Kim Kehl

Eis o link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=F_-arfEJbdc

5) Vídeo depoimento de Luiz Domingues a repercutir o show de lançamento do CD "Pronto pra Festa" d'Os Kurandeiros no Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo em 2020 de setembro de 2024

Eis o link para assistir no YouTube:
https://youtu.be/XpLbfnA9Zek

6) Mais um vídeo a promover o show d'Os Kurandeiros + Boca do Céu no Teatro Jardim Sul Experience em 20 de setembro de 2024. Arte de Kim Kehl

Eis o link para assistir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=3s4fZUxLMys

Continua...

sábado, 25 de janeiro de 2025

Tarde/noite de autógrafos do livro: "Boca do Céu" (a autobiografia de Luiz Domingues - Volume I) - Teatro Jardim Sul Experience - São Paulo - 20 de setembro de 2024

Assim como eu vinculei a noite de autógrafos dos meus quatro livros anteriores a um show musical da minha banda na mesma noite, eis que as circunstâncias me conduziram a um desfecho bem semelhante quando fui lançar o primeiro volume da minha autobiografia na música, e neste caso, ficou ainda mais estreita a relação entre o lançamento desse novo livro em específico e a apresentação musical em si. Aliás, já começou por aí a diferença, na medida em que não se tratou de um show apenas, mas de dois, no mesmo evento.

Quando eu promovi a noite de autógrafos dos livros: "Luz; Câmera & Rock'n' Roll, nos seus volumes I, II e III e o livro de contos, "Humanos Pitorescos", tal evento ocorrera nas dependências do Instituto Cultural Bolívia Rock, o ICBR de São Paulo e um show d'Os Kurandeiros, minha banda, foi programado para ocorrer na mesma noite de maio de 2023. 

Desta feita, o cenário construído foi ainda mais promissor, pois uma série de coincidências tornou o evento, como algo recheado de motivações extras muito interessantes.

O primeiro ponto: o livro em questão se tratou do primeiro volume da minha autobiografia e no caso, a tratar da primeira história da minha trajetória na música, o seja, sobre o Boca do Céu. E coincidentemente, a banda estava reunida desde 2020, com a missão de gravar o disco que sonhamos lançar nos anos 1970, mas que concretamente só conseguimos preparar previamente entre 2021 e 2022 em meio a um cenário pandêmico de âmbito mundial, para que efetivamente pudesse vir a se concretizar a partir de 2023, quando finalmente entramos em estúdio e gravamos a primeira música oficialmente na história dessa banda: "1969".

Já em 2024, havíamos dado um passo além nessa produção quando entramos em estúdio para gravar mais quatro músicas, a partir de março, ou seja, a banda já estava apta a tocar ao vivo e aliás, isso já houvera ocorrido em fevereiro, quando ela foi convidada e abriu o show d'Os Kurandeiros no ICBR, o popular "Bolívia Rock".

Por uma coincidência muito feliz, Os Kurandeiros haviam lançado o seu último álbum, o CD ao vivo, "Pronto pra Festa!" em julho de 2024, e ainda não havia ocorrido um show oficial de lançamento do novo disco, portanto, a possibilidade de repetirmos a dobradinha "Kurandeiros-Boca do Céu" ao vivo, foi mais uma gente facilitador para concretizar o espetáculo.

Mais uma boa coincidência ocorreu quando o vocalista da nossa banda, Laert Sarrumor, realizou meses antes um show com o Língua de Trapo no teatro Jardim Sul Experience, a se tratar de um belo espaço muito bem estruturado, dentro do Shopping Jardim Sul, no bairro da Vila Andrade, na zona sul de São Paulo. Ocorre que ele e sua esposa, Marcia Oliveira, empresária do Língua de Trapo e também do Boca do Céu, estabeleceram um bom relacionamento  com os dirigentes de tal teatro e uma porta ficou aberta não apenas para o Língua de Trapo voltar em outras ocasiões, mas para outras produções nas quais o Laert estivesse envolvido ou mesmo por outro artista por ele indicado.

Bingo! Com a minha perspectiva de lançar o livro inicialmente em julho pela via virtual, me coloquei à disposição para marcar uma tarde ou noite de autógrafos para qualquer data a ser marcada de setembro para frente, quando eu já teria adquirido da editora um lote de exemplares para prover esse evento.

E assim, tudo foi confirmado quando a cúpula do teatro analisou a proposta elaborada pela Marcia Oliveira a nos representar e tudo ficou delineado assim: 20 de setembro de 2024, com tarde de autógrafos marcada para as 18:30 horas e shows a partir das 20:30.   

Era para ter havido mais uma motivação, no sentido de que o Boca do Céu estava para lançar mais quatro músicas nas plataformas "streaming", ou seja, justamente as quatro músicas que começamos a gravar em março de 2024, porém, o processo de finalização com mixagem e masterização atrasara e assim, não pudemos anunciar tal novidade para esse show.

Sobre a produção desses shows, o ritual do soundcheck e os shows em si, além da sua repercussão, eu contei com detalhes nos capítulos correspondentes às duas bandas na sua cronologia adequada e sob os dois pontos de vista. Portanto, falarei apenas sobre a tarde e noite de autógrafos do livro, neste momento.

O bonito totem eletrônico a sinalizar o lançamento do meu novo livro, instalado o saguão de entrada dos teatros e cinemas do Shopping Jardim Sul. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Ana Cristina Domingues

A mesa do autor, assim como a mesa da lojinha d'Os Kurandeiros que deu apoio, foram instaladas no saguão que dava acesso aos dois teatros ali alocados e também a uma série de salas de cinema existentes ali no referido Shopping Center. Um bonito totem eletrônico esteve à minha disposição para anunciar o evento do autor, assim como um outro, na porta do teatro, anunciava os shows. 

Eu ainda encerrava o exercício de "soundcheck" com o Boca do Céu no palco, quando a produtora d'Os Kurandeiros, Lara Pap, me avisou que já havia um grupo de pessoas a me aguardar no saguão para que eu autografasse os exemplares dos livros e assim, eu rapidamente fui ao camarim, vesti um blazer e devidamente "fantasiado" como escritor, fui dar início oficialmente ao ato de efetuar a tarde e noite de autógrafos do livro "Boca do Céu" (a autobiografia na música" - volume I).

Na mesa da lojinha d'Os Kurandeiros, o meu novo livro em destaque, exibido ao lado dos livros anteriores que lancei. Tarde e noite de autógrafos do livro "Boca do Céu" (a autobiografia de Luiz Domingues na música - volume I). Shopping Jardim Sul. São Paulo, 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Ana Cristina Domingues

Recebi amigos queridos, alguns deles que foram testemunhas oculares e auditivas dos passos do Boca do Céu nos anos setenta, o que foi algo muito emocionante. E também amigos que me acompanharam em outras tantas jornadas, e dessa forma, me senti muito prestigiado e feliz por tal encontro.

Eu, Luiz Domingues, ao lado do poeta, artista plástico e autor de muitas letras de músicas d'A Chave do Sol, Sidharta e Patrulha do Espaço, Julio Revoredo e sua esposa, Regina Célia. Tarde e noite de autógrafos do livro "Boca do Céu" (a autobiografia de Luiz Domingues na música - volume I). Shopping Jardim Sul. São Paulo, 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Ana Cristina Domingues

Nesses termos, foi um prazer colocar dedicatória no exemplar do meu amigo e parceiro de muitas músicas, o poeta Julio Revoredo, que me acompanha desde 1982, como um incentivador e colaborador.

Amaury Martins e Eduardo Viscome, foram amigos que acompanharam praticamente toda a saga do Boca do Céu na década de setenta, principalmente de 1977 em diante. E como fiquei feliz por vê-los ali a me passar o seu entusiasmo pelo livro e shows!

Amaury Martins e Eduardo Viscome, e eu, Luiz Domingues. Tarde e noite de autógrafos do livro "Boca do Céu" (a autobiografia de Luiz Domingues na música - volume I). Shopping Jardim Sul. São Paulo, 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Marcia Oliveira

Regina de Fátima Nunes Galassi com o seu entusiasmo contagiante foi ao evento cheia de energia e comoção. Acompanhada de seu filho mais novo e nora, vibrou com o show e presenteou-me com uma bela orquídea que ajudou a enfeitar a mesa. Regina foi também uma testemunha e torcedora do Boca do Céu nos anos setenta, ao presenciar ensaios e os poucos shows que fizemos na ocasião, tendo sido minha namorada em 1977.

Sobre a presença do casal, Beth Vicino e seu marido Nelson Gravalos, também foi emocionante revê-los, pois a última vez que os vira fora em 1977. Beth é irmã do guitarrista do Boca do Céu, Osvaldo Vicino e Nelson Gravalos, seu marido (e na época, 1977, seu namorado), foi o abnegado amigo que nos filmou a tocarmos em junho de 1977, sendo tal documento registrado em uma película de máquina Super-8 na época, a se tratar do mais remoto documento de imagem e único por sinal, da nossa banda naquela década, portanto loquaz por natureza. Sou muito grato ao Nelson por ter registrado esse documento histórico e dessa maneira, fiquei muito feliz por revê-lo ali no saguão do shopping, quando o agradeci efusivamente por nos ter proporcionado tal tesouro.

É claro que o agradeci na ocasião (1977), pela gentileza ali no calor do momento setentista que vivemos, contudo, dadas as condições todas descritas, quase cinquenta anos depois esse feito da parte dele, é óbvio que tal façanha ganhou outra dimensão e neste instante, essa filmagem representara um verdadeiro achado arqueológico para nós.

Vitória (nora de Regina), eu (Luiz Domingues), Regina de Fátima Nunes Galassi e seu filho, Alexandre. Tarde e noite de autógrafos do livro "Boca do Céu" (a autobiografia de Luiz Domingues na música - volume I). Shopping Jardim Sul. São Paulo, 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Marcia Oliveira

Eu, Luiz Domingues, muito feliz por rever e conversar com Beth Vicino e Nelson Gravalos. Tarde e noite de autógrafos do livro "Boca do Céu" (a autobiografia de Luiz Domingues na música - volume I). Shopping Jardim Sul. São Paulo, 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Michel Camporeze Teér

Grande colaborador da Patrulha do Espaço e do Pedra, duas das bandas pelas quais fui componente, Michel Camporeze Teér a usar camiseta do Pedra, e Wagner Cremonese, um entusiasta dos meus trabalhos. Tarde e noite de autógrafos do livro "Boca do Céu" (a autobiografia de Luiz Domingues na música - volume I). Shopping Jardim Sul. São Paulo, 20 de setembro de 2024. Acervo e cortesia: Michel Camporeze Teér. Click: Marcia Oliveira

Michel Camporeze Teér, fotógrafo, film-maker e webdesigner de muitos artistas, acompanhou fartamente a minha trajetória com A Chave do Sol, The Key e foi colaborador direto de outras duas bandas pelas quais atuei: Patrulha do Espaço e Pedra.

Fiquei muito feliz com a sua presença e também de seu amigo, Wagner Cremonese, que se provou um entusiasta de muitos trabalhos que eu realizei na música, conforme me contou ali in loco. Michel foi gentil e fotografou fartamente o evento e os dois shows.

Na primeira foto, Isidoro Hofacker Junior, sua esposa, Ana Gallian e eu (Luiz Domingues), rodeado pelo simpático casal de amigos deles. Na foto 2, Marcos Kishi eu no primeiro plano, com Eduardo Viscome e Amaury Martins ao fundo. Tarde e noite de autógrafos do livro "Boca do Céu" (a autobiografia de Luiz Domingues na música - volume I). Shopping Jardim Sul. São Paulo, 20 de setembro de 2024. Clicks, acervo e cortesia: Michel Camporeze Teér.

Ana Gallian e seu esposo, Isidoro Hofacker Jr., acompanhados do simpático casal de amigos que sempre nos prestigia igualmente, marcaram presença com muita animação. Ana é uma cantora da pesada, seu marido a acompanha como violonista e guitarrista ao vivo e em estúdio e seus irmãos são grandes músicos, membros da famosa banda psicodélica, "Nihilo".

O grande fotógrafo, Marcos Kishi, que registrou o festivo encontro que promovemos em 2020, para reunir os antigos componentes do Boca do Céu e que desencadeou a ideia de nos reagruparmos para gravar um disco, prestigiou esse momento tão especial, igualmente.

E o grande, Zé Brasil, histórico cantor, compositor e multi-instrumentista do Rock Brasileiro, ativo desde a década de setenta na cena com muita criatividade, também esteve presente a prestigiar. 

Juliana Rendeiro, esposa do guitarrista Phil Rendeiro d'Os Kurandeiros, que já havia adquirido outros livros meus, teceu um elogio nessa noite que muito me lisonjeou, ao afirmar que gostava da fluidez dos meus escritos. Que bacana foi saber dessa impressão dela como leitora.

Eu, Luiz Domingues e o grande Zé Brasil, um grande baluarte do Rock brasileiro, sempre criativo, prolífico e incansável. Tarde e noite de autógrafos do livro "Boca do Céu" (a autobiografia de Luiz Domingues na música - volume I). Shopping Jardim Sul. São Paulo, 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Ana Cristina Domingues

Outros amigos e parentes dos músicos das duas bandas vieram me prestigiar, além dos shows e eu fiquei muito contente com tais presenças.

E agradecido à Lara Pap, produtora d'Os Kurandeiros que mais uma vez abriu as portas da lojinha ambulante da nossa banda para que eu pudesse expor e vender os meus livros. Agradecido igualmente a Marcia Oliveira, empresária do Boca do Céu pela produção geral do evento, além de Laert Sarrumor que abriu o contato e viabilizou tudo ao sugerir e intervir pelo espaço concedido. E finalmente à Ana Cristina Domingues, minha irmã e que fez produção geral a me apoiar desde casa a organizar todo o material e atuou fortemente no teatro e no saguão onde eu pude atender os meus leitores.

E claro, à direção do teatro e do Shopping Jardim Sul que abriu suas portas para tal concretização.

Produtos variados: discos camisetas, souvenirs d'Os Kurandeiros, Boca do Céu, Língua de Trapo e A Chave do Sol e claro, meus livros à disposição. Tarde e noite de autógrafos do livro "Boca do Céu" (a autobiografia de Luiz Domingues na música - volume I). Shopping Jardim Sul. São Paulo, 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Ana Cristina Domingues

Ana Cristina Domingues perto do totem a anunciar os show na foto 1. Foto 2 com a mesa de vendas e a mesa do autor, lado a lado. E Lara Pap em destaque na foto 3.Tarde e noite de autógrafos do livro "Boca do Céu" (a autobiografia de Luiz Domingues na música - volume I). Shopping Jardim Sul. São Paulo, 20 de setembro de 2024. Foto 1: Click (selfie), acervo e cortesia: Ana Cristina Domingues. Fotos 2 e 3: Clicks, acervo e cortesia: Marcia Oliveira

Choveu muito em São Paulo nesse dia, era uma sexta-feira e para qualquer pessoa estar ali presente, tanto para a tarde e noite de autógrafos, quanto para ver os shows, a depender de que bairro e zona de São Paulo viesse, seria muito difícil chegar a tempo, a não ser que morasse ali na Vila Andrade ou bairros vizinhos como Vila Sonia, Real Parque ou Morumbi, portanto, uma enxurrada de pessoas me procurou pelas redes sociais e nos espaços privados, para me pedir desculpas pela ausência. É claro que eu entendi perfeitamente e conhecedor da dinâmica de São Paulo como sou, eu mesmo imaginei que as condições adversas elencadas acima certamente que haveriam de impedir muita gente de estar presente. Em suma, fiquei contente com quem enfrentou chuva, trânsito caótico e horário insalubre para ali comparecer e entendi perfeitamente quem não conseguiu vencer tais barreiras.

Eu me diverti muito, emocionei-me, entusiasmei-me com tanta sinalização de apoio e carinho que recebi, além do prazer de grafar dedicatórias para tantos amigos queridos que me apoiam não só pelo trabalho desenvolvido na música, mas também na literatura e desta feita, a lançar o primeiro volume de minhas memórias, certamente que fiquei ainda mais contente pelo carinho recebido.

Uma semana depois, tive a sensação boa de uma continuidade nesse tipo de ação. Estava acostumado a ter shows seguidos e até turnês bem organizadas mediante uma grande sequência programada, mas como escritor, foi a primeira vez que fiz uma noite de autógrafos com outra data já agendada para ocorrer em uma outra cidade, uma semana depois. E que sensação boa foi essa!

Eu, Luiz Domingues, na mesa do autor para lançar mais um livro, que sensação boa! Tarde e noite de autógrafos do livro "Boca do Céu" (a autobiografia de Luiz Domingues na música - volume I). Shopping Jardim Sul. São Paulo, 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Michel Camporeze Teér

Continua...