Na era da exposição, dos cinco minutos de fama, como disse Warhol, à tona , prefulgem os 3 tenores da reclusão, afórmicos na seclusão.
Eles nunca envelhecem, oclusam-se, distantes e próximos, mas sobretudo e contudo, escrevem.
Dois, digressam sobre os perdedores e um, sobre os pobres diabos, com ou sem, irrisão.
Oclusos, solipsos, sobrepensam, tempostábeis.
Mas, tal aislamento, seja o acismo do sobreinteligível, a mediocreira.
Como a terra que apaga o fogo, o vento que sopra os vestígios.
Em sua amaritude de insociáveis, queimam suas digitais e em sua faces, como foices, os sinais.
Talvez, nesses tenores, díscolos e arístipos, o refúgio tenha sido a ingremância, dos que sobrepensam e dos que são umbráticos.
Um, evolou-se em V contra o dia.
O outro, como vampiro de Curitiba, numa casa com janelas fechadas.
O outro, nos campos de centeio, trocou o dia pela madrugada, sem nostalgia e todos no fundo, como Greta Garbo, quem diria ?!.
Julio Revoredo é colunista fixo do Blog Luiz Domingues 2. Poeta e letrista de diversas canções que compusemos em parceria, para o repertório de três bandas pelas quais eu atuei: A Chave do Sol, Sidharta e Patrulha do Espaço.
Neste artigo, ele traça um paralelo entre três escritores da pesada: Salinger, Pynchon e Trevisan.