terça-feira, 22 de maio de 2012

Farol 1 - Por Julio Revoredo


Extrínseco farol

Viste o anteceu

Hiperbóreo sol

E a sombra comprida, da adaga florida

Aos olhos de um abléptico

De um abléptico condor em desvario.
Sob o signo de um tempo vario

Sem estações, dias ou noites

E a memória da água hiera

Oclusa, no que aparente encerra, implexa e atemporal.

Múltipla, como um espelho, irrefletido num labarito surreal.
E volta-se o farol, vestido da mais exprandiga soidão

Soprada pelos ventos do vulturno

Na ígnea diáspora, que tece a sombra do que ora tange a cítara, 

laivo fosmeo do intraduzível.

Do extremo estranho 
Feito um aracnídeo

No que o traduz, quando do nada, tudo retorna, vai e dissipa.



Julio Revoredo é colunista fixo do Blog Luiz Domingues 2. Poeta e letrista de diversas composições que criamos juntos em três bandas pelas quais eu atuei: A Chave do Sol, Sidharta e Patrulha do Espaço. Neste poema, ilumina o Blog com a luz literária sofisticada.

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