segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Autobiografia na Música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 172 - Por Luiz Domingues

Kim Kehl e Phill Rendeiro estão visíveis na foto acima, em meio à névoa cênica disparada para ilustrar o espetáculo. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Projeto Fábrica Rock no Teatro da Fábrica de Cultura Parque Belém-SP em 22 de maio de 2022. Click, acervo e cortesia: Lara Pap

Apesar do tempo escasso do qual dispúnhamos, dada a constatação que o show do grupo "Medusa Trio", que abriria o evento, estava marcado para se iniciar às 15 horas e com o adendo de que a nossa chegada ao local fora tumultuada por uma questão logística inesperada e já comentada anteriormente, creio que o soundcheck das duas bandas foi satisfatório no sentido da nossa rapidez para resolver os problemas básicos que ali detectamos e muito pela eficácia e boa vontade do técnico, um rapaz que se identificara como "Júnior".

Enfim, o Medusa Trio entrou em cena e logicamente que a sua apresentação, apesar de seguir a sua orientação instrumental como praxe (portanto algo mais difícil de ser digerido normalmente pelas plateias em geral), agradou em cheio e não seria para menos, em face da enorme categoria instrumental de seus componentes. Com Milton Medusa, Fernando Tavares (este, um parceiro meu ao abrir o seu prestigiado site para a publicação de textos de minha autoria) e Luis Pagoto no palco, a excelência musical era sempre garantida. A arrancar aplausos efusivos, inclusive da minha parte que assisti a apresentação desse poderoso Power-Trio diretamente da coxia do teatro, o "Medusa Trio" brilhou demais .

Encerrado o espetáculo em alta euforia gerada na plateia, o Medusa Trio entregou o palco para a nossa banda e rapidamente nós entramos em cena.

A banda inteira enquadrada nas três fotos acima. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Projeto Fábrica Rock no Teatro da Fábrica de Cultura Parque Belém-SP em 22 de maio de 2022. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Tocamos basicamente o mesmo setlist que havíamos apresentado uma semana antes na Feira da Vila Pompeia e com um palco mediante forte pressão, boa monitoração e iluminação farta, embora sem a presença de um técnico para operá-la (esta trabalhou no "piloto automático"), ou seja, sem desenhar focos adequadamente.

"A Noite Inteira" (Kim Kehl). Kim Kehl & Os Kurandeiros no Projeto Fábrica Rock no Teatro da Fábrica de Cultura Parque Belém-SP, em 22 de maio de 2022. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Filmagem: Lara

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=CBFoMp6eDB4

A energia que sentimos emanada do público foi tão extraordinária, que nos contagiou de imediato e assim, como nos velhos tempos, creio termos feito um show de Rock dentro das tradições mais belas de outrora e engraçado, em um domingo a tarde com futebol ao vivo transmitido pela TV e mediante a constatação de que em 2022 o Rock não tinha o mesmo impacto do que em 1968, por exemplo, portanto, foi notável por esse aspecto e claro, muito animador para nós.


Phill Rendeiro em destaque na primeira foto e Kim Kehl na segunda. A banda em panorâmica na terceira. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Projeto Fábrica de Rock no Teatro da Fábrica de Cultura Parque Belém-SP em 22 de maio de 2022. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

"O Filho do Vodu" (Kim Kehl) (trecho) - Kim Kehl & Os Kurandeiros no Projeto Fábrica Rock no Teatro Fábrica de Cultura Parque Belém-SP em 22 de maio de 2022. Filmagem, acervo e cortesia: Wilton Rentero

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=g2fgGvFVLj0

Tudo foi perfeito nessa apresentação, com exceção de um acidente de trabalho que ocorreu: durante a execução da música: "Viagem Muito Louca", eis que o microfone que o Kim usava para cantar, falhou, quando simplesmente parou de funcionar abruptamente. Falha no cabo? Algum problema no Phantom/Focusrite acoplado à mesa de mixagem? Nada disso... vimos o técnico sair da sua sala de operação e correr em direção ao palco, pois microfone sem fio que era, precisava dessa fonte de energia que se encerrara, nada mais tecnológico e prosaico, ao mesmo tempo.

Na primeira foto, eu (Luiz Domingues), em destaque. Na segunda, uma panorâmica da banda no palco e na terceira, Carlinhos Machado em destaque. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Projeto Fábrica Rock no Teatro Fábrica de Cultura Parque Belém-SP em 22 de maio de 2022. Clicks, acervo e cortesia: Renata Pereira

O Kim, seguido de toda a banda, contornou a experiência da música ter sido interrompida por falta de ação no microfone com muito bom humor e ainda mais quando rapidamente soubemos que a motivação da falha fora algo tão singelo, digamos assim. Retomamos o show com o reinício da música, doravante e dali em diante, não houve mais nenhum empecilho para prejudicar o andamento e sobretudo a euforia que foi gerada pela apresentação.

Mais um trecho curto da execução da música "O Filho do Vodu" (Kim Kehl). Kim Kehl & Os Kurandeiros no Projeto Fábrica Rock no Teatro Fábrica de Cultura Parque Belém-SP em 22 de maio de 2022. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Filmagem: Lara Pap

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=ghYkF1Y_wN0

E um terceiro e breve trecho da música "O Filho do Vodu" (Kim Kehl). Kim Kehl & Os Kurandeiros no Projeto Fábrica Rock no teatro da Fábrica de Cultura Parque Belém-SP em 22 de maio de 2022. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Filmagem: Lara Pap

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=Z8W-BBOK854

"Sou Duro" (Kim Kehl), com a participação especial do amigo, Milton Medusa, aqui através do trecho final da canção. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Projeto Rock no Teatro Fábrica de Cultura Parque Belém-SP em 22 de maio de 2022. Filmagem, acervo e cortesia: Renata Pereira

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=VF4N_cqvNpI

Com a participação de Milton Medusa em meio à nossa banda! Kim Kehl & Os Kurandeiros no Projeto Fábrica Rock no Teatro Fábrica de Cultura Parque Belém-SP, em 22 de maio de 2022. Click, acervo e cortesia: Renata Pereira

Quando chegou a última música, o Rock: "Sou Duro", o Kim chamou ao palco o nosso amigo, guitarrista superb, Milton Medusa, que havia se apresentado anteriormente com o seu ótimo grupo, "Medusa Trio" e como nosso convidado, ele abrilhantou a performance e pelo vídeo dessa performance, dá para verificar que foi uma participação emocionante, com os três guitarristas no palco, Milton, Kim e Phill a se revezarem com solos. 

Encerrado em altíssimo astral tal espetáculo, a tarde foi agradabilíssima, com um ótimo público presente, duas bandas em performances inspiradas, bom tratamento da parte da produção e nem mesmo os pequenos problemas enfrentados anteriormente ofuscaram tal percepção de minha parte e quero crer, de todos que ali vivenciaram esse dia.

No camarim, minutos antes da banda adentrar o palco para se apresentar. Em pé, da esquerda para a direita: Kim Kehl, eu (Luiz Domingues) e Phill Rendeiro. Sentado: Carlinhos Machado. Kim Kehl & Os Kurandeiros no Projeto Fábrica Rock no Teatro da Fábrica de Cultura Parque Belém-SP em 22 de maio de 2022. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Saímos do palco felizes e nos bastidores, tivemos a presença de amigos queridos. Osvaldo Vicino e Wilton Rentero, os dois guitarristas da minha primeira banda, o histórico "Boca do Céu", foram prestigiar o show e claro que eu fiquei feliz com a presença de dois personagens importantes da minha autobiografia.

A confraternização com o público no final do espetáculo. Na primeira foto, da esquerda para a direita: Carlinhos Machado, eu (Luiz Domingues), Kim Kehl, o grande Milton Medusa que atuou conosco na última música do show e Phill Rendeiro. Na segunda: O comunicador, José "Zimerman" Nogueira, eu (Luiz Domingues), Luiz Pagoto (baterista do Medusa Trio), Carlinhos machado, Kim Kehl, Fernando Tavares (baixista do Medusa Trio), Phill Rendeiro e Milton Medusa (guitarrista do Medusa Trio). Kim Kehl & Os Kurandeiros no Projeto Fábrica Rock no Teatro Fábrica de Cultura Parque Belém-SP, em 22 de maio de 2022. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Clicks: Lara Pap

Destaco alguns dos quais eu me lembro mais detidamente: a produtora musical, Gigi Jardim e seu marido, o guitarrista Marcello Pato, o baixista e produtor musical, Claudio Cruz (irmão do Beto Cruz, este, ex-vocalista d'A Chave do Sol e The Key, duas bandas pelas quais atuamos juntos nos anos oitenta) e sua esposa, João de Morais e Laert Lereu (este, um fá contumaz do Língua de Trapo, veja, leitor, quantas conexões pessoais comigo nesta tarde!) e também o comunicador & blogueiro, José "Zimerman" Nogueira. Jani Santana Morales, minha/nossa querida amiga e que tanto ajudou-me a resgatar vídeos e áudios de minhas ex-bandas para alimentar a minha autobiografia com material raro, também esteve presente, que bom, além do hippie convicto e dono da saudosa casa noturna "Santa Sede Rock Bar" (na qual por tantas vezes Os Kurandeiros se apresentaram em tempos memoráveis), Cleber Lessa. Enfim, a presença dessas pessoas, reforçou o sentimento bom de que a jornada fora prodigiosa.

Na saída do teatro, tive que amargar novamente o longo percurso para chegar ao carro e a carregar o meu equipamento, mediante o uso de um carrinho de ferro. Tive o apoio novamente do baterista do Medusa Trio, Luis Pagoto e fomos a conversar nessa trilha, com o dia ainda claro mas já a dar sinais de escurecimento pelo fim da tarde e nem sentimos a distância enorme pela boa conversa travada. 

A seguir, a nossa banda teve mais duas execuções radiofônicas no final do mês de maio e início de junho de 2022. Primeiro no Programa "Só Brasuca" da Webradio Crazy Rock, quando de 28 a 3 de junho tivemos a música, "São Paulo (Vai Sobreviver)" na playlist. E na Rádio Nova Cultura FM 93.1 de Botucatu-SP, ouvimos a nossa música, "7 Anos" na programação do programa, "Planeta Música", no dia 1º de junho de 2022. 

Os Kurandeiros foram escalados para acompanhar Edy Star mais uma vez em um show marcado para junho, mas esta história é contada no capítulo dos trabalhos avulsos pelo fato de não ser uma história da nossa banda como protagonista, mas como apoio a um outro artista. Entretanto, fora esse compromisso extra, em junho de 2022, novos fatos ocorreram para movimentar as nossas ações.

Continua...

sábado, 29 de outubro de 2022

Autobiografia na Música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 171 - Por Luiz Domingues

Depois do excelente show que cumprimos na Feira da Vila Pompeia, em 15 de maio de 2022, na semana subsequente, fomos cumprir a apresentação marcada para o projeto: "Fábrica Rock" dentro do bom teatro existente no Parque Belém, localizado no bairro homônimo da zona leste de São Paulo.

A primeira observação boa que tivemos, assim que esse show foi marcado, se deu quando nos comunicaram que teríamos o show dividido com o ótimo Power-Trio, "Medusa Trio". Além de ser uma banda espetacular pela sua excelência musical, os seus componentes eram amigos de longa data, portanto, que prazer incrível foi o de dividirmos palco, esforços de produção e contar com o prazeroso convívio nos bastidores desses amigos.

A segunda questão, foi sobre o local em si. Um parque que é construído pelo poder público para servir aos habitantes de um bairro, sempre é algo muito elogiável e ainda mais quando um equipamento outrora de repressão fora desmontado para dar vazão a um destino mais nobre, melhor ainda. O fato, é que esse parque surgiu dos escombros da antiga "Febem", um equipamento correcional para menores infratores e que protagonizara tristes acontecimentos por anos a fio. Enfim, antes um parque de lazer do que um campo de concentração, disso não tenho dúvida.

Terceira constatação: apesar do parque realmente ser bonito, enorme e de fato, bem cuidado em linhas gerais, a nossa entrada para descarregar o equipamento foi caótica. Fomos orientados pela produção para adentrarmos um portão de uma rua lateral que daria acesso mais próximo ao teatro no qual apresentar-nos-íamos, no entanto, assim que eu cheguei ao tal portão indicado, verifiquei que a sua entrada estava obstruída. Sem alternativa, procurei um outro portão alternativo e apelei para a boa vontade dos guardas de segurança ali postados, que em princípio não se sensibilizaram com a minha dificuldade momentânea, ao se colocarem irredutíveis no sentido de não permitir a minha entrada, mas aos poucos perceberam que eu precisava entrar rápido, tinha bastante equipamento do meu backline para descarregar e não seria possível me colocar à espera da boa vontade do motorista que estacionara o seu automóvel em um local proibido a obstruir o aceso ao portão outrora sugerido.

Enquanto negociava com o segurança, notei que Phill Rendeiro estacionou logo atrás do meu automóvel e a seguir, Luiz Pagoto, baterista do Medusa Trio, igualmente e a denotar que ambos, estavam a amargar a mesma dificuldade que eu sofrera minutos antes. Bem, finalmente o guarda liberou a nossa entrada e permitiu que estacionássemos ali na frente daquele primeiro prédio dentro do parque, mas nos advertiu que o teatro ficava bem longe dali, portanto, teríamos que carregar equipamento por um longo percurso. 

Por sorte, uma solícita produtora do teatro surgiu e simpática, lastimou o ocorrido com a nossa dificuldade para usar o outro portão mais acessível ao teatro e rapidamente providenciou um carrinho de ferro para transportarmos o equipamento e assim minimizar o nosso esforço cansativo.  

Bem, constatamos que realmente era longe, pois o percurso seguramente foi de mais de um kilômetro, mas foi prazeroso caminhar com a ajuda do amigos Luis Pagoto e Phill Rendeiro e observarmos os enormes espaços verdes, quadras poliesportivas e muitas edificações a conter atividades, aula de dança e teatro, inclusive, que observamos em plena atividade e depois de atravessarmos uma charmosa ponte ao estilo europeu, chegarmos finalmente ao teatro.

Kim Kehl & Os Kurandeiros na preparação para o soundcheck, Teatro da Fábrica de Cultura Parque Belém. 22 de maio de 2022. Click, acervo e cortesia: Fernando Tavares

Bem recebidos pelos demais produtores do teatro e pelo simpático e muito eficaz técnico de som da casa, montamos com rapidez o backline e fizemos um soundcheck ligeiro, para entregarmos o palco para o Medusa Trio também fazer o seu soundcheck e ficar dessa maneira, pronto para iniciar o seu show.

O palco montado para o show. Kim Kehl & Os Kurandeiros no projeto "Fábrica do Rock". Fábrica de Cultura Parque Belém-SP. 22 de maio de 2022. Click, acervo e cortesia: Kim Kehl

Tarde quente de domingo, após uma semana gelada de outono em São Paulo, ficamos confiantes na presença de um bom público e mesmo por que, o teatro em si se mostrou muito bem estruturado, com um PA de forte pressão, boa iluminação, coxia ampla, bons camarins e para o público, conforto e muito boa visibilidade do palco com dimensão grande em comprimento e largura, ao estilo italiano.

Continua...   

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Autobiografia na Música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 170 - Por Luiz Domingues

E chegou o dia de participarmos então de mais uma Feira da Vila Pompeia. De fato, a nossa banda já mantinha nessa altura dos acontecimentos, um número muito expressivo de participações nessa que é uma das mais famosas Feiras de bairro da cidade de São Paulo. 

Bem antes da minha entrada na formação, Os Kurandeiros já tinham participado de inúmeras edições e depois que eu ingressei na banda, outras tantas seguiram e inclusive com muitas participações análogas em feiras de menor porte, derivadas, feitas em outras épocas do ano no mesmo bairro e nos bairros vizinhos inclusive, e também organizados pela mesma produtora ligada à associação de moradores do bairro.

Todavia, esta 34ª edição teve um apelo todo especial, por conta da fase difícil que enfrentamos nos anos de 2020 e 2021, por conta da pandemia decorrente do alastramento do dito "Coranavírus" ou "Covid-19" que nos assolara. Na verdade, em maio de 2022, apesar do esmorecimento assinalado pela vacinação em massa, a verdade foi que a pandemia não estava erradicada inteiramente de uma forma segura, mas se tornara nítida a vontade imensa da parte das pessoas de poder voltar a ativar a vida social e cultural e assim, tal expectativa se mostrou muito proeminente.

É verdade que no anos de 2021, houveram versões reduzidas desse tipo de festividade ao ar livre, mas a grande Feira de maio, aquela que tradicionalmente movimentava regularmente centenas de expositores e atividades musicais com mais de cinco palcos montados em diversos pontos, simultaneamente, e que na média atraía todo ano, cerca de cento e cinquenta mil pessoas para o evento, não ocorrera em 2020 e 2021, portanto, as pessoas estavam sequiosas por ela.

Por uma feliz coincidência, eu (Luiz Domingues) e Carlinhos Machado havíamos sido convidados para tocarmos na banda do nosso amigo em comum, Lincoln Baraccat, o simpático grupo, "Uncle & Friends", com apresentação marcada para o mesmo evento, portanto, foi um alívio sabermos que o diretor do palco, o guitarrista superb, Luiz Carlini, havia programado tal banda no cronograma, exatamente antes da apresentação d'Os Kurandeiros, ou seja, eu e Carlinhos nos apresentamos com tal banda e ficamos prontos para seguir com Os Kurandeiros, com os nossos respectivos "set ups" preparados para tal ação posterior.

Dessa forma, foi um conforto e tanto para nós dois em específico. Além do mais, a condução do Carlini na direção do palco Rock da Rua Caraíbas, revelara-se exemplar. Sabiamente, ele programara menos bandas para atuarem e assim foi possível proporcionar que cada artista pudesse tocar o seu "set list" completo, com tempo para arrumar o seu "set up" e sem nenhum atropelo para desmontar e abrir espaço para os próximos ocupantes do palco.

E conforme havíamos notado na apresentação do "Uncle & Friends", o som no palco estava muito bom e a pressão exercida no PA para o público, estava forte e com mixagem bastante satisfatória.

Kim Kehl & Os Kurandeiros na 34ª Feira da Vila Pompeia de São Paulo. 15 de maio de 2022. Click, acervo e cortesia: Lara Pap

Subimos ao palco enfim, e que desta feita fora montado quase na esquina com a Rua Padre Chico, isto é, para quem conhece o bairro da Vila Pompeia, a ter do lado direito uma padaria de grande porte e do lado esquerdo, o muro ricamente grafitado do colégio estadual "Miss Browne".

Já estava quase inteiramente escuro o céu, no avançar das 18 horas e nós tocamos com uma receptividade enorme das pessoas que vibraram do começo ao final da nossa apresentação.

Kim Kehl & Os Kurandeiros na 34ª Feira da Vila Pompeia de São Paulo. 15 de maio de 2022. Click, acervo e cortesia: Lara Pap 

Apresentamos o nosso show regular, a respeitar o setlist completo com muita tranquilidade e mais do que isso, com grande empolgação popular a nos dar a devida energia, aquela sinergia mágica que todo artista quando a recebe nessa intensidade, tende a melhorar e muito a sua performance. Em suma, show de Rock como nos velhos tempos, movido a uma incrível sintonia.

Kim Kehl & Os Kurandeiros na 34ª Feira da Vila Pompeia de São Paulo. 15 de maio de 2022. Click, acervo e cortesia: Lara Pap

Nesses termos, foi muito prazeroso termos participado dessa 34ª edição da Feira da Vila Pompeia, em 15 de maio de 2022, em que tudo deu certo, da camaradagem à produção caprichada, a se destacar também o bom trato que tivemos do pessoal técnico de apoio, além do som bem organizado e sobretudo pela reação do público, super efusiva e claro, igualmente pela oportunidade de revermos tantos amigos nos bastidores do evento, uma praxe também em meio à essas feiras de bairro, e principalmente na Vila Pompeia que mantinha uma tradição gigantesca de comprometimento com o Rock, fenômeno observado desde os anos 1960, como consta nos anais do Rock brasileiro.

Trecho da música "O Filho do Vodu" executada pelos Kurandeiros no decorrer da 34ª Feira de Artes da Vila Pompeia em São Paulo. 15 de maio de 2022. Filmagem, acervo e cortesia: Lara Pap

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=R-O-psuYyBY

Trecho da música "Viagem Muito Louca". Os Kurandeiros ao vivo na Feira da Pompeia. 15 de maio de 2022. Filmagem, acervo e cortesia: Lara Pap

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=Z1wvEok4M_U

Trecho da música: "Cidade Fantasma" com Os Kurandeiros ao vivo na Feira da Vila Pompeia. 15 de maio de 2022. Filmagem, acervo e cortesia: José Eduardo Rendeiro.

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=BoKxXtlpIeA

"Cocada Preta" - Os Kurandeiros ao vivo na Feira da Vila Pompeia. 15 de maio de 2022. Filmagem, acervo e cortesia: José Eduardo Rendeiro.

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=9_9eTuKBhAI

Na semana subsequente, tivemos uma nova apresentação marcada e desta feita para o ambiente de um bom teatro, com boa infraestrutura para nos apresentarmos.

Continua...

terça-feira, 25 de outubro de 2022

Autobiografia na Música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 169 - Por Luiz Domingues

No dia 11 de maio de 2022, nos reunimos nas dependências do estúdio Mad, no bairro da Lapa, em São Paulo e fizemos uma boa preparação. De fato, não tocávamos juntos desde novembro de 2021 e a "ferrugem" precisava ser eliminada.

Não contamos com as presenças do tecladista, Nelson Ferraresso, tampouco da cantora, Renata "Tata" Martinelli, nesse ensaio, por motivos diferentes. Renata já havia nos avisado que não poderia participar dos dois próximos shows por uma questão de conflito de agenda, por conta dela ter filmagens previamente marcadas para o programa, "Canta Comigo", da TV Record de São Paulo, no qual era componente do corpo de jurados nessa época.

Já no caso do Nelson, o motivo de sua falta não foi nada glamouroso, a se tratar de um problema de saúde que ele teve justamente naquela semana, todavia, com a possibilidade concreta de alcançar a recuperação a tempo de confirmar a sua participação nos shows marcados.

Noite fria de outono e bastante tranquila, tocamos as músicas com poucos erros a denotar que a decantada "ferrugem" que supúnhamos haver acumulado, não fora tão insidiosa assim.

Trecho de "Viagem Muito Louca" (Kim Kehl) - Os Kurandeiros em ensaio no estúdio Mad de São Paulo em 11 de maio de 2022. Filmagem, acervo e cortesia: Lara Pap

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=Aw4HD9Cs2S8

Trecho de "Cocada Preta" (Kim Kehl) - Os Kurandeiros em ensaio no estúdio Mad de São Paulo em 11 de maio de 2022. Filmagem, acervo e cortesia: Lara Pap

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=92Ts1tEX744

Segundo trecho de "Cocada Preta" (Kim Kehl) - Os Kurandeiros em ensaio no estúdio Mad de São Paulo em 11 de maio de 2022. Filmagem, acervo e cortesia: Lara Pap

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=wv9Q43QM4UI

Trecho de "São Paulo" (Vai Sobreviver) (Kim Kehl) - Os Kurandeiros em ensaio no estúdio Mad de São Paulo em 11 de maio de 2022. Filmagem, acervo e cortesia: Lara Pap

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=y9zjiLoV2s4

Trecho de "Sou Duro" (Kim Kehl) - Os Kurandeiros em ensaio no estúdio Mad de São Paulo, em 11 de maio de 2022. Filmagem, acervo e cortesia: Lara Pap

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=kGicq8r2Rdg

Depois desse ensaio, nos sentimos tranquilos para participar da Feira da Pompeia, versão 2022.

Continua...

sábado, 15 de outubro de 2022

Entrevista: Walter Possibom (músico, ativista cultural, médico e escritor), fala sobre a sua nova obra: "Enciclopédia Rock, Suas Histórias & Suas Magias" - Por Luiz Domingues

Walter Possibom, é um artista multifacetado. Como guitarrista e compositor, já foi membro de muitas bandas, sendo o seu atual trabalho, o "Delta Crucis", que se revela como um grupo de Rock fortemente comprometido com as mais belas tradições do Rock clássico e melhor ainda, amparado por simbolismos muito fortes, a começar pelo seu próprio nome, escolhido a dedo sob tal ditame. Médico em sua formação acadêmica, é muito respeitado nesse meio, igualmente.

Os dois primeiros livros acima, são obras técnicas sobre medicina. Abaixo, o romance Rocker, "Um Brilho nas Sombras" e a seguir, "Quando os Ventos Sopram na Pradaria", um outro romance ambientado em meio à tribo indígena norte-americana, "Sioux", mediante um impressionante embasamento sobre a cultura desse povo e para fechar, uma arte a divulgar o ótimo Blog Rocker, "Planet Caravan", criado e dirigido pelo mesmo autor. Em suma, alguns exemplos da literatura de Walter Possibom

Ele tem o talento para manejar bem as palavras e nesse campo literário, também se revela como um escritor prolífico, ao ponto de já ter muitos livros publicados e uma infinidade de livros já escritos e só a esperar o processo de edição e lançamento pela via impressa tradicional. Sobre a sua qualidade como escritor inspirado, eu já tive inclusive o prazer de preparar uma resenha sobre um de seus livros e ao final desta matéria, deixarei a dica sobre tal análise, para que o leitor conheça ainda mais o trabalho dele. Isso sem contar que ele já escreveu igualmente livros técnicos sobre medicina e como ativista cultural, mantém um Blog recheado com bom conteúdo, chamado: "Planet Caravan", no qual divulga o Rock com muita paixão. 

Walter Possibom em ação com o grupo de Rock, Delta Crucis!

Desta feita, Possibom anuncia mais um trabalho literário, entretanto a explorar uma outra vertente que não seja a do romance, no qual veio a se destacar mais recentemente, ou seja, de uma maneira muito auspiciosa, ele nos brinda com um impressionante enciclopédia a narrar com muita propriedade e a se destacar um trabalho de pesquisa muito profundo, a história do Rock. 

Assunto extremamente amplo por si só, no entanto, Possibom não se intimidou com tal amplitude incalculável e pelo contrário, foi ainda mais fundo na sua prospecção ao mergulhar nas raízes das raízes que resultou no Blues, ou seja, a raiz primordial do Rock. Dessa forma, só por esse apuro, a sua enciclopédia já se revela como muito provavelmente o documento mais completo sobre o gênero já realizado no Brasil e quiçá, no mundo.

Eu tive o prazer de entrevistar o escritor, músico, ativista cultural e médico, Walter LP Possibom com exclusividade para este meu Blog 2, conforme consta abaixo e peço ao leitor que preste atenção o quão é impressionante esse trabalho que ele desenvolveu, ao criar a "Enciclopédia Rock, Suas histórias & Suas Magias". 

Blog Luiz Domingues 2) Impressionou-me muito na sua enciclopédia o requinte da sua pesquisa. Você planejou desde o início fazer uma prospecção tão profunda ou percebeu no decorrer da elaboração do texto que precisava ser tão minucioso, ao buscar na história da colonização norte-americana informações tão precisas para buscar a mais remota raiz do Blues para explicar a semente primordial do Rock? 
 
Walter Possibom) A ideia de escrever um livro sobre a História do Rock, não aquela tradicional, mas uma com a profundidade necessária, se fez presente em minha mente há muito tempo. Eu sempre fui um ávido consumidor de livros sobre o Rock, eu desejava entender como que aquela “música” mexia tanto comigo, como ela podia carregar tanto sentimento. Então eu decidi escrever um livro sobre isso, o que resultou num material que continha dois volumes com cerca de 400 páginas cada volume. Eu tentei editar esse livro, mas evidentemente que não consegui. O projeto ficou arquivado por muito tempo quando decidi refazer ele, porém durante a sua releitura percebi que necessitava ter mais profundidade ainda, resultando nesse material que ora se apresenta. Eu sempre entendi que para se conhecer de verdade o Rock nós teríamos que entender a sua relação com a sociedade, e vice-versa, pois os dois sempre interagem entre si modificando um ao outro, por isso a necessidade de que houvesse a profundidade na pesquisa e no material apresentado.

Blog Luiz Domingues 2) Ainda em relação à primeira pergunta, na sua concepção não bastava usar a informação superficial e clichê, naturalmente, de que foi nos campos de algodão do sul dos Estados Unidos que o cântico que gerou o Blues veio da tristeza intrínseca dos escravos, mas sim, contextualizar com profundidade tais dados históricos, certo? 
Walter Possibom) A sua observação é absolutamente correta, a história e fatos nos mostram que o processo foi muito mais complexo e multifatorial.

Blog Luiz Domingues 2) Eu achei, particularmente, que a sua abordagem profunda se mostra como um verdadeiro tratado e salvo engano de minha parte e neste caso que já haja outro estudo dessa monta, o seu trabalho se revela como o mais completo dessa área que eu tomei conhecimento até hoje. Você sempre se interessou pela musicologia ou mergulhou nesse universo por ter sentido a necessidade de usar tal ferramenta para atingir o seu objetivo? 
 
Walter Possibom) O material que tenho sobre a História do Rock é vasto, tenho revistas, coleções, livros, fanzines, alguns nacionais outros de fora daqui, e posso te dizer que eu também nunca li nada igual. Eu sempre me interessei por Rock, eu sempre desejei entender por que ele mexia tanto comigo, e para chegar a essa resposta essa ferramenta teve que ser utilizada.
Blog Luiz Domingues 2) Sei que você já conta com diversos volumes prontos, todavia, ainda prepara a continuação da obra. Na sua projeção, quantos volumes conterão a enciclopédia no seu total? 
 
Walter Possibom) Essa sua pergunta é difícil de responder, mas eu calculo que, levando-se em consideração a obra até o Rock da Década de 70 (resolvi desenvolver o estudo por década), pelo que tenho até agora a obra deverá atingir cerca de 15 volumes. A partir daí irei compor o Rock das décadas seguintes, mas nem imagino quanto vai ter disso.

Blog Luiz Domingues 2) Em termos práticos, qual é a sua planificação de disponibilidade da obra? Os volumes serão colocados no mercado editorial com versão impressa tradicional? Em caso afirmativo, haverá igualmente a versão “e-Book” para a comercialização? 
 
Walter Possibom) Quando eu fiz aquela primeira obra de 2 volumes há quase 30 anos atrás eu havia percebido um problema grave: o material gráfico disponível para ilustrar o trabalho. Sem as ilustrações e fotos o material seria uma chatice sem tamanho e não dariam a “ideia” que eu queria passar ao leitor, mas as fotos disponíveis em domínio público se mostraram pobres para que eu pudesse compor o trabalho da forma que eu desejava. Para usar fotos com detenção e direitos autorais eu teria que obter a concessão deles de cada detentor, e é claro que seria virtualmente impossível conseguir autorização de royalties para anexá-las no trabalho. Então eu decidi colocá-las, com as devidas referencias, e não monetizar o material. O que quer dizer que o material será distribuído gratuitamente para quem se interessar pelo assunto. De verdade eu nunca me preocupei com eventual “renda” desse material.
Blog Luiz Domingues) Cite por favor as suas principais fontes de pesquisa para chegar nesse resultado tão grandioso. 
 
Walter Possibom) Nossa, foi tanto material utilizado na pesquisa que acabaria ocupando um espaço enorme aqui, então vou citar alguns deles, os quais fazem parte de minha biblioteca sobre o Rock, porém irei deixar de citar os sites e blogs que estarão citados no livro: Rock – A música do século XX – Rio Gráfica Editora – Brasil Rock O Grito e o Mito – Roberto Mugigiati – Editora Vozes – Brasil Rock De Elvis à beatlemania (1954 – 1966) – Roberto Muggiati – Editora Brasiliense – Brasil Rock Da utopia à incerteza (1967 – 1984) – Roberto Muggiati – Editora Brasiliense – Brasil Rock: Do sonho ao pesadelo – Roberto Muggiati – L&PM Editores – Brasil O que é Rock – Paulo Chacon – Editora Brasiliense – Brasil Rock Progressivo – Valdir Montanari – Papirus Editora – Brasil Rock Nos passos da moda – Tupã Gomes Corrêa – Brasil Rock No cinema Volumes 1 e 2 – Editora Três – Brasil Enciclopédia do Rock – Volumes 1,2 e 3 – Editora Três – Brasil ABZ do Rock brasileiro – Marcelo Dolabela – Estrela do Sul Editora – Brasil Rock a história e a glória – 25 volumes – Maracatu Editora – Brasil Revista Mix – vários números – Diagrama Editora – Brasil Revista Metal – vários números – Diagrama Editora – Brasil Revista Bizz – vários números – Editora Abril – Brasil Revista Pipoca Moderna – vários números – Publicações Castro – Brasil Revista Geração Pop – vários números – Brasil Revista Roll – vários números – Diagrama Editora – Brasil Revista Metal Mania – vários números – Editora Três – Brasil Revista Rock Show – vários números – Imprima Comunicação Editorial – Brasil Revista Rock Espetacular – vários números – Rio Gráfica Editora – Brasil Revista Mixtura Moderna – vários números – Sigla Editora - Brasil Revista Rock Passion – vários números – Editora Promocional – Brasil Revista Rock Brigade – vários números – Editora Rock Brigade – Brasil Revista Guitar World – vários números – Harris Publications – EUA El mundo de la música Pop – Rolf-Ulrich Kaiser – Barral Editores – Espanha The Rolling Stone Record Guide – Virgin Books – EUA New Illustrated Rock Handbook – Mike Clifford – Salamander Edition – EUA The Rock Yearbook – Virgin Books – EUA Rock O Ritmo do Século – Mike Bygrave & Linda Nash – Editora Verbo – Portugal New Musical Express – Who’s who in Rock & Roll – John Tobler – Hamlyn Edition – EUA The Encyclopedia of Rock – Michael Heatley – Virgin Books – EUA Recortes do Jornal O Estado de São Paulo – Brasil Recortes do Jornal Folha de São Paulo – Brasil Fanzines diversos de Fãs Clubes Brasileiros
 
Blog Luiz Domingues 2) Sobre o título da obra, você como escritor já consagrado de romances, buscou uma solução mais poética do que acadêmica, que aliás, seria o mais usual para nomear uma enciclopédia. Você confirma essa impressão de minha parte? E em caso afirmativo, de onde veio a sua inspiração para definir o título como “Enciclopédia Rock, Suas Histórias e Suas Magias?” 
 
Walter Possibom) A sua impressão está absolutamente correta, e a inspiração veio do próprio ensinamento que tive em minhas pesquisas, de que o Rock é algo que extrapola a materialidade de um simples ritmo musical, ele tem “algo” a mais. A sua música carrega todo o sentimento do negro escravo em seu lamento, por isso ele é “mágico”.
Blog Luiz Domingues 2) O Rock brasileiro tem um capítulo à parte ou tal história vai inserida no bojo de cada período enfocado? 
 
Walter Possibom) O rock Nacional terá um capítulo à parte, em que pese a pobreza de informações na internet que parece que nos quer induzir a acreditar que o Rock Nacional teve o seu início na década de 80, o que não é verdade. Porém, como a gama de informações sobre ele é pequena (incrível isso), eu terei que juntar o que consegui em um capítulo junto ao Rock da Década de 70.
 
Blog Luiz Domingues 2) Sobre a arte gráfica, eu gostei muito da sua resolução e sobretudo da abordagem. Quem a criou e executou tal arte-final? 

Walter Possibom) A arte-final foi elaborada e confeccionada por mim mesmo utilizando-se o Corel Draw.
Blog Luiz Domingues 2) Possibom, você já pode adiantar por qual editora vai lançar a enciclopédia? 
 
Walter Possibom) Como disse na resposta à pergunta 5 ele será disponibilizado gratuitamente no formato pdf.

Blog Luiz Domingues 2) Quantas páginas em média conterá cada volume? 
 
Walter Possibom) Considerando-se que o material é composto em folha tamanho A4 e formatação habitual, cada volume tem aproximadamente 550 páginas.
 
Blog Luiz Domingues 2) Sobre as ilustrações internas de cada volume, você recorreu a algum artista para personalizar tais imagens ou usou o banco de dados público da internet? 
 
Walter Possibom) Foi utilizado o banco de dados da própria internet.
Blog Luiz Domingues 2) Qual a sua previsão de lançamento, ou haverá uma série de lançamentos de forma escalonada, para cada volume? 
 
Walter Possibom) Na realidade eles estão disponíveis e estarei colocando os links no Blog Planet Caravan, mas você poderá colocar os links em seu blog para todos os seus leitores.
 
Blog Luiz Domingues 2) Dada a magnitude da obra, você já projeta o seu uso como fonte pedagógica e a motivar, por conseguinte, um campo aberto para fomentar a realização de palestras, cursos e outras atividades do campo educacional e cultural? 
 
Walter Possibom) Desde que eu iniciei o trabalho de sua composição, desconsiderando-se as tentativas feitas naquela primeira tentativa de publicação, eu percebo que não há um interesse muito grande em se conhecer a história do Rock.Vivemos outros tempos, pois no meu tempo nós rockeiros tínhamos todo esse interesse. Então eu não sei te dizer se esse material servirá para esses fins, embora considere que isso seria algo espetacular, pois oferece todos os recursos para isso.

Blog Luiz Domingues 2) Conheço bem a sua paixão pelo Rock, portanto, tenho em mente o grau de emoção que impregnou na sua escrita. Nesse sentido, o leitor pode esperar um algo a mais que uma enciclopédia que armazena dados, simplesmente, correto? 
 
Walter Possibom) Corretíssimo novamente. Eu acho impossível não se deleitar e se emocionar com as histórias e as magias do Rock, é tudo maravilhoso. Mal sabemos das dificuldades que Michael Lang teve para conseguir sonorizar Woodstock, nesse material nós vamos saber como isso se deu. Nós nem temos ideia de quem está por detrás dos designers de palco, nesse material nós vamos viver aventuras fantásticas com os homens visionários que compuseram os palcos espetaculares que deram margem à nossa imaginação e complementaram com perfeição a música que estava sendo tocada.
Blog Luiz Domingues 2) Dou-lhe agora o espaço final para que possa deixar o seu recado aos leitores do meu Blog! 
 
Walter Possibom) Primeiramente eu quero agradecer pelo fantástico trabalho que você faz em favor do Rock e da cultura, seu serviço é inestimável e de uma grandeza ímpar. Quero te agradecer pela gentileza com que sempre nos brindou, e pelo apoio a esta nossa iniciativa assim como nas demais. Aos leitores de seu blog, que certamente são pessoas diferenciadas, digo que terão uma grande oportunidade de mergulhar numa viagem alucinante pela História do Rock como nunca pensaram ser possível. Espero que todos desenvolvam o mesmo gosto que tenho pelo Rock e que se transformem em elementos multiplicadores desse conhecimento. Desejo a todos uma ótima leitura e que se mantenham antenados neste blog que é uma ilha de cultura e conhecimento ... aproveitem e obrigado pelo tempo despendido para nos ler nesta entrevista. Um grande abraço a todos. Longa vida ao Rock and Roll!
Conforme o próprio Walter Possibom deixou bem claro na entrevista acima, a sua nova obra está disponibilizada inteiramente grátis para a consulta pública, ou seja, trata-se de um grande serviço altruísta com enorme valor cultural a ser desfrutado por todos! Anote abaixo os respectivos endereços que direcionam diretamente aos primeiros volumes da enciclopédia e fica a ressalva de que a obra está ainda em construção, portanto, a previsão é de que ainda surjam mais oito  volumes ou mais, para encerrá-la.

Volume 1:

Volume 2:

Volume 3:
Volume 4:

Volume 5:

Volume 6:
 
Volume 7: 
 
Volume 8:

Para conhecer ainda mais o trabalho de Walter Possibom como músico, ativista cultural e escritor, acesse:   

Blog Planet Caravan:
https://jjplanetcaravan.blogspot.com/

Blog Planet Caravan no Facebook:
https://www.facebook.com/BloggerPlanetCaravan

Canal do grupo de Rock Delta Crucis no YouTube:
https://www.youtube.com/channel/UCB602J1NIhNiicree6adEFw

Resenha sobre o romance "Um Brilho nas Sombras" de Walter Possibom, disponível em meu Blog 1:
http://luiz-domingues.blogspot.com/2016/09/um-brilho-nas-sombras-walter-lp.html