domingo, 28 de novembro de 2021

Autobiografia na Música - Boca do Céu - Capítulo 73 - Por Luiz Domingues

Sobre a canção, "O Que Resta é a Canção", a roupagem que ela estava a adquirir no padrão de 2021, evidentemente que se tornou muitíssimo mais requintada do que jamais poderíamos concebê-la em 1976, sem, no entanto, recorrer à modernizações estéticas que lhe extraíssem o seu sabor sessenta-setentista original de sua estética e intenção. 

Simplesmente amadurecidos, tocamos como sonhávamos naquela época, porém de uma forma mais do que natural e assim, a canção ficou rica em ornamentos e também na sua melodia, pois pelo pouco que eu me recordo da sua versão primordial, ela não tinha uma linha nesse sentido tão bem delineada na ocasião em que fora concebida.

Wilton Rentero a tocar na primeira foto e ele mesmo, novamente, acompanhado de Osvaldo Vicino, desta feita. Ensaio do Boca do Céu no estúdio "Lumen", localizado no bairro da Vila Mariana, na zona leste de São Paulo, em 31 de outubro de 2021. Clicks e acervo: Luiz Domingues

E foi assim então, não apenas em relação à balada, "E o Que Resta é a Canção", mas também com as outras seis músicas com as quais estávamos a trabalhar, evidentemente que o mesmo resultado estava a ser notado por todos nós. 

E nesta altura, mesmo ainda a trabalharmos de uma forma bastante preliminar na preparação de mapas, estes a serem considerados provisórios das músicas em questão, eu particularmente já estava convencido de que o material de 1976-1977, se mostrava muito promissor, mesmo com as letras bem ingênuas em sua maioria, exatamente para preservamos ao máximo a essência do trabalho que fizemos ou tentamos fazer nos anos setenta mediante os nossos parcos recursos daquela ocasião.

Osvaldo Vicino e Wilton Rentero ao fundo, com a minha presença (Luiz Domingues) a comandar o click. Ensaio do Boca do Céu no estúdio "Armazém", localizado no bairro do Tatuapé, na zona leste de São Paulo em 21 de novembro de 2021. Click (selfie) e acervo: Luiz Domingues

Nesta altura, estávamos resolutos em realizar mais um ensaio com o trio das cordas e a seguir, marcarmos um ensaio com o baterista, Nelson Laranjeira, cunhado do nosso baterista original, Fran Sérpico e que gentilmente participara da nossa reunião nostálgica de 2020, pouco tempo antes de estourar a notícia da pandemia decorrente do Coronavírus no Brasil. 

Osvaldo Vicino e Wilton Rentero, a confabularem durante o ensaio. Boca do Céu no estúdio "Armazém", localizado na zona leste de São Paulo, em 21 de novembro de 2021. Click e acervo: Luiz Domingues

Portanto, pelo laço de parentesco com o Fran, ele haveria de representar bem o nosso baterista dos anos setenta e assim, a seguir, gravaríamos um segundo ensaio com ele na bateria para termos um material com um áudio razoável para finalmente enviarmos ao Laert, para que ele pudesse começar a interagir conosco. 

E sob uma segunda fase, iniciaríamos um novo esforço para resgatarmos mais quatro ou cinco músicas dos anos setenta e abrir caminho para composições novas, uma safra de 2021, inteiramente inédita. 

Eu (Luiz Domingues) a comandar o click da máquina, com Osvaldo Vicino e Wilton Rentero ao fundo, ambos entretidos com alguma imagem do celular do Wilton. Ensaio do Boca do Céu no estúdio "Armazém" de São Paulo em 21 de novembro de 2021. Click (selfie) e acervo: Luiz Domingues

Todavia, nós sentimos a necessidade de marcarmos mais um ensaio, antes de convidarmos o baterista Nelson Laranjeira para nos auxiliar em tal tarefa de registrar as canções.

Continua...

sábado, 27 de novembro de 2021

Os Kurandeiros - 2ª Feira de Artes e Cultura de Perdizes/SP - 28/11/2021 - Domingo - 17 Horas

Os Kurandeiros

2ª Feira de Artes e Cultura de Perdizes

Domingo - 28 de novembro de 2021 - das 10 às 19 horas 

Show d'Os Kurandeiros às 17 horas

 

Rua Iperoig, entre as Ruas Caiubi e Bartira

Perdizes - São Paulo/SP

Estação Clínicas do Metrô

 

Os Kurandeiros:

Kim Kehl: Guitarra e voz

Carlinhos Machado: Bateria e voz

Nelson Ferraresso: Teclados

Renata "Tata" Martinelli: Voz e percussão

Phill Rendeiro: Guitarra e voz

Luiz Domingues: Baixo e voz 

domingo, 14 de novembro de 2021

Os Kurandeiros lançam o seu mais novo CD: "Cidade Fantasma"

Amigos: é com muito prazer que eu anuncio o lançamento do novo álbum d'Os Kurandeiros, denominado: "Cidade Fantasma". Ele já está disponível para aquisição através da loja virtual da banda no Facebook e também nas principais lojas da Galeria do Rock de São Paulo.

Agradeço ao Danilo Gomes Santos, do estúdio Prismathias de São Paulo, por todo o suporte que nos prestou durante a gravação, mixagem e masterização do disco, além da sua amizade e entusiasmo para com o nosso trabalho. E também ao José Eduardo Rendeiro pela criação e lay-out final da capa, Lara Pap na ajuda de produção geral e o pessoal da Crossover Records.

Abaixo, segue na íntegra o texto do release oficial do disco:

"Não tem sido fácil enfrentar a pandemia de 2020/2021. Ficamos todos perplexos, com medo, preocupados com o futuro e muito tristes pela perda de tantos entes queridos. Entretanto, é justamente sob situações limítrofes dessa monta que se extrai aquela força interior que nem sabemos que possuímos, verdadeiramente.

Pois foi dessa forma que Os Kurandeiros se imbuíram de uma carga de energia extra e entraram em estúdio para trabalhar com afinco na produção de um novo álbum, justamente para fazer valer a máxima de que o artista precisa olhar para frente, vislumbrar uma saída e dar alento ao povo.

“Cidade Fantasma” trata disso, ao nos fazer lembrar que foi e ainda tem sido difícil viver com a vida paralisada, a cidade vazia, a incerteza que paira no ar, mas que vai passar.

Musicalmente, são cinco canções vibrantes, dentro das tradições d’Os Kurandeiros ao tratar o Rock clássico sob diversas matizes. Nesses termos, contém até o flerte com o Jazz, a menção ao Country Rock e o Rock psicodélico sessentista, o Hard-Rock sob o viés setentista e o Blues Rock.

Nas letras, a mensagem é de esperança na força do trabalho (“Gasolina”), o bom humor para vencer a angústia que a quarentena exerceu sobre nós ("Cidade Fantasma”), a vontade de retomar a plenitude da vida (“Noite de Sábado”), um passeio psicodélico-surreal para homenagear um amigo nosso que partiu ("Viagem Muito Louca”, é dedicada ao cantor/compositor, Ciro Pessoa) e uma certeza: vamos superar a situação (“São Paulo/Vai Sobreviver”)!

A banda contou com a operação de áudio, mixagem e masterização de Danilo Gomes Santos, através do estúdio Prismathias de São Paulo, onde trabalhou de fevereiro a julho de 2021." Arte e lay-out de capa de autoria de José Eduardo Rendeiro. Foto: Lara Pap. Prensagem: Crossover Records.

Lançamento oficial em outubro de 2021.

Produção geral: Danilo Gomes Santos e Os Kurandeiros

Os Kurandeiros:

Kim Kehl: guitarra, violão, voz e percussão

Carlinhos Machado: bateria, percussão e voz

Nelson Ferraresso: teclados

Phill Rendeiro: guitarra, violão e voz

Luiz Domingues: baixo e voz

Loja virtual d'Os Kurandeiros no Facebook:

https://www.facebook.com/search/top?q=os%20kurandeiros

sábado, 6 de novembro de 2021

À Espera do Milagre - Por Telma Jábali Barretto

Normalmente, gostamos e escrevemos muito mais sobre os pequenos milagres, aqueles que, contínua e ininterruptamente, acontecem em nossa vidinha corriqueira para nosso refresco e alento que há que ter sentidos, olhos e ouvidos, para perceber...

Como não constatar quanto a maioria de nós espera algum significativo milagre, daqueles grandiosos deixando marcas, mudando vidas tal como nos filmes, histórias de grandes seres, aquelas descritas nos romances antigos e/ou até epopeias da humanidade. Tal como nessas aí citadas, para que ocorram, necessário ter verdadeiros heróis!!! 

E, também, como não lembrar que todos os personagens que ali existam contracenam, coexistam, entre ‘mocinhos e bandidos’, são representantes, interpretações de facetas de nós mesmos...?!...

Então, vale dizer e refletir sobre e quais milagres esperamos e em que que tipo de cenário e novela moram nossas surpresas e expectativas, sonhos e quais coloridos damos a essas telas forjadas em nossa imaginação que, a depender da constante evocação mental, poderão tomar forma, materializar ou... numa espécie de realidade paralela, ser abastecida, sustentada num surreal delicado e até patológico... 

Subjetividades da alma que valem atentar. Fato é que, como descrito em tratados esotéricos (somos sempre feitos de tantas camadas de realidade...), de alguma maneira construímos situações salvadoras ou trágicas. Viabilizamos seguidamente em meio a vitimices e heroísmos, o caminho, sabor dependendo daquilo que nosso âmago abastece, nutre a alma de perfumes e odores, entre harmonias e dissonâncias emergidas do quanto e sobre o que seja a Vida para cada um de nós... 

Há um desiderato em cada existir! Diz no “Luz no Caminho”*, de Mabel Colllins: pede à terra, ao ar e à água os segredos que guardam para ti. Assim inspirados dizemos: que a espera inerte dê lugar à água purificadora, permita o fogo transformador que, encontrando a terra cicatrizante (toda semente precisa romper para enraizar!!!)

E que o ar regenerador, oxigene a nova fase do germinar. Por nós, pelo nosso entorno, sejamos o milagre!!!

 

Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga, consultora para a harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga.

*O livro "Luz no Caminho" é uma obra bastante expressiva da autora, Mabel Collins, considerado essencial para quem busca a senda espiritual 

Eis acima o audiobook de "Luz no Caminho".

E o link para acessar diretamente no YouTube:

https://youtu.be/GalQuuYopSI 

Cortesia do canal "Caverna dos Livros" no YouTube.