segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Os Escritores são Mestres da Cultura - Por Marcelino Rodriguez

Comemorou-se ontem o dia do escritor (nota do editor : referindo-se ao dia 25 de julho), nesse país de vários tipos de analfabetismos. 
 
Tem pessoas que pensam que só existe o analfabetismo das letras. Que nada!
 
Existe o analfabetismo espiritual, que engloba quase noventa por cento da humanidade. Quem foi que já aprendeu a amar ao próximo e tratar os outros como gostaria de ser tratado ? 
Na minha experiência pessoal, vivo tomando sustos e outro dia perguntei a uma amigo que também é amigo
dos livros (todo sábio lê muito) se era só eu que tinha a impressão que os demônios da imbecilidade estavam governando a massa humana. Para minha surpresa, o amigo disse que tinha certeza disso. 

Graças que não sou o único a perceber a insanidade geral.
Existe um outro analfabetismo básico no Brasil que é o analfabetismo literário. Os brasileiros não conhecem literatura nem de dentro, nem de fora. O ensino que é dado nas escolas não formam leitores e ninguém protesta contra isso, o que é outro tipo de analfabetismo: o civil. Claro que um povo que não conhece literatura e não evolui a mente para os conceitos universais, vai acreditar em qualquer conto de vigário ou vigarista. Perto do apocalipse, os anjos vão perguntar quantos poemas uma alma conhece. Menos de dez e eles dirão, abaixo, abaixo, sua sensibilidade tá muito pequena pras altas esferas. Aquilo que é divino não suporta mediocridade.  
O engraçado, todavia, é quando um sujeito cidadão sem literatura quer ensinar ética, filosofia ou metafísica para um escritor que leu a história de todas as doutrinas que cabe na mente de um ingênuo. Dá vontade de perguntar qual dos oito volumes do Otto Maria Carpeaux ele leu. O Brasileiro ainda não sabe que os principais mestres de todas as culturas são os poetas e escritores. 

Essa crônica é apenas um serviço de utilidade pública para os desavisados, que de vez em quando vem me ensinar filosofia da terceira dimensão ou sabedoria rudimentar. Os mais evoluídos do espírito humano são aqueles e aquelas que tem os talentos divinos. Feliz dia do escritor, que já passou foi tempo, porque tudo hoje é veloz pra baixo.

Marcelino Rodriguez é colunista ocasional do Blog Luiz Domingues 2. Escritor de vasta e consagrada obra, aqui nos apresenta mais uma crônica contundente a denunciar o analfabetismo cultural do povo brasileiro. 

domingo, 18 de dezembro de 2016

Sons - Por Julio Revoredo

O camelo blatela

A coruja chirria

Chilram as aves

Espocam os foguetes

Fremem as vestes

Frufrutam os vestidos
Guincham os ratos 

Gorgoleja a agua

Ribomba o trovão
Tartamudeia o gago

Trissa a calhandra

Ululam os lobos

Zinem os insetos

Zunzunam os motores 


Julio Revoredo é colunista fixo do Blog Luiz Domingues 2. Poeta e letrista de diversas músicas que compusemos em parceria, em três bandas pelas quais eu atuei: A Chave do Sol, Sidharta e Patrulha do Espaço

sábado, 17 de dezembro de 2016

Os Kurandeiros - 18/12/2016 - Domingo / 19 Hs. - Fofinho Rock Bar


Projeto Sunday Rock no Fofinho Rock Bar com Os Kurandeiros + Mr. Huddy
18 de Dezembro de 2016 - Domingo - 19:00 Horas

Fofinho Rock Bar
Avenida Celso Garcia, 2728
Belenzinho
Estação Belém do Metrô
São Paulo  -  SP

Lançamento Oficial do EP "Seja Feliz" !
Lançamento da nova caneca dos Kurandeiros !


Os Kurandeiros : 
Kim Kehl - Guitarra e Voz
Carlinhos Machado - Bateria e Voz
Luiz Domingues - Baixo 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Os Kurandeiros - 17/12/2016 - Trend & Culture Fair - Brooklin - São Paulo / SP



Trend & Culture Fair com as bandas Pompeia 72 & Os Kurandeiros !

Os Kurandeiros + Pompeia 72
17 de Dezembro de 2016 - Sábado - 19:00 Horas

Praça General Gentil Falcão (cruzamento das Avenidas Luis Carlos Berrini com Padre José Antonio dos Santos)
50 metros da Estação Berrini dos trens da CPTM
Brooklin
São Paulo - SP


Entrada Gratuita

Lançamento Oficial do EP "Seja Feliz" !
Lançamento da nova caneca dos Kurandeiros !


Os Kurandeiros : 
Kim Kehl - Guitarra e Voz
Carlinhos Machado - Bateria e Voz
Luiz Domingues - Baixo 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Os Kurandeiros - 16/12/2016 - 20 Hs. - Magnólia Villa Bar - Lapa - São Paulo



De volta ao Magnólia Villa Bar, após um longo hiato nessa histórica casa de espetáculos da Lapa, revivendo as noitadas de Rock’n Roll; Blues & Baladas !

Os Kurandeiros
16 de Dezembro de 2016 - Sexta-Feira - 20:00 Horas

Magnólia Villa Bar
Rua Marco Aurélio, 884
Lapa
São Paulo - SP


Lançamento Oficial do EP "Seja Feliz" !
Lançamento da nova caneca dos Kurandeiros !


Os Kurandeiros : 
Kim Kehl - Guitarra e Voz
Carlinhos Machado - Bateria e Voz
Luiz Domingues - Baixo


Participação Especial :
Alexandre Rioli - Teclados

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Entre Luzes e Sombras - Por Telma Jábali Barretto


Todos nós já passamos por situações de algum constrangimento, dificuldade, assim como todos conhecemos, lembramos de momentos vividos de luzes e satisfação. Queremos aqui recordar algumas dessas situações onde um tom mais intenso, perto do traumático, como também, do outro lado, do aplauso e sucesso. Grandes são os impactos deixados na alma, que repercutem, desdobram, ecoam que dependerão de como serão digeridos...


Se com maturidade ou consciência atenta, a impermanência experimentada na existência no próprio processo da personalidade que vestimos, com mais serenidade transporemos um problema, tanto quanto um momento de sucesso será absorvido e assimilado dentro de um tipo de contexto em que, também tal ganho, possa ser recebido como parte integrante, resultante de investimento e natural conquista. Sendo assim e quando assim, não é possível e nem passível que permaneçamos nem no desafio quando dolorido e menos ainda na chegada festiva a um bom desfecho.

Fato é que nem sempre funcionamos nesse tempo, com equilíbrio, equanimidade ou harmonia. Alguns de nós temos uma natural propensão de nos fixarmos no difícil que conhecemos, atrás, e amarrar a medos que, continuamente, inventam e fantasiam fantasmas ameaçadores para todo lado e, assombrados, vão pela vida esgueirando-se...Outros, fixados nos coloridos e brilhos, detém-se na expectativa de novo e mais glorioso palco, luzes e neon... Como negar se motivos e porquês existiram?!... Memórias assim os trouxeram aqui, mas... a vida acontece no ‘agora’! E é aí que devemos saborear cada oportunidade trazida ou buscada. 
Passado é sempre referência, e que bom se for de aprendizado, seja no ganho ou na perda... Não podemos é permanecer da glória vivida ou dor ‘masocamente’ alimentada, como fixar em uma antiga e melhor nota da classe, uma bronca inesquecível, baile de debutante, feito maravilhoso, sacada original, fala inoportuna ou aquele ‘mico’ que nos avermelha até hoje ou, ainda melhor, que agora, na distância do tempo nos traz do sorrir a uma sonora gargalhada diante de nós mesmos?!...Passamos pelos fatos, oportunidades, e impessoalizar experiências, costuma tranquilizar a alma, num sentimento de acolhimento, gratidão e criamos o necessário aprendizado de a tudo viver valorizando e porque não...?!...trazermos para um agora mais rico, significativo conscientes de que podemos ter, do presente, aquilo que melhor podemos ali ser, também conscientes que sejam quais forem as vivências, gostosas ou ameaçadoras, terão sua duração, que ali, no seu tempo, melhor absorvidas sendo, enriquecerão a trajetória!


Assim sendo, que não nos aprisione qualquer passado, iluminado ou sombrio, ao contrário, nos impulsionem a cada hoje, agora, minuto degustado encantando, convidativamente, ao futuro que assim construiremos ! Vivamos o agora...sejamos hoje !!! 



Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga; consultora para harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga. Nesta crônica, fala-nos sobre o desprendimento em relação ao passado, seja por boas ou más lembranças, mas acima de tudo propondo que vivamos o presente com a máxima intensidade.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Os Kurandeiros - 9/12/2016 - Sexta-Feira / 21 H. - Santa Sede Rock Bar - Tucuruvi - São Paulo / SP

Os Kurandeiros

9 de Dezembro de 2016

Sexta-Feira  -  21:00 Horas

Santa Sede Rock Bar

Avenida Luiz Dumont Villares, 2104

Tucuruvi

200 Metros da Estação Parada Inglesa do Metrô

São Paulo  -  SP

Lançamento Oficial do EP "Seja Feliz" !

Os Kurandeiros :
Kim Kehl - Guitarra e Voz
Carlinhos Machado - Bateria e Voz
Luiz Domingues - Baixo

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Taís - Por Tereza Abranches

Era uma vez uma poeirinha brilhante que pairava no espaço.

Ela cantava e dançava uma música cantada por ela mesma (foi ela mesma que inventou) e talvez fosse esse o motivo pelo qual ela era tão feliz.
Passeava pelos anéis de Saturno, corria pela lua como doida, e ria com aquela gargalhadinha de bebê, tão linda. Um dia ela se fragmentou mais e a poeira cósmica da qual fazia parte, ficou menor ainda e ela veio buscando a Terra (ela tinha uma surpresa, mas não sabia qual era) e esses fragmentos de Luz, Felicidade e Música, pousaram de mansinho sobre mim, me inundando de Luz.
Desceu tão de mansinho que eu nem percebi e quando pergunto a ela como foi, ela não se lembra.

E essa Luz Bendita, pouco a pouco foi tomando forma e era de uma criaturinha que o Altíssimo me mandou de presente: um fragmento das Suas Estrelas.

À medida que essa pequena poeirinha sideral descia, devagarzinho se instalando no meu ventre, percebi que ela cantava dentro de mim, mas um cantar que eu percebia só com o coração porque ela cantava com a voz do espaço sideral.
Eu amava.
Eu sentia.
Eu sabia do pedacinho que estava aconchegado e guardadinho dentro de mim.
Eu a embalava com o som das batidas do meu coração e eu cantava pra ela também, o meu pedacinho de poeira estelar.

Quando enfim, ela veio dos fragmentos pro planeta Terra, descobri um amor que só o Altíssimo é capaz de perceber, porque esse amor era tão maior que eu, tão intensamente iluminado, que somente Ele poderia ser capaz de sentir.
E a Vida sorriu um sorriso belíssimo, feliz por colocar nos meus braços a minha Redenção em forma de poeirinha-menina.
Então eu e minha estrelinha nos entrelaçamos de amor, um amor tão incomensurável que não se desfaz, não importa o que aconteça.
E esse entrelaçar é eterno, gravado na pele e na alma.

E hoje minha estrelinha e eu dançamos porque ela me ensinou a dança das estrelas. Quando o vento é muito forte, a tempestade chega, o céu escurece e eu deixo um rastro de dor pelo caminho, minha estrelinha seca minhas lágrimas e eu as dela, com amor e ternura. 

Minha amada poeirinha estelar, obrigada pela sua paciência comigo, pelo seu amor. Obrigada por ter chegado à minha vida de mansinho, como só uma partículazinha de Universo sabe chegar.

E antes e acima de tudo, agradeço ao Alto por ter me mostrado que o meu pedacinho de estrela está sempre ao meu lado, sempre.
O nome dessa dádiva celeste?

O nome dela é Taís.
Tereza Abranches é colaboradora do Blog Luiz Domingues 2. Escritora e artesã, desenvolve também estudos sobre literatura e espiritualidade.
Nesta crônica, mostra-nos com emoção a felicidade em ter Taís Abranches como sua filha e fonte infinita de amor e inspiração. 

sábado, 5 de novembro de 2016

Exemplo - Por Telma Jábali Barretto

Nada mais forte, convincente mesmo, que o impacto do exemplo.
Faça um discurso e...quase nada acontece. Escreva um tratado e...quase ninguém lê, mas um gesto, uma atitude e, ali mesmo, uma semente irrompe, um ‘pare para pensar’ surge, um insight, um clarão revela...

Algo transpira, exala, e, por alguma coerência interna, muitas vezes não intencionalmente conhecida, defeito ou qualidade, expressa-se, expõe-se e toca, acorda em nós ou com quem convivemos...
E não que isso signifique que sempre será da forma mais serena ou confortável. Muitas vezes algo feio, deselegante, e até grosseiro, provoca essa quebra, despertar... O susto diante do óbvio, surpresa quando presenciamos coisas, que dentro de nós fica a certeza que essa não é a forma que assinamos e preferimos não mais assistir, repetir...
Sim...também aprendemos e crescemos vendo o engano!!! Costuma doer...mas, deixa sua impressão e marca em nós.

Às vezes um só olhar, uma só palavra, ou silêncio bem colocado, reverbera...ecoa, provoca e desperta!
Um posicionamento que contraria a regra, ou regra que diz a que veio, desvenda e apresenta sua lógica e seu porquê...Quando o incontestável fala por si, dispensa palavras ou justificativas, e que a gente não se iluda, pois, também isso, como tudo mais, passará no tempo, como tudo passa, mesmo deixando mudanças, transformando...
De quantas e inspiradoras atitudes construímos nossa história e trajetória... Sobre quantas e decepcionantes quedas, do húmus, alavancamos força ou alicerçamos começos...São quantidades de encantamentos e cicatrizes que aqui nos trouxeram... Bobagens, sonhos, fantasias e ferimentos que pareciam não parar de purgar...e que, ainda e assim, secaram, curaram e, transpostos, sejam todos abençoados pelo que ensinaram, produziram ! Fato é que, em alguns momentos o quebra-cabeças se fecha e enxergamos sentido em meio ao caos ou, ainda, sentimos, percebemos, algo novo no meio do mesmo do mesmo...que, costumeiramente, desprezamos.

Há que se ter olhos, há que se ter escuta para quando o hiato, intervalo revelador promover o clic...e nesse sagrado momento, às vezes fugaz, vindo como tenha vindo, da dor ou do amor, seja reverenciado e acolhido, reconhecido ou não, ali, quanto de repercussão promoverá ... pois, isso, só mesmo o tempo, em sua majestosa e impune passagem, dirá!!!
 
E, que a magia aconteça, que haja atenção para revelações, que haja espaço, intervalo e silêncio propiciadores naturais para esse aprender, para que a Vida,  em sua marcha perene, intocável, não se imponha sobre nós, mas para nós... 




Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga; consultora para harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga. Nesta crônica, fala-nos sobre a questão do "exemplo", de uma forma ampla, e como tais influências moldam-nos para a vida.