segunda-feira, 31 de julho de 2023

Autobiografia na música - Boca do Céu - Capítulo 96 - Por Luiz Domingues

Osvaldo Vicino, eu (Luiz Domingues) e Wilton Rentero na sala de gravação, prontos para gravarmos a guia da música "1969". Boca do Céu no estúdio Prismathias de São Paulo. Primeira sessão em 15 de maio de 2023. Click, acervo e cortesia: Carlinhos Machado

Assim que eu e Osvaldo chegamos ao estúdio Prismathias, o nosso colega, Wilton Rentero, já estava ali presente, além do nosso convidado especial, Carlinhos Machado. Assim como eu previra sem medo de errar, o clima instaurado no ambiente do estúdio foi de plena camaradagem da parte do técnico e proprietário do estúdio, Danilo Gomes Santos. 

Eu já antevira isso, e havia insistido nessa premissa nos meses anteriores ao passar tal informação aos colegas, pois precisava lhes tirar toda a carga emocional prévia em termos de ansiedade, a pensar que eles não tinham a mesma experiência de estúdio que eu havia acumulado ao longo dos anos e aos lhes passar a perspectiva certeira que o Danilo, além de ser muito competente  sob o ponto de vista técnico, seria também extremamente gentil na condução do trabalho, eu os tranquilizei ao máximo para coibir a ansiedade. Ou seja, ao prever o que tinha certeza em relação ao Danilo, alertei os companheiros de que ele abraçaria a banda, a agir praticamente como um coprodutor e nesse sentido a apoiar, incentivar, ajudar, sanar dúvidas e a ter muita paciência com todos.

Três fotos a demonstrar a concepção que se mostrou certeira desde a primeira sessão, ou seja, ao solicitar ao Danilo que extraíssemos um som genuinamente sessentista da bateria, ele usou vários microfones "overall" espalhados para capturar o máximo da reverberação natural da sala. Nas fotos 2 e 3, vê-se as personas de Danilo Gomes Santos e Osvaldo Vicino a conversar na sala de gravação de instrumentos de cordas e vozes, ao lado. Boca do Céu na primeira sessão de gravação do single "1969. Estúdio Prismathias de São Paulo. 15 de maio de 2023. Clicks e acervo: Luiz Domingues  

O Laert havia sugerido convidarmos alguém para ser um produtor formal, mas eu o persuadi a abrir mão dessa prerrogativa, pois tinha a certeza que não haveria nenhum grande conflito a ser mediado na tomada de decisões e sobretudo, pelo ponto de vista técnico, o Danilo haveria de suprir com folga essa função, mesmo que de forma velada e eu mesmo, Luiz, seria um coprodutor e de fato, mergulhei na tarefa ao conduzir toda a orientação aos companheiros e dirigir a gravação, além de ter cuidado da logística da operação (que aliás, foi difícil a seguir, quando chegou o momento de agendar os demais convidados).

Carlinhos Machado em três fotos durante a sua preparação para gravar a bateria da música: "1969" do Boca do Céu, como nosso convidado muito especial. Na segunda foto, eu (Luiz), apareço a comandar a "selfie". Estúdio Prismathias de São Paulo. Primeira sessão, no dia 15 de maio de 2023. Clicks e acervo: Luiz Domingues 

Bem, sobre o Carlinhos Machado, a confiança nele como músico e a certeza da sua extrema gentileza para contribuir com o ambiente para torná-lo agradabilíssimo, era total. De fato, já ambientado com os companheiros desde os ensaios, ele se enturmou de uma forma tão magnífica e ao mesmo tempo sem nenhuma surpresa para o meu entendimento que o conhecia há tantos anos e tocava com ele desde 2011 com Os Kurandeiros, além do mais, ele estava absolutamente enturmado com o Danilo, dada a constatação que ali gravara com Os Kurandeiros em duas produções anteriores. Portanto, o clima se mostrou maravilhoso para exercermos a gravação com muita amizade e entusiasmo.

Feitos os ajustes iniciais para equalizarmos o som da bateria, nas primeiras provas que ouvimos o som ali levantado, já nos impressionamos positivamente. De fato, até o Danilo se mostrou surpreso com essa dinâmica da qual ele jamais houvera usado, no sentido de buscar com cinco microfones espalhados pela sala, o máximo da reverberação do ambiente e dessa forma, atingimos um patamar inicial a dar conta que a bateria soaria ao máximo com o timbre natural do instrumento e encorpada, não apenas pela equalização posterior, mas sobretudo a ter consigo o peso extra garantido pela captura da sala. E claro, a garantir a sonoridade ao sabor sessentista que almejávamos.

Do ponto de vista da sala de gravação de instrumentos de cordas e vozes, vemos na sala técnica da bateria, as presenças de Carlinhos Machado, a preparar o instrumento, com a minha presença, Luiz Domingues e Danilo Gomes Santos a observá-lo. Boca do Céu na gravação do single "1969". Estúdio Prismathias de São Paulo. Primeira sessão, em 15 de maio de 2023. Click, acervo e cortesia: Wilton Rentero

Felizes com esse resultado inicial e claro, com total aprovação do próprio, Carlinhos Machado, que gostou demais do som da bateria, nos colocamos prontos para iniciar o processo de captura da guia.

Continua...

sexta-feira, 28 de julho de 2023

Autobiografia na música - Boca do Céu - Capítulo 95 - Por Luiz Domingues

Wilton Rentero e Osvaldo Vicino na sala técnica do estúdio Prismathias, de São Paulo. Primeiro dia da gravação do single: "1969". 15 de maio de 2023. Click e acervo: Luiz Domingues. 

No dia 15 de maio de 2023, eu tive uma reflexão, logo que acordei. Pensei detidamente que aquele dia estava fadado a entrar para a história do Boca do Céu, e também para cada um dos componentes, individualmente, com toda a certeza. Até essa conclusão, não houve nenhuma grande novidade, pois ficara claro que se tratou de um marco importante dentro do projeto do resgate que nos propusemos a realizar em 2020. 

No entanto, a minha análise levou a uma comparação, no sentido de que tal importância teve na sua devida proporcionalidade, a mesma sensação, e falo isso sob a minha ótica muito particular, do dia 12 de fevereiro de 1977, assim que despertei naquela manhã e tive uma sensação abdominal muito intensa, ou a trocar em miúdos, a sentir aquela típica sensação de "frio na barriga", a caracterizar uma descarga de enzimas no estômago, reação típica de quem tem um abalo nervoso por ansiedade. 

Nesse "still" extraído do famoso filme Super-8 do qual participamos em junho de 1977, eis a minha presença (Luiz Domingues), com um alto grau de timidez bem perceptível pela postura capturada nessa filmagem, com certeza intimidado pela presença do cinegrafista e a denotar que eu estava distante anos-luz de uma situação de preparo mínimo para aspirar uma carreira artística, também pelo descontrole emocional latente, entretanto, eu compensava a minha falta de recursos musicais, falta de experiência e traquejo para sequer entender o que era realmente o meio artístico, com uma vontade descomunal de fazer parte desse universo, baseado em sonhos contraculturais intensos que revertiam em puro ímpeto de minha parte nessa fase da minha vida. Filmagem em 1977: Nelson Gravalos. Still em 2023: Osvaldo Vicino.  

Naquele despertar que eu tive em 1977, acordei com tal sensação   exatamente por pensar que naquela noite, eu participaria da primeira apresentação ao vivo do Boca do Céu e por consequência, da minha vida musical (nesse último aspecto, sem a devida percepção mais apurada dessa dimensão naquele instante, é óbvio).

Tive a mesma sensação nas quatro ou cinco apresentações posteriores que a nossa banda teve entre 1977 e 1978, principalmente com aparições mediante a presença de um maior público, também pelo uso de palcos de dimensão profissional, equipamento de melhor qualidade, e sobretudo sob a responsabilidade de concorrer no festival estudantil de música da minha própria escola e poucos meses depois, em um festival sob um âmbito gigantesco para o nosso tamanho na época, a se tratar do festival "Fico" do Colégio Objetivo, através de duas eliminatórias ocorridas no salão de festa do Palmeiras, perante cinco mil estudantes ensandecidos em provocar escárnio generalizado para todos que subiram ao palco (portanto, um obstáculo a mais para uma banda formada por adolescentes inexperientes como éramos), mediante a transmissão filmada pela TV Bandeirantes e shows com artistas consagrados do mainstream, como atração máxima. Em suma, foi muita coisa para uma banda totalmente iniciante e no meu caso, a me revelar como um reles  aprendiz musical, no estágio mais básico da iniciação ao instrumento e também no campo teórico.

Bem, falo sobre tempos heroicos pela enorme determinação que eu tinha e o "frio na barriga", foi mais do que justificável em 1977.

Osvaldo Vicino, o aglutinador que deu o movimento inicial para o Boca do Céu ser criado em algum momento de abril de 1976, observa o trabalho do técnico, Danilo Gomes Santos, sentado ao seu lado na mesa de gravação. Primeiro dia da gravação do single "1969". Boca do Céu no estúdio Prismathias de São Paulo. 15 de maio de 2023. Click e acervo: Luiz Domingues

Não tive exatamente a mesma sensação em 15 de maio de 2023, mas sim, mentalizei essa reflexão que foi rica pela reminiscência emocionante e obtive uma enorme satisfação interior ao pensar que a partir das 15 horas daquele dia, estaríamos a dar o primeiro passo por algo que sonháramos concretizar entre 1976 e 1979, mas que dadas as nossas parcas condições naquele instante remoto dos anos setenta, não chegáramos nem perto de gravar uma simples demo-tape de ensaio, minimamente audível. 

Portanto, que dia incrível foi esse e logo que eu entrei no carro do Osvaldo Vicino, emiti a saudação de boa tarde e apertarmos as nossas mãos a seguirmos o protocolo da boa educação, mas eu logo disse: "estamos indo gravar para valer, Osvaldo!". Foi a deixa para a conversa ser animada da porta da minha residência até a entrada do estúdio Prismathias.

Sim, o Boca do Céu entrou em estúdio, finalmente após um hiato de quatro décadas, para gravar a sua primeira música de forma oficial e enfim demarcar a sua presença na história da música e do Rock brasileiro e isso por si só, já se mostrara como algo grandioso para nós, os velhos componentes da banda.

Continua...

terça-feira, 25 de julho de 2023

Autobiografia na música - Boca do Céu - Capítulo 94 - Por Luiz Domingues

A banda reunida com o seu convidado especial, Carlinhos Machado, pronta para ensaiar. No sentido horário: Wilton Rentero, Osvaldo Vicino (encoberto), eu (Luiz Domingues), Carlinhos Machado e Laert Sarrumor. Boca do Céu no estúdio Red Star de São Paulo. 7 de maio de 2023. Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima (Moah)

Então chegou o grande dia, quando faríamos o derradeiro ensaio geral com vistas à preparação para entrarmos em estúdio para gravar a canção: "1969". Um dia antes, 6 de maio, eu havia tido uma experiência sem igual, quando realizei finalmente a noite de autógrafos dos meus livros e também havia realizado um show memorável com Os Kurandeiros, durante o mesmo evento.

Durante a minha noite de autógrafos e show d'Os Kurandeiros no Instituto Cultural Bolívia Rock, três quartos do Boca do Céu versão 2023, reunidos: Laert Sarrumor, eu (Luiz Domingues) e Osvaldo Vicino. 6 de maio de 2023. Click, acervo e cortesia: Marcos Kishi

Como se não bastasse a noite plena de alegrias que eu tivera, tal acontecimento teve repercussão para o Boca do Céu, pois Laert Sarrumor e Osvaldo Vicino compareceram ao evento, se divertiram muito, se emocionaram e tiveram surpresas ali no ambiente do Instituto Cultural Bolívia Rock, o ICBR, aonde ocorreu o evento, pois algumas pessoas comentaram abertamente estarem a par do trabalho de resgate do Boca do Céu, no sentido de que eram leitoras dos meus blogs e a história desse resgate até esse ponto já estava disponibilizada para a leitura pública. 

E foi com esse aporte emocional que nos encontramos no dia 7 de maio, domingo, novamente nas dependências do estúdio Red Star de São Paulo para trabalharmos com o apronto que seria o final antes de entrarmos diretamente no trabalho de gravação.

A banda a se preparar para ensaiar. Abaixado, no canto esquerdo: o fotógrafo e cinegrafista, Moacir Barbosa de Lima (Moah). Em pé (de costas), Osvaldo Vicino, com Wilton Rentero à frente, além do rapaz, funcionário do estúdio, a atendê-los. No canto direito, só por detalhes, Laert Sarrumor. Boca do Céu no estúdio Red Star de São Paulo. 7 de maio 2023. Click e acervo: Luiz Domingues

Wilton Rentero já havia proposto (e concretizou tal ação, com a nossa total aprovação), que nós pudéssemos contar com a presença de um amigo seu que era fotógrafo, cinegrafista e também grande apreciador de música vintage e colecionador de discos para registrar o ensaio, na presença de Moacir Barbosa de Lima, popular "Moah",  e daí saiu uma boa quantidade de fotos ótimas e dois clips com excelente fotografia, a denotar que esse rapaz era mesmo do ramo. Discreto, porém extremamente gentil e eficaz, Moah deu o seu ótimo recado da melhor forma possível, ou seja, a nos entregar um belo material para enriquecer a nossa história.

Flagrantes do ensaio do Boca do Céu no dia 7 de maio de 2023 no estúdio Red Star de São Paulo. Foto 1: Wilton Rentero em destaque, com Osvaldo Vicino (encoberto) e eu (Luiz Domingues), atrás. Foto 2: Osvaldo Vicino. Foto 3: O nosso convidado especial, Carlinhos Machado à bateria. Foto 4: Laert Sarrumor e Wilton Rentero. Clicks, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima (Moah)

Com um objetivo único para esse apontamento, ficou perfeito para focarmos na preparação da canção, mas houve um senão para quebrar o protocolo, quando ainda na véspera, o Laert Sarrumor solicitou-nos a atenção para reivindicar uma modificação no mapa da música, exatamente para incluir um possível solo de piano, pois na sua avaliação, o solo de guitarra ficara curto. Bem, toda sugestão é bem-vinda na minha avaliação, e passível de ocorrer até no ambiente de um estúdio de gravação, em tese. No entanto, foi algo assustador no sentido de que a preparação estava frágil na minha avaliação, pois como é sabido dos leitores da minha autobiografia, eu sempre gravei discos com preparação férrea da parte da banda e neste caso, chegáramos a um único ensaio prévio com o baterista convidado, e neste momento, com um ensaio geral apenas com a banda completa em sua base primordial para chegarmos a uma situação de gravação.

Isso tudo além de acrescentar que lidávamos com um caso excepcional, no sentido de que Osvaldo e Wilton não detinham experiência de estúdio acumulada e assim, na contramão do que tivemos na prática, foi algo na contramão da necessidade de ensaiarmos muito mais, como uma obrigação premente na minha ótica, a dar conta sobre como funciona um trabalho de pré-produção adequado para se gravar em estúdio.

Bem, tirante a situação limítrofe da produção em si, a ideia, sob o ponto de vista da criação artística, e sobretudo pela intenção da parte do Laert, foi válida e assim, antes de iniciarmos a tocar, perdemos cerca de quarenta minutos para ajeitar uma situação na qual esse espaço de solo fosse acrescentado e sobretudo, mediante uma variante na harmonia para que não se tornasse algo redundante no arranjo, ao simplesmente se reservar o espaço a se utilizar o surrado clichê do uso de um pedaço da harmonia das partes cantadas a mais, como repetição pura e simples.

Na sequência de fotos: Osvaldo Vicino, eu (Luiz Domingues), Laert Sarrumor, o convidado especial, Carlinhos Machado e Wilton Rentero. Boca do Céu no estúdio Red Star de São Paulo. 7 de maio de 2023. Clicks, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima (Moah)

Acertada essa parte nova acrescentada no mapa da canção, passamos efetivamente ao ensaio de polimento da canção e a intenção da nossa parte foi mantermos o andamento em torno de "62 bpm" batidas por minuto a caracterizar um padrão de velocidade do metrônomo em torno da figura rítmica de uma nota com valor de "semínima"), algo resolvido de comum acordo, a seguirmos a ideia advinda do Laert, para que a canção fosse conduzida mais como um blues e não Soul Music, e ao ir além, a delinear que o crescimento previsto da intensidade no refrão duplo estipulado para a parte final, não significasse aceleração, e neste caso, é claro, isso já era ponto pacífico.

Bem, tocar ao vivo, mesmo a tomar cuidado para não acelerar o andamento é uma missão inglória e assim, nos vídeos que temos de ensaio ficou claro que se a intenção foi tocar nesse patamar mais lento, na prática, ficamos entre 66 e 68 bpm, no mínimo e de fato, era muito difícil controlar o andamento, principalmente na parte final, e com o Laert a cantar e interpretar, ao impor o elemento da emoção na sua performance, ou seja, realmente a tendência foi essa.

Na ordem das fotos: Wilton Rentero, eu (Luiz Domingues), Osvaldo Vicino e Laert Sarrumor (com o convidado especial, Carlinhos Machado, ao fundo, na bateria). Boca do Céu no estúdio Red Star de São Paulo, 7 de maio de 2023. Clicks, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima (Moah)

Fora dessa questão e a se levar em conta a parte nova acrescentada de última hora, fechamos ensaio com a música enfim estruturada e mediante a voz do Laert para não apenas cantar a melodia de forma correta, quanto interpretar com desenvoltura, finalmente tivemos uma versão de ensaio, elétrica e mediante bateria, com a música completa e só a deixar em branco o novo espaço para solo de piano em aberto, porém, se visto pela praticidade, a se revelar como uma guia segura para que o nosso convidado, Rodrigo Hid, pudesse gravar o solo imaginado pelo Laert, quando fosse registrar a sua participação na gravação.

A se levar a ferro e fogo a maneira pela qual eu estava acostumado a gravar discos, um único ensaio geral preparatório se mostrara absolutamente insuficiente, entretanto, diante das circunstâncias, foi a melhor maneira que encontramos, dada a dificuldade de agenda para reunir todos os envolvidos para fazer parte do núcleo duro a prover a base da gravação. Portanto, cônscio dessa dificuldade estrutural, aceitei com resiliência a situação adversa.

Na ordem das fotos acima: Laert Sarrumor a se pronunciar, com a minha presença (Luiz Domingues) a prestar atenção na sua explanação e Wilton Rentero também a interagir. Na foto 2, O nosso convidado, Carlinhos Machado. Foto 3: Laert Sarrumor. Foto 4: Osvaldo Vicino. Foto 5: Eu (Luiz Domingues) e na foto 6: Wilton Rentero. Boca do Céu no estúdio Red Star de São Paulo. 7 de maio de 2023. Clicks, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima (Moah) 

Pelo lado mais emocional, nem essa preocupante falta de um melhor apuro mais adequado tirou a minha felicidade por ver a banda chegar nesse ponto tão perto da realização de algo que se tornara impossível nos anos setenta, portanto, que momento incrível para aproveitar ao máximo, assim eu regozijei e repercuti com os meus colegas!

Inacreditável pelo fato em si de algo que agora se mostrara palpável, mas sobretudo pela realização do que foi sonhado nos idos dos anos setenta mas que era impossível na época, eis que ao término do ensaio do dia 7 de maio, tivemos a perspectiva concreta de entrarmos no estúdio Prismathias do ótimo, Danilo Gomes Santos, em quinze dias para dar início a essa grande realização para a nossa banda e história.

Eis uma versão de "1969" obtida nesse ensaio citado do estúdio Red Star de São Paulo em 7 de maio de 2023.

Eis o link para ver no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=FZpYJxtJZh0

Uma outra versão da canção "1969". Estúdio Red Star de São Paulo. 7 de maio de 2023. 

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=_arGK0YJOIU

Eis mais uma versão de "1969" extraída do ensaio realizado no estúdio Red Star de São Paulo. 7 de maio de 2023. 

Eis o link para ver no YouTube:

https://youtu.be/ZFGi1btHxyQ

A primeira versão filmada e editada por Moacir Barbosa de Lima (Moah) para o ensaio da música "1969". Boca do Céu no estúdio Red Star de São Paulo. 7 de maio de 2023.

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=vVGnpinv-dk&list=PL3-MvRpDYtfGdr-qnn_sJSlpbAyHRf5OE&index=86

A segunda versão filmada e editada por Moacir Barbosa de Lima (Moah) a conter a concepção do uso da lente "olho-de-peixe", ou seja, algo bem no espírito sessentista que buscávamos evocar.  Boca do Céu no estúdio Red Star de São Paulo. 7 de maio de 2023. 

Eis o link para ver no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=QOao4767kYs&list=PL3-MvRpDYtfGdr-qnn_sJSlpbAyHRf5OE&index=86

No saguão de convivência do estúdio Red Star de São Paulo, após o ensaio realizado em 7 de maio de 2023. Da esquerda para a direita: O nosso convidado especial, Carlinhos Machado, Osvaldo Vicino, Wilton Rentero e eu, Luiz Domingues. Boca do Céu no ensaio preparatório para a gravação da música "1969". Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima (Moah) 

Enfim chegamos nesse ponto crucial da concretização do projeto do resgate e felizes, apenas nos concentramos para o início do processo de gravação oficial da música: "1969". 

Continua...

quarta-feira, 19 de julho de 2023

A noite de autógrafos dos meus primeiros livros - Por Luiz Domingues

Eu, Luiz Domingues, absorto em minha "noite de autógrafos" no Instituto Cultural Bolívia Rock (ICBR). 6 de maio de 2023. Acervo e cortesia: ICBR/Catia Cristina. Click: Alexandre Chagas

Eu já falei sobre isso anteriormente, eu sei, mas vale a pena recapitular que demorei anos para enfim lançar um livro impresso e quando o fiz, não pude cumprir o rito de seu lançamento com o advento da tradicional noite de autógrafos. Sob uma analogia bastante oportuna, eu diria que assim como colocar um novo disco no mercado, mas sem a existência de um show de lançamento é algo muito frustrante na carreira de qualquer músico, creio que a comparação é muito plausível na medida em que também sou músico e me acostumei a gravar e lançar discos, portanto, sei que a situação é absolutamente igual.

De fato, quando eu estava nos preparativos editoriais para lançar os três volumes do livro: "Luz; Câmera & Rock'n' Roll", eis que a pandemia mundial decorrente do Covid-19,  frustrou inteiramente os meus planos nesse sentido.

A intenção seria ter lançado os livros com um show da minha banda, Os Kurandeiros, em uma casa noturna muito amiga da banda e minha igualmente pela sua atmosfera super "hippie" sessentista, gerida pelo amigo, Cleber Lessa, chamada: "Santa Sede Rock Bar", localizada na zona norte de São Paulo. De fato, ao final de 2019, assim que comecei a produzir a parte de editoração do livro, eu havia fechado verbalmente o acordo com o Cleber, para que isso se realizasse assim que o livro ficasse pronto, no primeiro trimestre de 2020, como eu esperava que acontecesse.  

Pensei em até convidar algum amigo para fazer um show de abertura na base da voz & violão, com a solicitação para que este viesse a preparar o seu repertório baseado em músicas de trilhas de filmes que eu resenhei para o meu livro e teria sido uma noite memorável.

Mas aí veio a pandemia, a exacerbar a angústia, a contaminação monstruosa, os amigos e parentes que se contaminaram nesse ínterim inevitável, as internações assustadoras, o sofrimento, medo e morte dramática de muitos à nossa volta.

Enfim consegui lançar o livro de forma virtual, foi muito bom o apoio que recebi, e até surpreendente, pois este se revelou bem acima do que eu esperava e apesar dessa frustração do autor que tanto demorou para publicar um livro e quando o fez, teve esse empecilho de ordem sanitária sob âmbito apocalíptico para não realizar a sua noite de autógrafos, não pude me queixar inteiramente pois o livro repercutiu bastante e vendeu muitos exemplares.

O tempo passou, a vacinação segurou muito o ímpeto da contaminação em massa, a vida social e cultural se colocou a voltar aos poucos com medidas profiláticas rígidas sob uma primeira instância e a se arrefecer de forma lenta, porém progressiva a seguir. E nesse ínterim, eu reuni recursos para colocar em fase de produção editorial, mais um livro, entre tantos que eu já havia escrito, e a aguardar publicação, devidamente guardados em relação aos seus originais, nos meios virtuais.

O Santa Sede Rock Bar infelizmente não suportou a fase da pandemia e fechara as suas portas sempre tão acolhedoras. Mas eis que bem no início de 2023, uma outra casa com as mesmas características abrira em São Paulo, encravada no bairro da Penha, na zona leste de São Paulo e ficara implícito que Os Kurandeiros ali apresentar-se-iam a qualquer instante. Tratou-se do "Instituto Cultural Bolívia Rock", ICBR.

Enquanto isso, eu notara que a casa em questão, por ter característica não apenas como casa de espetáculos musicais, também mantinha uma aura mais eclética, como um centro cultural multifacetado e dessa forma, estava a promover outras atividades ali em suas dependências e de fato, o baterista da famosa banda Punk dos anos oitenta, "365" ali lançara o livro com a sua autobiografia bem recentemente e com direito ao show da banda, mediante grande sucesso. Não pensei duas vezes ao lançar a proposta para os meus companheiros de banda e mediante a sua aprovação com louvor, conversei com o gerente artístico da casa, o radialista, Rogério Utrila, e ele aprovou de imediato a ideia, também com entusiasmo e certamente que a proprietária da casa, a simpática, Catia " Bolívia", também haveria de reagir dessa forma (e reagiu, é claro!).

Bingo, eu havia reconstruído o plano traçado em 2019, e o interrompido de forma dramática pela incidência da pandemia mundial e assim ficou determinado que no dia 6 de maio de 2023, eu faria a noite de autógrafos dos meus três volumes do livro "Luz; Câmera & Rock'n' Roll" e também da nova obra, "Humanos Pitorescos".

Para tornar o evento ainda mais atraente, situação análoga houvera ocorrida com a minha banda, Os Kurandeiros, pois nós havíamos  gravado o CD "Cidade Fantasma" em 2021, em meio à pandemia e tirante alguns poucos shows ao ar livre e alguns espetáculos filmados ao vivo no formato de "lives" para internet, a verdade foi que não tivemos um show de lançamento clássico para realizar, referente ao novo disco e para acentuar ainda mais, em 2022, o mesmo disco ganhou logo a seguir um formato melhor, com uma embalagem estilo "digipack", e a acrescentar mais faixas como "bonus track", a criar um diferencial para os colecionadores em geral.

Esse tal elemento serviu para tornar a noite que realizamos, perfeita para contemplar diversos lançamentos que anunciamos como um pacote de atrações. Enfim, sobre a noite pelo ponto de vista do show, tal relato pode ser lido com muitos detalhes no capítulo referente aos Kurandeiros em minha autobiografia.

Na primeira foto, a minha irmã, Ana Cristina Domingues a arrumar a bandeira no espaço do autor. Nas fotos subsequentes, as bandeiras a representar os livros que eu lancei e na quarta foto, a produtora d'Os Kurandeiros, Lara Pap, e Ana Cristina Domingues na mesa de vendas dos meus livros e material da banda, igualmente. Noite de autógrafos no Instituto Cultural Bolívia Rock (ICBR). Foto 1, click, acervo e cortesia: Marcos Kishi. Fotos 2 e 3: Clicks, acervo e cortesia: Ana Cristina Domingues. Foto 4: Click, acervo e cortesia: Marcos Viana "Pinguim"  

Sobre a noite de autógrafos, cheguei cedo às dependências do Instituto Cultural Bolívia Rock, e acompanhado de minha irmã, Ana Cristina Domingues, que me ajudou na preparação do evento. Usei um espaço do mezanino da casa para arrumar a minha ambientação e claro, a aproveitar toda a decoração da casa com motivação Rocker ao redor.

Por volta das 18:30 horas, o ambiente estava preparado e eu desci ao palco para participar com a banda do trabalho de soundcheck, que foi cumprido de uma maneira muito eficaz, dada a boa qualidade do equipamento de som e iluminação ali presente e sobretudo pela boa ação do técnico de áudio da casa, Luciano, que bastante competente, nos auxiliou de forma pronta e rápida, mediante bastante eficiência e simpatia.

Às 19 horas e alguns minutos, a casa abriu as suas portas para o público em geral e eu subi ao mezanino para receber as pessoas que foram prestigiar o meu lançamento. E ali eu tive muitas surpresas agradáveis.

O casal, Ana Gallian e Isidoro Hofacker Junior na primeira foto, eu (Luiz Domingues) e o guitarrista, Gegê Guimarães, e na terceira foto, dois companheiros da minha primeira banda, o Boca do Céu (Laert Sarrumor e Osvaldo Vicino, que me rodeiam). Foto 1, acervo e cortesia: Isidoro Hofacker Junior. Click: desconhecido. Foto 2: Click, acervo e cortesia: Marcos Viana "Pinguim". Foto 3: Click, acervo e cortesia: Marcos Kishi

Apesar de estar com quase sessenta e três anos de idade na ocasião e com quarenta e sete anos de experiência na música, e por conseguinte com lançamento de discos aos montes para agregar como bagagem pessoal, a emoção foi grande ao realizar a minha primeira noite de autógrafos, embora, é claro, amparado pela larga experiência no setor da música, e pela faixa etária, é claro que sem apresentar nenhum vislumbre juvenil, mas apenas com grande felicidade interior e sensação de dever cumprido.

Mais que isso, o carinho recebido da parte de tantos amigos queridos, fãs de meus trabalhos na música e também de leitores de meus blogs, foi algo verdadeiramente sensacional nessa noite de 6 de maio de 2023.

Foi muito bom poder gastar a caneta com tantas dedicatórias e exercer uma prática interessante de criatividade para não estabelecer uma padronização nas dedicatórias, mas a garantir personalizar cada dedicatória ali assinalada. 

Com os companheiros da própria banda, que legal! Phil Rendeiro na foto 1, Renata "Tata" Martinelli na segunda e na terceira, com Renata novamente e Kim Kehl a rodear-me. Noite de autógrafos no ICBR de São Paulo 6 de maio de 2023. Clicks, acervo e cortesia: Marcos Kishi

É claro que eu fiquei bastante feliz por verificar mesmo em um ambiente eminentemente musical e Rocker para ser mais preciso, que a procura foi bem equilibrada pelos livros ali expostos em lançamento, ou seja, não foi por conta do apelo Rocker da obra sobre cinema & Rock que a noite de autógrafos se pautou, pois o novo livro que eu lançara, "Humanos Pitorescos", teve uma sensacional procura nessa noite, a vender quase todos os exemplares que eu levei para suprir o evento.

Mais flagrantes da noite de autógrafos de meus livros no ICBR de São Paulo. 6 de maio de 2023. Na primeira foto, com os componentes da banda de Rock, Capitão Bourbon, Vander Bourbon e Eduardo Osmédio. Na foto 2, lá estou eu, Luiz Domingues, rodeado pelo casal amigo, Flavia e Adilson Oliveira. Na foto 3, Eu estou acompanhado do casal de músicos e amigos, Fernando e Renata Tavares. Na foto 4, com o fotógrafo e músico, João Pirovic. Clicks, acervo e cortesia: Marcos Viana "Pinguim"

Além da conversa agradabilíssima, das risadas e das lembranças remotas levantadas através de reminiscências das mais inusitadas, foram muitas as conversas específicas em torno dos livros e nada pode ser mais agradável para um autor do que a conversa que se desloca naturalmente sobre as suas obras.

Nesse aspecto, de fato, a conversa foi boa sobre o conteúdo dos livros e eu pude discorrer bastante sobre o teor das obras, o que me deu bastante prazer.

Nesta sequência, mais alguns flagrantes da minha noite de autógrafos no ICBR de São Paulo em 6 de maio de 2023. Na foto 1, com o músico e amigo, João Régis. Na foto 2, com o músico e ativista cultural, Dalam Junior. Foto 3, com o colecionador e ativista cultural, Raphael Rodrigues. Foto 4 com o músico, Paulo Krüger. Foto 5, com o músico, David Di Cunto. Acervo e cortesia: ICBR/Catia "Bolívia". Clicks: Alexandre Chagas

Quando chegou a marca das 21 horas, eu recebi o comunicado da produtora d'Os Kurandeiros, Lara Pap, a dar conta de que os meus companheiros de banda me aguardavam no camarim da casa para realizarmos os últimos preparativos que sempre precedem a entrada em cena para um show. Essa foi uma das raras vezes nas quais eu não cumpri esse período de concentração de pré-show com a minha banda, mas tudo sob controle, eu estava feliz por tudo o que ocorrera e os companheiros cientes da situação e pelo contrário a me fornecer todo o apoio.

O show foi esplendoroso para reforçar a sensação de que a noite fora perfeita. Ainda tive tempo para voltar ao ambiente da noite de autógrafos após o seu término e receber mais alguns amigos que me aguardaram cumprir o show para que eu pudesse retomar a função literária com muita alegria.

No momento que ficou mais concorrido, com várias pessoas a me abordar. Na foto 1, nota-se a presença dos músicos: Isaac Maia Bezerra, Marcião Pignatari e Leandro Reinikova. Na segunda foto, Os membros do grupo de Rock psicodélico, Capitão Bourbon, Na foto 3, Vê-se o músico, Paulo Krüger e sua família a escolher qual livro levaria para a casa nessa noite. De colete e de costas, o fotógrafo, Alexandre Chagas, outro profissional que cobriu muito bem o evento. Noite de autógrafos no ICBR de São Paulo. 6 de maio de 2023. Clicks, acervo e cortesia: Marcos Viana "Pinguim"

Muito bem, demorou bastante, mas eis que eu fechei o rito de entrada no mundo da literatura, finalmente, ao realizar a noite de autógrafos de meus livros lançados até então. A pandemia não estava exatamente extinta mas bem controlada no ambiente de 2023 e a vida social e cultural parecia estar a voltar. 

De minha parte, a alegria que eu senti por enfim passar por esse momento, foi muito grande. Assim como eu imaginara, a noite foi perfeita por agregar duas das minhas atividades em meio a um verdadeiro "happening", com tudo a ocorrer simultaneamente. 

Eu, Luiz Domingues e um dos fotógrafos que cobriu a noite de autógrafos e o show: Marcos Viana, o popular, "Pinguim". 6 de maio de 2023 no ICBR de São Paulo. Click (selfie), acervo e cortesia: Marcos Viana "Pinguim"

E como se não bastasse a noite de autógrafos super agradável e o show incrível qua a nossa banda realizou, o prazer de reencontrar tantos amigos, teve ainda a minha satisfação interna por proporcionar encontros por pura coincidência entre amigos dos amigos, o que também me deixou muito feliz. Laert Sarrumor, por exemplo, assim quando chegou ao Instituto, foi saudado de uma forma incrível por muitos admiradores seus em torno do seu trabalho com o Língua de Trapo. E ele se emocionou ao ser avisado que o logotipo dessa banda que lidera com tanta firmeza desde o ano de 1979, e da qual eu também fui membro, estava devidamente pichado na parede externa da casa em meio ao logotipo de outras tantas bandas. Claro que a festa que fizeram com ele ali presente, culminou em fotos registradas para para ele pudesse expressar a sua alegria ao celebrar tal fato in loco. 

Laert Sarrumor ao ser saudado no ICBR, nos mostra o logotipo do Língua de Trapo a constar na parede externa da casa, e depois ao conceder dedicatória na foto do Língua de Trapo feita pelo casal, Bolívia & Cátia e por fim, a exibir a foto ao lado da proprietária do estabelecimento, Catia Cristina "Bolívia". Noite de autógrafos no ICBR de São Paulo. 6 de maio de 2023. Foto 1: Click, acervo e cortesia: Marcos Kishi. Fotos 2 e 3: Acervo e cortesia: ICBR/Catia "Bolívia". Clicks: Alexandre Chagas

E mais ainda, no museu que a casa mantém para abrigar o acervo incrível de fotos de shows clicados pelo casal, "Bolívia & Catia", ele foi convidado a autografar uma bela foto ali mantida em exposição, a registrar um momento do Língua de Trapo ao vivo, com a presença dele e de Serginho Gama, o guitarrista dessa banda em destaque. Foi, portanto, um momento de pura emoção para ele e para a Catia, proprietária da casa, viúva de Edgar Franz, o grande "Bolívia", fotógrafo superb.

Outra constatação muito boa, se deu quando algumas pessoas ali presentes já sabiam da novidade em curso a respeito do Boca do Céu, a minha primeira banda de carreira, estar a se preparar para entrar em estúdio e gravar em pleno ano de 2023, uma música do nosso repertório dos anos setenta. Esse "vazamento" de informação  não foi a toa, na medida em que alguns leitores argutos dos meus blogs e espectadores de meus canais de YouTube, já estavam a acompanhar tal movimentação. Laert Sarrumor e Osvaldo Vicino, dois de meus companheiros nessa tarefa, ficaram estupefatos com os comentários que ali ouviram, e eu, feliz por saber que meus blogs mantinha muita funcionalidade pública!

Mais flagrantes da minha noite de autógrafos: Foto 1: Osvaldo Vicino (guitarrista do Boca do Céu), Ricardo "Cadinho" Alpendre (cantor do "Tomada"), Catia Cristina "Bolívia"(proprietária do ICBR), Renata "Tata" Martinelli e Laert Sarrumor. Foto 2: Paulo Krüger (de costas), Laert Sarrumor, Osvaldo Vicino e Carlinhos Machado (baterista da minha banda, Os Kurandeiros e que gravaria o single "1969" do Boca do Céu em estúdio, como convidado). Foto 3: o guitarrista Adilson Oliveira, Osvaldo Vicino, eu (Luiz Domingues), e o guitarrista e escritor, Áureo Alessandri. Foto 4: Minha irmã, Ana Cristina Domingues conversa com Osvaldo Vicino e Laert Sarrumor a respeito das suas lembranças os ensaios do Boca do Céu promovidos na nossa residência em 1977, quando ela assistia aos dois anos de idade que tinha na ocasião. Foto 5: Eis a minha pessoa rodeada pelo simpático casal, Raquel e Márcio Calabrez. Foto 6: Três quintos da formação clássica do Boca do Céu presentes nessa foto: Laert Sarrumor, eu (Luiz Domingues) e Osvaldo Vicino. Foto 7: Laert Sarrumor, o entusiasta da música, Pedro Henrique, eu (Luiz Domingues) e Osvaldo Vicino. Fotos 1,2, 4 e 6: Acervo e cortesia: ICBR/Catia "Bolívia". Clicks: Alexandre Chagas. Foto 3: Acervo e cortesia: Adilson Oliveira. Click: Flavia Oliveira. Foto 7: Acervo e cortesia: Pedro Henrique. Click: Ana Cristina Domingues        

E assim foi: além do show, da noite de autógrafos, da reunião de amigos queridos, as conexões improváveis também ocorrerem e eu fiquei muito feliz também por ter podido proporcionar a oportunidade de promover, ainda que de forma indireta, muitos encontros e conversas das mais agradáveis entre os que foram ali prestigiar o evento!

Ninguém da minha equipe técnica editorial e responsável pelos livros, pôde estar presente, um pena. Alynne morava no Recife, Cristiano e Vick em Curitiba e apenas o Lincoln Baraccat em São Paulo, mas absolutamente do outro lado da cidade e dentro da cidade de São Paulo, as distâncias entre bairros podem chegar a mais de cinquenta kilometros, ou seja, não é fácil superar isso e o Lincoln não teve como me prestigiar nesse dia. Mas tudo bem, todos da minha equipe maravilhosa estiveram em espírito comigo, tenho certeza.

Encontro de fotógrafos na foto 1: Marcos Kishi e Marcos Viana "Pinguim". Na segunda foto, a proprietária do Instituto Cultural Bolívia Rock de São Paulo, Catia Cristina " Bolívia" e o gerente da casa, Jaime Antoniolli Filho. Noite de autógrafos no ICBR de São Paulo, em 6 de maio de 2023. Foto 1: Click (selfie), acervo e cortesia: Marcos Viana "Pinguim". Foto 2: Click, acervo e cortesia: Marcos Kishi   

E assim foi a minha noite de autógrafos dos livros: "Luz; Câmera & Rock'n' Roll (três volumes) e "Humanos Pitorescos". Nessa altura dos acontecimentos, eu já estava a reunir recursos para preparar a preparação gráfica do primeiro volume da minha autobiografia na música, ou seja, devidamente sedimentado como escritor, já não havia empecilho algum para postergar enfim o lançamento da minha autobiografia na música, dividida em quatorze volumes, com mais um livro autobiográfico a demarcar uma continuidade já inteiramente escrito, uma terceira parte em construção e já com bastante volume escrito, e um livro de crônicas livres concernentes à minha trajetória na música, através de histórias não contadas nos livros autobiográficos, igualmente pronto para ser lançado. Em suma, a continuidade da carreira literária estava plenamente delineada em 2023, com perspectiva de médio e longo prazo, assegurada.

Agradeço o apoio de todos que me incentivam a escrever, a englobar todas as minhas contribuições para os blogs, sites e revistas de  amigos, desde o longínquo ano de 2010, a equipe de meus livros lançados entre 2020 e 2023, pessoas que me prestigiaram nessa primeira noite de autógrafos de 6 de maio de 2023 e claro, muitos amigos, os fãs oriundos dos meus trabalhos musicais, parentes e companheiros da música e literatura. E claro, à minha família, a incluir a irmã, primos, tios e meu avô materno que sempre me incentivou a ler e em especial aos meus pais, que ao me presentearem no meu aniversário de três anos em 1963, com a coleção da enciclopédia "Tropico ilustrado em cores", despertou o meu interesse de uma forma inexorável para a literatura. Ler é uma maravilha e escrever, melhor ainda!

As capas dos livros: "Luz; Câmera & Rock'n' Roll, volumes I, II e III e a capa do livro "Humanos Pitorescos" de minha autoria. Abaixo eu, Luiz Domingues estou a posar ante as bandeiras promocionais das duas obras, durante a noite de autógrafos realizada no Instituto Cultural Bolìvia Rock de São Paulo, em 6 de maio de 2023. Capas dos quatro livros com arte de Vick Costa. Fotos abaixo da minha pessoa (Luiz Domingues): Acervo e cortesia: ICBR/Catia "Bolívia". Clicks: Alexandre Chagas