quinta-feira, 26 de maio de 2016

Entrevista: Marcelino Rodriguez Lança Novo Livro - Por Luiz Domingues

Marcelino Rodriguez é colunista ocasional deste meu Blog 2, desde 2012, onde publica a sua coluna. Escritor de vasta obra, é incansável, mostrando-se extremamente profícuo.

Sempre a lançar novidades, o seu último livro que chega às prateleiras das livrarias é: "A Moça que Lia Romances Água com Açúcar", que segundo ele mesmo o define, trata-se de uma grande homenagem aos autores românticos.

Tive o prazer de lhe entrevistar, para que ele nos contasse com detalhes sobre essa sua nova obra, além de suas percepções sobre o panorama cultural brasileiro da atualidade, suas expectativas etc.

Aproveitem bem esse bate papo que tive com o grande escritor; poeta; agitador cultural e pensador, Marcelino Rodriguez: 
1) Blog Luiz Domingues 2 - Nesse novo trabalho, você já citou na imprensa que homenageia autores românticos. Poderia citar alguns nomes, e falar um pouco sobre a influência que recebeu deles na sua formação como escritor ?

Marcelino Rodriguez - Na verdade, Luiz, o livro é uma homenagem aos românticos em geral, que são, se pensarmos bem, as pessoas que tornam nossa vida na terra mais suave e com alguma graça. A gênese desse livro surgiu quando eu estava lembrando uma namorada que tive e que lia essas coisas água com açúcar. Dificilmente vemos pessoas como ela, atualmente. Lembrei dela um dia e acabei pegando um livro da Danielle Steel para ler, chamado Milagres, se não me engano.Isso tudo porque senti saudades desse perfil de pessoa doce, naquele momento. Daí surgiu o título. 

Com relação às influências românticas, tenho muito de autores como Nietzsche, Pablo Neruda, Wiliam Blake, Jorge Luis Borges  e muitos outros; na verdade, acredito que mais do que escolas literárias, o romantismo é uma questão de temperamento, como é meu caso. Cresci ouvindo Roberto Carlos, Evaldo Braga e toda aquela maravilha brega dos anos setenta e oitenta. Enfim, o livro é uma homenagem as pessoas amorosas e sentimentais, que deixam lembranças maravilhosas em nossas mentes e nos fazem rir e sonhar. 

2) Blog Luiz Domingues 2 -  O novo livro, "A Moça que Lia Água com Açúcar" é um livro de crônicas curtas como o anterior, ou tem outra característica ?

Marcelino Rodriguez - Tem a mesma característica. O mundo de hoje é um mundo que não dá para fazer literatura épica e longa demais. Nesses textos, procuro captar aquilo que é essencial e muitas vezes se perde no meio do barulho, como a lembrança que tive da moça e seus livros ingênuos e me inspirou uma crônica que deu o título e a ideia do livro. 

3) Blog Luiz Domingues 2 - A concepção da capa foi ideia sua ou teve a participação do ilustrador/arte-finalista? 

Marcelino Rodriguez - A primeira edição pela Amazon, que é a primeira edição, é ideia minha. Já a segunda edição que sai até o meio do ano é criação da editora, mas eu sempre dou sugestão em tudo. Eu já tive editora e também gosto de fazer esse trabalho. O trabalho todo com o livro é mágico, lúdico. Se não fossem os livros, acho que não gostaria de viver. Gente que não lê é muito chato, pra ser franco. 

4) Blog Luiz Domingues 2 - Sua tenacidade como artista impressiona, lançando obras de forma continua, sem preocupação alguma com a crise financeira do país e pior ainda, com a crise crônica, de âmbito educacional/cultural do povo brasileiro. Além do criador nato que é, tem o fator da missão de um cruzado contra a ignorância que opera este país, também?

Marcelino Rodriguez - Olha, a situação do Brasil é pré-histórica. A sacanagem que as escolas municipais fazem de não dar leitura decente às crianças é um crime hediondo contra a humanidade. O problema do Brasil é falta de leitura e cultura letrada. Dificilmente, você verá uma pessoa de cultura profunda, que inclui também conhecimento espiritual do mundo, não ser uma pessoa decente ou razoável, porque santo ninguém é. Eu escrevo porque uma série de circunstâncias da minha vida pessoal me leva a isso, a ter que escrever para sobreviver, por incrível que pareça. Tenho um número de amigos e leitores que me mantém não falando tão sozinho. Mas eu tenho que prestar contas a Deus um dia , certo? Então, se estou num país em que as pessoas são escravizadas mentalmente já no sistema educacional, tornando-se seres humanos ingênuos e ,no máximo, medianos, tenho obrigação de falar sobre isso. Eu tenho fé em Deus e no meu trabalho. Acredito na mecânica quântica e a crise é para quem acredita nela. A crise política atual é reflexo da mediocridade mental do brasileiro, incapaz de grandezas. 

5) Blog Luiz Domingues 2 -  Qual sua opinião sobre o "Jabá", que infelizmente deixou de ser uma exclusividade do mundo da música e contaminou outras áreas da cultura e ramos artísticos, certamente atormentando o mundo literário?

Marcelino Rodriguez - Amigo , em geral eu faço meu trabalho com apoio de alguns empresários e lojistas amigos e lanço as primeira edições. Eu não sou uma pessoa que me relaciono fácil em meios que iam tirar o melhor que tenho de mim, que é minha integridade.Sou um tanto alheio aos caminhos que em geral o mercado convencional segue e gosto disso. Também não sou vaidoso. Eu tenho um  lado espiritual e a paz é meu primeiro objetivo. Ser romântico implica também , acredito, não entrar em combates que não valem a pena. Uma vez uma empresária muito suspeita me perguntou qual era meu público alvo e respondi que nenhum, porque não queria atingir ninguém rs... Quem atira com revólver é que pensa atingir os outros. Eu apenas tenho um dom e procuro realizá-lo da maneira mais digna possível e , anota ai, o Brasil me atrapalha um bocado. Uma vez aluguei uma casa em Minas e o proprietário disse que a luz e a água estavam incluídas no meu aluguel. Quando ele viu eu entrar com o computador dentro de casa, disse que com o computador ligado ele ia cobrar por fora. O cara apagou minha luz. Tive que mudar. Lembra o que já disse,  sobre a pré-história? Esse mineiro me ensinou como funciona a mente de quem não tem instrução. E pode acreditar, são mentes nada interessantes. 

6) Blog do Luiz Domingues 2 - Tem planos de lançar o livro em formato audiobook; PDF ou outra plataforma além do livro impresso tradicional?

Marcelino Rodriguez - Sim, Já tenho alguns livros assim no YouTube. Na Amazon editora virtual,  já se acha alguns de meus livros em formato ebook. 

7) Blog Luiz Domingues 2 - Como a Internet tem lhe servido de ferramenta para espalhar a sua arte e se em contrário, já sente mecanismos de cerceamento por parte de alguma corporação/trust ou mesmo governamental?

Marcelino Rodriguez - Meu caro, eu acredito que todos nós temos que combater o bom combate com a vida . As forças da escuridão estão em toda parte tentando sempre sabotar aquilo que vem de Deus e é real. Mas no fim prevalece o que tem valor. Eu vivo com um pé nesse mundo e o outro no lado espiritual da vida. Penso em eternidade, não em tempo. Enfim, quando a corrupção chega em níveis insuportáveis, vem a natureza humana ou divina e põe as coisas no lugar. Eu me misturo muito pouco com "o mercado" convencional. Românticos de verdade rezam, penso eu.

8) Blog do Luiz Domingues 2 - Espaço aberto para falar dos seus planos imediatos em relação a este novo livro, incluso a dar dicas para que os leitores o adquiram.   

Marcelino Rodriguez - A primeira coisa a fazer, como sempre, é divulgar os textos nos muitos meios que temos hoje disponíveis. Eu sonho que a internet um dia nos de a verdadeira democracia e o verdadeiro mercado. Nesse mundo virtual, quem sabe, poderemos escolher os mundos e os amigos que queremos habitar. Desde já, obrigado pela amizade e oportunidade. 

sábado, 21 de maio de 2016

Música - Por Tereza Abranches


Por que é que hoje, um dia comum, sem nada de extraordinário acontecendo, me sinto quase afogada em música ?


Que força universal é essa que me faz chorar sem o mínimo receio de libertar essas pobres lágrimas ?
Não há no mundo nenhuma lágrima que seja pobre, mas as minhas nesse momento o são porque também não sabem o motivo de tanto êxtase, de tanta dor, de tanta harmonia que cada música traz consigo escondidinha e quando menos eu espero, pula pra dentro da minha alma e me leva ao encontro da felicidade ou da mais dilacerante dor.


E essas lágrimas descem arrastando tempos e lembranças e, naquele momento exato, naquele toque que a junção perfeita de notas consegue alcançar, a alma em flor, desabrocha e renasce.
Que furacão me mete no peito essa tal de música, que me faz engasgar, que faz com que não caiba dentro de mim, pois que a música, essa tal música, tem o poder de quase matar e ressuscitar ao mesmo tempo, sem dó nem piedade ?


E, numa mística viagem, faz o tempo voltar e parar onde ela decidir e tanto pode retalhar o coração em milhares de pedacinhos como fazer com que toda a tristeza do mundo desapareça, porque tem o dom de penetrar vales e poros.
Que notas descem do Universo, que coisa intocável é essa, que força, que poder essas notas trazem, me deixando grávida de luz e dança, de rodopios enlouquecidos pela brisa que sopra e, linda, me acompanha (a brisa consegue ver a cor dessas notas) e eu descobri isso no dia em que vi a brisa chorando e cada lágrima dela tinha uma cor... era a cor da música que ela ouvia e então eu soube.

Que grandeza é essa que, de mansinho deita no meu colo e de repente salta, girando, girando por tudo quanto é canto e eu, repleta de felicidade e alegria, acompanho esse rodopio e, abruptamente, ela se acalma e deita no meu colo outra vez, enquanto eu me despedaço inteira de saudade daquilo que não sei o que é, e nem onde está.
E a música, essa louca, se sabe, não me conta.



Mas só o fato de sentir esses momentos que ela me traz, vale a pena cada sorriso, cada lágrima, porque sentir é se tornar, é fazer parte dessa própria música, que é feita de um tipo de mágica como nenhuma outra há.
Que espécie de homens são esses que têm música nas veias e por conta desse toque imponderável, se tornam anjos quando as criam e tocam o eterno (a casa fulgurante da inspiração), alcançando o ponto exato em que o espírito, em êxtase, se torna quase que fluido ?

Através da magia da música, joelhos tocam o chão, peitos e seres se estilhaçam, felicidades genuínas e incandescentes invadem todos os sentidos, desafiam tristezas, reconstroem tempos idos, atingindo recantos onde só esse milagre consegue chegar, reverenciando o que há de mais sublime e puro em todos os quadrantes do Universo.
Não tem idioma, cor, credo ou fronteiras e irmana a tudo e a todos pelos jorros de Luz que brotam do seu cerne majestoso, fazendo com que a Calma, a Paz, a Serenidade e o próprio Cosmos possam ser traduzidos.



E se repararmos bem nas asas dos anjos e dos passarinhos, veremos, grafadas pelo Universo e pela Vida, em uma asa, a palavra Amor e na outra, Música !
  
Tereza Abranches é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Escritora e artesã, desenvolve também estudos sobre literatura e espiritualidade.

Sobre o tema de sua crônica, Tereza é grande entusiasta de música desde a infância, e sendo assim, acredita que esta forma de arte seja um grande combustível para alimentar a evolução de toda a humanidade.

domingo, 15 de maio de 2016

Ao Perceber a Ordenação da Semana - Por Luiz Domingues

Demora para nós percebermos a lógica do tempo. No início, em meio ao torpor daquela fase em que nem compreendemos o que somos enquanto unidade corpórea, o que nos dá uma pálida ideia sobre como funciona a vida, são signos adquiridos pela observação dos hábitos dos adultos.
Te acordam quando a luz do sol está proeminente e te alimentam. Todos parecem apressados, afoitos, atarefados. O sol vai a pino e a alimentação parece mais robusta e com caráter formal, mais adultos sentam-se perto. 
Um dia você consegue verbalizar e significar que aquele ritual alimentar e familiar se chama: “almoço”.

A luminosidade ainda é clara, mas nitidamente apresenta uma outra matiz. As sombras mudam no quintal e outra refeição lhe é servida, mais frugal.
O calor se arrefece e assim, parece um período mais letárgico, como se os adultos estivessem a perder a sua vitalidade. Demora para entendermos que é o fim da jornada de trabalho (aliás, o que é trabalho?), e todos estão cansados pela labuta do dia.
 
Chega o período do escurecimento e mesmo que você já tenha absorvido que isso ocorre de forma cíclica, outros signos te fazem perceber haver nuances interessantes para cada momento.
 
Costumava ser a hora que o papai chegava em casa todo arrumado e falava comigo.  
Era um momento de extrema felicidade em minha ótica, pois inexplicavelmente, quando eu acordava ele não estava em casa, assim como a mamãe que era sempre presente.

Demora para entender o andar do tempo e a ordenação da sociedade.
Sem fazer sentido algum, haviam dias que o papai estava em casa nos períodos claros, com a incidência da luz do sol quente no quintal. Ele parecia alegre e pronto para brincar, e além do mais, as suas roupas eram mais alegres, sem a sisudez das vestimentas pesadas com as quais eu o via nos períodos escuros e mais que isso, não muito alegre e disposto a interagir comigo, sob as trevas.

Mais signos: nos dias em que a família ficava unida nos períodos claros, havia muita música e risadas.
A vitrola, um móvel pomposo instalado na sala, tocava alto o dia inteiro. A TV, aquele tubo enorme onde eu via imagens difusas de pessoas e bichinhos, também funcionava a todo vapor...

Os aromas e sabores produzidos na cozinha, também pareciam variar conforme os períodos. Tudo mantinha um significado e a cada dia, isso ficava mais claro, embora na percepção daquele instante, parecesse absurdamente lenta a compreensão disso tudo.
Nessa fase da vida, superada a constatação de que haviam períodos de momentos claros e escuros, uma percepção mais sofisticada me fizera entender que dentro dos períodos de luz e trevas, haviam outras ordenações e estas eram múltiplas.

Signos externos os mais diversos faziam sentido e ajudavam a compor um mosaico de significados. 
 
Foi como um jogo de quebra-cabeças e as pequenas pecinhas, sem sentido se vistas de forma individual, precisavam ser encaixadas para fazer um sentido maior.
Estava a ficar cada dia mais interessante vivenciar esse montante de possibilidades. E quanto mais eu compreendia, mais elementos precisavam ser aprendidos, pois nesta altura, eu não raciocinava nesses termos, mas intuía que viver era uma experiência surpreendente.

Dia, hora, minuto, semana, fim de semana... tudo foi novidade e tudo se transformaria em uma mera rotina, em breve.  

sábado, 14 de maio de 2016

Os Kurandeiros - 15/5/2016 - Domingo / 13:30 h. - 29ª Feira de Artes da Vila Pompeia - São Paulo / SP

Os Kurandeiros

15 de maio de 2016

Domingo  -  13:30 h.

29ª Feira de Artes da Vila Pompeia

Palco Rock

Rua Caraíbas, entre os quarteirões das ruas Venâncio Aires e Padre Chico

Vila Pompeia

Estação Barra Funda do Metrô

São Paulo  -  SP

Entrada Gratuita

Os Kurandeiros :

Kim Kehl - Guitarra e Voz
Carlinhos Machado - Bateria e Voz
Luiz Domingues - Baixo
Nelson Ferraresso - Teclados
Phil Rendeiro - Guitarra e Voz
Renata "Tata" Martinelli - Voz

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Prazo de Validade - Por Telma Jábali Barretto

Nos últimos anos, acostumamos a pôr atenção quanto à validade dos produtos, especialmente àqueles da alimentação.


Sabemos, hoje, que nem só de alimento nos nutrimos, mas de emoções, pensares, vibratoriedades também compõem e afetam o como somos abastecidos e nossa reflexão, agora, vai por aí.

Levando em consideração tal premissa, quais são os tempos de validade dessas tantas e outras formas que também nos nutrem ?


Importam e pesam, acrescem tais sutis alimentos, julgados e aceitos pela maioria ?


Se sim...quais seriam suas validades ?

Quanto duram a reza, oração, meditação ?


Quanto retemos de um Reiki, massagem, bênção ou passe recebido ?


Por quanto tempo permanecemos rememorando uma comemoração festiva ou uma explosão de medo ou raiva ?

Se acreditamos que tais sensações também nos sustentam, deveríamos também atentar por quanto tempo permanecem conosco após sua vivência.


Sim...tudo passará e cada agora é cada e outro agora, mas o que fica daquilo que processamos, reverbera, repercute deixando sempre suas marcas em nós !

E, não por apego ou muita caraminhola, mas, uma conscientização de como nutrimos nossa alma, bom seria que, um mais atento olhar tivéssemos sobre o quê e porquê algo dura e/ou esvai mais ou menos rápido de nós. 


Aí, então, começaríamos a entender e criar nossos subjetivos prazos de validade para tão fugazes e efêmeros sentires que tanto afetam e definem quem somos.

Efêmeros e fugazes ?!...nem tudo que sentimos parece assim tão fluido, passageiro !


Alguns sentimentos são como marcas, tatuagens feitas a ferro e fogo. 


Não é fato ? Nem sempre, em sua maioria, positivos !

Quanto trabalho fazemos para aprimoramento dessas emoções retidas, doídas ou saudosas, pela dificuldade de manter a consciência na raiz divina que nos vivifica e, essa sim, abundante, plena, perene, apaziguadora, equânime,...



Mas, não é por ai que, corriqueiramente, transitamos !

Vale então dizer que, não são essas as vibratoriedades que predominam na superfície de nossas naturezas consciente e, podemos, assim, deduzir, que não é dessa forma de percepção que também, corriqueiramente, priorizamos trazer e reter alimentos. E porquê ?


Tais sentimentos ainda são almejados porque, de fato, não nos pertencem.

Não porque não sejam a qualquer e todo momento acessíveis,

mas, e sim, porque, por agora, nesse presente vivido, outras e mais densas sensações ainda nos movem, atiçam e impulsionam para que nos sintamos vivos, acesos e em marcha. 


As polarizações, quanto mais extremadas, convidam !

Paixões avassaladoras, por pessoas ou projetos, e ódios figadais, movimentam !


Estamos recém-saídos da condição animal, onde agressão e defesa são a regra da Vida !

É na condição humana que, paz, harmonia, fraternidade e solidariedade começam a ser, não só acessados, como nutridores da alma que aí, sim, se abastecerá e valorizará esse tipo de nutrição e que, também, aí então e de fato, sairemos a essa caça, busca e satisfação de forma continuada e não como alívios de tensão, oásis em meio a nossos prazer /dor, dualidades tão típicas da natureza intensa que oscila a mercê das passionalidades que entendemos ser a Vida.


Um novo olhar, um cansaço bem-vindo e uma nova sede trará validades e vitalidades outras daquilo que agora, e só então, assim se nutre, e, na persistência pela manutenção / transformação atenta desse estado, não mais fugaz, elegeremos e viveremos uma nova e conquistada realidade !

Fecundo alvorecer !!!


Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga; consultora para harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga.

Nesta crônica, nos fala sobre a durabilidade das coisas que sentimos, mediante a nossa própria perspectiva pessoal de tal medição. 

Final parcial da minha Autobiografia na Música - Período abril/1976 a abril/2016 - Por Luiz Domingues


Estou presente nesta foto da bandinha infantil do Grupo Escolar da Vila Olímpia. Sou o terceiro, da direita para a esquerda, na parte mais alta. Teatro Paulo Eiró no bairro do Alto da Boa Vitsa em São Paulo/SP, em dezembro de 1968, mas sem recordar-me exatamente do dia em questão. Foi a minha primeira experiência em um palco, mas eu nem sonhava em ser artista nessa época, foi apenas uma coincidência, portanto.

Amigos leitores: encerro aqui o texto geral, mas em breve, novos capítulos surgirão em adendo para completar a autobiografia.

Manterei doravante uma distância considerável, para não perder o poder de escrever com uma visão macro dos fatos, que só o afastamento temporal pode me oferecer, naturalmente.  

Portanto, está encerrado o texto geral da minha autobiografia na música, a cobrir as minhas atividades musicais oficiais desde abril de 1976, até abril de 2016.

Eu, Luiz Domingues, em foto da carteira escolar em 1976, tempo em que eu pude iniciar esta trajetória musical

Sobre esses quarenta anos que eu descrevi neste texto, tenho muito a agradecer à todos que interagiram, incentivaram-me, ajudaram-me, torceram e apreciaram todos os trabalhos que eu fiz no campo da música.
O Boca do Céu, a minha primeira banda, em foto de 1977, aproximadamente um ano depois de sua fundação

Tenho um super especial agradecimento aos companheiros da jornada, a estender tal voto de gratidão à todos os membros oficiais das bandas por onde passei, e ainda faço parte na atualidade de 2016.

Aos colaboradores diretos e parceiros de composições e letras de músicas.

Aos companheiros que já partiram para o "lado de lá", a mencionaro apenas os que foram membros oficiais de bandas por onde passei, já foram sete, até abril de 2016: Fernando "Mu" (guitarra- Terra no Asfalto), Geraldo "Gereba" (guitarra - Terra no Asfalto), Paulo Eugênio (vocalista - Terra no Asfalto), Theo Godinho (guitarra - A Chave/The Key), Lizoel Costa (Guitarra - Língua de Trapo), Percy Weiss (vocalista - A Chave do Sol) e Fran Alves (Vocalista - A Chave do Sol).
Um dos poucos materiais que eu tenho em minha posse sobre a produção do Terra no Asfalto, a se revelar como uma filipeta de um show que fizemos em 1981... 

Aos músicos com que toquei em ocasiões sazonais.
Capa do compacto 'Sem Indiretas" do Língua de Trapo, lançado em 1984

Aos técnicos de som (shows ao vivo e de estúdios de gravação), técnicos de iluminação, cenotécnicos, produtores, empresários, assessores de imprensa, roadies, produtores fonográficos.
Capa do primeiro disco d'A Chave do Sol, um compacto simples lançado em 1984
                Capa do EP d'A Chave do Sol lançado em 1985
 
    Capa do LP The Key, d'A Chave do Sol, lançado em 1987  
Capa do LP "A New Revolution", da banda A Chave/The Key, lançado em 1990
 
Aos jornalistas, radialistas, fanzineiros, agitadores culturais, produtores e apresentadores de TV, filmakers, produtores de vídeo-clips, equipes de filmagem de audiovisuais em geral, blogueiros e agitadores culturais virtuais. 
Capa do LP coletânea "A Vez do Brasil", onde o Pitbulls on Crack mantém duas faixas, lançado em 1993
Capa do CD Lift Off, do Pitbulls on Crack, lançado em 1996
 
Aos desenhistas, diagramadores, arte-finalistas de capas & encartes de discos, cartazes, flyers (filipetas!), cartazes de Lambe-lambe.

Aos motoristas de vans, caminhões e ônibus/micro ônibus, táxis (além das incontáveis caronas em carros particulares de amigos abnegados), pilotos & tripulação de aviões, barcas e lanchas que levaram-me nesses anos todos em viagens para shows e atividades em geral, carriers e divulgadores de shows.
Capa do CD Chronophagia da Patrulha do Espaço, lançado em 2000
Capa do CD Dossiê Volume 4, da Patrulha do Espaço, lançado em 2001
Capa do CD ".ComPacto", da Patrulha do Espaço, lançado em 2003
Capa do CD "Missão na Área 13", da Patrulha do Espaço, lançado em 2004 
Capa do CD "Capturados ao Vivo no CCSP 2004, lançado em 2005

Aos amigos que eu fiz nesses quarenta anos, aos amigos das bandas em específico, aos amigos dos amigos e agregados dos companheiros das bandas, aos familiares e parentes dos colegas que tanto torceram pelo sucesso de cada banda em que eu estive presente.

Às namoradas que eu tive nesses anos todos e que torceram também.
Capa do CD do primeiro álbum do Pedra, lançado em 2006
       "Capa do CD "Pedra II", do Pedra, lançado em 2008
                Capa do CD "Fuzuê, do Pedra, lançado em 2015

Aos meus amigos pessoais, que tanto ajudaram e ainda ajudam.

Aos meu parentes que tanto torceram/torcem, incluso os muitos que já partiram para o "lado de lá", mas que tenho certeza, continuam a torcerem.

E à minha família: 

Papai Milton, que foi morar no céu em 2006 e que não ficou nada feliz por volta de 1979, quando me pressionou para que eu largasse mão do meu sonho, mas imbuído dos mais nobres propósitos paternos, preocupado com o meu futuro, eu sei. Muito me orgulho que nos seus últimos anos, ele tenha aceitado enfim a minha decisão de ser músico e mesmo não sendo de seu agrado pessoal, ouvia os meus discos em sinal de respeito.

Ana Cristina, irmã, que quando nasceu em 1975, não sabia, mas eu já estava na determinação de dar esse mergulho e assim cresceu acostumada com um irmão cabeludo e bem mais velho, a carregar instrumentos para lá e para cá.

E mamãe, Maria Luiza, que é a minha maior torcedora, apoiadora e pilar, sem dúvida.

Por fim, claro que preciso agradecer e muito aos fãs de todos os trabalhos que realizei.

Vocês não imaginam o quanto me alegram com as suas demonstrações de carinho nas redes sociais da internet e muitas vezes pessoalmente, quando me abordam e elogiam os trabalhos, relembram com carinho as suas impressões pessoais sobre eles e pedem para que reuniões de bandas das quais eu não sou mais componente, ocorram, sob uma prova inequívoca de que tais trabalhos marcaram época e repercutem, anos e até décadas depois de encerrados. Isso é uma vitória e tanto para a minha trajetória pessoal e para os companheiros de cada jornada.

Bem, a boa nova é que estou vivo em 2016 e espero escrever muitos adendos ainda nesta autobiografia, portanto, conto com o apoio de todos vocês, ao irem assistir ao vivo e por verem os vídeos/ouvirem os discos d'Os Kurandeiros e Ciro Pessoa & Nudes, assim como eventualmente de outros trabalhos que eu venha a fazer no futuro.

Antes de encerrar, preciso agradecer um grupo de pessoas em específico: tratam-se dos incentivadores mais diretos para que eu escrevesse a minha autobiografia.

Em primeiro lugar, Luiz Albano Francisco, que no já longínquo ano de 2006, abriu uma comunidade na extinta Rede Social Orkut, chamada: "Luiz Domingues". Somente em 2010, eu comecei a interagir na internet, e em junho de 2011, graças à sua gentileza de deixar eu usar tal plataforma da citada comunidade que ele criou, eu comecei a escrever esta autobiografia, a utilizar tópicos exclusivos para cada banda por onde passei. Ali, foi o meu primeiro rascunho.

Sobre os tópicos, agradeço ao Marinho Rocker, meu amigo de Lavras-MG, que conheço desde 1989 e que teve a gentileza de abrir os tópicos para eu poder começar a escrever, além de interagir muito, a formular perguntas e a estabelecer observações. 

Logo que eu comecei a escrever em 2011, outros amigos, tais como Milton Medusa, Aless Scaranto, Marcos Romano, Ricardo Aszmann, Will Dissidente, Glauco Teixeira e meu primo, Marco Turci, interagiram bastante com observações, perguntas e adendos que muito me ajudaram a me recordar melhor dos fatos para poder escrever a minha narrativa com uma maior riqueza de detalhes.

E uma menção honrosa ao Dr. Nelson Maia Netto, que ainda nos anos noventa, já me falava que eu deveria escrever as minhas memórias. Pois está aqui, amigo, quase um milhão de palavras escritas e a história ainda terá muitos adendos!

Agradeço-os, portanto, por todo o apoio que me deram! 

E claro, o meu muito obrigado aos leitores desta autobiografia, que também muito me incentivaram a colocar as mãos no teclado do computador e sobretudo a forçar a memória a funcionar nessa determinação de contar minha trajetória na música, entre 1976 e 2016.  

Luiz Domingues em janeiro de 2016, ao vivo com Os Kurandeiros

Encerro aqui a minha autobiografia geral na música, no período de abril de 1976, a abril de 2016.

Doravante, aguarde por adendos que comporão novos capítulos e farão parte de uma segundo livro autobiográfico para dar continuidade.

Muito obrigado por ler até aqui, amigo leitor!