Nos últimos anos, acostumamos a pôr atenção quanto à validade dos produtos, especialmente àqueles da alimentação.
Sabemos,
hoje, que nem só de alimento nos nutrimos, mas de emoções, pensares,
vibratoriedades também compõem e afetam o como somos abastecidos e nossa
reflexão, agora, vai por aí.
Levando em consideração tal premissa, quais são os tempos de validade dessas tantas e outras formas que também nos nutrem ?
Importam e pesam, acrescem tais sutis alimentos, julgados e aceitos pela maioria ?
Se sim...quais seriam suas validades ?
Quanto retemos de um Reiki, massagem, bênção ou passe recebido ?
Por quanto tempo permanecemos rememorando uma comemoração festiva ou uma explosão de medo ou raiva ?
Se acreditamos que tais sensações também nos sustentam, deveríamos também atentar por quanto tempo permanecem conosco após sua vivência.
Sim...tudo
passará e cada agora é cada e outro agora, mas o que fica daquilo que
processamos, reverbera, repercute deixando sempre suas marcas em nós !
E, não por apego ou muita caraminhola, mas, uma conscientização de como nutrimos nossa alma, bom seria que, um mais atento olhar tivéssemos sobre o quê e porquê algo dura e/ou esvai mais ou menos rápido de nós.
Aí,
então, começaríamos a entender e criar nossos subjetivos prazos de
validade para tão fugazes e efêmeros sentires que tanto afetam e definem
quem
somos.
Alguns sentimentos são como marcas, tatuagens feitas a ferro e fogo.
Não é fato ? Nem sempre, em sua maioria, positivos !
Quanto trabalho fazemos para aprimoramento dessas emoções retidas, doídas ou saudosas, pela dificuldade de manter a consciência na raiz divina que nos vivifica e, essa sim, abundante, plena, perene, apaziguadora, equânime,...
Mas, não é por ai que, corriqueiramente, transitamos !
Vale então dizer que, não são essas as vibratoriedades que predominam na superfície de nossas naturezas consciente e, podemos, assim, deduzir, que não é dessa forma de percepção que também, corriqueiramente, priorizamos trazer e reter alimentos. E porquê ?
Tais sentimentos ainda são almejados porque, de fato, não nos pertencem.
mas, e sim, porque, por agora, nesse presente vivido, outras e mais densas sensações ainda nos movem, atiçam e impulsionam para que nos sintamos vivos, acesos e em marcha.
As polarizações, quanto mais extremadas, convidam !
Estamos recém-saídos da condição animal, onde agressão e defesa são a regra da Vida !
É na condição humana que, paz, harmonia, fraternidade e solidariedade começam a ser, não só acessados, como nutridores da alma que aí, sim, se abastecerá e valorizará esse tipo de nutrição e que, também, aí então e de fato, sairemos a essa caça, busca e satisfação de forma continuada e não como alívios de tensão, oásis em meio a nossos prazer /dor, dualidades tão típicas da natureza intensa que oscila a mercê das passionalidades que entendemos ser a Vida.
Um
novo olhar, um cansaço bem-vindo e uma nova sede trará validades e
vitalidades outras daquilo que agora, e só então, assim se nutre, e, na
persistência
pela manutenção / transformação atenta desse estado, não mais fugaz, elegeremos e
viveremos uma nova e conquistada realidade !
Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga; consultora para harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga.
Nesta crônica, nos fala sobre a durabilidade das coisas que sentimos, mediante a nossa própria perspectiva pessoal de tal medição.