quarta-feira, 31 de julho de 2019

Autobiografia na Música - Trabalhos Avulsos (Uncle & Friends) - Capítulo 98 - Por Luiz Domingues

Eis que o domingo, dia 19 de maio de 2019, chegou, e desta feita a minha participação com a banda de Lincoln "The Uncle" Baraccat, teve um elemento diferente, no sentido de que no mesmo evento, a Feira de Artes da Vila Pompeia, marcou-me também por uma apresentação da minha banda, Kim Kehl & Os Kurandeiros. 

Portanto, foi intenso realizar um show com Os Kurandeiros em um palco e horário diferente e pouco tempo depois, estar em outro quadrante do bairro para apresentar-me com outra banda. Foi corrido, certamente, mas prazeroso, pois mesmo extenuado pela apresentação dos Kurandeiros, eu estive feliz por também atuar com o Lincoln Baraccat e o seu grupo, "Uncle & Friends".

Momentos do show. Uncle & Friends na Feira da Vila Pompeia em São Paulo, no dia 19 de maio de 2019. Click, acervo e cortesia: Hermann Molina (1), Gigi Jardim (2) e Rogério Utrila (3)

Já ali nos bastidores, a temperatura caíra bastante no avançar da tarde e início da noite, mas o calor no palco e arredores, esteve sensacional. Assim que eu cheguei, vi que a banda de Zé Brasil estava a apresentar-se e o público respondia entusiasmado. Logo a seguir, subiu ao palco a boa banda, "Fórmula Rock", que também deu um belo recado, mediante uma seleção de clássicos internacionais e nacionais setentistas, escolhidos a dedo e muito bem executados.

Alguns flagrantes do espetáculo. Uncle & Friends na Feira da Vila Pompeia em São Paulo, no dia 19 de maio de 2019. Click, acervo e cortesia: Dih Baraccat

Um impasse inicial foi gerado, quando por força das circunstâncias, o palco sob proporções diminutas deixou que a dúvida pairasse a questionar se a ideia original em tocar-se com duas baterias, prosperaria. De fato, não apenas pela sua extensão e profundidade limitada, mas sobretudo pela falta de estrutura do equipamento terceirizado, a dar conta de providenciar uma adequada microfonação de duas baterias. 

Portanto, foi gasto um certo tempo em torno de tal elucubração. Chegou-se em um ponto, onde o baterista, Carlinhos Machado já estava resolvido a abrir mão de tocar, mas não para deixar de participar, visto que prontificara-se a tocar percussão e a cooperar nos backing vocals, pois estava acostumado a cantar e bem, em nossas apresentações dos Kurandeiros. 

Todavia, eis que sob um rompante, decidiu-se que sim, as duas baterias seriam montadas conforme o planejamento inicial. Isso deu-se graças à boa vontade que os técnicos terceirizados tiveram para conosco, para resolver tal pendência. Algo raro, pois técnicos geralmente não são simpáticos e ainda mais em festivais, onde nessa altura do dia, por trabalharem desde as primeiras horas da manhã para montar tudo e após operar o som de inúmeros artistas desde o meio dia, praticamente, naturalmente que estariam devidamente esgotados. Não anotei o nome desses rapazes, e arrependo-me por não ter lembrado desse pormenor, pois caberia um enaltecimento à sua boa vontade em colaborar, algo muito raro no meio artístico e quando acontece, é algo que precisa ser elogiado.

Eis acima, alguns instantes do show. Uncle & Friends na Feira da Vila Pompeia em São Paulo, no dia 19 de maio de 2019. Click, acervo e cortesia: Vanderlei Bavaro

Nessa altura, todos os participantes desse simpático grupo de colegas fraternos, reunidos para dar suporte à arte do amigo, Lincoln Baraccat, já estavam a postos nos bastidores. O público, apesar do frio que chegou junto com o rápido entardecer, aumentou significativamente, mesmo com a Feira já a apresentar os sinais de seu encerramento, com alguns expositores a guardar o seu material, o que foi em contraste, bastante animador para nós que subiríamos ao palco, a seguir. 

Apesar da boa vontade dos rapazes do som, o início da apresentação foi um tanto quanto sofrida, no sentido em que os monitores teimaram em falhar. E na contrapartida, ao tocarmos com três guitarras, duas baterias e um baixo, evidentemente que a massa sonora por nós produzida, fora acentuada. Para amenizar, todos estabeleceram esforços em observar a máxima dinâmica e assim, o espetáculo conduziu-se em seu início, com essa dificuldade sonora.


Eis acima, alguns momentos do show. Uncle & Friends na Feira da Vila Pompeia em São Paulo, no dia 19 de maio de 2019. Click, acervo e cortesia: João Pirovic  

Eis que o som melhorou um pouco, quando em uma pausa, o técnico finalmente pode detectar e anular uma microfonia que atazanava-nos. Seguimos em frente com uma melhoria sonora amena. No entanto, apesar da insalubridade técnica, a performance estava sensacional. O público estava a apreciar de uma forma muito entusiasmada, a reverberar bem a energia que produzíamos ali em cima. 

Caio Durazzo e Roy Carlini estavam infernais em seus solos, a colorir, sob estratégico revezamento, as boas canções do Lincoln. E mais um dado, achei incrível a sincronicidade em que tocaram, Carlinhos Machado e Rick Vecchione. Em alguns momentos, pareceu que ambos houveram ensaiados juntos, tamanha a massa em perfeita sintonia que estabeleceram. Ambos não furtaram-se a fazer viradas e mesmo assim, não houve falhas rítmicas e tampouco frases emboladas. Pelo contrário, houve momentos sob intensa criatividade. 

Não sei se os demais companheiros notaram tais sutilezas em meio à massa sonora e adrenalina generalizada, porém, como eu sou baixista e trabalho sempre em sincronia com os bateristas, eu apreciei muito as levadas que eles estabeleceram, inclusive com a chance para que eu pudesse reforçar diversas nuances rítmicas em sintonia com ambos, e isso sempre enriquece e o som de qualquer banda, sem dúvida alguma. No caso do Uncle & Friends, que simplesmente não ensaia, foi um luxo e tanto, em minha opinião.

Momentos mágicos do show. Uncle & Friends na Feira da Vila Pompeia em São Paulo, no dia 19 de maio de 2019. Click, acervo e cortesia: Dih Baraccat (1 & 2) e Harmann Molina (3)

Eis que a cantora superb, Amanda Semerjion foi chamada ao palco e deu um show a parte. A sua interpretação foi estabelecida mediante um movimento crescente impressionante. O início ameno e doce, mudou paulatinamente a cada giro da harmonia e sob intensa entrega emocional, ela soltou a voz de uma forma muito marcante, reforçada por uma performance gestual forte, ou seja, Etta James. Aretha Franklin e Janis Joplin devem ter incorporado ao mesmo tempo em Amanda, para deixar o público extasiado. Luiz Carlini viu a performance esfuziante de sua nora, bem perto do palco e Lincoln não perdeu tempo para convidá-lo a participar. Que prazer tocar com esse mestre mais uma vez, sem dúvida alguma.

Eis que seguimos a tocar com a perspectiva boa em notarmos uma excepcional acolhida do público presente. Nessa altura, a multidão à nossa frente, se mostrava impressionante a denotar que a vibração estava a melhor possível. 

Chegamos ao último número então, o sucesso de Lincoln Baraccat, "Bolinha de Gude". O comunicador, Rogério Utrila, que tradicionalmente gosta de cantar essa canção junto ao Lincoln e a tocar um cowbell, subiu ao palco e cumpriu a tradição. Final apoteótico, após uma longa Jam mediante revezamento de solos entre Caio e Roy, quando encerramos, o público mostrou-se em estado de grande euforia. 

Apesar do avançado do horário e a noite já em curso, eis que um forte pedido de bis irrompeu naquele quadrante do bairro da Vila Pompeia e sob uma rápida sugestão feita pelo guitarrista, Roy Carlini, executamos a canção: "Rock'n' Roll" do Led Zeppelin, com uma volúpia tremenda. Ao final, houve mais pedidos para que prosseguíssemos, no entanto, decidimos encerrar, ao adotar-se uma atitude mais prudente, certamente, a preservar o bom astral com o qual esse show foi realizado. Recebemos muitos amigos nos bastidores e gostamos muito dessa apresentação, não apenas pela reação muito eloquente da parte do público, mas sobretudo, pelo fato de que apesar das dificuldades técnicas, a energia ali produzida, fora imensa.

Mais flagrantes do show. Uncle & Friends na Feira da Vila Pompeia em São Paulo, no dia 19 de maio de 2019. Click, acervo e cortesia: Marcos Vinicius Troyan Streithorst

Tive o prazer de conversar com o técnico, e lhe agradeci pelo esforço hercúleo que ele tivera para amenizar ao máximo as dificuldades e tal rapaz lamentou muito não ter podido fazer um soundcheck melhor e afirmou que esse tipo de som que nós ali produzimos,  seria passível de um capricho a mais em sua mixagem ao vivo. Quem sabe em uma próxima oportunidade, ele consiga trabalhar mais confortavelmente com essa banda ou com outra em que eu estiver a tocar? Tomara que sim, gostei da sua boa vontade e educação para lidar com os músicos, devo ressaltar, fato raro entre técnicos de áudio em geral.

E assim foi a minha terceira participação na banda, "Uncle & Friends", um trabalho avulso feito sem ensaios, mas cercado por músicos da melhor categoria. Gostei muito de ter acompanhado o grande "uncle", Lincoln Baraccat, mais uma vez, além dos excepcionais guitarristas, Caio Durazzo e Roy Carlini e desta vez ao homenagearmos o grande, Franklin Paolillo, baterista recorrente para esse trabalho, mas que na ocasião, estava a convalescer, acometido por uma enfermidade grave que enfrentara subitamente ao final de 2018, e para tanto, com dois bateristas muito amigos dele, Carlinhos Machado e Rick Vecchione. Além da voz privilegiada de Amanda Semerjion e a presença surpresa do monstro, Luiz Carlini. Em suma, foi um prazer estar em meio aos "friends".

Uncle & Friends a agradecer o público. Da esquerda para a direita: Roy Carlini, Rick Vecchione, Carlinhos Machado, Caio Durazzo, Luiz Domingues, Lincoln "The Uncle" Baraccat e Amanda Semerjion. Uncle & Friends na Feira da Vila Pompeia em São Paulo, no dia 19 de maio de 2019. Click, acervo e cortesia: Marcos Vinicius Troyan Streithorst

Bem, essa história acaba aqui, mas por enquanto, visto que tal banda sazonal pode produzir algo no futuro, em qualquer instante novamente. Portanto, possivelmente...

Continua...

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Autobiografia na Música - Trabalhos Avulsos (Uncle & Friends) - Capítulo 97 - Por Luiz Domingues

Em janeiro de 2019, nos bastidores de um show dos Kurandeiros, o guitarrista, Lincoln "The Uncle" Baraccat, esteve presente e comentou comigo que já estaria confirmada com a produção da famosa Feira de Artes da Vila Pompeia, a apresentação de seu combo, o simpático, "Uncle & Friends", para uma participação na edição de número 32, a ser realizada em 19 de maio. Ele perguntou-me se eu aceitaria participar e desta feita, a constituir-se em minha terceira participação com tal trabalho. Bem, respondi-lhe que sim, na medida em que se não surgisse nenhum compromisso com a minha banda. 

Luiz Domingues & Lincoln "The Uncle" Baraccat, nos bastidores de um show dos Kurandeiros, no Santa Sede Rock Bar de São Paulo, em 31 de janeiro de 2019, ocasião essa em que ele comunicou-me que já detinha uma nova data em vista para o seu "Uncle & Friends" e convidou-me a participar, desta feia a caracterizar-se como a minha terceira participação nesse trabalho entre amigos. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Foi então que o "friend" disse-me que dificilmente haveria um conflito, pois de antemão ele sabia que Os Kurandeiros provavelmente seriam escalados para tocar igualmente no mesmo festival, ou no horário anterior ou posterior, no mesmo palco, graças a uma informação da qual já dispunha na ocasião, por conta de ser bem relacionado com a cúpula da organização de tal Feira anual. 

Dito isso, eu confirmei a minha participação e nessa altura, nós já sabíamos e lamentamos muito a notícia de que o excepcional baterista, Franklin Paolillo, havia recentemente tido um problema de saúde com bastante gravidade. Personalidade fantástica, além de ser um super músico, Franklin costumava participar com frequência dos shows dos Friends. Comentamos, naturalmente, que seria ótimo que ele recuperasse-se o quanto antes, para poder estar conosco em mais esta oportunidade. No entanto, à medida que o tempo pôs-se a passar, as notícias que recebemos sobre o restabelecimento do grande Franklin, não foram otimistas. A sua recuperação mostrava-se lenta, em decorrência da grave lesão que acometera-o e assim, tivemos que resignarmo-nos em compreender que não poderíamos contar com ele em tal apresentação marcada para o mês de maio.

Show dos Kurandeiros no Santa Sede Rock Bar de São Paulo, onde Lincoln "The Uncle" Baraccat foi o nosso convidado de honra e assim, inserido em nosso show, revivemos o "Uncle & Friends" mediante uma energia impressionante! 8 de março de 2019. Acervo e cortesia: Kim Kehl. Click: Lara Pap

Em 8 de março 2019, Lincoln "The Uncle" Baraccat, foi o nosso convidado de honra, em mais uma apresentação dos Kurandeiros e ali fizemos um bom revival do som de "Uncle & Friends", com os Kurandeiros, a dar o sustentáculo e apesar de ter sido um show de choque tão somente, inserido em meio ao show regular dos Kurandeiros, foi uma apresentação espetacular, a conter uma energia absurda e assim caracterizar que uma feliz química Rock'n' Roll ali estabelecida, foi responsável por uma combustão natural. 

Nesta altura, o Lincoln já mostrava-se resignado com a ausência forçada do grande, Franklin Paolillo e então, ele convidou o baterista dos Kurandeiros, Carlinhos Machado para participar e de antemão, comunicou-nos que também convidara outro baterista com ótimo nível para apresentar-se a caracterizar duas baterias em ação, no caso a tratar-se do ótimo, Rick Vecchione. 

Excelente ideia, portanto, com duas baterias, haveria de ser uma homenagem ao Franklin e uma boa maneira para enviarmos-lhe as melhores vibrações para que a sua recuperação, se acelerasse. Ao final de abril, eu recebi o material, via e-mail e basicamente haveria poucas mudanças no repertório. Também estava confirmada a presença dos excelentes guitarristas, Caio Durazzo e Roy Carlini, além da voz privilegiada de Amanda Semerjion, portanto, praticamente a mesma turma dos dois shows anteriores dos quais eu participara em 2018, em agosto e dezembro, curiosamente em outras feiras organizadas no mesmo bairro da Vila Pompeia, em São Paulo. 

Continua...

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Autobiografia na Música - Pedra - Capítulo 186 - Por Luiz Domingues

Foi no primeiro ensaio realizado, em 12 de março de 2019, que uma mudança foi proposta, visto que já sabíamos que o grande artista plástico, Diogo Oliveira participaria do espetáculo a pintar ao vivo (desta feita de forma digital, bem entendido), portanto foi sugerido pelo Xando que nós deveríamos incluir a canção, "Jefferson Messias" do CD Pedra II, justamente por ter sido o mote de um personagem marcante criado pelo Diogo, especialmente para a ilustração HQ que compôs a capa desse disco nos idos de 2008. Bem, claro que fez todo o sentido tal inclusão. 

E também foi proposto que incluíssemos mais uma canção, a tratar-se de "O Dito Popular", também a se configurar como uma música muito marcante do repertório da banda, visto que fora objeto do primeiro vídeoclip produzido para a divulgação do trabalho, com a assinatura do grande diretor, Eduardo Xocante, em 2005. 

De fato, ambas precisavam figurar no repertório desse show, certamente. Mas aí no cômputo geral, chegaríamos a uma marca extensa, a registrar-se vinte e uma canções, o que soou-me demasiado. Propus aos demais que fosse efetuada ao menos um corte, e no caso, optou-se  pela música: "Segunda-Feira", que embora seja uma boa composição e que detenha o apreço total da parte do Xando, enfim, foi sacrificada por uma questão sensata em torno do excesso. 

Fechado então em dezenove músicas para tocar e uma canção para um eventual "bis", realizamos o segundo ensaio, no dia 19 de março, e tivemos um visitante ilustre, na figura de Osmar Santos Junior, o popular "Osmi", radialista ultra experiente e um personagem importantíssimo na história do Pedra. Basta ler ou reler os capítulos anteriores sobre a história dessa banda para o leitor tomar ciência desse fato. 

A viver um momento fora do ambiente radiofônico, desde a desmontagem da emissora Brasil 2000 FM, onde ele trabalhou por quase trinta anos, Osmar agora comandava um bom Site a focar na cena do Rock, chamado: "Um Pouco mais de Rock". Em nome de seu site, acompanhou o ensaio com muita atenção e tirou fotos para compor uma matéria a retratar tal experiência. 

Entretanto, dias antes dessa visita que fez-nos pessoalmente enquanto ensaiávamos no estúdio Orra Meu dos irmãos Schevano, Osmar já havia publicado uma matéria inicial a repercutir o show nostálgico que faríamos no Sesc Belenzinho, em abril. Dessa forma, em 15 de março de 2019, saiu publicada uma nota com um texto bastante significativo, preparado por ele. Leia no site "Um Pouco mais de Rock",  através do link disponível abaixo:

http://umpoucomaisderock.com/index.php/2019/03/15/10-anos-do-album-pedra-ii/

Voltamos a encontrarmo-nos em 27 de março e 2 de abril, para os últimos ensaios, mas na verdade, desde o primeiro, quando ao final de sua realização, nós havíamos comentado que a suposta "ferrugem" acumulada em mais de quatro anos de inatividade dessa banda, pareceu-nos não ter sido prejudicial e assim sentimo-nos seguros e já no segundo ensaio, estávamos com o show bem polido, com uma forma bem próxima de uma banda em plena atividade. Que fator animador para os quatro ex-componentes, portanto. 

Recebemos mais visitas nos ensaios vindouros, tais como a do saxofonista superb, André Knobl, que gravara duas faixas no álbum "Fuzuê" de 2015 e também foi meu companheiro de palcos, com Os Kurandeiros, assim que eu ingressei nessa banda em 2011. Ele estava presente ali no complexo Orra Meu, para ensaiar com o seu "Neurozen" em outra sala e foi um prazer recebê-lo. 

Já no terceiro ensaio, encontrei-me com o grande, Pedrão Baldanza, o mítico baixista/cantor e compositor do "Som Nosso de Cada Dia" e ele estava a carregar o pendrive com o material que gravara no estúdio Orra Meu e levava tal artefato para providenciar a mixagem em outro estúdio, no caso o do técnico, Renato Coppolli, que curiosamente, embora eu não o conhecesse na ocasião, ainda, estava contratado pelo Xando Zupo, para operar o nosso show, no Sesc Belenzinho.

Em 31 de março de 2019, por uma incrível coincidência, o jornalista, Antonio Carlos Monteiro, anunciou que executaria em seu programa radiofônico ("Rock'n' Roll Brasil", da webradio MKK), uma música do Pedra. Assim foi ouvido o tema instrumental, "Megalópole", oriundo do CD "Pedra II". No mesmo programa, Tony ainda programara para tocar uma música de uma outra querida ex-banda minha, igualmente, a tratar-se d'A Chave do Sol, através da canção: "A Chave é o Show".  

No último ensaio, em 2 de abril de 2019, recebemos então de forma oficial a visita do técnico, Renato Coppolli. Eu já ouvira falar bastante sobre a sua atuação como técnico de PA e também de gravação em estúdio. Todavia, foi a primeira vez em que conversamos efetivamente e após tal conversa, fiquei seguro sobre a sua atuação no show, mediante a sua explanação ao demonstrar possuir conhecimentos teóricos avantajados e também muito experiência pregressa. 

Nesse mesmo dia 2 de abril, recebemos a notícia de que o nosso show fora muito bem recomendado no site do exigente crítico musical, Régis Tadeu, através de seu site na seção: "É Quente ou Fria?" Os seus leitores bem sabem que Régis não faz nenhuma cerimônia para criticar com acidez os artistas que não recomenda e assim, ser bem cotado ali foi um sinal de status que todo artista almejava alcançar para alavancar-se na carreira. Eis abaixo o link para ler tal recomendação da parte dele :  

https://registadeu.com.br/e-show-ou-e-fria-2-a-11-4/?fbclid=IwAR3xmMK5i7JWqy7ii27_JLYwKQN38BXv0-1sawNslWoeVCnpIxWQxFcVf0Q


E no dia 5 de abril, fomos citados na página da Webradio Stay Rock Brazil: 

http://www.stayrockbrazil.com.br/single-post/2019/03/21/Banda-Pedra-anuncia-%C3%BAnico-show-no-Sesc-Belenzinho-em-S%C3%A3o-Paulo?fbclid=IwAR1tg_uXnYCz_YcpTtsCT0HSlDyNdjyb2b1l-ZW3aBkCXw572iff0JiCV2w 

Chegara a hora, dia 5 de abril, um show nostálgico para o Pedra, enfim para demarcar a despedida que essa banda não tivera, por força das circunstâncias, em 2015. 

Continua...