sexta-feira, 12 de abril de 2024

Autobiografia na música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 200 - Por Luiz Domingues

Uma panorâmica da banda no palco. Os Kurandeiros no ICBR de São Paulo. 17 de fevereiro de 2024. Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")

Foi com aquele clima de camaradagem total que as bandas chegaram ao espaço do Instituto Cultural Bolívia Rock e todos os componentes se ajudaram mutuamente de uma forma muito natural.

Kim Kehl durante o soundcheck que não foi soundcheck na verdade, com a figura de Osvaldo Vicino, guitarrista do Boca do Céu ao fundo. Os Kurandeiros no ICBR de São Paulo. 17 de fevereiro de 2024. Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")

Os Kurandeiros ofereceram amplo apoio para o "Los Interessantes Hombres Sin Nombre" e também ao Boca do Céu. O soundcheck só não foi melhor porque a exótica metodologia imposta pela técnica de som da casa, não previu o procedimento habitual de se realizar o levantamento dos instrumentos, depois as vozes e por fim a demarcar o setup de cada banda na ordem inversa da ordem de apresentação de cada banda no espetáculo, ou seja, com a banda de abertura a ficar preparada para tocar no espetáculo propriamente dito.

Entretanto, a técnica (Thalita), nos informou que uma passagem meteórica seria feita cinco minutos antes de cada banda se apresentar, ou seja, com o público presente e a banda já a usar figurino de show, a estabelecer uma prática nada usual e pior, a expor as três bandas a uma situação deveras embaraçosa em frente ao público e pior ainda, a estabelecer um arranjo sonoro bem precário no meu entendimento. 

Tudo bem, tal determinação da parte da moça soou como algo não produtivo, mas nós aceitamos sem criar empecilhos, pois o clima entre as bandas estava sensacional e assim, essa pitoresca forma de trabalhar não haveria de nos subtrair o alto astral com o qual aquela tarde estava a transcorrer.

Ainda durante a tentativa frustrada de se estabelecer um soundcheck tradicional, vemos Kim Kehl e atrás, Ayrton Mugnaini Junior. Os Kurandeiros no ICBR de São Paulo. 17 de fevereiro de 2024. Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")

Bem, a aproveitar o clima ótimo estabelecido nos bastidores, preparamos então o palco para os amigos do "Los Interessantes Hombres Sin Nombre" e após a sua estranha preparação relâmpago na frente do público que já aguardava pelas apresentações, a banda fez uma ótima performance.

"Los Interessantes Hombres Sin Nombre" no palco a prover a abertura do show d'Os Kurandeiros. 17 de fevereiro de 2024 no ICBR de São Paulo. Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah") 

O Boca do Céu veio a seguir com a devida emoção de uma banda que não tocava desde 1978, e agradecida aos Kurandeiros pela oportunidade. Cabe destacar que o último número do Boca do Céu foi a execução de "Concheta", ou seja, clássico do repertório do Língua de Trapo e que se justificara pelo fato de Laert Sarrumor ser vocalista das duas bandas. E neste caso, houve o toque Kurandeiro quádruplo nesta execução, pois além de eu e Carlinhos atuarmos com o Boca do Céu e sermos Kurandeiros, também atuaram nesse número, a nossa vocalista, Renata "Tata" Martinelli e o guitarrista Kim Kehl. 

"Concheta", do Língua de Trapo, com  o Boca do Céu + quatro Kurandeiros e a proprietária do ICBR de São Paulo. 17 de fevereiro de 2024. Filmagem e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=7T8q3eFdq8Q 

E foi assim que esse clima de euforia com Os Kurandeiros mesclados ao Boca do Céu, propiciou um clima ótimo para que o show d'Os Kurandeiros transcorresse logo a seguir.

Continua...

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