quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Figuras de Autoridade - Por Telma Jábali Barretto


Quem são, para nós, tais figuras com tal tamanho? Normalmente, aqueles detentores de funções sobre as quais, fatos, coisas ou conhecimentos valorizamos. Se valorizamos o ter, aqueles que muito têm. Se nossa forma de mensurar for conhecimento, aos que algum domínio desse ou daquele saber. Se sobre habilidades artísticas, a esses criativos serão atribuídas essa posse de bem transitar pelas artes nesse ou naquele campo de ação... E, como não trazer, bem antes dessas mundo afora, as duas primeiras de cada existência: pai e mãe !!!

Atualmente, com tanta facilidade na comunicação, muitas, outras e diversas são as formas de ‘autoridades’ que, por diferentes caminhos a acessaram e chegam a tais postos... Alguns pura e simplesmente pela quantidade de ‘likes’ que, óbvio, expressam, também, sintonia similares de muitos. Outras, pelo longo e árduo caminho construído, muitas vezes inspirador para tantos mais... e, de outra maneira, chega-se a tais circunstâncias por vias bem inusitadas, surreais e ‘obra e graça do espírito santo’...?!...o que deveria provocar um questionamento, reflexão... Se, sendo reencarnacionistas, por quê razão? O que produzirão ali de desastroso ou de bom? O rastro deixado falará por si: agindo com pessoalidade, assumindo ! Se, ao contrário, bem usufruindo da ‘contemplada’ oportunidade, para satisfação própria... ainda, aqueles que poderão ali ‘estar’ que, abençoando tal chance, tenham dignidade e responsabilidade usando seu melhor critério para o bem de todos... Nossa principal intenção dessa reflexão, muito além de talvez provocar novos olhares e, se possível, oxigenar conceitos, produzir, quem sabe ?!... conscientização sobre como somos impactados por essas, pretensas ou merecidas, autoridades tantas. A quem delegamos e como reagimos diante delas: submissão, respeito, agressividade, passividade, intolerância ?
Como diria Jung, tais reações falam mais de nós que dessas pessoas e o que provocam, acionam, quase que instintivamente, em nós... Quais marcas carregamos daqueles que já exerceram tais papéis sobre nós, conquistados ou arbitrariamente impostos. Se, e somente se... corajosos formos, buscaremos reconhecer, nomear e, finalmente, saber a que e a quem de fato valorizamos e entender, processar como e quanto tais situações nos inspiram ou agridem, regridem ?!...

Inevitável esbarrarmos nelas e quantas e tantas ao longo da vida, sendo até, algumas vezes, instados a estar nesses lugares. Alguns buscam, deliberadamente, tais ‘poderosas’ funções... pela memória inspiradora ou ressentida de tais passagens marcadas, gravadas, tatuadas na própria alma, numa tentativa de harmonizar ou, mais grave, simplesmente, usufruir ?! do prestígio imaginado ?! Ou, rebater dores, conflitos internos supondo (?!), crendo ?! Que esse poder autorize o uso arbitrário de tal comando...
Cada qual traz aí suas verdades, suposições... trajetória de sua história ! Fato é que vivemos num mundo que favorece, facilita acessar tais ‘poderes’, autorias e comandos, para muitos ou quase todos nós, e a depender daquilo que carregamos no íntimo, exerceremos com mais ou menos sabedoria, alcançando a mais ou menos ‘seguidores’, num fluxo de similaridade harmônica, guerreira, amedrontadora, esclarecedora, transformadora, devastadora, enganadora ou verdadeira, libertadora ou limitadora... com quantos sejam os adjetivos a liberarmos, oferecermos ou tivermos para disponibilizar, consciente ou inconscientemente ... Mais fato ainda é, cada vez mais, isso sim !!!

Devamos exercer o mais pleno direito e liberdade sobre nossos arbítrios e critérios, baseando-nos em premissas cada vez mais cristalinas, iluminadoras, advindas daquilo que só o autoconhecimento, o respeito às bases mais essências do espírito, norteadoras de uma bússola interna muito além de instintos primitivos... e aí, que vá além das dores regredidas ou inspirações sonhadoras. Só e, então, começaremos, sendo senhores de nós mesmos, harmonizados internamente, possamos bem olhar para tais ‘figurões’ e a nós próprios com a devida e respeitosa dimensão! E... que nossa expressão propague, reverbere... cure ! Voilá...

Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga; consultora para a harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga. Nesta reflexão, a colunista fala sobre a questão das figuras de autoridade, ou melhor, como enxergamos a proeminência de certas forças dentro da sociedade em todos os sentidos. 

4 comentários:

  1. Aqueles que passam por nós não vão sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.
    Antoine de Saint-Exupery O Pequeno Príncipe
    Namastê

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  2. Sim Tânia! Somos a soma de tudo aquilo que permitimos nos impactar...
    Gratidão pela contribuição! Abraço aí...

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