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terça-feira, 16 de agosto de 2022

Autobiografia na Música - Trabalhos Avulsos (Ópera-Rock O Renascer dos Tempos ou Musical Ópera Rock/Single: "Moby John") - Capítulo 111 - Por Luiz Domingues

Exatamente como eu previra anteriormente, essa história a envolver a minha participação no projeto de Ópera-Rock do meu velho amigo, Claudio Cruz, teve um prolongamento e foi natural, na medida em que estava previsto que o álbum seria lançado também no tradicional formato físico de CD.

Foi em 12 de abril de 2022 que eu recebi a visita do Claudio Cruz em minha residência e ganhei dele as minhas cópias de recordação desse álbum, cuja minha participação se dá através da faixa "Moby John".

Logo que eu vi a capa percebi, no entanto, que o Claudio havia abolido o título, "O Renascer dos Tempos" e rebatizara a obra simplesmente como: "Musical Ópera Rock". Durante a nossa conversa, falamos sobre tantas coisas, que eu me esqueci de lhe perguntar a motivação sobre tal mudança, mas creio que não foi necessário tal esclarecimento, haja vista que o caráter muito mais comercial do novo nome adotado se mostrou inquestionável em termos de viabilidade. 

A ilustração frontal mostra a "banda do futuro", cujos componentes são personagens da história proposta pelo libreto, visíveis pelas suas respectivas silhuetas a insinuar estar em um momento de viagem quântica ao "passado", prestes a se aproximar do palco do icônico festival de Woodstock ocorrido em 1969, ou seja, a reforçar a proposta da história baseada na simbiose entre o atual presente de 2022 e o passado glorioso do Rock sessenta-setentista.

E na contracapa, há a presença do mesmo "portal quântico", e o nome das canções. A presença de um "QR Code" transporta o interessado ao site proposto pelo autor, com mais informações a respeito da obra.

Ouvi o disco no CD player e gostei do padrão de áudio ajustado à mídia física. 

Por uma feliz coincidência, nesse mesmo dia em que o Claudio me visitou, estava programada uma entrevista dele mesmo e com direito à execução na íntegra do disco, em uma emissora inteiramente dedicada à difusão do Rock Progressivo, a Webradio Progsky, do Rio de Janeiro, mediante o programa "Top Prog Brasil", conduzido pelo comunicador e a acrescentar, um apaixonado pelo Rock Progresivo, Leo Maia. Eu pude acompanhar tal intervenção e de fato, constatei que o apresentador do programa foi muito atencioso ao dar ampla abertura para o Claudio falar com muita tranquilidade e o disco tocou na íntegra.

Eis o link para acessar o podcasting do programa:

https://www.mixcloud.com/ProgSky/progsky-top-prog-brasil-12-04-2022-musical-opera-rock-claudio-da-silva-cruz-leo-maia/

Bem, feliz com essas novidades, fui comunicado pelo Claudio que o projeto de sua Ópera Rock estava inscrito em diversos editais culturais e que havia uma boa chance de ainda no decorrer de 2022 ocorrer alguma novidade boa nesse sentido, ou seja, este capítulo pode gerar uma continuidade mediante desdobramentos.

Portanto, possivelmente continua...

terça-feira, 16 de março de 2021

Autobiografia na Música - Trabalhos Avulsos (Ópera-Rock O Renascer dos Tempos/Single: "Moby John") - Capítulo 107 - Por Luiz Domingues

Exatamente um ano depois de ter sido visitado em minha residência pelos músicos e produtores musicais, Claudio Cruz e Anísio Mello Junior, para que eu pudesse gravar a minha participação na faixa, "Moby John" (obra inserida dentro da Ópera- Rock "O Renascer dos Tempos"), eis que fui comunicado que tal faixa houvera sido disponibilizada como "single" através da plataforma YouTube.

Ótimo, mais um trabalho avulso para somar à minha discografia, aliás, com orgulho e prazer por eu ter tido o prazer de fazer parte desse ambicioso projeto artístico do meu velho amigo, Claudio Cruz. 

No entanto, a despeito dessa alegria por mais um trabalho realizado e a encorpar a minha discografia, eis que poucos dias depois desse anunciado lançamento, tivemos a terrível notícia da morte do guitarrista, Rubens Gióia, o meu velho amigo e colega d"A Chave do Sol. Qual a conexão com este trabalho? Bem, o fato de que tanto o Rubens, como o baterista, José Luiz Dinola, também meu amigo e companheiro d'A Chave do Sol, gravariam a mesma faixa. Na verdade, cabe a retificação de que no caso do Rubens, essa foi a planificação inicial da parte do Claudio Cruz, mas na prática, o Rubens não concretizou a sua participação.

Não gravamos juntos, foi tudo feito separadamente, mas ficara aquela sensação prazerosa de que o nosso Power-Trio poderia ter se reunido para tocar junto mais uma vez e assim, o impacto pela perda do Rubens Gióia, trouxe uma carga emocional amarga para esse lançamento, embora a obra em si e o contexto em que ela se inseriu no bojo de uma "Ópera-Rock", nada teve a ver com a fatalidade e certamente que muito menos o Claudio Cruz como o seu idealizador, tampouco teve culpa alguma nessa coincidência de ocorrências perfiladas na mesma época.

Segundo o Claudio alegou na ocasião, a ideia foi disponibilizar os singles do disco inteiro individualmente pelo YouTube e igualmente em outras plataformas, mas que haveria sim um lançamento da obra completa pela via tradicional do CD, a posteriori e assim aguardamos.

Sobre a canção em si, deu para notar que ficou híbrida em seu estilo. A estrutura que eu ouvira como guia para gravar, houvera sido baseada em uma espécie de mistura de um Hard-Rock denso, com sutis pitadas do Blues-Rock tradicional e depois que se colocaram as guitarras e os teclados, eu notei que a tendência foi buscar influências etéreas a sugerir a música experimental de uma maneira geral, talvez com um certo apelo pelo Krautrock setentista e outras sonoridades aleatórias dentro da dita "World Music" e claro, possivelmente a envolver tendências que eu simplesmente desconheça, por serem mais modernas na ocasião e cuja existência eu ignorasse.

Dessa forma, o tema tem uma linha mestra com um riff proposto pelo baixo que a inicia e também a encerra e neste caso, esse riff quem gravou foi o Anísio Mello, que além de ter sido o técnico de áudio e coprodutor do disco, é sabidamente um excelente músico, compositor, cantor e arranjador. Ótimo baixista, o conheço desde 1984 e nós interagimos muito nos anos 1980, quando as nossas respectivas bandas tocaram juntas em muitas ocasiões (eu com "A Chave do Sol" e ele com o "Excalibur"). 

Ainda a explanar sobre a música, eu entro a seguir com uma linha mais próxima do Blues-Rock, com um som de Fender Precision mais in natura, visto que o baixo do Mello ficou bem mais processado com efeitos. 

A guitarra de José Luiz Braguetta, que afinal de contas gravou a faixa, ficou mais na linha dos efeitos do que a atuar de forma tradicional sob o ponto de vista da base harmônica e solo e assim, o destaque ao meu ver ficou por conta do Zé Luiz Dinola, que criou uma linha de bateria solta, com bastante presença de frases e até a conter um pequeno, mas significativo solo. E a presença do teclado de Adenauer Vieira colaborou para tornar a faixa ainda mais etérea, com uma linha de arranjo que muito me fez lembrar dos discos do tecladista grego, Vangelis, nos anos oitenta. 

Bem, fiquei feliz pelo lançamento, certamente, a envolver o prazer de colaborar com os amigos, Claudio Cruz e Anísio Mello, além de certamente ter sido efetivamente a minha última gravação com Rubens Gióia e José Luiz Dinola, juntos, os três reunidos e por conseguinte, fiquei triste ao constatar que logo que essa canção foi lançada publicamente, eis que marcou de fato como a última possível reunião do Power-Trio d'A Chave do Sol em termos fonográficos, ainda que sem essa intenção, naturalmente, pois neste caso, havia o plano da banda se apresentar e talvez lançar algo inédito.

Música: "Moby John" (faixa 8)

Autor: Claudio da Silva Cruz

Baixo: Luiz Domingues (parte do meio)

Baixo: Anísio Mello Junior (partes inicial e final)

Bateria: José Luiz Dinola

Guitarra: João Luiz Braguetta

Teclados e arranjo geral: Adenauer Vieira

Composição, capa e vídeo: Claudio da Silva Cruz

Produção musical, operação de áudio: Anísio Mello Junior

Lançamento como single: Janeiro de 2021

Eis o link para escutar no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=zA-5yzbw-6M

O Site oficial da Ópera-Rock:

https://opera-rock9.wixsite.com/meusite

Bem, como ficou aberta a possibilidade do álbum "O Renascer dos Tempos" ser lançado em formato físico, abriu-se um campo para o prosseguimento deste relato, portanto, continua...

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Autobiografia na Música - Trabalhos Avulsos (Ópera-Rock: "O Renascer dos Tempos") - Capítulo 104 - Por Luiz Domingues

Ao final do ano de 2019, eu recebi a comunicação do meu velho amigo, Claudio Cruz (baixista e irmão do Beto Cruz, com quem eu trabalhei em duas bandas, nos anos 1980: A Chave do Sol e A Chave/The Key), a convidar-me para participar de uma gravação. 

Ocorre que ele havia escrito o libreto e as canções para uma Ópera-Rock, nos idos de 1979, que chamar-se-ia em tal ocasião: "O Renascer dos Tempos", mas o projeto não avançou e permaneceu engavetado por anos a fio. 

Muito bem, eu aceitei com prazer fazer parte do projeto e foi designado que eu gravasse uma faixa chamada: "Moby John". Segundo o Claudio, tal canção dentro do libreto, revela a condição pela qual a música exerce uma explosiva energia psíquica para um garoto que perdera os pais, e estava a ser criado dentro de um orfanato. Esse garoto seria o fruto do amor entre Janis Joplin e Jimi Hendrix, daí o fato de deter em seu DNA, o talento misturado de seus pais, e mesmo ainda bem pequeno, a demonstrar um ímpeto incontrolável para exercer o seu talento libertador. 

Bem, uma melhor explicação prévia sobre o mote dessa Ópera-Rock, encontra-se no site específico da mesma, além da descrição de uma enorme quantidade de músicos convidados que já estavam a gravar diversas canções da peça, quando eu finalmente fui ofertar a minha colaboração modesta para o projeto. 

Entre outras particularidades, um elemento chave da história é a questão da frequência, pois consta a ideia de que toda a afinação dos instrumentos, revertida para 432 hertz, ao invés do tradicional padrão de 440 hertz, estabeleceria a sincronia com esferas extra-dimensionais superiores, capazes de provocar mudanças significativas à vida das personagens e por conseguinte, a ditar uma outra perspectiva para a humanidade. Para saber mais sobre a ideia da Ópera-Rock, "O Renascer dos Tempos", há um site específico com diversas informações sobre a obra em si e também sob a sua produção, além das pessoas envolvidas no projeto.              

Site do projeto da Ópera-Rock "O Renascer dos Tempos":
https://opera-rock9.wixsite.com/meusite/noticias

Então, eis que marcamos para a tarde do dia 28 de janeiro de 2020, a minha gravação. Antes mesmo de gravar, eu já sabia que a bateria gravada fora executada pelo meu amigo, José Luiz Dinola e que a guitarra a ser colocada a posteriori, seria do meu outro amigo, Rubens Gióia. Portanto, Claudio Cruz realmente premeditara reunir o Power Trio d'A Chave do Sol, para a gravação dessa música. Sensacional, fiquei muito contente com essa perspectiva.
Anísio Mello Júnior e Claudio Cruz a preparar a sessão de captura do meu baixo. Gravação da faixa: "Moby John", peça que faz parte da Ópera-Rock: "O Renascer dos Tempos". 28 de janeiro de 2020. Click e acervo: Luiz Domingues

O som dessa música, mostrou-se fortemente influenciado pelo Blues-Rock sessentista, a lembrar o trabalho do "Cream" em uma primeira instância. Fui orientado previamente pelo Claudio, a regravar apenas o início da música, e a seguir a sua gravação com o baixo guia e posteriormente, a criar livremente.
Da esquerda para a direita: Claudio Cruz, Luiz Domingues e Anísio Mello Júnior. Gravação da faixa "Moby John", da Ópera-Rock: "O Renascer dos Tempos". 28 de janeiro de 2020. Click (selfie) e acervo: Luiz Domingues

Foi um prazer receber em minha residência, dois amigos de longa, data, ambos grandes baixistas e pessoas da melhor qualidade, a tratar-se de Claudio Cruz e Anísio Mello Júnior. Claudio, como eu já falei, é irmão de Beto Cruz e foi durante anos, o baixista do Harppia e o Mello, foi baixista do grupo Excalibur, com o qual, a minha banda, A Chave do Sol, dividiu muitos shows na década de oitenta. 

Foto promocional do grupo: "Excalibur", datada de 1984. Mello é o segundo da esquerda para a direita a usar camiseta preta. Acervo e cortesia: Anísio Mello Júnior. Click: divulgação                  

Portanto, sem tirar o foco da gravação, a conversa foi ótima, com muitas lembranças que vieram à tona, comum aos três e diversos outros assuntos que vieram à baila, incluso uma boa explicação sobre a Ópera-Rock em si, e eu pude perceber o quanto ambos estavam entusiasmados pelo projeto. 

Com o espírito marcado pelo empreendedorismo cultural, Mello contou-me também, que estava a abrir um mini centro cultural no bairro do Jardim Bonfiglioli, na zona sudoeste de São Paulo e o seu plano para tal incrementar iniciativa, impressionou-me muito positivamente.

Gravei enfim, com o apoio decisivo de ambos e foi um grande prazer ouvir a prova inicial da captura e verificar que o som do meu baixo Fender Precision ficou com o timbre muito próximo do som de Noel Redding, baixista do grupo: Jimi Hendrix Experience, que também usava costumeiramente nas gravações dos álbuns de sua banda, o baixo Fender Precision. Ou seja, que satisfação ter ainda na captura inicial o ronco de baixo semelhante ao de um músico que eu admiro.
Parece a mesma foto postada acima, mas é outra, na verdade, quase igual e clicada em sequência. Gravação da faixa "Moby John", da Ópera-Rock: "O Renascer dos Tempos". 24 de janeiro de 2020. Click (selfie) e acervo: Luiz Domingues

Bem, este capítulo ganhará uma continuidade, certamente, na medida em que fica no ar a expectiva pelo lançamento do álbum a apresentar a Ópera-Rock: "O Renascer dos Tempos".

Portanto, continua...