segunda-feira, 25 de junho de 2012

Do Homem Obscuro - Por Julio Revoredo


Resplandece com a luz do sol

Une o corpo a alma

O frio queima

Anoitece

Começa a dizer-me enigmas
Inconstante no amor

Abre-se a terra

O ódio e sepultado no esquecimento

Palavras transpõem-se

A beleza do estilo

A sombra é enganadora,
Ante o véu da alegoria

Ante o inventor das palavras

O furor das ondas

O choque dos ventos

O mar glacial, dia infausto
Zune o vento tempestuoso

Não há refugio

Há fastio.

Soturno Saturno
A alma dos mortos

ígnis vigil

Volutatio animi.



Julio Revoredo é colunista fixo do Blog Luiz Domingues 2. Poeta e letrista de diversas músicas que compusemos em parceria, em três bandas pelas quais eu atuei: A Chave do Sol, Sidharta e Patrulha do Espaço. Os seus poemas são ricos em imagens fortes e sentimentos análogos.

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