Essas,
mais comum associarmos àquelas de carnaval, onde deixamos por baixo a
verdadeira cara e as vestimos para mostrar facetas brincalhonas,
caricatas, desejadas
ou escondidas de nós mesmos. Qualquer
que seja o caminho, fato é que as vestimos, não necessariamente por
buscá-las ou abafá-las, mas porque somos feitos de muitos, tantos e
quantos papéis
exercidos numa só e finita novela incorporada a cada CIC e RG,
credenciadores de que existimos nessa sociedade e nas várias áreas da
vida e... como ser igual nelas todas, ainda que sendo uma e mesma pessoa,
alma, individualidade respondendo às muitas solicitações
de maneira diferente, num mesmo fio que as une, se saudáveis somos ?!...
É
mesmo, assim, ou não...?!...Vejamos: somos, enquanto filhos, tais como
somos no trabalho, por exemplo ? Quem não se viu, lembra ter sido
elogiado como amigo presente
e cuidadoso e, também, questionado em qualquer outra circunstância por
indelicadezas e atropelos ? Nesse caso não vestimos, deliberadamente,
esses diferentes temperamentos... o que não impede que aconteçam dessa
forma aqui e ali, não ?! Algo como uma reação,
uma química, resposta, em cada departamento em nós movendo, numa ou
outra re-ação só ali e naquele lugar vem para superfície. Por aí vamos
oscilando entre vitimices e coragens heróicas, vestindo e desvestindo
facetas, coloridas ou nubladas, trazendo pedaços
de nós, aqui e acolá expositores de pimenta ou doçura...
Sabemos
que em meio a essa plasticidade, versatilidade, somos movidos e
desenvolvemos, nessa miscelânea, em algum traço adquirindo maior
destaque, tomando a frente
em meio a esses muitos habitares em nós, caracterizando ali a área que
nos evidencia, algo que é mais nossa marca, jeitão... Alguns de nós
somos conhecidos como rápidos, práticos, prontos e ágeis, outros,
intelectuais e pensantes, e, ainda, podemos ser ‘rotulados’
como lentos, medrosos e até covardes, indecisos, inseguros o que não
anula pitadas outras residentes em cada um, que sejam dóceis,
solidárias... alguma parcela de feiúras, maldade...?!...
Gostamos
de ir mais além: dentro das muitas fases de nossa trajetória, já não
nos surpreendemos entre opostos de ser reconhecidos, por longo tempo,
com determinada
característica que esmaece e dissolve e outras que vão,
sorrateiramente, tomando forma ou, mais que isso, abruptamente
submergem?
Em
meio a tantos ‘nós’ co existindo, mortos, vigentes e quem
sabe...?!...quantos por ainda surgir, não seria essa uma boa maneira de
tendo sido assolados,
ad eternum, por esse teatro intimista que, se conscientizado,
somos testados em um lindo aprendizado de melhor lidarmos com a
pluralidade da vida, absorvendo e respeitando diferenças, aprendendo a
criar pontes de assimilação de um viver onde, o bem digerir
as próprias facetas opostas, sombrias, contraditórias, belas,
aceitáveis ou questionáveis, seria gerador de mais equilíbrio, harmonia,
não estável e perpétuo, como muitos de nós buscam e desejam (num viver
que é dinâmico, puro movimento...), seja propiciador
de um estar em sociedade, exercitado diante de qualquer outro, ser
movidos por compaixão ou admiração, aproximadores, irmanando-nos,
confraternizando-nos, fazendo-nos essencial e quanticamente iguais,
sendo únicos!!! Na mas tê!
Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga; consultora para harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga. Nesta reflexão, fala das "máscaras" no sentido amplo do termo, aludindo às diversas facetas em que reveste-se a formação do ser humano.
Excelente!! Profunda reflexão sobre o que há de mais complexo no ser humano: sua identidade... parabéns, Telma!!!
ResponderExcluirDesafio contínuo e maravilhoso: a que viemos?!...
ResponderExcluirGratidão pelo comentário!
Abraço e na mas te!
Ótimo texto!!! Mais uma vez, Telma Jábali consegue sintetizar, de forma brilhante, um tema tão complexo. Bem verdade que todos nós usamos uma determinada máscara, para cada situação... Não seria a "Persona", segundo Carl Jung?( corrijam-me, se eu estiver errada). Um papel que interpretarmos, uma espécie de "imagem social". Parabéns, Luiz, pelo seu Blog! Parabéns, Telma, pelos excelentes textos... Namaste!
ResponderExcluirSão reações dos vários personagens que nos habitam...natural, desde que não se oponham, aí já caracterizados transtorno patológico. Importante é ter consciência q existem...para ter leveza diante de nossos próprios processos! Costuma resultar em mais flexibilidade também com os demais...
ResponderExcluirSuper gratidão pelo comentário!