Ao mesmo tempo, o irmão do guitarrista Kim Kehl, Juja Kehl, fez uma bela sessão de fotos a registrar as capas dos discos, já a visar um material de apoio para a divulgação do Kit completo com seis álbuns.
E mais uma novidade muito boa, por conta do lançamento principalmente do primeiro disco, "Ao Vivo 1982/1983", um fã do trabalho que abordou-me para consultar sobre as condições de pagamento e logística para a aquisição, aproveitou para me contar que tinha a persona da Verônica Luhr como sua amiga no Facebook. Ora, que providencial, ele passou o link do perfil dela e eu de imediato solicitei a amizade da ex-vocalista da nossa banda.
Alguns dias depois, eis que ela respondeu-me e foi muito emocionante conversarmos, após trinta e oito anos de hiato, sem comunicação entre nós. Bem, nos atualizamos e nesse aspecto ela me contou que vivia de música há muitos anos, a cantar pela noite e a ministrar aulas de canto e que seu marido, Jean Trad e o filho do casal também faziam parte de sua banda familiar, a exibirem um repertório todo baseado nos standarts de Jazz, com ambos a tocarem guitarras e ela a cantar.
Tal combo recebera o sugestivo nome de "Jazz em Família" e eu recomendo ao leitor e aos fãs d'A Chave do Sol em geral, esse trabalho, que é feito com muito bom gosto, ótima escolha de repertório e virtuosismo da parte do trio, com o marido e filho a tocaram guitarras, com muita destreza e conhecimento teórico e ela, Verônica, a matriarca da família, a cantar muito.
Eis o canal do ótimo combo "Jazz em Família" para ser visitado e bem degustado:
https://www.youtube.com/channel/UC3QhRwigCjmGm7qXt83oJpg
Concomitantemente, eis que as pessoas que estavam a adquirirem os álbuns, enviaram-me muitas impressões e em 99%, absolutamente fantásticas sobre os bootlegs, a elogiarem tudo, incluso o áudio, que a despeito de ter sido obtido através de velhas fitas K7, armazenadas em armários e por anos a fio a estragarem, não apenas foram digitalizadas e a salvar os seus respectivos conteúdos, como a ganharam uma surpreendente qualidade que encantou a maioria esmagadora das pessoas que os adquiriram até ali.
O único rapaz que teceu uma crítica, foi de uma forma construtiva, no entanto, pois ele falou que decepcionara-se com a simplicidade da capa em formato "envelope", pois não esperara essa apresentação simples, visto que imaginara uma caixinha de acrílico e um encarte mais robusto a conter informações e fotos em fartura. Poxa, quisera eu ter tido recursos para fazer um encarte recheado de fotos e ficha técnica detalhada.
Esse rapaz alegara que eu não alertara adequadamente os consumidores sobre se tratar de um CD-R e com uma capa tão singela, exatamente por ele ter visto uma postagem mais simplificada que eu mesmo fiz em um grupo temático dentro do Facebook.
E eu lhe pedi desculpas, pois o fizera precisamente para não violar o regulamento de certos grupos que não permitem postagens extensas, mas na contrapartida, o texto que eu colocara no meu perfil pessoal, era completo a alertar o público em geral sobre as condições técnicas dos álbuns. Eu reconheci a minha falha, naturalmente, mas aproveitei para lhe explicar sobre o ocorrido e lhe falar sobre a minha postagem mais detalhada.
Claro que eu tomei essa observação como um aprendizado e depois disso, eu melhorei a comunicação, exatamente para atender os compradores mais exigentes que faziam questão de saber sobre tais detalhes e sim, o consumidor típico de discos com caráter "Bootleg", era (é) antes de tudo, um colecionador em potencial.
Tudo caminhava muito bem na questão da promoção e vendas, aliás, muito acima da minha expectativa, visto que até meados de janeiro eu já havia praticamente recuperado o investimento feito para lançar o primeiro álbum dessa safra com seis discos e a vislumbrar um pequeno lucro para dividir com os colegas da banda e também com o Kim Kehl que tanto contribuiu para materializar tais discos.
Eu estranhara, no entanto, que a segunda remessa de cópias com caráter de recordação, oriunda da cota para os membros, que eu enviara para o Rubens Gióia ainda no início de dezembro de 2020, não tivesse tido da parte dele um retorno, mesmo que o site do correio desse como entregue ao destinatário. No entanto, o fato foi que ele não se manifestara pelo "whatsApp" d'A Chave do Sol criado para conversarmos sobre o show reunião da nossa banda e assuntos relacionados aos bootlegs.
No dia 15 de janeiro de 2021, eu fui à agência do correio perto de minha residência para enviar mais dois pacotes com discos solicitados por fãs/colecionadores que haviam me encomendado na noite anterior. Quando eu cheguei em casa e fui providenciar o "scanner" do código de rastreamento para repassar aos amigos que haviam adquirido os álbuns recém postados, eu olhei o meu celular e vi que no grupo de whatsapp d'Os Kurandeiros, havia uma mensagem dramática postada pelo Kim, com uma frase terrível: "-vocês já souberam o que ocorreu com o Rubens Gióia?"
Pois dali em diante a sucessão de notícias a repercutir tal tragédia, tratou por chocar-me por completo: Rubens Gióia, o meu velho colega d'A Chave do Sol, houvera falecido nesse dia, uma sexta-feira e tal notícia foi muito difícil de ser absorvida.
Continua...
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