Conforme eu já assinalara anteriormente, a minha dúvida maior ao decupar o material contido nas fitas K7 resgatadas e devidamente digitalizadas pelo meu amigo Kim Kehl em 2020 (e neste caso a visar organizar o possível lançamento de um disco Bootleg e esse plano ainda está de pé, naturalmente), se deu no sentido de que eu ficara com a impressão de que a entrevista, permeada por piadas hilárias, deveria ser preservada, certamente.
Todavia, como muitas partes dessa conversação estavam mescladas às músicas, se eu deixasse a conversa editada assim, "in natura", as faixas ficariam muito longas. E um outro detalhe: longe de mim ser um editor implacável e com ranço de censor reacionário, mas ao ouvir detidamente as conversas ali travadas no calor de 1994, algumas colocações soariam inoportunas à luz da sociedade de 2022, quando concluí a escrita desta parte do capítulo.
Em suma, ao ponderar sobre certas opiniões ali gravadas e sobretudo a respeito de piadas descabidas para a realidade da sociedade pós-anos 2020, eu decidi suprimir a maior parte da conversação, a fim de preservar todos os membros da nossa banda, eu incluso, apesar de que quase não falei na prática e também o nosso anfitrião, o locutor e entrevistador nessa atração radiofônica, o também brincalhão contumaz, Tatola.
A respeito da parte musical, a proposta foi fazer um som descompromissado ao extremo, haja vista que o programa não costumava promover shows no estúdio da emissora e aliás, não havia condição técnica para tal em suas dependências. Nesses termos, nós tocamos algumas músicas de forma acústica, com microfones improvisados e sem nenhum requinte de equalização possível de ser feito, além do padrão normal de uma clássica sonoplastia radiofônica adaptada para sonorizar conversação tão somente e executar músicas com o recurso da radiodifusão mecânica mediante discos de vinil, CD's, fitas e cartuchos a se pensar na tecnologia dos anos noventa, ou seja ainda a se adaptar ao mundo digital que chegava e à internet na ocasião.
A gravação ocorreu no dia 4 de junho de 1994 (um sábado), e foi ao ar no dia 6, segunda-feira. Dessa forma, eis abaixo as faixas que eu disponibilizei para os fãs do trabalho:
Eis o link para escutar no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=7LzYMZqGHPk
Eis o link para ouvir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=tgnvo63PDvM
Eis o link para escutar no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=hyY_Am-VRxo
Eis o link para ouvir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=yZSSjsMHhps
"Answer Machine" - Pitbulls on Crack no programa "A Vez do Brasil" da 89 FM de São Paulo - 6 de junho de 1994
Eis o link para ouvir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=gN4WJume_gc
"Sympathy for the Devil" (The Rolling Stones) - Pitbulls on Crack no programa "A Vez do Brasil" da 89 FM de São Paulo - 6 de junho de 1994
Eis o link para escutar no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=zFQXmH_oPa
"Nevermind" - Pitbulls on Crack no programa "A Vez do Brasil"da 89 FM de São Paulo - 6 de junho de 1994
Eis o link para ouvir no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?v=zcxQS7vnKwY
Sobre a performance em si, apesar do caráter super descontraído e de certa forma a se parecer com um clima de "Luau" improvisado, ficou bem convincente a se imaginar uma apresentação acústica informal. Com Deca, Chris e eu (Luiz) a tocar violões e o Juan Pastor a tocar bongô, ou seja, uma instrumentalização muito fora da nossa realidade de banda de Rock super elétrica, por incrível que pareça, a banda soou bem nessa circunstância adversa para nós.
E o acréscimo inesperado de "Sympathy for the Devil", um clássico dos clássicos dos Rolling Stones, não apenas surpreendeu à todos, como gerou uma certa euforia nos funcionários que estavam presentes no estúdio da emissora nesse dia, e isso ficou até registrado na gravação do áudio, quando encerramos e o entrevistador, Tatola, fez a menção e claro, nos divertimos muito com tal fator.
A priori, eu esgotara as possibilidades de lançar mais peças raras do Pitbulls on Crack baseadas nas fitas K7 descritas, no entanto, permanecera a ideia de lançar discos Bootleg e entre os ex-membros a vontade de se promover um show reunião esteva mantida, portanto, este capítulo sobre o Pitbulls on Crack pode ser estendido a qualquer momento.
Por enquanto, viva o Pitbulls on Crack! Viva o bom humor!
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