Chegamos no horário combinado ao Shopping Jardim Sul e a nossa contrariedade inicial se deu com as normas rígidas do estabelecimento, pois foi difícil transportar todo o backline, instrumentos, objetos de cena, figurinos e no meu caso, todo o aparato para promover a minha tarde/noite de autógrafos, ou seja, com as restrições que o shopping nos impôs para usarmos carrinhos de apoio, da doca do estabelecimento até o teatro, não foi uma operação agradável, pois fomos obrigados a carregar tudo nas mãos por um longo percurso dentro do estabelecimento, mas pelo menos tivemos toda a solidariedade da equipe de produção do teatro que também se queixou muito de tais normas para nós, por motivos óbvios.
Carlinhos Machado perto da bateria e cercado pelos membros da equipe técnica de som e luz do teatro a auxiliá-lo. Eu, Luiz Domingues, estou no palco a usar camiseta branca. Wilton Rentero está na plateia, virado para o público a conversar com alguém. Soundcheck. Boca do Céu no teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")/Produtora Bicho Raro
Bem, agruras logísticas a parte, fomos muito bem recebidos pela equipe do teatro, que inclusive sendo sabedora da dificuldade de transporte do equipamento imposta pelas regras do estabelecimento, mobilizou os seus profissionais para nos ajudar nessa árdua tarefa.
A minha tarefa ali foi tripla, pois além de preparar o palco para o soundcheck do Boca do Céu, a minha banda regular, Os Kurandeiros também apresentar-se-ia, e assim, eu participei do soundcheck de ambas as bandas, aliás, eu e Carlinhos Machado que éramos membros dos dois grupos. E para intensificar a minha situação pessoal, eu também precisava preparar a minha mesa do autor, aparato de divulgação e loja para vender o meu livro, portanto, foi um dia cansativo, mas igualmente, extremamente gratificante, a ser anotado como um dia muito especial na minha trajetória.
Com as duas bandas em regime de franca cooperação, e por termos tido um suporte muito bacana da parte do pessoal do som e luz do teatro e também de seus produtores, tudo foi facilitado. Nesses termos, o soundcheck foi feito com bastante tranquilidade, inicialmente pelos Kurandeiros, na clássica predisposição de inverter a ordem de apresentação para que a banda de abertura fizesse o seu soundcheck por último e assim já ficar montada para entrar em cena, quando chegasse a hora do espetáculo.
Carlinhos Machado ao fundo preparando a sua bateria, com Osvaldo Vicino fora do palco a separar os seus utensílios. Soundcheck. Boca do Céu no teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")/Produtora Bicho Raro
Os Kurandeiros cumpriam o seu soundcheck e já estávamos no final desse exercício quando a tempestade que caía com grande volúpia naquele instante em São Paulo, provocou o seu estrago que nos preocupou, quando a energia elétrica do shopping foi interrompida. Imediatamente os geradores foram acionados e a luz de serviço provisória foi acesa, porém, para prosseguirmos com o soundcheck, não bastava essa fonte e assim, por cerca de quarenta minutos ficamos apreensivos a pensarmos que não apenas o soundcheck pudesse estar comprometido com essa falha energética, mas simplesmente todo o evento, incluso a minha tarde/noite de autógrafos a correr um sério risco de adiamento.
Enfim a energia foi restabelecida e deu tempo para finalizarmos o soundcheck d'Os Kurandeiros, inclusive ao passarmos a música "Sou Duro" com a participação do Laert Sarrumor como convidado especial.
Enfim, chegou a hora de passarmos o som do Boca do Céu e com a "cozinha" das duas bandas sendo a mesma, tudo ficou facilitado. E ainda mais porque os guitarristas do Boca do Céu usaram o backline dos guitarrista d'Os Kurandeiros, portanto, foi fácil mixar a nossa banda na preparação para o show.
Da esquerda para a direita: Wilton Rentero, o nosso convidado especial, Kim Kehl, Carlinhos Machado na bateria, Laert Sarrumor, eu (Luiz Domingues) e Osvaldo Vicino. Soundcheck. Boca do Céu no teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")/Produtora Bicho Raro
Kim Kehl e Renata "Tata" Martinelli, guitarrista e vocalista d'Os Kurandeiros participaram desse apronto ao prepararmos a versão de "Concheta", o clássico do Língua de Trapo sob a nossa interpretação.
Tivemos um requinte ao prepararmos a música "Desprogramação", mediante o uso de um Ukulele e violão de 12 cordas, para tornar a versão ao vivo o mais acústica possível, exatamente com o espírito Folk-Rock com o qual nós a graváramos. Na hora do soundcheck, deu tudo certo, no entanto, sem termos um roadie ensaiado conosco, um lapso atrapalhou a performance no decorrer do show ao vivo, mas isso eu revelo no momento adequado da cronologia.
Vários flagrantes do soundcheck. Boca do Céu no teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")/Produtora Bicho Raro
Bem, apesar da queda da energia, as duas bandas conseguiram realizar o seu preparo, o dito "set up" e devo enaltecer a equipe técnica do teatro, cujos membros foram extremamente gentis e eficazes, portanto, quando ocorre uma boa relação de trabalho, toda a tarefa se torna muito mais agradável.
Meus livros anteriores e o que eu lancei nessa noite: "Boca do Céu" (a autobiografia de Luiz Domingues - Volume I), exibidos na mesa de produtos oferecidos na lojinha d'Os Kurandeiros. Teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Ana Cristina Domingues
Tive tempo para trocar de roupa e me "fantasiar" como "escritor" para enfim receber meus amigos que foram prestigiar a tarde e noite de autógrafos. Preciso também valorizar o fato que tive o apoio sempre querido da minha amiga Lara Pap, produtora d'Os Kurandeiros e que montou a loja da banda a também vender os meus livros e outros produtos que levei para incrementar a ocasião, como discos d'A Chave do Sol e ali também vendemos discos do Língua de Trapo, e camisetas do Boca do Céu, portanto, foi muito agradável ter tudo isso para ilustrar a bancada ao lado da mesa que ocupei para autografar meus livros. Minha irmã, Ana Cristina Domingues, ajudou muito também, desde casa a organizar o meu material e a Marcinha Oliveira, empresária do Boca do Céu e também do Língua de Trapo, auxiliou bastante para que o meu momento para dedicar-me ao livro durante o evento, ocorresse com tudo bem ajeitado e eu só me preocupasse por duas horas, das 18 às 20 horas com a esse contato com meus amigos leitores.
Eu, Luiz Domingues, no destaque e Osvaldo Vicino ao fundo a aguardar para equalizar o som do violão de 12 cordas. Soundcheck. Boca do Céu no teatro Jardim Sul Experience de São Paulo. 20 de setembro de 2024. Click, acervo e cortesia: Moacir Barbosa de Lima ("Moah")/Produtora Bicho Raro
Continua...
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