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terça-feira, 29 de novembro de 2022

Autobiografia na Música - Trabalhos Avulsos (Show 50 Anos Cantando Raul/Edy Star + Convidados) - Capítulo 116 - Por Luiz Domingues

Edy Star em destaque, mediante a presença dos cantores convidados, Jonnata Doll e Marcia Castro a rodeá-lo, com a banda postada na retaguarda. Show  50 Anos Cantando Raul - Sesc Belenzinho-SP - 14/10/2022. Click, acervo e cortesia: Carlos Eduardo Sabbag Pereira

Chegamos no horário combinado para o soundcheck, mas ali no ambiente do show houve um impasse básico e que não nos dizia respeito. Ocorreu que a produção do espetáculo (que havia contratado o Edy e vendera o projeto ao Sesc), contratara o serviço de um técnico para operar o P.A. do show, e esse profissional quando chegou ao local, constatou que a mesa de som que havia ali disponível não foi a mesma que estava prevista para ser usada mediante o "rider técnico" enviado previamente dentro da burocracia toda que envolve uma produção de show musical. 

Resultado: o técnico do equipamento terceirizado só poderia operar em seu lugar se houvesse um acordo de adequação financeira para tal serviço e assim, duas horas foram gastas com telefonemas sendo feitos para a empresa, dona do equipamento, quando até que enfim saiu a autorização e assim, o técnico da empresa ficou de operar ao lado do técnico contratado a parte.   

Carlinhos Machado através da sua selfie, registrou o momento imediatamente anterior ao início do trabalho de soundcheck. Show 50 Anos Cantando Raul. Sesc Belenzinho-SP - 14/10/2022. Click (selfie), acervo e cortesia: Carlinhos Machado

Em suma, tal impasse apenas serviu para reduzir dramaticamente o tempo para se fazer um soundcheck mais categorizado, porém, apesar dessa limitação, nós conseguimos chegar a um resultado bem razoável no palco e pasmem, com a possibilidade de "passar" algumas músicas que não foram ensaiadas no dia anterior. 

Um breve vídeo a ilustrar o momento do soundcheck, com o Carlinhos Machado a "passar" o som da bateria e todos os demais músicos, eu Luiz Domingues incluso, no aguardo para cumprir o mesmo ritual inicial de equalização do som. Show 50 Anos Cantando Raul - Sesc Belenzinho-SP - 14/10/2022 - Filmagem, acervo e cortesia: Kim Kehl

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=5BteAT1eDMI

Chegada a hora, quando fomos ao palco para a realização do show, iniciamos com um pequena tema instrumental criado pelo Kim Kehl a fazer alusões a algumas canções do Raul, e após uma vinheta a conter a voz do próprio Raul a falar sobre o Edy (cujo teor os fãs dele sabem de cor e salteado, por ser um depoimento famoso que ele prestara nos anos setenta), nós fizemos a execução do álbum d'Os Kavernistas em sua íntegra. 

A banda em ação com os cantores convidados e Edy Star no protagonismo. Show 50 Anos Cantando Raul (Edy Star & Convidados) - Sesc Belenzinho - 14/10/2022. Clicks, acervo e cortesia: Lara Pap

Nessa segunda parte, além de algumas músicas do Raul mais óbvias, tocamos uma peça como, "Sapato 36", que não pode ser considerada exatamente como uma canção muito famosa no repertório mais usual desse artista, além do samba, "Teco Teco" (Pereira da Costa/Milton Vilela), e a bela canção clássica do Sérgio Sampaio, "Quero Botar meu Bloco na Rua", com cada canção defendida pelo Edy e os cantores convidados.

O show foi cumprido com muita leveza e recebido com um entusiasmo enorme da parte do bom público que compareceu ao enorme salão da dita "comedoria" do Sesc Belenzinho. Quando encerramos o espetáculo com a clássica canção-manifesto, "Sociedade Alternativa", percebemos que o dever foi mais do que cumprido, mas sobretudo exercido com felicidade e prazer por termos feito uma grande celebração desse artista e de quem gravitou em órbita, caso do Edy Star.

Dois flagrantes de parte da banda em ação. Show 50 Anos Cantando Raul (Edy Star & Convidados) - Sesc Belenzinho-SP - 14/10/2022. Clicks, acervo e cortesia: Wilton Rentero

Bem, não foi a primeira vez em que eu estive a acompanhar o Edy Star. Algumas apresentações foram feitas nessa mesma dinâmica, ou seja, como um trabalho avulso e outras foram computadas como uma atividade d'Os Kurandeiros pelo fato da nossa banda ter sido coprotagonista declarada do espetáculo. E posso afirmar que apesar deste show ter sido enorme em sua constituição, pelo repertório avantajado sob o ponto de vista numérico, foi um dos melhores pela performance em si e também pelo astral e interação com a plateia.

"Eu Fiz Pior" (Lula Côrtes), na interpretação de Jonnata Doll. Show  50 Anos Cantando Raul (Edy Star & Convidados) - Sesc Belenzinho-SP - 14/10/2022 - Filmagem, acervo e cortesia: Wilton Rentero

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=8b8PR5TRziU

"Eu Quero Botar meu Bloco na Rua" (Sérgio Sampaio) - Show 50 Anos Cantando Raul (Edy Star & Convidados) - Sesc Belenzinho-SP - 14/10/2022 - Filmagem, acervo e cortesia: Wilton Rentero

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=WCij_Ws3G0M

"Intro" + Êta Vida (Raul Seixas) - Show 50 Anos Cantando Raul (Edy Star & Convidados) - Sesc Belenzinho-SP - 14/10/2022 - Filmagem, acervo e cortesia: Wilton Rentero

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=zV_-0lZf2p0

"Sociedade Alternativa" (Raul Seixas) - Show 50 Anos Cantando Raul (Edy Star & Convidados) - Sesc Belenzinho-SP - 14/10/2022 - Autoria desconhecida  - Acervo: Kim Kehl 

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=_wNnCbOkcCQ

Edy Star em destaque. Show 50 Anos Cantando Raul (Edy Star & Convidados) - Sesc Belenzinho-SP - 14/10/2022. Click, acervo e cortesia: Carlos Eduardo Sabbag Pereira

Houve a presença maciça de muitos fãs do Raul Seixas no ambiente e claro que estes responderam com muito entusiasmo ao repertório todo apresentado.

Foi dessa forma que apesar de demorar para acontecer de fato, vide o cancelamento da data original por conta da pandemia da Covid, que o apontamento se cumpriu e com galhardia.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Autobiografia na Música - Magnólia Blues Band - Capítulo 3 - Por Luiz Domingues


No dia 22 de janeiro de 2014, recebemos Carlinhos "Jimi" Jr., um velho amigo nosso. Eu e Carlinhos Machado o conhecíamos há muito tempo, por vias diferentes. 

Em meu caso, eu o conhecera em 2001, através do Rolando Castello Junior, baterista da Patrulha do Espaço, que por sua vez  fora apresentado-lhe pelos irmãos Brandini, músicos e envolvidos com automobilismo, sendo donos de uma bela e sofisticada oficina mecânica, que além dos serviços normais em carros de passeio, prepara carros para competições (Márcio Brandini pilota e lidera a Scuderia Brandini em provas de "arrancada" no circuito oficial da categoria). Carlinhos  "Jimi" Jr. era (é) amigo pessoal dos Brandini e tornou-se nosso amigo, também.

Aliás, desde então, Márcio Brandini é meu mecânico de confiança, e já salvou-me inúmeras vezes com panes esporádicas de meu carro. E vale ressaltar que ele atende muitos músicos amigos, muitos mesmo, e a sua oficina localizada no bairro do Cambuci, é sem dúvida a oficina mecânica mais Rock'n Roll de São Paulo, comandada por ele e seu irmão, Ricardo "Magrão" Brandini, que cuida da parte financeira do negócio.
Só mais um adendo, os Brandini restauram carros vintage, e realizam um trabalho fantástico dentro desse nicho de colecionadores de carros antigos. Enfim, o Carlinhos apareceu na vida da Patrulha do Espaço, sob tais circunstâncias. 

Guitarrista da pesada, ganhou a alcunha de "Jimi", por sua brutal influência de Jimi Hendrix, e de fato, ele executa Hendrix com muita desenvoltura, e mesmo ao tocar vários estilos e tendo feito parte de bandas (incluso a "Trupi", banda de apoio de Gerson Conrad - Ex-Secos & Molhados"), montara uma banda Tributo, chamada : "Stone Free", com a qual apresenta-se regularmente, para tocar o repertório de Jimi Hendrix. 

Ele é também um técnico de informática muito competente e já salvou-me várias vezes por defeitos apresentados em meu computador, e sei que já ofereceu suporte para vários amigos meus. Pelo lado do Carlinhos Machado, havia também uma proximidade muito grande, por conta dele ter tocado na "Trupi", banda onde Carlinhos tocava, também, ao acompanhar Gerson Conrad. Portanto, quem menos o conhecia ali, foi o Kim Kehl, e o próprio dono do Magnólia e tecladista, Alexandre Rioli. 

Fiquei muito contente por saber que ele seria o novo convidado, pois além da amizade, sabia que seria uma noitada quente, com Jimi Hendrix a rondar-nos, ao estabelecer com que os Blues soassem mais ácidos. 

E não deu outra, foi uma noitada prazerosa ao extremo, quando  divertimo-nos ao tocar o set list básico da MBB, mas para acrescentar vários temas especiais para a noite e claro, Hendrix para tornar a noitada mais Rock do que Blues, pela pegada. Uma versão de "Rock'n in the Free World", do Crazy Horse, deve ter batido todos os recordes de longevidade, mesmo ao considerar-se que essa banda histórica e liderada por Neil Young, tinha / tem por característica a execução de músicas muito além de sua duração normal. Acho que ficamos por quase trinta minutos a executá-la, sob um revezamento de solos entre Carlinhos e Kim, além do Alexandre aos teclados. 

Em suma, foi muito divertida a noitada, mesmo que observada sob  baixa frequência de público, infelizmente. 

O próximo convidado seria Ivan Marcio, este um desconhecido para todos, pessoalmente a destacar, entretanto, bastante famoso na cena do Blues brasileiro, como cantor; gaitista e guitarrista.

Continua...