segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Autobiografia na Música - Patrulha do Espaço - Capítulo 110 - Por Luiz Domingues


Enquanto o nosso ônibus passava por tais modificações de funilaria e pintura, nós cumprimos um novo compromisso, alguns dias depois do show que fizéramos em Campinas-SP, conforme eu já descrevi anteriormente.

Desta feita, nem que o veículo estivesse à nossa disposição, creio que valeria a pena usá-lo, pois se tratou de um compromisso em uma casa noturna, na movimentada Rua 13 de maio no bairro do Bexiga, em São Paulo, e convenhamos, para estacionar um ônibus nessa via em pleno dia útil, seria uma proeza, com direito a uma carga de aborrecimento, absolutamente desnecessária. 

Dessa forma, nós fomos com os nossos carros particulares mesmo, a despeito de termos sempre um backline bem grande, e que demandava trabalho para transportar.

Enfim, o compromisso ocorreu no Café Aurora, no dia 13 de setembro de 2001 e portanto, em uma quinta-feira, dois dias após o atentado terrorista contra as Torres gêmeas do World Trade Center de Nova York. Lembro-me inclusive que o Junior chegou a proferir algumas considerações sobre o atentado, e assim arrancar alguns gritos da plateia, com tal manifestação.
O surpreendente baterista do Quarto Elétrico, Ivan Scartezini

A banda de abertura foi o "Quarto Elétrico", grupo que apreciávamos muito pela identidade contracultural grande da qual comungávamos, além é claro, da qualidade artística que eles possuíam, e para nós foi um prazer ter uma banda desse quilate para abrilhantar a noite.

Mundo pequeno e sempre surpreendente, pois apenas cinco anos depois, sob uma reviravolta da vida, eu e Rodrigo Hid estaríamos fora da Patrulha do Espaço e a tocarmos em uma nova banda, a qual, o baterista do Quarto Elétrico, Ivan Scartezini, seria o nosso baterista. Enfim, assunto para um outro capítulo da minha autobiografia (Pedra), pode consultar ali, amigo leitor.

Nesse show do Café Aurora, cerca de oitenta pessoas estiveram presentes e entre elas, houve a presença ilustre do grande produtor musical, Antonio Celso Barbieri, que há anos estava radicado em Londres. 
Foto de Antonio Celso Barbieri, de 2015, quando esteve em São Paulo a promover o lançamento de seu livro: "O Livro Negro do Rock"

Barbieri fora produtor de inúmeros shows de Rock nos anos oitenta e produzira muitos para a Patrulha do Espaço e também para A Chave do Sol, a minha banda naquela década, e tais histórias estão contadas devidamente nos capítulos d'A Chave do Sol, também.

Dois dias depois, tivemos um novo compromisso em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

Continua...

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