Se cada um de nós é único e inigualável, certo também
que tudo, por nós feito, carrega aí nossa inigualável marca. E... num
entre querer parecer àqueles que admiramos
e querer ser único transitamos vida afora !
Num amplo sentido, quando pensamos que não temos
criatividade, vale um repensar, até porque nem tudo que fazemos tem,
assim, alguma expressividade, que, de pronto,
mereça reconhecimento ?!...
Vale também lembrar que não é a toda e qualquer hora
que esbarramos num Beethoven ou Einstein circulando por aí ?!... Neles ou
outros, conhecidos por seu feito criativo,
inovador, influenciaram e revolucionaram uma forma de pensar, um
conjunto de ideias, determinando uma quebra de paradigmas e trazendo um
outro e diferente olhar que muito mudaram ao mundo e pessoas.
Mas...porém, todavia, contudo...?!... seria
criatividade somente isso aí descrito, de fato? Pensamos que não !
Melhor, aí, talvez seja seu apogeu !!!
Quantas e pequenas saídas são exercidas em nosso
cotidiano que não poderiam/deveriam ser esquecidas e minimizadas.
Talvez, não afetem a muitos, mas, seguro que,
no seu âmbito de atuação, tem lá seu reflexo e interferência. Pensamos
que é a partir delas devêssemos começar o exercitar...Primeiro atentando
para seu poder de minimizar dificuldades e favorecer fluxo no
funcionar, seja isso num sentido prático ou estético.
Afinal, não é para isso mesmo que está aí a criatividade...?!... Dai
que, também, entendemos, para seu florescimento deva vir acompanhada de
paciente humildade, andando junto com respeito ao outro, assim como,
temos certo que não é para aparecer para os outros
(tão em moda hoje, nessa avalanche de selfies e auto
glamorização...?!...) trazendo alguma forma de ostentar possíveis e
imagináveis ‘dons’, privilégios, arrogâncias e, mais que isso, domínio
sobre os demais... Poder, ainda é algo nos dias atuais, que
parece deva ser usado sobre os outros e não sobre si
mesmo ?!...?!...Quanto ainda é discurso e não vivencia o fato que somos
UM, portanto, em processo de conscientização que herdeiros também, em
marcha, para toda e qualquer posse de magia e beleza únicos e
por manifestar !
Esse exercício criativo, pensamos, deva começar do
pequeno, do dia a dia, daquele perseverar e constância em que o
observador e a valorização são adestrados internamente,
em meio a erros e acertos (erros sim, pois demoramos até acertar... e,
não havendo paciência e humildade, não chegaremos lá !), que vão
construindo a confiança em si, tão necessários para o exercício da
inovação.
Testamos, então, nas ‘habilidades diárias’, do
corriqueiro onde devemos acertar, por responsabilidade no mínimo do bem
cumprir por consciência, onde vamos acessando
no passo a passo, atravessando barreiras entre o dever de acertar e a
vontade de inovar por outros caminhos, arrebanhando coragens criteriosas
no se alavancar para incomuns patamares... Num esforço com projeto de
ir além de si, transpondo medo e acreditando-se
capaz, num verdadeiro parto de si e por si !
Mas... caso isso não venha carregado desse ir além de
si, e a perspectiva seja em primeiro a admiração do outro, quem quer que
seja esse outro, traímos a criatividade
e nos tornamos escravos da aceitação também desse outro para quem
criamos, inovamos e... aí, uma sequência de submissão nos aguarda !
Perdemos a tão importante liberdade, necessária para fazer a diferença
com a naturalidade que a cada um de nós pertence !
Podemos
ter aí aquele chamado sucesso que alimenta não a si...a mercê do que os
outros querem de nós, para nutrir as suas expectativas.
Somente fiéis aos impulsos internos que nos movem para
sermos nós mesmos, aprendendo a dar luz nessa dimensão de onde
funcionaremos, sendo, assim, únicos, vamos
encontrando, abarcando e abraçando novas seguranças em ser quem somos,
expressando como vemos e fazemos, assumindo o protagonismo da própria
história (Dharma) e, quem sabe...?!... então, ai sim, por uma autêntica e
natural vivência, conquistando a identidade,
uma nova forma de espontaneidade titubeante, onde iniciamos a escrever a
assinatura no processo cósmico, estimulando a partir dessa
autossatisfação, outros também para alcançarem a sua intransferível
contribuição.
Um lugar na infinita orquestra universal passamos a integrar, conscientemente, com nossa nota, cor, vibração, verdade, encanto...e, que cada um, assim seja e é, mesmo e antes de acessá-la !!!
Nosso lugar na arquibancada da Vida ! Jaya !!!
Nesta crônica, nos fala sobre a potencialidade da criatividade que cada um de nós tem dentro de si, e como tal identidade pode exercer um poder único, ainda que estejamos todos interligados.
Muito bom texto Telma, hoje a mesmice impera e quando de se faz algo diferente geralmente se quer e se espera platéia. O fazer algo realmente criativo, novo, precisa antes de mais nada ser genuinamente autêntico e não aos moldes do que já se tem por aí. Parabéns pelo trabalho incansável de uma Guerreira da Luz !!! abçs
ResponderExcluirGratidão por seu comentário e...como vc aí diz também, quando algo novo surge, a expectativa da platéia é muito do que move.
ResponderExcluirNum primeiro momento, num teste consigo e a busca de alguma aprovação até pode passar, mas...se assim vira comportamento, certo que não mais criativos e nem originais seremos!
Gratidão também por ver no trabalho nosso essa perseverança e alguém que busca, tenta um norte alinhada na Luz! Na mas tê!!!
Telma querida, sempre escrevendo com maestria e discernimento, colocando cada coisa em seu devido lugar.
ResponderExcluirA proposta desse texto é recheada de desafios, pedindo passagem até ao âmago de cada um de nós.
Grande beijo e parabéns pelo texto magnífico!
Sim...desafios e desafios a nos convidar, impressionar! Quanta coragem para começar a ousar a usar essa tal assinatura!
ResponderExcluirBeijo em vc também é gratidão por ler e comentar!