A sensação
corpórea do calor quando ainda não o entendemos, é um dos incômodos mais
desagradáveis para se lidar, nessa tenra fase da vida. Isso porque no do frio, no
caminho inverso, reveste-se de um outro tipo de situação e solução, senão
vejamos: quando está frio no ambiente, logo sentimos o aconchego de algo que
surge e pesa sobre o nosso corpo.
Não sabemos o que é, mas o contato do tecido,
seja a roupa que usamos em si ou um cobertor, lençol, manta, edredom ou
qualquer similar, resolve a questão em poucos segundos e a seguir, torna-se
algo tão gratificante, que logo associamos ao prazer, pois sim, é um prazer
manter a calor normal do corpo humano, quando a temperatura ambiente é muito
mais baixa e essa é uma das primeiras lições acerca da vida e da realidade do
mundo material.
Contudo, o contrário é bem diferente. Aquela angustiante sensação do bafo, gerado pela ausência completa de uma brisa que amenize um ambiente quente, não é resolvida com a simples retirada das vestimentas e dos complementos que usamos no berço.
Contudo, o contrário é bem diferente. Aquela angustiante sensação do bafo, gerado pela ausência completa de uma brisa que amenize um ambiente quente, não é resolvida com a simples retirada das vestimentas e dos complementos que usamos no berço.
A não ser que o ambiente seja climatizado ou no mínimo, ventilado, a questão do
calor é muito mais difícil para ser suportada nessa idade. E existem as
agravantes, pois de fato, não é à toa que os médicos pediatras alertam tanto os
pais, para tomar o devido cuidado para não deixar de hidratar os seus filhos
pequenos, visto que a desidratação nessa idade é muito rápida (nos idosos
também ocorre isso), portanto, a sensação da sede que resseca a boca e a
garganta, é muito desagradável e igualmente o suor que mostra-se grudento e mal cheiroso.
Isso sem contar com a respiração que se torna ofegante e muitas vezes
a provocar a taquicardia pelo esforço redobrado do coração, para proporcionar
que o pulmão compense o seu déficit.
A ideia de se usar meias e/ou sapatinhos, é
evidentemente rejeitada e para o pequeno humano que ali sofre e nada entende,
logo associado a algo muito inconveniente e arrisco dizer, tal dedução é
perpetuada para o resto da vida a se tornar um hábito evitar tais acessórios no
verão, sempre que possível, assim que ganhamos consciência.
Claro que não é uma regra absoluta, cada pessoa
formula uma opinião pessoal ao longo da vida e certamente que há um grande
contingente da população que simplesmente adora o calor, notadamente pessoas
nascidas e criadas em países quentes, caso do Brasil, mas ali, na fase onde
nada entendemos e vivemos os primeiros dias e semanas circunscritos ao berço, a
sensação do calor não é agradável, pois entre outros infortúnios, é de certa
forma uma experiência claustrofóbica, quando sentimo-nos presos em tecidos dos
quais não conseguimos nos desvencilharmos sozinhos, que esquentam e
incomodam sob tais circunstâncias.
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