sábado, 8 de janeiro de 2022

Digerir, Assimilar... - Por Telma Jábali Barretto

A Vida em sua natural sabedoria, tem uma série de mecanismos. Alguns já automáticos em nós, mas, como tudo Nela, quanto mais entendermos seu funcionar, além de aprendermos mais com sua magistral didática valem atenção, reflexão e... mais e mais aprender!

Essa função aí do próprio funcionar do organismo, quando clareada pode abrir um leque de entendimentos, não só e especificamente de nosso corpo físico e aí, novamente, como em tantas outras e muitas áreas nossas, ‘miles’ a aprendermos e apreendermos. Melhor então, digerir, absorver, tirando mais dessa nossa sagrada moradia passageira que, de igual e similar maneira, repercute nas muitas mais e outras mais sutis ainda, impregnados que somos da Sua Magia do denso ao surreal pelos quais somos permeados, quer percebamos, sintamos ou mesmo e até aceitemos?!... 

Por isso entender, decodificar e fluir, com consciência, nos mecanismos orquestrados de suas predisposições natas gera tantos e significativos ganhos e... mais substancialmente nos aspectos mais subjetivos de nosso existir. Se digestão, como dizem os da área, começa na própria boca onde dentes, saliva e o como mastigamos propícia já no órgão que segue com sua função outras e tantas mais reações químicas criando condições da sequente absorção que só vai terminar onde, aquilo absorvido usará tais combustíveis para a sadia alimentação e nutrição das demais demandas organizacionais dessa nossa incrível vida no corpo... como não subjetivar e... admirar e... valorizar que, de igual maneira, deva ser nos demais corpos sutis dos quais nos servimos nesse contexto complexo, exuberante da condição mesmo que humana em sua mágica transcendentalidade. 

Então, há que ter dentes e mastigação para digerir uma ideia diferente ou novo aprendizado, há que ter uma sequente assimilação produzida pelos ácidos e misturas na absorção e, por consequência, um momento e espaço para que tais conteúdos sejam devidamente direcionados onde produzirão os ganhos, satisfação esperada com aquilo ingerido. Dizemos, aqui, num panorama mental e... imaginamos, assim sendo, em patamares superiores já além mente, no existir intuitivo devam, se iguais, obedecendo a lógica da própria Vida em sabedoria incontestável. 

Quando, no físico, traímos qualquer etapa, conscientes ou não da inteligência natural do processo, a dor faz seu convite inevitável despertando para as transgressões cometidas e a busca pelo sanar acontece. No desdobrar do mesmo raciocínio nessas sutilezas que, aqui convidamos à reflexão, pensamos ser similar a não observação das tais conquistas almejadas quando etapas não tenham sido respeitadas e ... desconfortos daí advirão com os já conhecidos sofrimentos pela não observância daquilo que deveria levar a somatória de alcances maiores e... não obtivermos, obteremos resultados esperados. 

Vivemos, atualmente, em meio a extremos fáceis de perceber e detectando uma espécie de congestão, mal-estar, marcando excesso/falta de alimentação devida ou mal digerida geradora do desconforto pela falta de pura e simplesmente desconhecimento?!... desrespeito?! ... ausência de escuta ao natural dos próprios fluxos em sua sequência na assimilação e fixação de novos acessos, desvendar do ir adiante infinito da Vida em suas provocações continuadas a mais e melhores habilidades a serem trazidas à superfície... que, como crianças, muitas vezes birrentas, insistimos em funcionar. 

Assim caminha, caminhamos nessa humanidade por atropelos, falta de paciência, paz ciência (com tantos especialistas para tudo?!...?!...), por ignorância em meio tanta informação e tão pouca empatia não com outros (a isso somos ‘cobrados’ ininterruptamente...) mas, a algo tão básico, tão próximo, debaixo do próprio nariz que seria quanto ao próprio pulsar dessa existência individual permeada, aprendendo a ouvir-nos, sentir-nos, entender-nos e, descobrir-nos nesse mundão dentro e fora de nós ininterruptamente. 

Por vezes embatumamos, superficializamos, atropelamos, congestionamos pela quantidade absurda ingerida sem ao menos mastigarmos, transpondo etapas necessárias ao próprio digerir e... ainda que sobrando dados, acúmulo de entradas numa fila infinita de mais do mesmo ou até muitas novidades sem que filtros e processos naturais das químicas da absorção e assimilação tenham sido respeitados, obedecidos e... como qualquer mecanismo natural, dores e desconfortos advindo, contatados para que o despertar, o sanar, finalmente aconteçam... e que venham aliviar, acalmar recuperando o equilíbrio ou... aceitarmos o conviver remediando?!... 

Seguimos em curso... passinho a passinho e, novamente, abrimos outra janela, porta ou clarão recomeçando para que, chances, oportunidades, sejam mais uma vez degustadas, experimentadas e que, preferencialmente, mastigados o suficiente para que sejam saboreadas com prazer os tais ganhos agora e sim! digeridas, valorizadas, conquistados!!! E que a Sagrada Sabedoria da Natureza da Vida seja nosso leme e norte. Reverenciemos !!!

 

Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também, uma experiente astróloga, consultora para a harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário