Foi com tristeza, que lendo a revista Veja, fiquei sabendo da morte de Livio Benvenutti Jr, o Nenê, baixista dos Incríveis, no dia 30/01/2013, aos 65 anos, devido a um câncer no pulmão.
Agora ele irá encontrar-se com seus companheiros dos Incríveis, Mingo e Manito.
A tristeza que eu sinto, é porque conheci os Incríveis aos 6 anos de idade, e desde então passei a assistir ao programa versátil que eles faziam no canal 9, TV Excelsior.
Programa em que além de tocarem, participavam como atores em sketches. Lembro de vê-los tocando no palco de um cinema pela tv, e do filme deles, bem como, a excursão pelo Japão.
Nenê que começou tocando bateria na banda "The Rebels" em 1959, aos 12 anos, passou para o baixo devido a um outro baterista, ter chegado à banda.
Influenciado pelo baixista do Cream (Jack Bruce), embora não assumisse, fez no Brasil a transição do chamado baixo-bumbo para o baixo solo.
Citava como influências, Stanley Clarke e Jaco Pastorious.
No início, os Incríveis chamavam-se "The Clevers", com Neno no baixo em 1962.
Nenê entrou para os Incríveis em 1966, participando da fase áurea do grupo, em que se consagraram com seus dois maiores
hits : "Era um garoto que amava os Beatles e os Rolling Stones" e a instrumental, "O Milionário".
Além dos Incríveis, Nenê tocou com Raul Seixas, Elis Regina, Cesar Camargo Mariano, Roberto Carlos, e finalmente em 2005, no "The Originals", fusão dos "The Fevers" com "Renato e seus Blue Caps", mais o já falecido Ed Wilson.
Em 2009, lançou o livro "Os Incríveis anos 60 e 70 - eu estava lá".
Nenê era irmão do falecido ator do clássico de Walter Hugo Khouri ,"Noite Vazia", Mário Benvenutti.
Nenê deixou dois filhos.
Julio Revoredo é colunista fixo do Blog Luiz Domingues 2. Poeta e letrista de diversas canções que compusemos em parceria, em três bandas pelas quais eu atuei: A Chave do Sol, Sidharta e Patrulha do Espaço. Neste artigo, ele expressou a sua tristeza pela perda de um grande músico brasileiro, o "Nenê dos Incríveis", no qual me solidarizo, pois também o admirava.
Só faltou a citação que Nenê era baixista dos Beatniks(estes que fizeram a 1ª versão de "Era uma garoto...",a qual ele carregou e foi mudada acho que no arranjo e também na versão pelos Incriveis),Junto com o Bogô,fizeram a primeira gravação de Hendrix em terras tupiniquins com Fire.Todos os musicos que conheço e até mesmo meu tio Paterno e meu pai que conheceram ele pessoalmente só tecem elogios ao Herói das quatro cordas.Parabéns pelo texto e pela Homenagem!!!!
ResponderExcluirMuito obrigado pela leitura e comentário com adendo, que aliás, muito enriqueceu a matéria do meu colunista, o poeta Julio Revoredo.
ResponderExcluirRealmente histórica essa gravação de "Fire", com o Nenê, no baixo.
Uma pena ele ter nos deixado tão prematuramente.
Abraço !!