sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Autobiografia na Música - Trabalhos Avulsos (Leandro) - Capítulo 26 - Por Luiz Domingues

A capa do disco foi muito criticada por todos. Tratava-se de uma foto do Leandro, clicada em um parque público (Horto Florestal, na zona norte de São Paulo), sentado à beira de um lago, encostado sob uma árvore. Trajado com um visual bem convencional, pareceu-se com capa de artista brega.
O repertório era interessante, mas não parecia haver uma mola mestra a definir uma direção. Havia canções; sambas; sambão "joia"; samba de breque, e ritmos nordestinos. Talvez na concepção dele, a intenção fosse demonstrar ecletismo, mas sem orientação artística alguma, mais parecia uma coletânea com vários artistas muito diferentes entre si, cada faixa com um estilo, e um time de músicos diferentes. Infelizmente, o Leandro não conseguiu nada com esse disco, conforme fiquei a saber pelo Lizoel Costa.
O disco não vendeu nada, não tocou em rádio alguma, e ele mal conseguiu fazer uma sequência mínima de shows. Uma pena, pois era gente um rapaz bem intencionado e tinha o sonho. E pessoas que tem o sonho, e buscam-no, sempre tem a minha admiração. Ele tinha (tem ainda, assim espero), uma irmã que era cantora, também. Chamava-se, Tereza Cida, e chegou a gravar um compacto simples, ainda no início dos anos 1980, e a sua orientação artística era pelo Blues. Era fã de Janis Joplin, e dos artistas clássicos desse estilo. Nunca mais o vi, ou tive notícias do Leandro. Espero que esteja bem.
Continua...

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