Na primeira
aula de um curso bem básico de iniciação musical infantil, um conceito um tanto
quanto abstrato define o que é o assunto ali abordado e ensinado: “Música é a
combinação agradável de sons, a unir os elementos da melodia, harmonia & ritmo”.
É o começo
portanto do entendimento do que realmente faz com que apreciemos a tal combinação dos
pilares citados no aforismo clássico da teoria musical, mas a percepção de que os
sons chamavam a nossa atenção, veio lá de trás, desde o começo de vida, quando
ainda fomos recém-nascidos, mediante os sons percebidos ao redor e que foram um importante meio para começar a interagir com o mundo.
Tirante as
vozes humanas e os ruídos provocados pelos objetos em geral que nos cercam no
berço, a primeira e agradável percepção musical concreta com a qual lidamos, é
o cantarolar do humano que lida diretamente conosco, e neste caso, a fim de
auxiliar-nos nas nossas necessidades básicas e geralmente é a mamãe.
Percebemos
então que aquela forma de comunicação é diferente dos demais ruídos emitidos
pelos humanos adultos, a revelar-se como algo mais agradável, doce, a transmitir uma
ternura que obviamente não conseguimos entender adequadamente, mas causa-nos a
sensação de tranquilidade e consequente
paz para nos mantermos calmos no berço.
À medida que
crescemos mais um pouco e a nossa percepção sofistica-se a cada dia,
notamos que não são apenas os cânticos vocais diretos, mas que a tal “agradável
combinação de sons” soa pela casa. Música ecoa pelo ambiente caseiro e mesmo
sem entender como e porque elas surgem e cessam aparentemente a esmo, o importante é que a nossa
percepção aguça-se com tal fenômeno e assim, está feita a conexão do pequeno
humano em desenvolvimento com a música e salvo raras exceções e tirante as
pessoas com deficiências auditivas, essa conexão do bebê com a tal da “música”
firma-se para todo o sempre.
Claro, nem
toda canção agrada e levemos em consideração que no caso do volume excessivo, mesmo
quando da execução de uma música que apreciamos, tal fator pode incomodar e convenhamos,
bebês geralmente irritam-se com a sensação de zoeira no ambiente, muito
provavelmente por uma questão de medo,
a interpretar o barulho em excesso como tensão e consequentemente isso deve
gerar medo.
No cômputo geral, claro que música é um
recurso educacional muito salutar e tirante todas as implicações motoras que os
sons exercem no desenvolvimento, há também o aspecto energético com a profusão
de notas musicais que geram vibrações positivas e também o início do processo
de educação e estímulo cultural inerente, a usar-se o
recurso da memória afetiva que forja-se e a depender do caso, tais primeiras
melodias ouvidas e decoradas pelo bebê, tornam-se elementos afetivos que podem
acompanhar a vida de uma pessoa, até a velhice e morte.
Portanto, a contrariar
o aforismo da teoria musical, música é muito mais que a agradável combinação de
melodia, harmonia & ritmo.
A música sempre presente em nossas vidas, desde o berço...a vida sem a música seria um pouco sem graça, me lembro de quando era criança, dormia com o radio de pilhas em baixo do travesseiro RS...bela matéria.
ResponderExcluirExatamente, amigo Kim !
ExcluirA música entre na nossa vida desde o berço, com contundência, e até na vida ultra interina, certamente. Rádio de pilhas debaixo do travesseiro também, passei por isso, a ouvir a Rádio Excelsior de São Paulo, a dita "Máquina do Som", nos anos 1960 e 1970...
Grato pela leitura e elogio !
Abraço !
Eu ouvia muito a rádio Mundial " Big boy" em ritmos de boate haha..bons tempos musicais 😊👍🎶🎵🎸
ResponderExcluirTremenda referência... ouvir o Big Boy "Hello Crazy People" nessa fase é algo que as crianças da atualidade não podem desfrutar... só coisas boas para ouvir-se.
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