quarta-feira, 2 de junho de 2021

Autobiografia na Música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 147 - Por Luiz Domingues

Uma semana depois da nossa participação na versão reduzida da Feira da Vila Pompeia de 2021, estivemos escalados para mais uma participação em uma Feira de rua, desta feita denominada como: "Festival Muído". 

A ideia foi novamente se usar as ruas do bairro da Vila Pompeia, desta feita no cruzamento entre as Ruas Padre Chico e Raul Pompeia, certamente com a redução de expositores e Food Trucks e na presença de apenas um palco, para tentar se cumprir de forma precária que fosse, a ideia do protocolo sanitário em decorrência da pandemia mundial em pleno curso.

Atrás do palco, da esquerda para a direita: Carlinhos Machado, eu (Luiz Domingues), Nelson Ferraresso, Phill Rendeiro e Kim Kehl. Kim Kehl & Os Kurandeiros no "Festival Muído" de São Paulo, em 23 de maio de 2021. Click (selfie), acervo e cortesia: Kim Kehl   

Inadequado na minha ótica, exatamente como eu houvera comentado sobre a outra feira pela qual participamos na semana anterior, certamente, é claro que não mudei repentinamente de opinião, no entanto, eu devo admitir que é óbvio que também sentia saudade do contato com os amigos da banda e outros que ali revi. 

Também nutria saudade da atuação com a banda, dos aplausos e carinho do público, enfim, é óbvio que também ansiava pelo restabelecimento da vida social e cultural plena, entretanto, a pandemia estava ainda sob um grau de altíssima periculosidade e diametralmente oposta ao processo de vacinação completamente caótico que transcorria a passo de tartaruga sob efeito de soníferos e assim, não foi a hora correta para se promoverem quaisquer formas de aglomerações, logicamente.

Portanto, dividido entre a consciência sobre a situação sanitária e a vontade de atuar com a banda, eu fui, em respeito à banda, certamente e como profilaxia mínima, fiz o que pude para me manter ao máximo possível isolado de uma aglomeração mais incisiva, usei duas máscaras e estive preparado com máscaras reservas à disposição para a troca periódica, além de que a cada cumprimento de um amigo que ali encontrei, mesmo que fosse com o toque leve de punhos para demarcar um sinal de higiene e respeito mútuo, tratei por lavar as minhas mãos sempre com álcool em gel.

A Feira do Festival Muído de fato esteve reduzida, no entanto, na minha avaliação se apresentou maior que a Feira da Pompeia, realizada sete dias antes, portanto, apesar de estar alegre e visivelmente tal bom astral fora motivado pela euforia das pessoas em deixarem o isolamento social por conta da pandemia, mesmo assim, a imprudência da parte das pessoas para afrouxarem as medidas de segurança, me desapontou.

Independente de tal questão de saúde pública, o nosso show foi muito bom, apesar da precariedade toda do equipamento ali presente no improvisado palco (na verdade, se tratou de uma reles barraca montada no chão, no meio da rua, pois tocamos em cima da faixa de pedestres), ao se ouvir o áudio do vídeo disponibilizado dias depois, se verifica que a performance foi boa.

Então foi assim, tocamos no Festival Muído, no cruzamento das Ruas Padre Chico e Raul Pompeia, no bairro da Vila Pompeia, na zona oeste de São Paulo, durante a tarde de 23 de maio de 2021, perante cerca de trezentas pessoas. 

Kim Kehl & Os Kurandeiros no Festival Muído de São Paulo. Dia 23 de maio de 2021. Filmagem: Lara Pap

Eis o Link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=M4JWn-gusfc

Já sabíamos que mais duas feiras estavam marcadas para breve (uma para o bairro da Água Branca e a outra, na Lapa), e com a nossa escalação assegurada. Arriscado, certamente, o correto teria sido ficarmos em casa nesses dias difíceis

Mas o próximo compromisso se deu em outro campo. No domingo posterior, dia 30 de maio, tivemos uma sessão de gravação do nosso novo álbum, no estúdio Prismathias.

Continua...

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