terça-feira, 28 de março de 2023

Autobiografia na Música - Boca do Céu - Capítulo 91 - Por Luiz Domingues

Da esquerda para a direita: eu (Luiz Domingues), Wilton Rentero e Osvaldo Vicino. Ensaio do Boca do Céu na residência do Osvaldo Vicino em São Paulo. 12 de março de 2023. Acervo e cortesia: Wilton Rentero. Still de vídeo

Uma semana após o excelente ensaio promovido na residência do Laert Sarrumor em São Vicente, no litoral de São Paulo, nos reunimos novamente na casa do Osvaldo Vicino em São Paulo, no dia 12 de março de 2023. Desta vez, o objetivo foi colocarmos em prática os adendos propostos para a música, "1969", propostas no ensaio anterior, filmarmos uma versão com essa nova estruturação e colhermos a opinião de todos sobre o resultado obtido na prática.

E assim, firmamos a música com tais novas propostas, fizemos filmagens com o mapa completo e depois colhemos a opinião do Laert que ouviu e gostou, assim como nós três já havíamos aprovado, ou seja, por unanimidade, fechamos essa questão e demos por encerrada essa etapa não apenas para a balada '1969", mas para o projeto todo, ao encerrarmos a fase B. Dali em diante, a nossa tarefa foi decidir pelo fechamento do mapa definitivo das demais e iniciar imediatamente a elaboração do arranjo final de cada uma.

Eu (Luiz Domingues), Wilton Rentero e Osvaldo Vicino (a usar uma bela camisa). Ensaio do Boca do Céu na residência do Osvaldo Vicino em São Paulo. 12 de março de 2023. Acervo e cortesia: Wilton Rentero. Still de vídeo

No entanto, a despeito dessa entrada na parte C do projeto estar decretada, eu tive uma ideia naquela mesma semana que ganhou consistência na minha percepção pessoal e eu comentei com o Wil e Osvaldo nesse ensaio e eles gostaram do que eu propus. Alguns dias depois eu formalizei a ideia para o Laert pela via virtual e ele de imediato também aprovou.

A ideia que eu lancei aos colegas foi a de entrarmos imediatamente em estúdio para gravarmos a música "1969" que havia sido recentemente definida e cujo arranjo definitivo seria elaborado com rapidez pelo que sentimos, e com direito a se pensar em instrumentos adicionais, músicos convidados, pois essas ideias prosperaram de uma forma bem rápida entre nós. De pronto, o Osvaldo sugeriu que gravássemos também a música "Serena" que também estava com o mapa aprovado por todos e com ideia de arranjo definitivo avançado e assim, seria uma oportunidade.

Desse forma, aceleraríamos a entrada da banda no mercado, pois com um ou duas músicas gravadas oficialmente, já teríamos meios para tocar em emissoras de rádio, nem que fossem webradios, pleitear entrevistas em canais de YouTube e quem sabe até matérias em blogs e revistas virtuais, já adentrar plataformas digitais e que tais, ou seja, colocar a banda no meio artístico, verdadeiramente. Além do mais, facilitaria apara a Marcia Oliveira poder trabalhar como empresária, aí sim com algo objetivo em mãos além de um release e mesmo com o argumento de que o Laert e eu, Luiz, temos carreiras longas e respeitabilidade no meio para ser usado como um chamariz inicial para a banda, em suma, com música gravada o patamar subiria.

Eu (Luiz Domingues), Wilton Rentero e Osvaldo Vicino. Ensaio do Boca do Céu na residência do Osvaldo Vicino em São Paulo. 12 de março de 2023. Acervo e cortesia: Wilton Rentero. Still de vídeo

Outro bom argumento para essa ideia prosperar, foi o da aceleração do processo. Com dificuldades inerentes à nossa vontade, demorarmos quase três anos para levantar esses quatorze esqueletos de músicas que mal lembrávamos na prática. Poderia ter sido mais ligeiro, entretanto, porquanto quase a metade desse prazo foi gasto com a pandemia e a não realização de ensaios formais. Bem que tentamos nos reunir virtualmente, mas a falta de recursos tecnológicos melhores de nossa parte fez com que desistíssemos dessa tarefa e assim, só começamos a ensaiar com certa regularidade a partir de junho de 2021.  

Nesses termos, mesmo tendo avançado muito em 2023, eu tive essa ideia para criarmos esse atalho, e dessa forma não esperar termos as quatorze músicas preparadas para gravar. Outra vantagem, seria a óbvia, ou seja, pelo fator econômico. É claro que gravar uma ou duas músicas pesaria no bolso muito menos que gravar quatorze canções.

E por último, sendo realista e sem demérito algum aos companheiros, a questão do Wilton e Osvaldo ter muito menos experiência do que eu e Laert no cômputo geral da música profissional e principalmente em termos de gravação de um disco em estúdio, certamente deveria ser levada em consideração, portanto, a despeito de todo o apoio que daríamos para eles com absoluta certeza, se houvesse uma oportunidade de estar em estúdio de forma mais curta e de imediato, certamente serviria como um aprendizado importante para ambos, ao tomar contato com essa realidade com a qual eles não estavam acostumados e assim melhor prepará-los para enfrentar de novo essa missão de uma forma mais intensa no futuro breve.

Então foi assim que eu lancei a ideia e com todos se empolgando com essa antecipação de gravação oficial, passamos a elaborar tal planificação.

Continua...

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