quarta-feira, 21 de abril de 2021

Autobiografia na Música - A Chave do Sol - Capítulo 418 - Por Luiz Domingues

Em março de 2021, a repercussão em torno do lançamento dos seis Bootlegs, ainda se mostrara com fôlego. Nesse sentido, eu arrolo a seguir, alguns acontecimentos ocorridos nesse mês e também no decorrer de abril, subsequente.

Um fã/amigo, chamado: Rico Mendes, alertou-me sobre a presença de uma página a versar sobre a nossa banda, postada no portal internacional de colecionadores de discos: "Discogs". Segundo ele e eu pude constar ao me inscrever nessa rede e entrar na página apontada, de fato havia uma descrição com falhas sobre a nossa banda a cometer erros crassos de informações, inclusive ao constar uma confusão com o baixista/luthier "Tiguez" como se ele houvesse sido um possível componente d'A Chave do Sol, por conta da similaridade de seu apelido com o mesmo que eu usei naquela época, portanto, na base desse texto eu promovi algumas modificações importantes para coibir tais falhas históricas perpetradas pela má avaliação dos fatos.

No entanto, não consegui registrar os bootlegs para encorpar a discografia da banda, visto que ainda sem os dados que o Luiz Calanca não providenciara para a regularização dos álbuns Bootlegs para constarem em plataformas digitais e como tais dados burocráticos em termos de registros, se mostraram imprescindíveis para a inserção no portal Discogs, tal adequação ficou adiada sine die.

A página sobre A Chave do Sol no portal "Discogs":

https://www.discogs.com/pt_BR/artist/1586568-A-Chave-Do-Sol

Alertado pelo poeta, Julio Revoredo, eu fiquei a saber que um vídeo produzido e dirigido pelo jornalista, André Barcinski, trouxe um mini documentário sobre a vida e obra do DJ/produtor musical: Mister Sam. 

Ora, para quem leu a minha autobiografia e notadamente os capítulos sobre a minha história com A Chave do Sol a envolver os acontecimentos ocorridos entre 1984 e 1986, sabe bem que a nossa banda teve muitas aparições no programa "Realce" da TV Gazeta de São Paulo e no caso, apresentado e coproduzido pelo Mister Sam. Mais do que isso, ele, Mister Sam, manteve uma boa relação com a nossa banda e nos bastidores, chegou a nos apoiar, inclusive com indicações para shows que fizemos em casas noturnas. 

Neste caso em específico, trata-se de uma série de documentários a dar vazão a um projeto chamado: A História Secreta do Pop Brasileiro e neste caso, se trata do episódio: "O Mundo Segundo Mister Sam" e que não nos cita diretamente, pois o foco foi centrado na persona de Mister Sam, entretanto, digno de nota, a nossa banda aparece por alguns segundos no documentário, exatamente em um das nossas apresentações no programa "Realce", aliás, a se tratar da nossa primeira participação, em julho de 1984.

São poucos segundos, mas lá estamos nós presentes no documentário, a interagirmos com o Mister Sam. Nós aparecemos no momento 3.06' do vídeo e é bem rápida a inserção.

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=xPEX1Jvppu0      

Mais diretamente concernente à nossa banda, foi no dia 23 que eu recebi o comunicado do ativista cultural, Will Dissidente, de que ele havia preparado um "promo" com o áudio de uma faixa extraída do CD Bootleg: "Teatro Lira Paulistana 1985". E assim, eis que ele lançou no YouTube a versão de "Anjo Rebelde" ao vivo, e aliás, com direito a um bom improviso perpetrado pela banda na ocasião, a se tratar da última faixa desse álbum, quando a tocamos como um pedido de "bis" da parte da plateia.

"Anjo Rebelde" (Luiz Domingues/Rubens Gióia/Edgard Puccinelli Filho/Miriam Rodrigues) - Ao Vivo no Teatro Lira Paulistana de São Paulo/SP em 31 de janeiro de 1985. Extraída do CD Bootleg "Teatro Lira Paulistana 1985 d'A Chave do Sol, lançado em 2020. Produção do promo: Will Dissidente.

Eis o Link para se assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=kC3B8fM5ruY

Bem, já no dia seguinte, um fã/amigo chamado, Claudio Soares nos disse que havia postado na rede social Instagram, uma resenha sobre A Chave do Sol e neste caso através do portal: "Metal Archives". 

Bem, toda a ajuda é válida e no caso da nossa banda, esse estigma de nós termos pertencido ao espectro do Heavy-Metal na década de oitenta gerou tal percepção generalizada desde então e neste caso, é evidente que isso não corresponde à verdade, mas a opinião gerada anteriormente ficara mesmo muito difícil de ser quebrada. 

Eis abaixo o link para ler tal resenha:

https://www.instagram.com/p/CMI0hApgFz_/?fbclid=IwAR3Nn0aB0axEVC9rxL9iSjHECcE_n-LgRl6I0xO6Hk3srCyVj4X8LSMZd7Y

E no começo de abril, o guitarrista, Kim Kehl d'Os Kurandeiros e grande mentor do projeto dos Bootlegs, lançou uma peça publicitária para apoiar tal lançamento, através do YouTube. A usar trechos de algumas faixas contidas nos discos e mediante as belas fotos clicadas pelo seu irmão, Juja Kehl, essa peça decerto auxiliou muito na divulgação dos álbuns em si.

Veja abaixo a peça publicitária criada por Kim Kehl:

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=tQldTeLcXLQ

Em 20 de abril de 2021, o abnegado Will Residente lançou em seu Blog, "Rock Dissidente", uma resenha específica a analisar o CD Bootleg "Teatro Lira Paulistana 1985" d'A Chave do Sol.

Leia a resenha no Blog "Rock Dissidente":

https://rockdissidente.blogspot.com/2021/04/achavedosol.html

E mais novidades midiáticas, ocorreram ao final do mês de abril. Um mini especial com a nossa banda foi executado no programa: "O Contrário de Nada"/versão "80 Toneladas", através da webradio Plano B, com produção e locução de Raphael Dee, em 24 de abril, quando citou com entusiasmo o lançamento dos bootlegs e executou a canção "Profecia", proveniente do LP The Key.

Mini especial d'A Chave do Sol no programa "O Contrário de Nada é Nada"/versão "80 Toneladas" - Webradio Plano B. Produção de Raphael Dee. 24 de abril de 2021 - www.radioplanob.com.br

No mesmo dia, 24 de abril, a nossa banda também foi executada no programa: "A Hora do Dinossauro" da UFMG educativa de Belo Horizonte, com produção e locução de Magela Medeiros, que também foi extremamente gentil ao traçar um rápido histórico da nossa banda, também citar os bootlegs recentemente lançados e também elogiar os meus blogs e a minha atuação contemporânea com Os Kurandeiros. Duas canções foram executadas: "Anjo Rebelde" e "Um Minuto Além".

Participação d'A Chave do Sol no programa "A Hora do Dinossauro"/ Rádio UFMG Educativa. Produção de Magela Medeiros. 24 de abril de 2021 - https://bit.ly/3cfjeeg

Continua...

sábado, 17 de abril de 2021

Crônicas da Autobiografia - Estigmas Alheios & Preconceito - Por Luiz Domingues

  Aconteceu no tempo da minha sala de aulas, por volta de 1992...

É fato cabal que nós vivemos em uma sociedade regida por paradigmas de toda ordem, que se enraízam e são perpetuados ad nauseam, até que alguém lute (e muito aliás), para quebrá-los e assim se estabeleça algum tipo de avanço para se mudar a mentalidade generalizada e dessa forma, trate por melhorar o panorama sociopolítico e cultural na civilização humana. 

Matérias como antropologia, psicologia, sociologia e filosofia, entre outros estudos e especialidades, servem para estudar tais mudanças comportamentais e a apontar-nos novos caminhos mais avançados, mas o fato é que os estigmas demoram para serem superados.

Eu nem quero entrar nesse mérito, mas é público e notório o quanto os preconceitos arraigados causam sofrimento de toda a monta e no caso, a imagem do Rocker sempre entrou nesse mesmo rol de estigmatizações padronizadas. 

E não importam as inúmeras graduações e até antagonismos entre as mais diversas tribos surgidas nesse bojo ao longo de muitas décadas, pois no imaginário popular, o Rocker, seja lá de que vertente ou época for representante, é sempre considerado um pária ante os olhos das ditas pessoas ''normais", regidas pelos usos & costumes de uma sociedade absolutamente padronizada e preconceituosa em diversos aspectos.

Posto isso, eu recordo-me que enquanto ministrei aulas de música entre 1987 e 1999, eu tive um relacionamento maravilhoso com muitos pais de alunos adolescentes com os quais eu lidei e em alguns casos, forjei até amizade com alguns desses progenitores de meus pupilos. 

No entanto, eu sempre esperei reações de cautela como um modus operandi, principalmente da parte de pais de alunos recém-ingressos no meu curso e diga-se de passagem, como algo absolutamente natural, visto que como pai, eu não deixaria um filho meu frequentar a residência de um professor, sem certificar-me da idoneidade de tal profissional, obviamente. 

Por sorte, em meio a um universo com mais de duzentos alunos que eu tive ao longo dos anos em que mantive tal atividade, nunca observei problemas com essa questão de natural desconfiança natural da parte dos pais de alunos e pelo contrário, só colecionei boas lembranças por conta desse relacionamento amistoso, cordial e muitas vezes a se transformar em amizade de fato. 

Porém, houveram dois casos que foram amenos e não me aborreceram de forma alguma. Um deles, eu já relatei dentro da autobiografia oficial (disponível no capítulo "Sala de Aulas", nos meus Blogs 2 e 3 e também na versão do livro impresso: "Quatro Décadas de Rock"), a dar conta de um pai, por volta de 1990, que fez questão de acompanhar a sua filha em sua primeira aula para me conhecer e tudo bem, foi uma investigação velada, porém cordial na forma de uma visita social em minha residência.

A outra ocorrência foi menos invasiva, mas curiosa por conta da questão do preconceito que a envolveu. Pois eis que um então novo aluno, recém-ingresso em algum momento de 1992 e já depois de estar bem ambientado na minha sala de aulas, contou-me que o seu pai lhe indagara, logo quando ele iniciou os seus estudos comigo: -"qual é a desse tal de Luiz?"

Bem naquele espírito de um pai que estabelece uma comunicação direta com o filho e veja bem, eu acho esse tipo de abordagem bem salutar na relação entre pai & filho, o progenitor do meu aluno, avançou na especulação e quis saber que tipo de drogas eu, Luiz, usava costumeiramente, se bebia, tomava ácido ou até mesmo heroína pela via da introdução venosa (-"ele injeta nos canos?"), e se eu exibia muitas tatuagens no meu corpo.

As respostas negativas da parte do meu aluno ao seu pai, a dar conta que eu, Luiz, não mantinha tatuagens no meu corpo, não usava nenhum tipo de droga ilícita e nem mesmo lícita, ao colocar-me como abstêmio e não tabagista, foram comprovadas a posteriori por esse preocupado pai e não haveria como ser de outra maneira.

E o engraçado nessa história, foi que o senhor em questão ostentava tatuagens grafadas em seus braços e pernas e mantinha um histórico de alcoolismo com gravidade, além de ser um tabagista inveterado. 

Portanto, não me queixo dele, que inclusive foi sempre gentil comigo a posteriori, enquanto o seu filho estudou comigo, visto que eu achei legítima a sua preocupação inicial de querer me investigar e ter a segurança de que eu não seria uma dita "má companhia" para o seu filho adolescente.

A minha estupefação foi institucional na realidade, pois mais uma vez o estigma do Rocker drogado se fez presente. Nesse âmbito, se o sujeito toca em uma banda de Rock e não corta os seus cabelos como uma "pessoa de bem", só pode ser um vagal errante à margem dos bons costumes regidos pela sociedade e certamente a se colocar como um contumaz usuário de drogas, não é mesmo?

sexta-feira, 9 de abril de 2021

Humildade e Crise de Superficialidade... - Por Telma Jábali Barretto

Humildade qualidade incrível definida pela capacidade de reconhecer as próprias limitações, deixando transparecer modéstia e simplicidade... assim descreve o dicionário. Hoje com tão fácil acesso as muitas mídias, também e muitos de nós, com mais ou menos desenvoltura tem acesso e caminhos a discursos e falas nas mais diversas áreas e maneiras usando, com alguma facilidade, tais recursos de expressão.

Bom e muito bom mesmo de alguma perspectiva e ... bem difícil mesmo criar os conhecidos filtros necessários diante de abundância de posicionamentos, com ou sem relevância. Por outro lado convivemos com a não menos propalada ‘especialidade’ que, num mundo com tanta comunicação pede, exige igual atenção... já que margeamos, tangenciamos e, as vezes e também, mergulhamos num caldo da mesma e similar superficialidade de um cenário atual de onde tanto sai e idem exigem critério. 
Pela própria quantidade de propagação ecoando nem sempre com conteúdo, carecemos mais de seriedade e sobram opiniões facilmente palatáveis pela carga emocional a nos mover, pulsando... 
 
Nem todos tem esse espaço e/ou gosto para lidar com profundidade com tamanha quantidade de ideias, fatos e...logo ali na frente tem outra sendo proposta e o comichão da curiosidade a convidar, convidar e convidar e...a saciedade de satisfazer a tais impulsos desejosos de mais a consumir para satisfação. 
 
Nosso olhar, feeling, costuma apontar para antiga crise dessa mesma superficialidade predisposta pelo imediatismo visivelmente vigente entre esses mesmos excessos de ‘mesmices e especialices’ onde brincamos de arbítrio esquecendo quem mais importa: nós mesmos.
Neutralizamos as antenas das quais viemos todos dotados numa espécie de moda pelos ‘mais curtidos’, mais modernos e na onda ou aquiescendo aos que ditos mais sábios ou ‘especialistas’ sem considerar o velho e antigo separar o joio do trigo a partir de nossas mais claras premissas, deixando a margem, não computando e valorizando aquilo que, de verdade, sentimos... nosso centro, cerne. 
 
Assim, deixamos de perceber redundâncias, contradições traindo a todo momento a nós mesmos e mais que traímos (bastante sério já a meu ver...), não respeitamos o que a mais simples e natural essência nos revela no íntimo...seguindo uma correnteza por falta total desse mesmo eixo ou quem sabe?!...preguiça?!... Esse aprender envolve investimento, tempo, atenção ... e ... é aí que queremos gastar em meio a profusão de digestão rápida?
‘Amar ao próximo como a si mesmo” traz a premissa de autorrespeito e, quando isso pouco importa para nós... pouco deva importar a quem seguimos também, não levando dessa forma nenhuma contribuição significativa pela maneira ou posicionamento tomado, pouco ou nada agregando... sendo só mais numero, torcida em mais uma irrelevância fugaz...ou contestação sem importância ou expressão que acresça, desperte... 
 
A única e intransferível assinatura passagem reside entre as simplicidades eternizadas num aprender e apreender contínuo e as sapiências que, se as tivemos ou tendo, serão generosos oferecimentos bastante conscientes com aqueles e daquilo forjado no tempo, nas convivências (essas são sacralizadas...), perseverança no exercício atento para dentro e fora num fluir corajoso entre recolher e espalhar, não subserviente e nem arrogante, ao longo da existência consagrada a reverenciar a Vida... 
Isso costuma ser aquilo que vemos n’Aqueles que nos inspiram! Então, vamos lá... A Vida está a espera e paciente aguarda nossa participação, num encaixe perfeito no quebra-cabeças para fechar a cena, levando a nota para a melodia harmoniosa de que somos parte! Somo Um, somos Ommm...

Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga, consultora para a harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga. Desta feita ela propõe a reflexão sobre a questão da humildade.

domingo, 4 de abril de 2021

Autobiografia na Música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 144 - por Luiz Domingues

Sem a minha presença, motivado por um problema de saúde que eu tive, os companheiros se reuniram novamente nas dependências do Estúdio Prismathias de São Paulo para mais uma sessão de gravação. Desta feita, o objetivo foi estabelecer correções em algumas guitarras e teclados anteriormente gravados e a acrescentar detalhes com violões.

Kim Kehl em ação a gravar a sua guitarra Fender Telecaster. Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo/SP. 21 de fevereiro de 2021. Click, acervo e cortesia: Carlinhos Machado 

E assim, mediante uma sessão muito produtiva, eis que as correções propostas foram efetuadas e com todos a se mostrarem satisfeitos pelos resultados obtidos.

Phill Rendeiro em dois momentos da sessão: a gravar violão e guitarra.
Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo/SP. 21 de fevereiro de 2021. Click, acervo e cortesia: Carlinhos Machado

Já no dia seguinte a essa terceira sessão ocorrida no dia 21 de fevereiro de 2021, nós pudemos ouvir o resultado atualizado da captura até então e ficamos muito felizes pelos timbres dos instrumentos, obtidos através desse trabalho inicial.

Kim Kehl a gravar a base da música: "Gasolina" no estúdio Prismathias de São Paulo/SP. 21 de fevereiro de 2021. 

Eis o link para assistir no YouTube:

https://www.youtube.com/watch?v=r-VtrWQbhzA

Na primeira foto, Carlinhos Machado e Phill Rendeiro em um momento de descontração. Na segunda, Danilo Gomes Santos e Kim Kehl, próximos à mesa de operação de áudio. Na terceira, Nelson Ferraresso a gravar os seus teclados. Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo/SP. 21 de fevereiro de 2021. Clicks (selfie na segunda), acervo e cortesia: Kim Kehl

Nessa semana, um programa de rádio on line também nos agraciou com uma mega reportagem a descrever a carreira d'Os Kurandeiros no geral e naturalmente a executar diversas canções provenientes dos nossos discos. Tratou-se do programa: "Black Sunday" da webradio Retrô Pop, comandado pelo comunicador Sandro Neiva. Ocorreu no dia 22 de fevereiro de 2021.

O próximo passo previsto em estúdio seria no sentido dos últimos detalhes de guitarras em termos de "overdubbings" e o início da gravação das vozes.

E entre 27 de fevereiro e 5 de março, nós tivemos uma música do nosso repertório na programação do "Só Brasuca", atração da Webradio Crazy Rock, sob a locução e produção de Julio Cesar Souza. "Meu Mundo Caiu", um blues muito bonito, que soou por sete vezes ao longo daquela semana.

Carlinhos Machado comanda a selfie ao mostrar atrás de si, Danilo Gomes santos na mesa, Kim Kehl e Phill Rendeiro. Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo/SP. 21 de fevereiro de 2021. Click (selfie), acervo e cortesia: Carlinhos Machado

Continua

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Autobiografia na Música - Kim Kehl & Os Kurandeiros - Capítulo 143 - Por Luiz Domingues

No dia seguinte, 7 de fevereiro de 2021, voltamos ao estúdio Prismathias de São Paulo, para darmos prosseguimento aos trabalhos iniciais de gravação das bases do novo disco. Se no dia anterior o trabalho fora muito proveitoso, desta feita, chegamos as dependências do estúdio com a incumbência apenas de tentarmos novas tomadas para a música: "São Paulo" e mesmo assim, com a certeza de que houveram duas tomadas gravadas na noite anterior, com qualidade e das quais poderíamos dispor. 

Nelson Ferraresso nas dependências do estúdio a gravar a sua participação para o novo álbum d'Os Kurandeiros. Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo em 7 de fevereiro de 2021. Click e acervo: Luiz Domingues

Claro, sabíamos que poderia ficar muito melhor com uma abordagem mais arejada e foi o que fizemos ao investirmos diretamente nessa nova tomada. Bem, demorou um pouco para retomarmos o astral do dia anterior, mas eis que engrenamos e fechamos a base da canção.

Luiz Domingues (encoberto) e Kim Kehl em ação. Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo em 7 de fevereiro de 2021. Click acervo e cortesia: Carlinhos Machado

Então, fechada a canção: "São Paulo", o nosso tecladista, Nelson Ferraresso começou a gravar na mesma sessão, os seus teclados. Com timbres magníficos, ele foi a colocar as suas bases, solos e contra-solos e assim, adiantou bastante o trabalho.

Nelson Ferraresso em ação. Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo em 7 de fevereiro de 2021. Click e acervo: Luiz Domingues

E assim, muito satisfeitos com a o resultado inicial, eis que ouvimos atentamente a captura inicial ali mesmo no estúdio e ficamos bastante contentes com os timbres iniciais. Tudo a soar com brilho, com peso e robustez, foi de fato uma constatação agradável que muito nos animou.

Luiz Domingues e Phill Rendeiro a escutarem o resultado do áudio obtido pela banda. Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo em 7 de fevereiro de 2021. Click e acervo: Luiz Domingues

Então, o combinado nesse dia 7 de fevereiro de 2021, foi chegarmos em casa e aguardarmos o trabalho de "bounce" da parte do Danilo Gomes Santos, para escutarmos o áudio obtido nessa sessão inicial e aguardarmos para marcarmos enfim a terceira sessão, certamente já a conter os overdubbings de guitarras e violões.

Carlinhos Machado em um momento de descontração. Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo em 7 de fevereiro de 2021. Click acervo e cortesia: Kim Kehl

A semana passou, ouvimos com atenção o material e ficamos felizes pelo resultado geral. No entanto, com a atenção mais apurada, detectamos detalhes que poderiam melhorar e assim, ficou previamente acertado que antes mesmo de mergulharmos nos overdubbings, correções se faziam mister.

Da esquerda para a direita: Luiz Domingues, Nelson Ferraresso, Carlinhos Machado, Phill Rendeiro e Danilo Gomes Santos. Na frente a comandar a selfie: Kim Kehl. Kim Kehl & Os Kurandeiros no estúdio Prismathias de São Paulo em 7 de fevereiro de 2021. Click (selfie) acervo e cortesia: Kim Kehl

A próxima etapa ficou para o final de fevereiro de 2021. E estivemos muito contentes por um começo tão promissor!

Continua...