sábado, 9 de março de 2013

Autobiografia na Música - Boca do Céu / Bourréebach - Capítulo 50 - Por Luiz Domingues


Claro, houve uma atenuante nesse episódio inteiro. Se por um lado fomos prejudicados pelo pessoal do equipamento, pela fato do atraso por eles cometido, ao chegar horas além do combinado, e sermos totalmente sabotados por um som não mixado adequadamente, a realidade foi que o público presente fora também muito desinteressado, pois o foco ali foi o bingo. Além do mais, não tratou-se de um público jovem, mas pelo contrário, um contingente formado por pessoas de meia-idade, e muitos idosos, o que caracterizou uma plateia que poderia ter sido até hostil. Mas como estavam realmente muito focados no bingo, nem notaram que tocávamos, e dessa forma, aquele som horrível, decorrente de uma ausência absoluta de uma mixagem, minimamente decente, não os incomodou, por incrível que pareça. Isso sem contar o mapa do palco, que foi completamente ridículo. Por uma falha no tablado improvisado como palco, o Cido Trindade teve que deslocar a sua bateria para a frente, longe da linha dos amplificadores. Se a monitoração já estava horrível, sem ouvir o baixo; guitarra, e teclados, com o som direto dos respectivos amplificadores longe de sua audição, ele tocou de uma forma muito insegura, no limite para manter o ritmo no andamento correto. Para quem é baterista, sabe bem que tocar dessa forma é um horror. Apresentamos nessa noite, as canções : "Blues Encanto", "Serena" e "Assim Como". O plano seria para tocar muito mais, contudo, naquelas condições horríveis, ali delineadas, decidimos cortar o show logo no início, a continuar sob tais circunstâncias insalubres. Ficamos chateados, logicamente, mas a vida prosseguiu...


O próximo passo seria continuar a ensaiar, e procurar um novo baterista, e uma vocalista feminina.
Continua...

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