É com muito pesar que este Blog comunica aos seus leitores que perdemos uma querida colaboradora, a colunista, Tereza Abranches.
Vítima de um enfisema pulmonar agudo, que desencadeou uma série de outros problemas sérios e decorrentes, forçando a falência múltipla dos seus órgãos, Tereza não resistiu e deixou-nos na madrugada do dia 12 de outubro de 2017. Nascida no Rio de Janeiro, no ano de 1958, há muitos anos vivia em Niterói, na companhia de suas filhas.
Artesã, escritora e uma estudiosa de espiritualidade em geral, tornou-se colaboradora de meu Blog, a partir de novembro de 2013, mas na verdade já conhecíamo-nos desde o início de 2010, através da extinta Rede Social Orkut.
Por muitos anos, foi voluntária em casas de acolhimento para pessoas carentes, e em estado terminal, cuidando delas com um carinho tremendo e notável, sendo uma mãe para todos ali, em seus últimos suspiros.
Como artesã, tinha uma habilidade incrível para a tecelagem, tendo criado roupas, acessórios e objetos, de uma beleza fantástica.
Fã inveterada da contracultura sessenta / setentista, como eu, tinha uma alma Hippie, libertária, acolhedora e sem nenhum egoísmo, sempre disposta a compartilhar tudo o que podia ofertar, exatamente a seguir os preceitos dessa filosofia, que para a maioria das pessoas soa utópica, quiçá piegas, mas as que a professam de coração aberto, revelam-nos o quão possível é fazer a sociedade constituída neste planeta, tornar-se mais solidária. E nesse caso, Tereza fez além da sua parte, tenho certeza, pois conheci bem o seu lado altruísta e tendo como combustível, a sua extrema sinceridade em exercer seus nobres propósitos.
Dona de um bom gosto musical a toda prova (de fato, tornamo-nos amigos inicialmente por identificarmo-nos pelas predileções musicais), Tereza amava muitos sons e entre eles, na sua cabeceira, tinha sempre à mão, os discos dos Beatles; os discos solo de John Lennon que ela adorava (e que por muitos anos teve no seu próprio "avatar" em Redes Sociais, a imagem dele, Lennon, a representá-la); Traffic; The Doors; King Crimson e o Pink Floyd, que ela amava profundamente. Sempre que ouvir tais artistas doravante e dos quais gosto muito, igualmente, não deixarei de lembrar-me de minha amiga.
Tereza tinha um talento extraordinário para tocar o coração das pessoas com seus escritos. Todos os textos dela que foram publicados em meu Blog, foram sucesso de público, gerando muitas visualizações e comentários emocionados, além de grande repercussão nas Redes Sociais da Internet. Lembro-me bem quando ela comentava comigo que estava espantada a constatar o seu "inbox" nas Redes Sociais e na caixa de E-Mail, repleta de pessoas a repercutir seus textos publicados. Humilde por natureza, dizia-me que queria apenas ajudar, mas no alto de sua bondade, não mensurava o quanto emocionava seus leitores. E eu sempre a incentivava a prosseguir, pois sua maneira doce em abordar a espiritualidade, era tão poética e delicada, que sua contribuição era a de espalhar gotas de luz em meio às trevas, tamanha a sua capacidade para compartilhar doses com amor fraternal puro, impessoal, altamente espiritualizado aos seus semelhantes.
Mais que a falta para o Blog, eu, Luiz Domingues, perco uma amiga leal, que muito ajudou-me nesses sete anos em que mantivemos a nossa amizade, sendo sempre um porto seguro em questões espirituais, nas prazerosas conversações que mantivemos.
Tereza deixa duas filhas (ambas foram retratadas em seus textos, inclusive), Taís e Camila, que tornaram-se minhas amigas igualmente, muitos sobrinhos, alguns deles também em meu rol de amizades e duas irmãs. E também uma quantidade de amigos, significativa, entre os quais, incluo-me, orgulhosamente.
Vá em paz, minha amiga. Um dia reencontramo-nos, com certeza e agora você fica aí com os nossos outros amigos, James e Winston, membros de nossa confraria, e com os três tendo muito trabalho pela frente, enquanto eu fico por aqui mais um pouco, mas logo irei também ao encontro de nossa turma.
Taís e Camila : força ! Estou aqui, sempre que precisarem de alguma coisa.
Tereza : muito obrigado por tudo !!
Luiz Domingues
Abaixo, deixo os respectivos links de todos os textos que Tereza Abranches publicou neste meu Blog número 2 :
Meu Anjo - 28 / 11 / 2013
Aldeias - 2 / 1 / 2014
Descoberta – 25 / 1 / 2014
Um Bichinho – 21 / 2 / 2014
Tudo o que quero é não querer – 22 / 3 / 2014
Um Sonho na Fonte dos Segredos – 26 / 4 / 2014
Surpresa - 27 / 5 / 2014
Trilhas – 25 / 6 / 2014
A Sombra – 24 / 8 / 2014
Camila – 28 / 7 / 2014
http://blogdoluizdomingues2.blogspot.com.br/search?q=Camila
Música – 21 / 5 / 2017
Caminhos – 19 / 6 / 2016
Taís – 1 / 12 / 2016
Um Monte de Coisa – 1º / 1 / 2017
Meus sentimentos amigo.
ResponderExcluirMuito gentil de sua parte postar esse sinal de apoio. Grato, Kim Lima, meu amigo !
ExcluirMeus sentimentos Luiz, e lá se vai outra alma para confins diáfanos. A nossa geração de 60/70. Vai Tereza ao som de TIME! Valeu a passagem por nossas estancias, chegaremos lá se merecer-mos as dimensões de paz e amor.
ResponderExcluirExatamente...
ExcluirNossa geração 60 / 70 segue o curso natural do ciclo de envelhecimento e morte e vemos assim nossos ídolos e companheiros de fé na contracultura e preceitos aquarianos, tombando. É triste, certamente, mas fica a certeza de que cada um que deixou-nos, viveu intensamente esse sonho de construir um mundo melhor.
Ótima escolha, "Time" do Pink Floyd era uma canção que ela adorava e emoldura com galhardia a sua chegada ao céu.
Perfeito, chegaremos mesmo nessa dimensão onde o conceito de paz & amor é a realidade plena e Tereza acabou de chegar lá.
Gratíssimo pelo comentário muito bonito !!
Que triste Luiz, meus sentimentos sinceros! Não tinha lido o último têxto, de janeiro, mas ele parece bastante profético...Muita Luz para ela!
ResponderExcluirPois é, Tereza estava taciturna por conta dos remédios e chateada pela doença da neuralgia do trigêmeo que atormentava-a há anos. Meu único consolo com a sua partida, é que ela livrou-se dessa dor lancinante. E tem razão, o último texto dela, em janeiro de 2017, tinha essa carga de melancolia recôndita.
ExcluirExato, que ela tenha luz nessa passagem e logo esteja bem lá no lado de lá.
Grato pelo apoio !!
Sinto muitíssimo, meu amigo. Tereza era uma pessoa ímpar, sua filosofia de vida não era terráquea, que ela siga na paz, no amor e na luz da sabedoria.
ResponderExcluirExato, você também era amiga dela e sabe bem de suas qualidades que eram raras para as criaturas que habitam este planeta. Ela realmente não podia ser desta humanidade tão sórdida. Tereza na verdade nasceu aqui para auxiliar em nossa evolução.
ExcluirGrato pelo seu apoio !!
Triste...triste... Para que haja renovação, é preciso suportar a dor da perda, não é mesmo? E ficam as saudades... Li alguns dos seus textos profícuos, de ensinamentos tão valiosos... A essência de Tereza estará em cada um deles e em toda sua luta terrena. Sinto muito, amigo! Namaste!
ResponderExcluirGrato por trazer-nos suas palavras de conforto, amiga, Tânia. Fico contente por saber que acompanhou as reflexões da Tereza, aqui no meu Blog 2. Seus artigos; crônicas e poemas tinham / tem o poder de tocar fundo no coração das pessoas, tamanha a sua sensibilidade ímpar. Deixou-nos pois esse legado a fomentar a ideia da paz; fraternidade; altruísmo e beleza expressa em várias formas de arte que exerceu, do uso das palavras escritas ao artesanato tão bonito que criava com sua habilidade manual e uso de agulhas de tricô e crochê.
ExcluirTereza era uma espiritualista convicta, fã de Chico Xavier e Ramatis, portanto, sei que ela está feliz agora, numa dimensão adequada à sua vibração sempre permeada pela ideia da paz & amor, verdadeiros.
Grato pelas suas palavras e vibração positiva. A Tereza a sentiu, certamente, lá onde está, agora.
Namastê !