De quantas blindagens nos cercamos para gerar aquele conforto interno propiciador dessa tal almejada segurança ?
Cada um de nós tem lá suas regras e parâmetros sempre
apoiados naquelas premissas julgadas importantes preservar... e, já a
partir daí mesmo, essas premissas denunciam, revelam, enaltecem aquilo
que valorizamos. Já aí, também, embasamos quais áreas da vida importam,
pesam, são significativas...
Nossa segurança, aquela que tão cobrada das
autoridades públicas, que preservam ou deveriam preservar?!... nosso
direito de ir e vir, ou, outra, ainda, de também uso da liberdade,
mas... nesse caso, com relação à expressão, comunicação, que, passando
por nossas ideias, já mais subjetiva se faz e mais interpretações daí
surgem. Tem também aquelas detentoras daquele assegurar num contexto
tempo, numa ‘pré ocupação’ pelo nosso vir a ser, mais próximo ou
distante, a depender de quanto janeiros transpusemos e quantos ainda
imaginamos nos faltam, restam usufruir e com que qualidade e, de novo
aí, esbarramos, naquilo que valorizamos ter, ser, preservar e
priorizamos ou devêssemos priorizar para manter e reter.
Mais além, ainda gostaríamos de levar nosso
questionamento, num convite a refletir sobre aquilo de que nos servimos,
estando dentro dessa realidade física, incorporados num CIC e RG,
levando essa medida de segurança para patamares após morte, quando da
perda do corpo físico, colocando mais pontos a serem analisados, onde
deverão ser pesados, para um futuro bem mais subjetivo, fora dessa
matéria que tanto procuramos preservar, mesmo que nem sempre, com a
atenção tão cautelosa entre tudo que conhecemos e, de fato, fazemos
para um bom uso desse equipamento que nos cabe cuidar, também
conhecedores quão efêmera é essa passagem nesse contexto tão concreto,
carregada de nossos pequenos poderes, confiáveis, computados em meio a
sensações, feelings, conhecimentos e saberes acumulados, vindo das bagagens tão doadoras de aporte estável... em sua relativa validade.
Quanta sutileza a mais é necessária e de quantos sustos, interrogações e surpresas vêm vindo e virão, pautando nossa existência, a todo momento, surpreendidos pelas traidoras, incertas e inovadoras circunstâncias por essa múltipla e cheia de mágica teia da Vida que derruba, inspira, joga com cartas inusitadas, roubando-nos, solenemente, aquela, então, sagrada e bem protegida segurança, ensinando-nos um passinho a mais que, titubeante, a cada novo ‘crec’, quebra, abre horizontes, inaugurando dimensões, desvendando, numa inicial falta de chão, mais outro alvorecer, florescer, onde mesmo amedrontados ou encantados, vamos aprendendo a engatinhar, andar, correr e... quem sabe até voar ?!... diante desses eternos ciclos que nos regem !!!
Telma Jábali Barretto é colunista fixa do Blog Luiz Domingues 2. Engenheira civil, é também uma experiente astróloga, consultora para harmonização de ambientes e instrutora de Suddha Raja Yoga. Nesta reflexão, aborda a questão da segurança que buscamos, em todos os sentidos e o quanto isso pode ser cerceador do processo de jogar-se na livre oportunidade de aprender a voar...
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